Seguimento Meteorológico Livre 2017

Estado
Fechado para novas mensagens.

Orion

Furacão
Registo
5 Jul 2011
Mensagens
21,800
Local
Açores


Infelizmente não encontrei o artigo e a escala do gráfico não é muito clara.

De qualquer das formas, mesmo no NO espanhol a precipitação é variável e com o passar do tempo os extremos inevitavelmente ocorrem [com influência das alterações climáticas (não) naturais].

A seca nos anos >1725 pode ter sido bastante severa.

A falta de informações passadas e o longo período de retorno dos eventos dificultam a elaboração de conclusões. Mas isto por si só não invalida a teoria do AG. Em parte só demonstra a pouca importância que se dá a situações pontuais (ex: secas excecionais) que ocorrem a cada 100 ou 200 anos. Pudera, só uma pequena percentagem da população atingirá o primeiro valor.
 
Última edição:


Luso Meteo

Cumulonimbus
Registo
22 Set 2012
Mensagens
2,194
Local
Felgueiras, Porto (500 mts)
Boa noite.
Sinceramente, e por experiência passada com os modelos, penso que até 10 de novembro não irá cair nada de relevante...
O GFS tem estado muito estável e não vê nada...
Espero estar errado.
 
  • Gosto
Reactions: joselamego

dahon

Nimbostratus
Registo
1 Mar 2009
Mensagens
1,677
Local
Viseu(530m)
Em relação às saídas do GFS e do GEM temos algo curioso:
Tenho lindo bastante assinalarem aqui a questão das alterações climáticas, penso que é mais que evidente que elas existem e estão em curso.
Contudo se esse facto é claro, não será tão evidente as razões subjacentes a essas mesmas alterações.
Como este é um fórum em que todos nós temos uma paixão relacionada com meteorologia e climatologia, é natural que conheçam um documentário chamado: the great global warming swindle.
Quem não conhece aconselho vivamente a verem, podem pesquisar no YouTube que está disponível inclusive legendado.
Dá-nos uma versão alternativa relacionada com as razões evocadas para o aquecimento global e as consequentes alterações climáticas.
E de facto não se baseia apenas em teorias mais ou menos extemporâneas, apresenta factos e conclusões bastante válidas e passíveis de serem levadas em linha de conta.
Da mesma maneira que é factual a existência de alterações climáticas, também creio ser mais que evidente que existe uma indústria e um lobbie á volta deste tema.
Mão humana ou um ciclo natural ?
Se calhar as coisas não são tão lineares como nos querem fazer crer ........

Não querendo ser muito cáustico, mas se para teres uma opinião contrária a 99% da comunidade cientifica bastou um documentário.........
 

joralentejano

Super Célula
Registo
21 Set 2015
Mensagens
9,467
Local
Arronches / Lisboa
Run das 06z do GFS prevê uma cut-off à semelhança do ECM. Creio que com tanta confusão e incerteza nas últimas run's do GFS, decidiram seguir a previsão do ECM. Mas, como sempre, "chutam" um ou dois dias depois da previsão do ECM. :D
Creio que a primeira entrada fria que vai atingir a europa é tal como o Ophelia a chave para derrubar este Anticiclone. Quando o GFS prevê essa entrada a ser empurrada para leste é anticiclone até às 384h, quando não é, já prevê algo diferente. É uma autêntica confusão :p
 

The Weatherman

Cumulus
Registo
10 Fev 2009
Mensagens
455
Local
Braga
Em relação às saídas do GFS e do GEM temos algo curioso:
No primeiro temos uma entrada mais vigorosa do frio por grande parte da Europa até praticamente meio da França com a ISO 0, mas a península ibérica a destoar com temperaturas altas.
Por outro lado o GEM retira a ISO 0 mais para norte mas com a península ibérica a estar mais homogênea com o resto da Europa no que a temperaturas diz respeito.
Penso que no geral o continente ainda está algo quente e por isso termos temperaturas demasiado altas para a época.

Tenho lindo bastante assinalarem aqui a questão das alterações climáticas, penso que é mais que evidente que elas existem e estão em curso.
Contudo se esse facto é claro, não será tão evidente as razões subjacentes a essas mesmas alterações.
Como este é um fórum em que todos nós temos uma paixão relacionada com meteorologia e climatologia, é natural que conheçam um documentário chamado: the great global warming swindle.
Quem não conhece aconselho vivamente a verem, podem pesquisar no YouTube que está disponível inclusive legendado.
Dá-nos uma versão alternativa relacionada com as razões evocadas para o aquecimento global e as consequentes alterações climáticas.
E de facto não se baseia apenas em teorias mais ou menos extemporâneas, apresenta factos e conclusões bastante válidas e passíveis de serem levadas em linha de conta.
Da mesma maneira que é factual a existência de alterações climáticas, também creio ser mais que evidente que existe uma indústria e um lobbie á volta deste tema.
Mão humana ou um ciclo natural ?
Se calhar as coisas não são tão lineares como nos querem fazer crer ........

