Seguimento - Incêndios 2009



Gerofil

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21 Mar 2007
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Estremoz
NO NORTE E CENTRO: Trovoadas provocam incêndios

As fortes trovoadas que ontem à tarde se fizeram sentir no Norte e Centro do País provocaram dezenas de fogos. O de maiores dimensões deflagrou em Póvoa, Pampilhosa da Serra, e destruiu uma extensa zona de pinhal. José Brito Dias, presidente da Câmara, disse ao CM que em meia hora a trovoada causou cinco fogos.
"Os bombeiros não tiveram hipóteses de acudir a tanto fogo ao mesmo tempo. O de Póvoa ficou descontrolado e atingiu grandes proporções", adiantou o autarca do concelho com maior mancha florestal do País. Este fogo mobilizou 90 combatentes e ficou circunscrito às 18h30.
Os distritos de Viseu e Porto, voltaram a ser os mais fustigados pelos fogos. Pela segunda vez em dez dias, a aldeia de Alhões (Cinfães), ficou cercada pelas chamas, mas os bombeiros evitaram o pior. Este fogo estava, às 20h00, a ser combatido por 190 bombeiros.

Correio da Manhã
 
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Esta tarde registo de 2 incêndios, a meio da tarde entre São Cornélio e Mairos e agora lavra com intensidade na Aveleda, o clarão é bem visível de Paradela!:(
 

AnDré

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Mais de 150 bombeiros combatem chamas em Arouca

O incêndio que lavra desde a passada tarde terça-feira, na localidade de Cabreiros, em Arouca, já atravessou os limites do concelho e está agora a consumir uma zona de mato e floresta na zona de S. Pedro do Sul, segundo fonte dos bombeiros.

De acordo com a Lusa, o comandante dos bombeiros de Arouca, Carlos Esteves, disse que o fogo do lado de Arouca «está circunscrito», acrescentando que os bombeiros estão agora a combater as chamas no lugar de Salgueiro, S. Pedro do Sul.

O responsável adiantou ainda que não há casas em perigo e referiu que o combate às chamas está a ser dificultado pelos acessos difíceis ou inexistentes.

Este fogo está a ser combatido por um total de 153 bombeiros, cinco dos quais de uma equipa de sapadores florestais, apoiados por 40 viaturas.

Nesta manhã estavam ainda por circunscrever quatro incêndios Braga, Vila Real e Viana do Castelo.

Fonte
 
M

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Hoje o meu amigo Fernando Ribeiro escreve no seu blog:

Queimaram-me o Brunheiro

Imagem de arquivo:

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Porque nasci na veiga de Chaves a uma ou duas centenas de metros das faldas do Brunheiro, sempre o tive por companheiro e testemunha das minhas brincadeiras e aventuras de criança. Tal como o Tâmega, o Castelo, a Ponte Romana ou os nevoeiros de Inverno, também o Brunheiro faz parte de nós, do ser flaviense, do estar sempre presente nas nossas vidas e nas nossas vistas, sendo talvez, até, aquele que mais marca na marca de Chaves.

Em criança, era comum vê-lo verde durante todo o ano e, nem sequer o avermelhar e amarelecer do Outono lhe tiravam o vigor do verde mais verde que surgia logo com as primeiras chuvas de Outono. Mas isso são tempos que já lá vão, em que as nossas montanhas estavam limpas de matos, as aldeias tinham gente e os incêndios eram raros e logo combatidos pelas populações.

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Dizia há dois dias atrás que o pulular da publicidade política nas rotundas da cidade me tinha chamado a atenção no meu regresso de férias, mas bem ao longe, o que primeiro me chamou a atenção, foi ver o Brunheiro, mais uma vez, vestido de preto, onde o que ainda restava de floresta, desde Vilar de Nantes até Lagarelhos, tinha sido vítima de um incêndio há dias atrás.

Embora este ano até nem tenha sido negro em termos de incêndios, este do Brunheiro é mais um a registar para o abater do pouco que resta da nossa floresta.

