Seguimento - Incêndios 2025

As barragens da bacia do Zêzere, vão levar com toneladas de cinza tóxica e lamas, nas primeiras chuvas de outono/ inverno: santa luzia, Cabril, castelo de bode.. a extensão é tao grande que desanima qualquer ímpeto bem intensionado. As encostas deviam ser protegidas para que a terra não seja levada pelas chuvas, nem que fosse fazendo tombar as árvores, sempre seguravam algo.

Dada a escala da área afetada não há grande tempo para fazer algo significativo para evitar a erosão. Talvez referenciar e atuar nalgumas zonas mais criticas já seria possível. Mas infelizmente será sempre limitado face ao que ardeu.
 
Dada a escala da área afetada não há grande tempo para fazer algo significativo para evitar a erosão. Talvez referenciar e atuar nalgumas zonas mais criticas já seria possível. Mas infelizmente será sempre limitado face ao que ardeu.
Como costumo dizer.. a prevenção começa todos os dias, o ano inteiro e não apenas em abril/ maio. Melhor começar já, do que andarem com comissões, estudos, sei lá mais o quê.. Os políticos com a política e o governo fomentando a prevenção beneficiando quem cumpre.

Há pouco diziam na TV, só este ano são 4200 crimes de incêndio, 40 incendiários detidos, sendo que os principais incêndios foram causados por trovoada (Piódão/Arganil) e outros por confecção de alimentos, e claro negligência com o uso do tabaco.

Proiba-se a venda de tabaco no verão!
 
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Como costumo dizer.. a prevenção começa todos os dias, o ano inteiro e não apenas em abril/ maio. Melhor começar já, do que andarem com comissões, estudos, sei lá mais o quê.. Os políticos com a política e o governo fomentando a prevenção beneficiando quem cumpre.

Há pouco diziam na TV, só este ano são 4200 crimes de incêndio, 40 incendiários detidos, sendo que os principais incêndios foram causados por trovoada (Piódão/Arganil) e outros por confecção de alimentos, e claro negligência com o uso do tabaco.

Proiba-se a venda de tabaco no verão!
Concordo. A prevençao devia ser feita todo o ano e nao apenas falar nisso quando os fogos estao em curso.

é tao triste ver estas desgraças todos os anos mais enquanto
1/as populaçoes e empresarios nao tiveram plena consciença do risco de ter eucaliptos/pinheiros perto de casa/fabricas
2/ a comunicaçao social continua a falar de floresta... en vez de plantaçoes de eucaliptos/pinheiros
3/ a prevençao dos fogos (mosaico do territorio, informaçao das pouplaçoes, partilha de experiença com outros paises, aplicaçoes no terreno das leis e recomendaçoes dos peritos) nao seja um tema nacional e todo o ano

... nao vejo como as coisas vao mudar.

Unica nota positiva : parece que se protege melhor as pessoas que ha uns anos atras.
 
Ouvi um entendido na TV, referir que se restaurassemos a floresta laurissilva de há 2 milhões de anos, provavelmente ocorreria o mesmo, pois teríamos um bosque de carvalhos e restantes quercus, loureiros, azereiros, medronheiros e muitos matagais á mistura, verdadeiramente impenetráveis!
Não concordo, porque o problema são as monoculturas, quando ardem desenvolvem um enorme efeito térmico e de velocidade de propagação. Se uma mata (floresta) autóctone estiver em contacto com o incêndio de uma monocultura é óbvio que terá de arder algo dela na faixa periférica mas a partir desse ponto irá declinando. Para esse "entendido", o que significa "ocorreria o mesmo"? O mesmo que numa monocultura de produção? Qualquer monocultura de produção tem de ter espaços de entrada e de passagem, e por esses espaços o fogo circula muito mais rápidamente, especialmente se o coberto vegetal rasteiro não estiver diminuído. O problema português são as extensões enormes de monoculturas, muitas das quais já nem são de produção, ficaram a crescer e/ou abandonadas, são de proliferação e de propagação de invasoras. O eucalipto funciona como uma invasora, o pinheiro bravo permite a entrada de invasoras.
 
