Seguimento Meteorológico Livre - 2020

joaocpais

Cumulus
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N sei q relação pode haver com as alterações climaticas, mas tal como referi antes os dois ultimos anos foram de VP fracos e o tempo por ca foi o q todos sabemos.
Este inverno ja houve episodios de enfraquecimento e esteve bastante movimentado, agora é q se fortaleceu e esta mais estacionario no polo, mas o assunto VP é algo mto complexo para se poder tirar conclusões tão simples....
A titulo de curiosidade a divisão do VP ocorre 6 em cada 10 anos umas vezes da chuva outras n, março 2013 e 2018, maio 2008, creio q 2010 tb foi
Curiosa e interessante essa periocidade da divisão do vortex polar, no entanto todos os cientistas dizem que o vortex polar este ano está a ser dos mais fortes desde 1990
 
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joaocpais

Cumulus
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DyKyV0rW0AU20fn.jpg
acho que a imagem é mais ilustrativa, pois sou uma nódoa a descrever por texto
Excelente!
 
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joaocpais

Cumulus
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Então ve la quão forte estava o ano passado nesta altura e o tempo q fez o ano passado, estava tão forte q até havia 2....
Podes ilustrar esse tipo vortex separado em 2?
É que tenho ideia que existe um outro tipo de vortex ou um género de sub tipo de vortex
Tipo um vortex que se desloca numa ondulação maior à frente e mais pequena atrás mas não consigo explicar sem ilustracao
 
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Duarte Sousa

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8 Mar 2011
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O que aconteceu em 2018 foi o rompimento, a divisão do vórtice polar, portanto toda aquela massa de ar frio que estava aprisionada ficou "à solta". Daí termos tido um Março de 2018 bastante chuvoso, e ainda bem, pois a seca até esse momento já era bastante preocupante (cerca de 83% do território continental estava em seca severa no final de Fevereiro).
 

joaocpais

Cumulus
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O que aconteceu em 2018 foi o rompimento, a divisão do vórtice polar, portanto toda aquela massa de ar frio que estava aprisionada ficou "à solta". Daí termos tido um Março de 2018 bastante chuvoso, e ainda bem, pois a seca até esse momento já era bastante preocupante (cerca de 83% do território continental estava em seca severa no final de Fevereiro).
Certo obrigado pela explicação
Mas após o rompimento do vórtice, foi como se esse vórtice tivesse ficado dividido em 2
 
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rozzo

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11 Dez 2006
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Curiosa e interessante essa periocidade da divisão do vortex polar, no entanto todos os cientistas dizem que o vortex polar este ano está a ser dos mais fortes desde 1990
Atenção que o 6 em cada 10 anos que se referiu é a média, ou frequência, o mesmo que dizer que acontece em 60% dos anos.
Não se refere a periodicidade. Isso acontece de forma algo "aleatoria" sem intervalos específicos ou expectáveis.

Em relação à ligação com o aquecimento global... A teoria mais simples e imediata é que com o aquecimento dos pólos o gradiente diminui, e o jacto e vórtice tendem a ser mais fracos.
Mas na verdade não é assim tão simples, há mais factores em jogo ao mesmo tempo. Por exemplo, a expansão dos anticiclones subtropicais, que "comprime" o gradiente de pressão latitudinal, em sentido oposto, portanto "compensando" a sua diminuição caso o vortex enfraqueça.
Depois ainda há processos relacionados com ozono nas zonas polares, que estão também relacionados com o arrefecimento da alta atmosfera nessas zonas, fortalecendo o vortex.


Portanto.. São muitas peças a jogar em sentidos diferentes e é muito difícil saber o que esperar...

De qualquer forma, por exemplo no Hemisfério Sul, tem havido uma clara tendência de aumento da zonalidade, com um modo anular cada vez mais positivo em média (o equivalente à nossa oscilação do ártico), e um arrefecimento da alta atmosfera sobre o polo. Ao mesmo tempo que os sub trópicos expandem, levando então a um jacto cada vez mais forte, e a maiores latitudes, portanto "tramando" o clima de zonas semelhantes à nossa, como Chile, Austrália, África do Sul. Mas a circulação no hemisfério Sul é muito mais simples, mais zonal, e mais "previsível" que no nosso...
 

camrov8

Cumulonimbus
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Atenção que o 6 em cada 10 anos que se referiu é a média, ou frequência, o mesmo que dizer que acontece em 60% dos anos.
Não se refere a periodicidade. Isso acontece de forma algo "aleatoria" sem intervalos específicos ou expectáveis.