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Penso que já seria tempo de os nossos governantes terem vergonha e começarem a olhar para uma floresta em Portugal e no interior, a sério, sem compromissos com interesses menos claros que se prendem com o tipo de floresta que temos e com o negócio dos incêndios, senão, corremos o risco de a curto prazo, termos de acrescer ao despovoamento do interior também a sua desertificação, ou menos drástico mas também preocupante em termos económicos e ambientais e ecológicos, assistir à desflorestação de todo o território interior.

Seria bom que os governantes e as instituições oficiais a eles ligados pensassem seriamente numa floresta sustentada para Portugal, principalmente no interior montanhoso onde praticamente só e mesmo a floresta é viável. Medidas. Uma nova política de florestação é urgente e necessária, não só em termos ambientais e ecológicos, mas também em termos económicos, com uma floresta de qualidade que dê trabalho às populações do interior e que contribua também para travar o despovoamento das nossas aldeias, ou melhor ainda, que permita o seu repovoamento.

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Com uma floresta menos sensível a incêndios, onde se privilegiem espécies autóctones não resinosas, tal como as várias espécies de carvalhos ou castanheiros, ou outras espécies, aliadas à limpeza constante de matos e a caminhos transitáveis que permitam o acesso fácil para a sua manutenção, mas também para o combate rápido a possíveis incêndios. Qual a solução ideal não a conheço, pois não sou técnico nem especialista no assunto, mas é notório que se poderia fazer muito mais e melhor pelas nossas florestas e, em vez de gastarem rios de dinheiro em equipamentos, meios e pessoal no negócio do combate a incêndios, deveria era zelar por uma nova floresta sustentável, pela sua manutenção e limpeza e pela prevenção. É a opinião de quem nada percebe do assunto mas que se dá conta que os incêndios, são um negócio e lucrativo para alguns. Digamos que tal como o negócio da recente pandemia de gripe, que de pandemia só tem o alarmismo e o negócio a ele associado, também os incêndios, são uma pandemia para as florestas, mas esta é a sério e mata, além de durante dezenas de anos, deixar as suas maleitas.

Em vez de, os nossos governantes, andarem tão preocupados com o luxo de TGV´s ou as novas tecnologias como os “Magalhães” para inglês ver, entre outros luxos e desperdícios, dever-se-iam preocupar mais com aquilo que é básico e essencial para a vida do interior montanhoso de Portugal, mas também para a vida em si, para o verde, para o ambiente, para a ecologia, para as populações e o seu sustento.

Costuma-se dizer que Portugal é só Lisboa e o resto é paisagem. Pelo andar deste comboio, não tarda que Portugal seja e só mesmo Lisboa e, perca definitivamente a paisagem que lhe restava. Lisboa, mato e deserto. Não é este, pela certa, o Portugal que queremos.

E para aqueles que por aqui lêem aquilo que não escrevo, isto nada tem a ver com política partidária, mas antes (se assim o quiserem entender) com politica que se aplica a todos os políticos de Lisboa, sejam eles de que partido forem, pois até hoje, ainda NINGUÉM se preocupou com os problemas da nossa interioridade e mesmo os que daqui (presumivelmente) deveriam ir para Lisboa defender os nossos interesses, ao chegarem ao “glamour” das luzes da capital, trocam logo os bês pelos vês, ou seja, esquecem logo o engaço e a província que os pariu.

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(...)

Queimaram-me o Brunheiro, como tal, não posso ter a boca doce.

IN CHAVES BLOG

Serra do Brunheiro:
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:(:angry:
 

Skizzo

Nimbostratus
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Temperaturas altas provocam incêndios no distrito

As temperaturas voltaram a subir ontem, sexta-feira, e com elas as chamas. Por todo o distrito do Porto deflagraram pequenos focos de incêndio, mas nenhum deles atingiu proporções demasiado graves.