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Combate apeado deve ser extremamente difícil na Estrela, em particular nas encostas da Torre e da Penha dos Abutres.

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Depende da sua área e de estarem encaixadas entre monoculturas e/ou invasoras, matos sazonais, ou mesmo já invadidas mas dando a ideia de que ainda é uma composição de espécies pouco favoráveis à progressão do fogo.
Há outros fatores.. repara que um pinhal com 100 anos dificilmente arde por baixo, pois o ensonbramento impede o desenvolvimento de matos que precisam de alguma luz solar. Apresenta ramos muito altos e a casca é muito plana, quase sem gretas, o que impede as fagulhas se fixarem. Mesmo assim, tb ardem, resulta daqueles incêndios que ardem de árvore em árvore, do alto.

Nas florestas juvenis, até 10 anos de idade, enchem-se de mato a competir pelo sol. Falo de mato até 2 ou 3 metros de altura! Portanto mesmo florestas de folhosas exigem manutenção durante anos e anos.. e anos. Recursos que Portugal não tem, mas que já teve! tipo de árvore, por exemplo o medronheiro tem rama rasteira e começa a arder mesmo com fogo fraco perto.

Mas pronto, uma característica da floresta laurissilva é que ela se autoregenera nas próprias árvores.

Infelizmente tb o eucalipto e as acácias têm esta capacidade. Já o pinheiro não tem, apenas as sementes são resistentes.
 
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Três grandes incêndios em curso pelo Norte e Centro: Estrela, F.C.Rodrigo e o novo incêndio perto da Base de Tancos.

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Plumas dos maiores incêndios revelam ventos com componente Leste em níveis um pouco acima da superfície.
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O incêdio que teve início em Piódão, agora muito longe da origem, tem duas áreas de emissão de fumo denso reveladas na imagem de radar: Estrela SW e Gardunha. Plumas de fumo também importantes em Pinhel/Almeida (vale do Côa) e Sabugal que continua em resolução desde as 2h da madrugada.
 
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Faixas "corta-fogo" com folhosas em redor das aldeias e povoamentos. Tenho visto algumas imagens na TV do fogo a chegar a um povoamento de castanheiros e começar a deitar o fumo branco com os jornalistas a referir "os bombeiros já estão ali a deitar água". Não é fogo a ser atacado com água, é o próprio teor de água que provoca o fumo branco. Vê-se isto frequentemente nos fogos da Madeira que "lambem" a laurissilva.

Arder uma planta vai arder sempre, a questão é o tempo que demora essa combustão. Se o fogo progride a 300 metros/hora em vez de 3 km/h, dá muito mais margem para o combate.

Por falar em combate, se o site da provic está certo hoje, num dado momento, estiveram simultaneamente 26 aéreos no incêndio de Arganil. Será que o problema é não estarem 35...?
 
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Por falar em combate, se o site da provic está certo hoje, num dado momento, estiveram simultaneamente 26 aéreos no incêndio de Arganil. Será que o problema é não estarem 35...?

O incêndio tem várias frentes, nesta altura já nem devia ser considerado um único incêndio, mas vários. Portanto estarem a contabilizar os meios desses vários incêndios como o ataque a um só incêndio é incorrecto. Qualquer uma das frentes é por si só um grande incêndio. Veja-se as imagens de satélite e radar. Era bom que estivessem os 26 só na Estrela, por exemplo, pois aquele terreno é de muito difícil acesso apeado (mas tem de ser feito para consolidação).
 
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Muito fumo, as horas mais difíceis do dia.
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Observe-se como a Nortada é sólida no Litoral Norte e Centro e ainda no Sul, onde curva e vem de Noroeste.
Mas no Interior Norte e Centro a direcção do vento é diversificada pela componente Leste e pelo relevo da região.

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Dois grandes incêndios herdados do de Arganil: Estrela e Gardunha.
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E ainda o cada vez maior incêndio no vale do Côa (Pinhel, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo).

Gardunha estava assim horas atrás:
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