Seguimento - Incêndios 2017



Pedro1993

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7 Jan 2014
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Vento forte dificulta combate às chamas no concelho de Abrantes

As altas temperaturas e o vento forte que se faz sentir dificultam o trabalho dos bombeiros que, no concelho de Abrantes, combatem as chamas na freguesia de Rio de Moinhos e em S. Miguel do Rio Torto, sendo este, para já, o de maiores dimensões.

Em Rio de Moinhos estão 24 homens no combate ao incêndio em mato, enquanto que em S. Miguel do Rio Torto são já 69 operacionais, apoiados por 21 carros e dois meios aéreos, segundo informação da página da Proteção Civil.

http://www.antenalivre.pt/noticias/vento-forte-dificulta-combate-as-chamas-no-concelho-de-abrantes

Atualização: Casal e seis crianças desaparecidos já foram encontrados
19 de Junho de 2017 Tomar TV Comment(0)
numa reportagem publicada esta segunda-feira.O paradeiro da família era desconhecido desde a última sexta-feira, ainda antes do início do incêndio, refere a reportagem. “Estão seis meninos, seis pequenitos, desaparecidos, ninguém sabe deles nem dos pais desde sexta-feira”, escreve o jornal, citando um bombeiro sapador em Pedrógão Grande.

O artigo descreve a visita dos bombeiros à casa onde morava esta família numerosa em Salaborda, mas não encontrou os oito habitantes. Só foram encontrados os cães com comida e água. Duas horas após a publicação do artigo, a família foi encontrada. Conseguiu fugir antes do incêndio chegar à habitação: “O Observador sabe entretanto que a família está bem e de saúde. Os pais e os seis filhos fugiram de casa no sábado e seguiram para a zona de Alvaiázere, na quinta de uns amigos.”

(Notícia atualizada às 21h29 com a família já encontrada e bem de saúde)



Tomar TV
 
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algarvio1980

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21 Mai 2007
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A morte destas pessoas neste incêndio, vai ser como a queda da ponte de Entre-os-Rios não haverá culpados.

A culpa em Portugal, morre sempre solteira. Na ponte, foi chuva a mais, aqui foi fogo a mais, a natureza é que é a culpa e nada mais.

Mas, quem coordena, mandar as pessoas para a Estrada Nacional e quando lá chegaram era fogo por todos os lados, existem vários relatos a dizerem que a GNR é que desviou o trânsito, se não existe coordenação entre as autoridades é isto que acontece.

Estão mais de 1000 bombeiros e vê-se na tv, que são os populares que salvam as casas, pedem socorro e não chegam é vergonhoso, na povoação onde morrerem 11 pessoas chamaram os bombeiros chegaram de madrugada com ambulâncias, no mínimo rídiculo.
 
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Agreste

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29 Out 2007
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o IC8 atravessa uma zona densamente arborizada e é a principal estrada da região.
Se existem áreas de serviço nas auto estradas porque não zonas de encontro nos vários nós desta estrada?
 

luismeteo3

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É muito triste e penoso ver este tipo de comentários! Os bombeiros são heróis! Por exemplo o bombeiro que morreu hoje, ele e os seus companheiros tiveram um ligeiro em contra mão contra a sua viatura na tal fatídica estrada. Eles não tiveram nada mas os ocupantes do ligeiro ficaram encarcerados. Eles podiam ter fugido mas ficaram lá até á morte para tentar retirá-los. Mais respeito por favor!
 
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vitamos

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o IC8 atravessa uma zona densamente arborizada e é a principal estrada da região.
Se existem áreas de serviço nas auto estradas porque não zonas de encontro nos vários nós desta estrada?
Uma boa sugestão.

O IC8 é uma estrada há muito conhecida pelas piores razões. Não será assunto para este tópico mas também tem um historial de sangue e morte absolutamente trágico. Mas sim Agreste, neste momento não tem esses espaços livres que mencionas (o único que vejo é a ponte sobre o Zêzere).
 

Orion

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5 Jul 2011
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É muito triste e penoso ver este tipo de comentários! Os bombeiros são heróis! Por exemplo o bombeiro que morreu hoje, ele e os seus companheiros tiveram um ligeiro em contra mão contra a sua viatura na tal fatídica estrada.

