Mais uma vez afirmo que as RUEMA têm outros objectivos e não podem, de forma alguma, ser comparadas com as EMA nem sequer ser substituídas por estas, quando não há dados providenciados pelas EMA.
Não se encontram instaladas sobre solo coberto de relva, que evita o sobreaquecimento do ar acima desse solo, por efeito da sua proximidade e reflecção da radiação, e não cumprem uma série de outros critérios que as possam colocar num plano de igualdade em relação às EMA.
O solo tem outras características, as estações não estão tão expostas à circulação do ar, tudo isto para «recriar» e dar uma ideia das temperaturas medidas dentro de um local urbanizado, pois é mesmo esse o objectivo.
Estas estações não constam nos relatórios mensais precisamente por isso, porque seria uma grande asneira e falta de bom senso comparar valores da baixa de Lisboa com valores medidos na Amareleja, porque o suposto calor da primeira é apenas artificial e deve-se ao elevado urbanismo do local, muito por culpa da localização da RUEMA em causa, que apenas tem o objectivo de representar o calor resultante de todas as infraestraturas urbanas em coexistência naquele mesmo local.
Assim, apenas as EMA cumprem certos critérios que fazem com que possam ser comparadas com outras EMA, pois a instalação deve cumprir o mesmo método em todas, colocando-as a um nível em que podem ser comparadas.
Assim, dá-se apenas importância ao verdadeiro potencial de calor de um local, o calor «real» e não ao calor gerado pelo efeito urbano, pois as EMA encontram-se instaladas em locais protegidos, normalmente em planos um pouco elevados e bastante ajardinados, onde não é possível a construção de edifícios por questões meteorológicas, de modo a dar um seguimento devido às medições efectuadas pelas estações meteorológicas, para que seja levada a cabo uma monitorização do clima ao longo do tempo, sem que haja alterações no local.