O incêndio de maiores proporções ocorreu no concelho de Penafiel, em Salga. O alerta foi dado pouco depois das 11 horas. Os Bombeiros Voluntários de Penafiel estiveram no local com nove viaturas, auxiliados pelas corporações de Vila Meã, Pedrouços, Valbom, Paços de Ferreira e Paredes. No total estiveram cerca de 43 bombeiros, 14 veículos e ainda um helicópetro bombardeiro pesado. Apesar de se tratar de um incêndio florestal, algumas habitações chegaram a estar em perigo.

No concelho de Matosinhos, em Santa Cruz do Bispo, ocorreu um incêndio na Rua do Lavadouro, que se tratou de um reacendimento de um foco que tinha deflagrado no mesmo local, anteontem. Os Bombeiros Voluntários de Matosinhos receberam o alerta às 8 horas e estiveram no local com 12 elementos auxiliados por cinco viaturas. O fogo foi combatido por duas frentes, sendo uma delas a mais complicada de aceder, uma vez que se encontrava numa das margens do rio Leça. Os Bombeiros Voluntários Portuenses interviram neste incêndio a partir do meio-dia com sete homens e duas viaturas. Regressaram ao quartel às 19.30 horas, quando o foco já se encontrava em fase de rescaldo.

Os bombeiros desta corporação também combateram um pequeno incêndio em Lavra com um auto-tanque e dois elementos.

Na Rua de Canavides, em Sandim, Vila Nova de Gaia, ardeu uma área florestal de cinco mil metros quadrados. O alerta foi dado às 12.35 horas e incêndio foi combatido pelos Sapadores de Gaia, os Bombeiros Voluntários de Crestuma e os de Lourosa.

Enfim, sempre a mesma coisa por aqui. Hoje sentia-se bem o cheiro a queimado no Porto
 

AnDré

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Fogos florestais
Área ardida em 2009 já supera a dos últimos três anos


02.10.2009 - 16h02 Lusa, PÚBLICO


Os fogos florestais ocorridos até ao final de Setembro em Portugal colocam já este ano como o pior desde 2005. Dados ontem avançados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) indicam que a área ardida chega já a cerca 77 mil hectares, contra pouco mais de 75 mil em 2006, 31 mil em 2007 e 17 mil em 2008.

O último balanço da Autoridade Florestal Nacional, referente ao período de Janeiro a 15 de Setembro, colocava a área ardida em 58.612 hectares. Mas desde então, houve mais 3623 incêndios florestais, segundo a base de dados online da ANPC. Agora, o área ardida chega a 77.131 hectares.

Este valor ainda está abaixo da meta fixada pelo Governo no Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios – a de não ultrapassar 100.000 hectares por ano. Mas o Outono nem sempre é um mês tranquilo. Em 2007, arderam 12.460 hectares de matos e povoamentos florestais a partir de Outubro – a maior parte em Novembro.

O comandante operacional da ANPC, Gil Martins, disse ontem que 40 por cento dos fogos deste ano começaram durante a noite, o que sugere causas humanas. “Houve um aumento significativo do número de incêndios à noite”, disse Gil Martins, numa conferência de imprensa, citado pela agência Lusa.

Na contabilidade deste ano, quase 70 por cento de todos os incêndios tiveram origem humana, 30 por cento deveram-se a causas indeterminadas e um por cento, a causas naturais. De acordo com Mourato Cabrita, segundo comandante-geral da GNR, o número de fogos criminosos “mais do que duplicou”. Também houve um aumento no número de contra-ordenações.

“As câmaras deviam exercer mais a sua capacidade coerciva sobre os cidadãos e exercer uma acção repressiva em caso de não cumprimento da lei”, disse Mourato Cabrita, dado o exemplo da limpeza das matas.

A maior parte da área ardida este ano (72 por cento) refere-se a matos, o que significa um menor impacto sobre a floresta propriamente dita.

Os meios aéreos fizeram mais 50 por cento de horas de voo do que em 2008 (6.230 face a 4.091) e descarregaram 66 milhões de litros de água para apagar os fogos, o equivalente a 40 piscinas olímpicas.