São coisas diferentes. Coragem é sempre bem-vinda mas se não houver conhecimentos, meios e treino adequado só se está a desperdiçar esforços. Na vida real é difícil ser o Rambo e os bombeiros podem ser ao mesmo tempo excecionalmente corajosos e brutalmente incompetentes devido a uma panóplia de fatores.

Escrito isto, neste caso, sim, está a haver muito treinador de bancada. É tudo expert em coordenação dos serviços de emergência (SE) aquando de desastres em tempo real. Para um qualquer SE ficar demasiado esticado tipicamente não é preciso muito acarretando isso as consequências previsíveis como por exemplo a falta de coordenação e as dificuldades inerentes na alocação de recursos (que são frequentemente polémicas). Muitos velhotes das aldeias estão indignados com a falta de apoio e isso é normal. Mas também é pouco provável que o chefe dos bombeiros queira abandonar pessoas à sua sorte. São escolhas já que se trabalha com o que se tem.

Toda a malta reage de forma diferente quando deparada com a mesma situação. A malta daqui cá sabe porque é que a GNR desviou as pessoas para aquela estrada. Quanta gente passou normalmente por aquela estrada antes do fogo ter apanhado aqueles desgraçados? Ninguém sabe.

Não obstante a sede de sangue, este tipo de eventos tem muitas nuances tornando muito difícil atribuir culpas.

Supostamente vai-se investigar e decerto vai-se chegar às mesmas conclusões de outros anos. Pudera, os fatores são sempre os mesmos (falta de meios, falta de prevenção...). Fosse isto noutra altura e inevitavelmente a retórica iria adquirir contornos políticos -> A culpa é do PPC e da austeridade. E com isto deixei mais um exemplo em como um certo cenário tem diferentes conclusões consoante as circunstâncias.
 
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Teya

Cumulus
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27 Set 2014
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Às vezes é preciso parar e ter um pouco de noção das coisas ou na forma como expressamos o desagrado. Obviamente que deverá haver culpas e responsabilidades a apurar, e com certeza estamos todos num fórum muito longe de conseguir ser donos da verdade, mas fazer acusações injustificadas é de mau tom. A comunicação social é responsável por querer vender o maior drama possível destas situações, e casos isolados onde as pessoas expressam a sua consternação para as câmaras e as tv's passam a mesma coisa centenas de vezes ao dia, facilmente se molda a opinião das pessoas. É preciso antes de mais respeitar os acontecimentos em si e as condições em que os mesmos ocorreram, perceber que são zonas onde há muitas áreas isoladas e não há, nem nunca haverá, seja cá ou em qualquer parte do mundo, 1 carros de bombeiros para cada casa, é preciso compreender que houve falhas, mas que há muita informação dispersa e muita gente que com uma microfone e uma câmara diz o que quer e acusa quem quer mas isso não prova que foi isso que aconteceu. Julgo que deve haver bom senso e deixar que as autoridades e a população afetada resolvam e apurem o que realmente aconteceu quando for a altura para isso.
 
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Pedro1993

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Como lidar com os campos ao abandono?


Estado gasta 11 euros por hectare em prevenção de incêndios. Terrenos rurais pagam menos de um euro de impostos por hectare e 36% dos solos rústicos não têm qualquer exploração.

1140407

Portugal tem 2,9 milhões de proprietários de 8,4 milhões de hectares de solos rústicos JOSE SARMENTO MATOS (ARQUIVO)
“O principal desafio do ordenamento do território é reduzir os danos causados pelo abandono de mais de um terço do solo rústico português”, explica o investigador Pedro Bingre do Amaral. “O abandono tem custos”, escreveu este professor do Politécnico de Coimbra, há três meses, numa comunicação promovida pelo Conselho Económico e Social.

O custo principal é mesmo o que agora está à vista de todos, depois da tragédia de Pedrógão Grande. Florestas e matos abandonados em regiões chuvosas, seja nos trópicos, seja no Noroeste da Europa, têm uma “dinâmica ecológica” diferente, que permite restaurar espontaneamente a vegetação e limitar os riscos de incêndio. Não é isso que se passa em Portugal, onde um terreno abandonado rapidamente se enche de vegetação “pirófila” (estevas, tojos ou urzes), de “alta inflamabilidade”, explica Pedro Bingre. “Abandonar um terreno implica onerar o interesse público”, resume o investigador.