O documentário "The great global warming swindle" é a prova concreta de que realmente existe um lobbie a tentar descredibilizar a comunidade científica. Já tem nove anos e foi uma espécie de tentativa de resposta a "Uma verdade inconveniente". Os dados e estudos atuais desmentem completamente o que este documentário tenta provar.
 

Dias Miguel

Cumulonimbus
Registo
26 Jan 2015
Mensagens
2,626
Local
Portalegre

Saudades de Anthymio
Ricardo Leite Pinto, Professor Universitário
00:08
No balanço de responsabilidades do pós-Pedrógão não há uma linha sobre o IPMA, pelos resumos que leio nos jornais. Será que não as teve?

Quando eu era garoto via na televisão, a preto e branco, o meteorologista Anthymio de Azevedo explicar, deslocando num mapa do Atlântico as letras A e B, como o anticiclone dos Açores provocaria sol e alta temperatura nos dias vindouros. A tal ponto que acreditava piamente que o verdadeiro dono do tempo não era São Pedro mas o mágico Anthymio. Podíamos, era seguro, jogar à bola no pátio da Escola Manuel da Maia, em Campo de Ourique.

Hoje, pelas 21 horas, vejo atentamente o “Tiempo” no canal TVE 24, ou seja na televisão pública espanhola, se quero saber da chuva ou do vento na próxima semana. Mónica Lopez encarrega-se com folga e pedagogia de nos explicar o que vai acontecer nos próximos dias, temperaturas, humidade, mapas, fotografias de satélite e por aí fora. E até dá explicações sobre os (raros) falhanços das previsões. É claro que tenho de deduzir um bocadinho para perceber o que vai acontecer no território nacional, porque a informação termina na fronteira, como é óbvio.

Isto para dizer que não existe entre nós uma informação meteorológica rigorosa e completa em qualquer dos canais televisivos. A RTP como canal público tinha obrigação de ter mantido esse serviço. Pelos vistos acabou com ele vai para 20 anos e não tenciona recuperá-lo. O que é incompreensível considerando a necessidade cada vez mais óbvia, à conta das mudanças climáticas, de termos uma informação competente na matéria. Acresce que não é sequer um programa com pouca audiência. Pelo contrário, os espaços sobre a previsão do tempo são dos mais vistos em todos os canais informativos.

Mas não só não existe essa informação como aquela que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) nos faculta no seu portal, para quem se interessa, parece ter enveredado, nos últimos tempos, pelo caminho da adivinhação. Soube-se a semana passada a propósito da nova catástrofe, que o Governo teria recebido um aviso do IPMA, com 3 dias de antecedência, de que o dia 15 de Outubro seria o mais perigoso do ano, acabando por não fazer o trabalho de casa. É possível (com este Governo tudo é possível).

Mas o que sei de ciência certa que, nesse mesmo dia 15, o IPMA enviou um alerta relativo à região de Lisboa quanto à previsão de “chuva forte acompanhada de trovoada” para o período entre as 3 e as 21 horas do dia seguinte, 16. Recebi esse aviso na minha caixa de correio electrónico e constatei que durante toda essa segunda-feira (pelo menos entre as 3 e as 21h) não caiu um pingo de chuva em Lisboa. Como havia visto o “Tiempo” da TVE na noite de dia 15, que só confirmava a passagem da frente fria no território nacional para terça-feira, ignorei o guarda-chuva mas não deixei de me interrogar sobre as razões de tão grosseiro erro de previsão.

Não encontro resposta. As previsões são hoje alicerçadas em imagens de satélite cada vez mais sofisticadas e em poderosas bases de dados, pelo que o erro é (ou deverá ser) cada vez menor. Infelizmente não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que o IPMA falha. No balanço de responsabilidades do pós-Pedrógão não há uma linha sobre o IPMA, pelos resumos que leio nos jornais. Será que não as teve? Como mero curioso dos fenómenos meteorológicos e da ciência que os estuda, o mínimo que posso dizer perante o cenário descrito é que sinto saudades de Anthymio de Azevedo!

Tomei a liberdade de colocar toda a notícia, pois assim chama mais a atenção.
E eu também tenho saudades do Anthímio...
 

Intruso

Cumulus
Registo
6 Mar 2016
Mensagens
179
Local
Maia
O que é facto é que há alterações climáticas e outro facto inegável são os ciclos terrestres. Entre estes dois factos ficamos entre qual?
Se é verdade que a mão humana muito contribui para as alterações climáticas, também é verdade que a Terra é feita de ciclos e nós estamos num ciclo de seca.
E agora o que fazer? Vamos fazer a dança da chuva? Não. Temos que esperar por melhores dias. E eu ainda tenho fé que os próximos meses tragam água com fartura.
 