O comandante Gil Martins considerou, no entanto, que 2008 e 2007 foram “anos muito bons, mas não eram consolidados”, e salientou que o valor deste ano (até 30 de Setembro) está ainda abaixo da meta de 100 mil hectares de área ardida anual.

O responsável da Protecção Civil lembrou também que “não é possível alterar os comportamentos” de repente.

“Se tivessemos tido o mesmo número de ocorrências provavelmente teríamos a mesma área ardida. O dispositivo [de combate a incêndios] não tem sucesso se não tiver a colaboração de toda a gente”, frisou.

Fonte: Público


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Causas humanas provocam aumento de incêndios florestais
17:17 02 Outubro '09



Cerca de 40 por cento dos fogos começaram durante a noite, afirmou o comandante operacional da ANPC RTP
A área ardida até ao final do mês de Setembro foi seis vezes superior ao mesmo período de 2008. Os 77 mil hectares de floresta e mato ardidos colocam Portugal no 3.º lugar dos países mais afectados pelos fogos, logo atrás da Espanha e da Itália. O incêndio na região da Guarda foi o maior da Europa, refere o sistema europeu de incêndios. Na origem dos fogos estão comportamentos humanos como negligência.



"Houve um aumento significativo do número de incêndios à noite", afirmou o comandante operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), durante a sessão de apresentação dos dados. Gil Martins considera que os resultados de 2008 e do ano antecedente foram "anos muito bons, mas não eram consolidados". O comandante sublinha que "não é possível alterar os comportamentos" de repente.

Os 23 043 fogos deste ano destruíram 77 131 hectares de floresta e mato, enquanto no ano passado os 9 945 fogos queimaram11 806 hectares.

Quase 70 por cento dos incêndios tiveram origem humana, 30 por cento estão relacionados com causas indeterminadas e um por cento começaram por causas naturais, detalhou o general Mourato Cabrita. Cerca de 40 por cento dos fogos começaram durante a noite, tendo o maior número destas ocorrências ocorrido a 30 de Agosto (184 fogos).

O principal factor humano identificado com os fogos é a negligência (41 por cento), seguida dos incêndios intencionais (28 por cento), referiu ainda o segundo comandante-geral da GNR.

O número de crimes "mais do que duplicou" e as contra-ordenações atingiram um número significativo. Mourato Cabrita considera que "as câmaras deviam exercer mais a sua capacidade coerciva sobre os cidadãos e exercer uma acção repressiva em caso de não cumprimento da lei". Uma das situações em causa é a limpeza das matas.

O facto de em Agosto ter ardido o dobro da área de Setembro poderá estar relacionado com as altas temperaturas e baixa humidade. Uma explicação afastada pelo responsável da Protecção Civil, segundo quem os dias de mais calor não coincidem com um grande aumento de ocorrências.

"A severidade meteorológica pouco tem a ver com o número de ocorrências. As condições meteorológicas e a orografia têm a ver com a forma como se propaga o incêndio, os comportamentos humanos têm a ver com o início dos incêndios", afirmou Gil Martins. O comandante operacional da ANPC sublinha que os 77 mil hectares de área ardida até 30 de Setembro ainda estão abaixo da meta anual (100 mil hectares) definida no Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

Portugal no top3 dos países mais afectados

Portugal foi o terceiro país da União Europeia mais fustigado pelos incêndios florestais, depois da Espanha e da Itália, refere o relatório do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais.

O primeiro documento publicado este ano, que reúne dados até final de Agosto, refere que foram mais os incêndios no Norte do país e que as áreas queimadas eram zonas florestais, de produção de madeiras e terrenos agrícolas.

Os incêndios florestais em Portugal atingiram 11 435 hectares que pertencem à rede Natura 2000. Ainda de acordo com o documento europeu, o incêndio na região de Sortelha (Guarda) de final de Agosto foi o maior fogo registado na Europa. Arderam 9841 hectares.
Fonte: RTP


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Neste momento, um incêndio ainda por circunscrever no concelho de Lamego. :disgust: