Seguimento - Incêndios 2017

Toby

Nimbostratus
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25 Mar 2011
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Alcobaca (160 m)
Boa noite,

Se uma pessoa puder traduzir-me:
" En réfléchissant la tête froide, cette histoire de CANADAIR c'est +/- normal la presse veut être un pseudo contre-pouvoir (toujours la théorie du pouvoir qui cache) et SURTOUT lors de tragique événements, les sensibilités sont à fleur de peau. Lors des attentats de Bruxelles en mars 2016, la population/presse a aussi lancer de fausses informations ou rumeurs et pas nuire mais par peur. Je me souviens très bien du 22 mars, mon épouse et moi cherchions à contacter nos enfants, surtout notre cadette car on avait vu à la TV une alerte dans le batiment de son travail."

Boa noite a
 


Zarb

Cumulus
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20 Jun 2017
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Cepões de Viseu
Desta vez não há desculpa.

Não fosse isto tão trágico e isto caía no mais ridículo tesourinho deprimente. Uma informação parte de um posto de comando que agora não consegue justificar a informação que partiu do posto de comando... É impossível compreender uma coisa destas.

Com este Comando da ANPC acho que é fácil perceber tudo... Bem iniciou nas respostas do jovem Rui na noite de Sábado perante os jornalistas que logo se percebe o descoordenação que aquilo é...

Só posso dizer uma coisa: o Verão começa amanhã. O Governo ainda tem tempo para rectificar a ANPC e trazer quem perceba de protecção civil. E claro, não reenviar o jovem Rui novamente para Castelo Branco que as pessoas de Idanha não querem morrer em nenhum dos muitos fogos que por lá vão existir este Verão...
 

guisilva5000

Super Célula
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16 Set 2014
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Belas
Ao que parece o IPMA não tem a certeza se foi um raio a começar o incêndio não obstante haver uma personagem a indicar a primeira árvore 'victimada'. Amanhã deverá haver um relatório do IPMA.

Pessoalmente até acho que é irrelevante o motivo já que incendiários ou trovoadas secas podem acontecer em qualquer lado. O sistema de segurança falhou abismalmente num evento que não obstante a severidade excecional é habitual no país. Até parece que este é o primeiro incêndio em que está tudo à nora. Nem quero ver quando um evento catastrófico de outro tipo ocorrer. O país fecha as portas e é melhor emigrar para Espanha.

Novamente, para quê investigar e gastar dinheiro do contribuinte? As conclusões vão ser as mesmas. Há quanto tempo estão os Kamov no mecânico?

Na altura de apontar dedos é melhor estar no topo da pirâmide do que no fundo e todo o motivo serve para empurrar culpas. Mas há uns com mais sorte contactos do que outros.

Concordo totalmente. Por muito que tentem culpar a "natureza" ou um incendiário, a tragédia já está feita e o erro foi a prevenção e a ação imediata. De um certo modo, como em geral em Portugal, espera-se sempre que ocorra uma tragédia para que se mudem as coisas... Enfim.
 

Zarb

Cumulus
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20 Jun 2017
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Cepões de Viseu
Nenhum Canadair caiu! O que é que ainda não entendeste?

Eu ainda não entendi porque é que o comando passou essa informação falsa/errada aos jornalistas (as mesmas pessoas, segundo a RTP e Lusa, que lhes têm vindo a passar a informação sobre a situação TO). Será que passado 3 dias as comunicações entre as diversas autoridades no TO continua "difícil"?
 

Zarb

Cumulus
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20 Jun 2017
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Cepões de Viseu
Falta de informação? As TV´s lançaram um boato falso e o comando mandou investigar! O que é que não entendeste?
Acho que realmente estás com muita falta de informação...

Não é a Lusa ou a SIC ou a RTP ou a TVE. São todas a confirmar que essa informação foi passada por pessoas no Comando.
É mesmo caso para dizer: o que é que não queres perceber?
 
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David sf

Moderação
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8 Jan 2009
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Oeiras / VN Poiares
paradoxo 1
- o IC8 foi cortado mas não se sabia a direção dominante do incêndio ou essa informação não circulava.
Algumas pessoas dispersaram-se por outras estradas e morreram queimadas.

paradoxo 2
- várias pessoas sairam de casa quando as habitações seriam o local mais seguro. Morreram queimadas.

paradoxo 3
- funcionários de uma fábrica abandonaram as instalações quando o local era perfeitamente seguro. Pelo menos mais seguro que a floresta. Morreram queimados.

é uma série de decisões sem explicação. Umas pessoais, outras coletivas...

É a isto mesmo que eu me referia na minha intervenção desta manhã. É importante sensibilizar as pessoas que na maior parte dos casos é mais seguro ficar em algumas edificações resistentes à passagem da frente do incêndio, do que aventurarem-se em estradas. Estas edificações deveriam estar referenciadas pela Protecção Civil municipal e a população informada que é preferível dirigirem-se para esse ponto do que fazerem-se à estrada.

