Seguimento - Incêndios 2025

[Sleet]

Como isto está, o incêndio vai estar às portas da cidade da Covilhã em poucas horas...

 

[StormRic]

Incêndio de Mondim de Basto (início 16h41; resolução 21h12 depois de dois momentos em resolução e posterior reacendimento).

 

[StormRic]

Arganil-Meãs, desde Moradal: bastante evidente a chegada do vento de Oeste que se por um lado limpou o fumo que dificultava a acção dos meios aéreos, por outro lado reacendeu o incêndio na frente de São Jorge da Beira.

 

[baojoao]

Impressionante o que se vê. A frente de fogo entre a serra do Açor e a serra da estrela deve ser gigantesca.
Entretanto já morreu o segundo bombeiro.
Já terão ardido casas em São Jorge da Beira.

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[StormRic]

O incêndio de Arganil-Açor tem um registo térmico impressionante na imagem de satélite, na maior parte da área atingida. Isto significa que ao contrário de outros incêndios já resolvidos e/ou concluídos, o rescaldo completo não foi possível ainda fazer, deve haver zonas sem chama, incandescência dos braseiros ainda em combustão lenta. Produzem os reacendimentos ao serem avivados pelo vento, se ainda houver combustível próximo.

Imagem nos comprimentos de onda do infra-vermelho, quanto mais escuro mais quente.
Além de Arganil-Açor, também Sabugal tem um registo térmico distinguível. A Beira Baixa é ainda uma zona bastante quente na atmosfera à superfície.

Sat24 21h20 (utc+1)

 

[Zarb]

Estava a ver agora as notícias na TVI, esta aldeia de Relvas em Arganil, não é repetente em termos de fogos?

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Possivelmente. O que é que lá tinham à volta a última vez que ardeu? Eucaliptos e pinheiro?

E agora, o que tem lá à volta? Pois...

 

[remember]

Possivelmente. O que é que lá tinham à volta a última vez que ardeu? Eucaliptos e pinheiro?

E agora, o que tem lá à volta? Pois...

Pois, voltamos ao mesmo...falam, falam, mas mudanças são poucas...

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[Sleet]

O clarão que se avista daqui, depois de rasgar a paisagem a sul de oeste para leste, começa a desvanecer-se, o que significa que a cabeça do incêndio já vai longe. Sobra mesmo assim continua a arder nas cumeadas próximas da Teixeira.

Por algumas publicações nas redes sociais dá ideia que a frente oriunda da Teixeira já passou pela Erada e pelo Paul, e a frente de São Jorge da Beira já está perto de Silvares...

 

[Hawk]

 

[Zarb]

Pois, voltamos ao mesmo...falam, falam, mas mudanças são poucas...

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Não é fácil mudar. Não sem verdadeira perequação compensatória.
Ora, se isso não existe no urbanismo, muito mais difícil é no sector florestal e agrícola...

 

[PedroNTSantos]

O clarão que se avista daqui, depois de rasgar a paisagem a sul de oeste para leste, começa a desvanecer-se, o que significa que a cabeça do incêndio já vai longe. Sobra mesmo assim continua a arder nas cumeadas próximas da Teixeira.

Por algumas publicações nas redes sociais dá ideia que a frente oriunda da Teixeira já passou pela Erada e pelo Paul, e a frente de São Jorge da Beira já está perto de Silvares...

Aparentemente, de acordo com um direto da agora mesmo da CNN, a frente oriunda da Teixeira, passou os Trigais e está a ser "travada" dentro do possível, às portas da Erada (os Trigais já pertencem à freguesia da Erada), para tentar salvar a povoação.

Saí da Covilhã às 17h 35min e a cidade estava literalmente a ser engolida por uma língua de fumo a fazer lembrar as tempestades de areia em zonas áridas...Parecia algo de maligno, sobrenatural, assustador, e isto que, com 52 anos, já vi muitos, muitos incêndios, a começar pelo de 2022 que arrasou boa parte do PNSE. E isto que, a essa hora, o fogo ainda devia estar nas Pedras Lavradas...

Todos sabemos que as causas profundas do problema estão na mudança do uso dos solos e no profundo abandono do mundo rural (há toneladas e toneladas de combustível vegetal nas serras que antes era pasto para rebanhos, servia para fazer as camas de animais ou era usado para aquecer as populações rurais). Em cima disso, plantámos pinheiros e eucaliptos. E, como se fosse pouco, ainda trouxemos as acácias da Austrália, como as mimosas, pois ainda não havia suficiente matagal para arder...
É certo, também, que não temos política florestal ou é errática, o próprio Estado não cuida das suas (poucas) matas, não temos guardas-florestais...
Mas, mesmo sabendo disto tudo, e ainda da extraordinária e avassaladora vaga de calor que estamos a passar, da dispersão de meios por vários incêndios, do cansaço de quem lá anda metido no meio.
Ainda assim, alguém me explica como é que um incêndio que começa na quarta de madrugada, chega a domingo desta maneira , depois de já ter devastado o concelho de Arganil, de ter passado para Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Seia e chega à Covilhã, aparentemente apanhando de surpresa tudo e todos.
Os comandos não recebem informações antecipadas sobre a intensidade/direção dos ventos, há alguma estratégia de prevenção ou é simplesmente "correr atrás do fogo"....Pobres dos dois bombeiros que morreram e de quem perde as suas casas e as suas culturas.