  • Gosto
Reactions: joselamego
M

Membro excluído 274

Saudades de Anthymio
Ricardo Leite Pinto, Professor Universitário
00:08
No balanço de responsabilidades do pós-Pedrógão não há uma linha sobre o IPMA, pelos resumos que leio nos jornais. Será que não as teve?

Quando eu era garoto via na televisão, a preto e branco, o meteorologista Anthymio de Azevedo explicar, deslocando num mapa do Atlântico as letras A e B, como o anticiclone dos Açores provocaria sol e alta temperatura nos dias vindouros. A tal ponto que acreditava piamente que o verdadeiro dono do tempo não era São Pedro mas o mágico Anthymio. Podíamos, era seguro, jogar à bola no pátio da Escola Manuel da Maia, em Campo de Ourique.

Hoje, pelas 21 horas, vejo atentamente o “Tiempo” no canal TVE 24, ou seja na televisão pública espanhola, se quero saber da chuva ou do vento na próxima semana. Mónica Lopez encarrega-se com folga e pedagogia de nos explicar o que vai acontecer nos próximos dias, temperaturas, humidade, mapas, fotografias de satélite e por aí fora. E até dá explicações sobre os (raros) falhanços das previsões. É claro que tenho de deduzir um bocadinho para perceber o que vai acontecer no território nacional, porque a informação termina na fronteira, como é óbvio.

Isto para dizer que não existe entre nós uma informação meteorológica rigorosa e completa em qualquer dos canais televisivos. A RTP como canal público tinha obrigação de ter mantido esse serviço. Pelos vistos acabou com ele vai para 20 anos e não tenciona recuperá-lo. O que é incompreensível considerando a necessidade cada vez mais óbvia, à conta das mudanças climáticas, de termos uma informação competente na matéria. Acresce que não é sequer um programa com pouca audiência. Pelo contrário, os espaços sobre a previsão do tempo são dos mais vistos em todos os canais informativos.

Mas não só não existe essa informação como aquela que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) nos faculta no seu portal, para quem se interessa, parece ter enveredado, nos últimos tempos, pelo caminho da adivinhação. Soube-se a semana passada a propósito da nova catástrofe, que o Governo teria recebido um aviso do IPMA, com 3 dias de antecedência, de que o dia 15 de Outubro seria o mais perigoso do ano, acabando por não fazer o trabalho de casa. É possível (com este Governo tudo é possível).

Mas o que sei de ciência certa que, nesse mesmo dia 15, o IPMA enviou um alerta relativo à região de Lisboa quanto à previsão de “chuva forte acompanhada de trovoada” para o período entre as 3 e as 21 horas do dia seguinte, 16. Recebi esse aviso na minha caixa de correio electrónico e constatei que durante toda essa segunda-feira (pelo menos entre as 3 e as 21h) não caiu um pingo de chuva em Lisboa. Como havia visto o “Tiempo” da TVE na noite de dia 15, que só confirmava a passagem da frente fria no território nacional para terça-feira, ignorei o guarda-chuva mas não deixei de me interrogar sobre as razões de tão grosseiro erro de previsão.

Não encontro resposta. As previsões são hoje alicerçadas em imagens de satélite cada vez mais sofisticadas e em poderosas bases de dados, pelo que o erro é (ou deverá ser) cada vez menor. Infelizmente não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que o IPMA falha. No balanço de responsabilidades do pós-Pedrógão não há uma linha sobre o IPMA, pelos resumos que leio nos jornais. Será que não as teve? Como mero curioso dos fenómenos meteorológicos e da ciência que os estuda, o mínimo que posso dizer perante o cenário descrito é que sinto saudades de Anthymio de Azevedo!

Tomei a liberdade de colocar toda a notícia, pois assim chama mais a atenção.
E eu também tenho saudades do Anthímio...

Bom artigo, até parece que o senhor andou a ler os post do assunto aqui no forum.

Tenho sido impertinente com o IPMA no seu Facebook, a resposta deles é apagar os meus comentários (nunca fui mal educado), daí se vê que não têm qualquer intenção de mudar, estão-se nas tintas para nós e concerteza satisfeitos com o espaço mediocre da RTP que ninguem pode ver e com a meteorologia de gabinete que os caracteriza.
 

Paulo H

Cumulonimbus
Registo
2 Jan 2008
Mensagens
3,281
Local
Castelo Branco 386m(489/366m)
Bom artigo, até parece que o senhor andou a ler os post do assunto aqui no forum.

Tenho sido impertinente com o IPMA no seu Facebook, a resposta deles é apagar os meus comentários (nunca fui mal educado), daí se vê que não têm qualquer intenção de mudar, estão-se nas tintas para nós e concerteza satisfeitos com o espaço mediocre da RTP que ninguem pode ver e com a meteorologia de gabinete que os caracteriza.

Talvez a questão tenha de ser colocada à RTP, responsável pela gestão de conteúdos / programas informativos.
 
  • Gosto
Reactions: joselamego
Estado
Fechado para novas mensagens.