Há muitas mais decisões sem explicação e notória descoordenação na forma como toda esta situação foi gerida. Esta rábula do avião é só mais uma; mesmo havendo culpa do sensacionalismo da Comunicação Social, o desmentido teria que ter sido muito mais rápido; quanto tempo demoraria contactar todos os Canadair que estavam a operar? Mais de 5 minutos???? O que foram fazer as mais altas figuras do Estado ao teatro de operações na fase mais crítica do incêndio? Como a PJ conseguiu em menos de 24 horas identificar a árvore atingida por um raio que terá despoletado o incêndio (mesmo descobrindo-se uma árvore atingida por um raio, como se tem a certeza que o incêndio não estaria já a decorrer - como parece indicar o relato horário da ocorrência)??? Terá esta rápida descoberta algo a ver com a cláusula que isenta o SIRESP de responsabilidades no caso de falhas ocasionadas por trovoadas?
 

mecre90

Cirrus
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26 Fev 2016
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Tomar
paradoxo 1
- o IC8 foi cortado mas não se sabia a direção dominante do incêndio ou essa informação não circulava.
Algumas pessoas dispersaram-se por outras estradas e morreram queimadas.

paradoxo 2
- várias pessoas sairam de casa quando as habitações seriam o local mais seguro. Morreram queimadas.

paradoxo 3
- funcionários de uma fábrica abandonaram as instalações quando o local era perfeitamente seguro. Pelo menos mais seguro que a floresta. Morreram queimados.

é uma série de decisões sem explicação. Umas pessoais, outras coletivas...

Bom resumo. A única resposta lógica para tanta gente ter tomado a pior decisão é apenas uma: num momento inicial a estrada era efectivamente um ponto aparentemente seguro, e no espaço de segundos, no máximo 2 a 5 minutos, deixou de o ser.
Acho que isto é óbvio.
Agora no campo da especulação, que apenas a investigação e o interrogatório a sobreviventes poderá sustentar, foi a paragem de um primeiro(s) veículos que originou o número absurdo de vítimas. Com linguas de fogo que inicialmente seriam invisíveis, e sem nenhuma visibilidade, o pânico originou choques em cadeia e despistes. E essencial o depoimento dos sobreviventes. As mortes tem muito pouco a ver com decisões políticas ou de ordenamento florestal, e muito mais a ver com as condições climatéricas criadas naquele preciso local, em conjunto com um acontecimento hipotético (paragem involuntaria de um dos veículos)
 
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ClaudiaRM

Furacão
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2 Dez 2009
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Acho que realmente estás com muita falta de informação...

Não é a Lusa ou a SIC ou a RTP ou a TVE. São todas a confirmar que essa informação foi passada por pessoas no Comando.
É mesmo caso para dizer: o que é que não queres perceber?

Ai é? E os pobres jornalistas enganados não revelam a fonte porquê? Só há uma forma de tentarem recuperar a sua reputação: dizer quem lhes passou, supostamente, a informação. Depois disso, podem explicar se noticiaram o que não aconteceu apenas com base numa fonte e porquê ou então revelar mais nomes. O que não podem fazer é dizer que foram enganados por uma fonte mas não a revelarem. Se continuarem a insistir nisso, a responsabilidade é somente deles. É que isto de dizer não fui eu foi outro sem dizer quem é o outro tem nome e chama-se cobardia.
 

Zarb

Cumulus
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20 Jun 2017
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Ao que parece o IPMA não tem a certeza se foi um raio a começar o incêndio não obstante haver uma personagem a indicar a primeira árvore 'victimada'. Amanhã deverá haver um relatório do IPMA.

Pessoalmente até acho que é irrelevante o motivo já que incendiários ou trovoadas secas podem acontecer em qualquer lado. O sistema de segurança falhou abismalmente num evento que não obstante a severidade excecional é habitual no país. Até parece que este é o primeiro incêndio em que está tudo à nora. Nem quero ver quando um evento catastrófico de outro tipo ocorrer. O país fecha as portas e é melhor emigrar para Espanha.

Novamente, para quê investigar e gastar dinheiro do contribuinte? As conclusões vão ser as mesmas. Há quanto tempo estão os Kamov no mecânico?

Na altura de apontar dedos é melhor estar no topo da pirâmide do que no fundo e todo o motivo serve para empurrar culpas. Mas há uns com mais sorte contactos do que outros.

Kamov, SIRESP... tudo investimento com contactos... tudo investimentos da mesma "fonte"...

A concessionária ASCENDI vem agora dizer que fez a manutenção da estrada uma semana antes do acidente. O que é óbvio pelas imagens repetidas vezes sem conta sobre a estrada da morte que essa concessionário manteve a faixa de servidão livre de vegetação...

Nada como ser uma concessionária com "contactos". Se a desgraça não fosse tão grande até dava vontade de rir.

A ver vamos se as famílias dos infelizes agora fazem o que de direito e processam este pessoal porque isto para alguns só doí quando vai mesmo ao bolso.
 

hurricane

Cumulonimbus
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11 Nov 2007
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Genval, Bélgica
O problema dos incêndios em Portugal é e continuará a ser o lobby da indústria da celulose que chantageia os governos com menos investimento caso imponham restrições ao eucalipto! Se Portugal tivesse apenas espécies autóctones nada disto acontecia com esta dimensão.
 