Entre 2010 e 2015, arderam, em média, 127 mil hectares por ano, em Portugal. Cerca de metade estavam cobertos “apenas por matos”. A maioria destes incêndios começa, precisamente, em zonas abandonadas, pondo em risco, depois, todo o tipo de florestas e mesmo populações. Com isso, “Portugal perde directa ou indirectamente em incêndios florestais perto de mil milhões de euros por ano”, mostra Pedro Bingre. Trata-se de uma “situação calamitosa”, que exigiria uma resposta eficaz.


https://www.publico.pt/2017/06/18/sociedade/noticia/como-lidar-com-os-campos-ao-abandono-1776105

Já que agora se debate muito temas relacionados com a nossa floresta e os terrenos abandonados, resta-nos esperar que quando a poeira assentar, e que não se esqueça tão depressa as vítimas que este incendio causou, e aí se ponham logo de uma vez por todas as ideias em prática. Tenho visto alguns bons especialistas portugueses, e acredito que pelo mundo fora também exista muitos especialistas em vários temas que não importariam de nos ajudar.
 
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Pedro1993

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Torres Novas(75m)
Sem desculpas...
A floresta está a arder, quando se aponta um dedo ao outro não podemos esquecer que outros três da mesma mão estão apontados na nossa direção.
Neste barril de pólvora florestal, que são os Eucaliptos, faz falta a tua intervenção, não para apagar os incêndios mas todos os dias para semear ou plantar árvores amigas dos bombeiros.
Sobreiros, Castanheiros e Carvalhos são a aposta correta, entre outras espécies.
O Movimento Terra Solta, tem um viveiro destas espécies para que no próximo Outono / Inverno possamos plantar onde for mais necessário.
Vamos iniciar uma nova plantação algures pelas serras. Estás convidado, desde já esperemos que não tenhas desculpas!!!

Nuno Moutinho

https://www.facebook.com/terrasolta.org/?hc_ref=NEWSFEED&fref=nf

Publicação retirada na íntegra do facebook da página Terra Solta

Mais uma boa ideia, mas antes de plantar já, acho que seria uma boa ideia primeiro cartografar toda a área a plantar, e reordenar a floresta de uma vez por todas.
 

Pedro1993

Super Célula
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Torres Novas(75m)
ELES ESTÃO A PREPARAR FLORESTAS SEM MEDO DO FOGO

No interior do país – nas serras da Freita, Arada, Montemuro, Lapa e Caramulo, envolventes do Vouga e Paiva – há mais de 150 hectares que estão nas mãos da Montis, Associação de Conservação da Natureza criada em Março de 2014. A sua gestão passa por torná-los mais resilientes e resistentes aos fogos.

“O fogo é uma inevitabilidade.” Quem o diz é Henrique Pereira dos Santos, arquitecto paisagista e presidente da direcção da Montis. Esta associação, com sede em Vouzela, tem vindo a adquirir terrenos e a geri-los de forma a aumentar a biodiversidade, a garantir a sustentabilidade dessa gestão e a aumentar a criação de emprego.

A prioridade não é travar o avanço das chamas mas sim optimizar a biodiversidade local e aumentar a fertilidade dos solos.

Neste momento, a associação gere mais de 150 hectares nos concelhos de Vouzela, São Pedro do Sul (distrito de Viseu) e Arouca (distrito de Aveiro). Carvalhos, medronheiros, ulmeiros, salgueiros, amieiros, um grande giestal e vegetação própria de margens de riachos fazem parte destes territórios.

Os terrenos estão divididos por três blocos. Os carvalhais do Caramulo, 5,5 hectares no concelho de Vouzela, pertencem à Montis. Aqui há essencialmente carvalhos-alvarinhos, diz-nos Henrique Pereira dos Santos. “São carvalhos em recuperação (…) e já há efeitos visíveis da nossa intervenção, como clareiras e bosquetes.”




Fotos: Montis

http://www.wilder.pt/historias/eles-estao-a-preparar-florestas-sem-medo-do-fogo/

Nota: a notícia é do ano passado, mas é só para retratar, o que se pode fazer, nem que seja com recurso as expropriações e entregar depois os terrenos a empresas como esta que tem os todos os meios para depois o gerir da melhor forma, soube que um incendio no mes de abril destrui uma plantação de árvores autóctones deste inverno, ardeu ,embora de outra empresa.

https://ecosanto.wordpress.com/2017/06/18/incendio-de-28-de-abril-balanco-quase-final/
 
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