Desculpem o desabafo, mas como terá dito um general romano, aqui vive um povo que não se governa, nem se deixa governar!! Pelo menos, aqui está um problema de que ainda ninguém se lembrou de culpar os imigrantes

 

[Orion]

Se os tugas são incompetentes, que dizer dos espanhóis nos últimos 2 dias?

 

[Paulo H]

Este é o preço que pagamos pelo desinvestimento no interior.. quando há 60 anos atrás, as florestas eram um jardim, em que a todos faltava mato, tempos idos em que até era seguro acender uma fogueira na noite de São João de cada família, em pleno pinhal. São tempos que já não voltam..

As alterações climáticas, a introdução de espécies invasoras que alastram após os incêndios, são uma realidade há já pelo menos 40 anos.

Hoje todos opinam, acusam e ninguém tem razão, é um ciclo vicioso que se repete ano após ano. Uns defendem que o estado devia apropriar-se quando o próprio estado é o principal incumpridor, nem são capazes de gerir um parque natural! Substituir invasoras por folhosas, fazer acessos e muitos pontos de água.

O que há a fazer levaria anos, muitos anos, com uma estrutura fixa a manter a floresta. A prevenção começa já amanhã, não começa de 1 a 30 de abril!

No combate observo falta de apoio aos bombeiros: os meios aéreos eram insuficientes para o ataque inicial; onde está o exército a dar apoio logístico de combustível, água, alimentação, roupa, higiene, tendas aos bombeiros? E o siresp? Confia-se o comando da proteção civil aos presidentes de câmara, quando os mesmos nem têm conhecimentos técnicos para essa função! Estou farto de incompetência..

 

[Sleet]

@PedroNTSantos Por volta das 15:00, o incêndio estava confinado ao vale entre a Teixeira e a Teixeira de Baixo, após a frente que descia na direção desta última ter sido travada à entrada da aldeia. Era por isso uma frente de curta dimensão em zona difícil, mas efetivamente, com a rotação do vento para oeste, seria de esperar que começasse a subir a encosta para as Pedras Lavradas.

O que se passou para tão violento desenvolvimento não faço ideia, mas tendo em conta que estavam 210 bombeiros assignados a este sector de Seia à hora do incêndio (info da Câmara Municipal de Seia), que parte deles estariam a fazer consolidação e rescaldo das frentes viradas à Barriosa e ao Muro, e que alguns estariam a descansar após vários dias de combate, e bem que precisam, talvez não houvesse assim tanta gente ali para conseguir segurar a frente a oeste da N231 quando ela "explodiu".

A verdade nua e crua que é as autoridades estão cada vez mais a salvar apenas pessoas e bens, o gigantesco perímetro de vários incêndios a isso obriga. Não há milagres, não há gente que chegue para conter 10 incêndios com dezenas de km de perímetro. Só assim se explica como é que o incêndio de Sortelha, que já andou quase 10 km para norte, tenha estado a ser combatido por apenas 60 operacionais durante mais de um dia.

 

[StormRic]

O clarão que se avista daqui, depois de rasgar a paisagem a sul de oeste para leste, começa a desvanecer-se, o que significa que a cabeça do incêndio já vai longe. Sobra mesmo assim continua a arder nas cumeadas próximas da Teixeira.

Por algumas publicações nas redes sociais dá ideia que a frente oriunda da Teixeira já passou pela Erada e pelo Paul, e a frente de São Jorge da Beira já está perto de Silvares...

Aparentemente, de acordo com um direto da agora mesmo da CNN, a frente oriunda da Teixeira, passou os Trigais e foi travada, dentro do possível, às portas da Erada (os Trigais já pertencem à freguesia da Erada).

Saí da Covilhã às 17h 35min e a cidade estava literalmente a ser engolida por uma língua de fumo a fazer lembrar as tempestades de areia em zonas áridas...Parecia algo de maligno, sobrenatural, assustador, e isto que, com 52 anos, já vi muitos, muitos incêndios, a começar pelo de 2022 que arrasou boa parte do PNSE. E isto que, a essa hora, o fogo ainda devia estar nas Pedras Lavradas...

Por volta das 15:00, o incêndio estava confinado ao vale entre a Teixeira e a Teixeira de Baixo, após a frente que descia na direção desta última ter sido travada à entrada da aldeia. Era por isso uma frente de curta dimensão em zona difícil, mas efetivamente, com a rotação do vento para oeste, seria de esperar que começasse a subir a encosta para as Pedras Lavradas.

Actualização Maps que está de acordo com o que se tem visto de reportagens e testemunhos vários:

Mapa de conjunto do incêndio múltiplo com várias frentes, iniciado há dias no Piódão (Arganil):

Frente de Erada: já chegou a Paúl e estará perto do Zêzere. Perto de Barco e Ourondo. Terá passado também em Sobral de São Miguel, Casegas e Cambões.

Frente de Meãs-São Jorge da Beira. Estará perto de Portela de Unhais e Aldeia de São Francisco de Assis.

Frente dos vales do Alva e Alvoco: transpôs ambos, estará em Penalva de Alva, Santa Ovaia, venda da Esperança.