Zarb

Cumulus
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20 Jun 2017
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Cepões de Viseu
Ai é? E os pobres jornalistas enganados não revelam a fonte porquê? Só há uma forma de tentarem recuperar a sua reputação: dizer quem lhes passou, supostamente, a informação. Depois disso, podem explicar se noticiaram o que não aconteceu apenas com base numa fonte e porquê ou então revelar mais nomes. O que não podem fazer é dizer que foram enganados por uma fonte mas não a revelarem. Se continuarem a insistir nisso, a responsabilidade é somente deles. É que isto de dizer não fui eu foi outro sem dizer quem é o outro tem nome e chama-se cobardia.

Os jornalistas revelarem as fontes?? Mas onde é que já alguma vez viu isso...

Eu repito para que não haja dúvidas: a informação foi passada pela Lusa mas confirmada junto do Comando por pelo menos: RTP, SIC, TVI e TVE. Admito que muitas rádios e jornais também tenham tido a mesma confirmação do Comando.
 

Zarb

Cumulus
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20 Jun 2017
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Cepões de Viseu
O problema dos incêndios em Portugal é e continuará a ser o lobby da indústria da celulose que chantageia os governos com menos investimento caso imponham restrições ao eucalipto! Se Portugal tivesse apenas espécies autóctones nada disto acontecia com esta dimensão.

Ontem ouvi o Capoula Santos, Ministro da Agricultura, negar que este governo tinha aprovado uma moratória de 30 anos para as plantaões de eucaliptos. Engraçado, é sinal que não lê o Diário da República onde ele próprio publica.

Não ouvi uma palavra deste Ministro quanto a criar plantações autóctones ou limitar o eucalipto.

Depois ouvi António Vitorino também dizer que o eucalipto nunca é o problema...

Gostava que alguém explicasse a estes senhores que carvalhos, castanheiros e outras também ardem... mas num incêndio destes o fogo não se propaga nem com a mesma velocidade, nem atinge de longe temperaturas tão altas. Aliás, isso é óbvio para quem já viu incêndios desenvolver-se no Parque do Montesinho (onde o negral e a nogueira - em floresta desordenada - têm uma presença muito importante).

Mas pronto, já se está a preparar o novo negócio: sociedades de gestão florestal que ficam encarregues de administrar os terrenos dos particulares, sob pena destes serem penalizados com carga fiscal.

E o típico urbano burro português vai achar muito bem... só não acharia bem se tivessem também de entregar as suas casas a sociedades de gestão imobiliária.
 
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Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Açores

E assim começa...

Foi um evento extraordinário em que a força do evento assoberbou toda e qualquer capacidade humana de intervenção. Todos os nossos pensamentos e orações estão com todos os afetados por este evento e tudo faremos para aliviar o seu fardo.

Garanto desde já que todas as diligências serão feitas para identificar e punir todos os responsáveis. Gostaria também de exaltar a solidariedade dos portugueses e à vigilância de todos para que novos incêndios sejam impedidos.

Muito obrigado.

E ninguém me oferece um emprego nas RP's do governo? :D
 
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hurricane

Cumulonimbus
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Genval, Bélgica
Ontem ouvi o Capoula Santos, Ministro da Agricultura, negar que este governo tinha aprovado uma moratória de 30 anos para as plantaões de eucaliptos. Engraçado, é sinal que não lê o Diário da República onde ele próprio publica.

Não ouvi uma palavra deste Ministro quanto a criar plantações autóctones ou limitar o eucalipto.

Depois ouvi António Vitorino também dizer que o eucalipto nunca é o problema...

Gostava que alguém explicasse a estes senhores que carvalhos, castanheiros e outras também ardem... mas num incêndio destes o fogo não se propaga nem com a mesma velocidade, nem atinge de longe temperaturas tão altas. Aliás, isso é óbvio para quem já viu incêndios desenvolver-se no Parque do Montesinho (onde o negral e a nogueira - em floresta desordenada - têm uma presença muito importante).

Mas pronto, já se está a preparar o novo negócio: sociedades de gestão florestal que ficam encarregues de administrar os terrenos dos particulares, sob pena destes serem penalizados com carga fiscal.

E o típico urbano burro português vai achar muito bem... só não acharia bem se tivessem também de entregar as suas casas a sociedades de gestão imobiliária.

Nem mais! É mesmo incrível! Continua-se a bater no ceguinho! O problema nunca é do eucalipto. Pois não! Basta ver países como Espanha, Grécia ou Itália que têm igualmente ondas de calor e são igualmente secos. Portugal é o país do mundo com maior percentagem de eucalipto por área florestal, mesmo à frente da Austrália.

Em Portugal é impossível não haver fogos, mas é possível limitá-los... Aliás, a natureza encarregou-se disso bem melhor! Interesses económicos minam tudo!

Mas tenho esperança que haja uma mobilidade e ativismo nacional contra o eucalipso! Veremos.

Há um artigo no Politco.eu que explica bem o lobby da celulose em Portugal. Nenhum jornal português o explica tão bem.