Em relação à ligação com o aquecimento global... A teoria mais simples e imediata é que com o aquecimento dos pólos o gradiente diminui, e o jacto e vórtice tendem a ser mais fracos.
Mas na verdade não é assim tão simples, há mais factores em jogo ao mesmo tempo. Por exemplo, a expansão dos anticiclones subtropicais, que "comprime" o gradiente de pressão latitudinal, em sentido oposto, portanto "compensando" a sua diminuição caso o vortex enfraqueça.
Depois ainda há processos relacionados com ozono nas zonas polares, que estão também relacionados com o arrefecimento da alta atmosfera nessas zonas, fortalecendo o vortex.


Portanto.. São muitas peças a jogar em sentidos diferentes e é muito difícil saber o que esperar...

De qualquer forma, por exemplo no Hemisfério Sul, tem havido uma clara tendência de aumento da zonalidade, com um modo anular cada vez mais positivo em média (o equivalente à nossa oscilação do ártico), e um arrefecimento da alta atmosfera sobre o polo. Ao mesmo tempo que os sub trópicos expandem, levando então a um jacto cada vez mais forte, e a maiores latitudes, portanto "tramando" o clima de zonas semelhantes à nossa, como Chile, Austrália, África do Sul. Mas a circulação no hemisfério Sul é muito mais simples, mais zonal, e mais "previsível" que no nosso...
o sul tem menos area continental o que interfere menos com o vortex
 

joaocpais

Cumulus
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Atenção que o 6 em cada 10 anos que se referiu é a média, ou frequência, o mesmo que dizer que acontece em 60% dos anos.
Não se refere a periodicidade. Isso acontece de forma algo "aleatoria" sem intervalos específicos ou expectáveis.

Em relação à ligação com o aquecimento global... A teoria mais simples e imediata é que com o aquecimento dos pólos o gradiente diminui, e o jacto e vórtice tendem a ser mais fracos.
Mas na verdade não é assim tão simples, há mais factores em jogo ao mesmo tempo. Por exemplo, a expansão dos anticiclones subtropicais, que "comprime" o gradiente de pressão latitudinal, em sentido oposto, portanto "compensando" a sua diminuição caso o vortex enfraqueça.
Depois ainda há processos relacionados com ozono nas zonas polares, que estão também relacionados com o arrefecimento da alta atmosfera nessas zonas, fortalecendo o vortex.


Portanto.. São muitas peças a jogar em sentidos diferentes e é muito difícil saber o que esperar...

De qualquer forma, por exemplo no Hemisfério Sul, tem havido uma clara tendência de aumento da zonalidade, com um modo anular cada vez mais positivo em média (o equivalente à nossa oscilação do ártico), e um arrefecimento da alta atmosfera sobre o polo. Ao mesmo tempo que os sub trópicos expandem, levando então a um jacto cada vez mais forte, e a maiores latitudes, portanto "tramando" o clima de zonas semelhantes à nossa, como Chile, Austrália, África do Sul. Mas a circulação no hemisfério Sul é muito mais simples, mais zonal, e mais "previsível" que no nosso...
Muito informação para assimilar, vou ter de ler e reler com atenção umas 20 vezes
De todas as formas muito obrigado pela explicação
Há muitas variáveis para saber se isto do vórtice está directamente relacionado com as alterações climáticas!
Ainda assim isto dá para explicar o padrão deste inverno e deixa me até um pouco mais sossegado de que o que está a ocorrer tem mais a ver com o comportamento do vórtice do que propriamente com o aquecimento global ainda que este também tenha o seu papel
Grave seria se o comportamento do vórtice fosse sempre assim todos os anos, o que me parece não ser o caso.
 
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camrov8

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Muito informação para assimilar, vou ter de ler e reler com atenção umas 20 vezes
De todas as formas muito obrigado pela explicação
Há muitas variáveis para saber se isto do vórtice está directamente relacionado com as alterações climáticas!
Ainda assim isto dá para explicar o padrão deste inverno e deixa me até um pouco mais sossegado de que o que está a ocorrer tem mais a ver com o comportamento do vórtice do que propriamente com o aquecimento global ainda que este também tenha o seu papel
Grave seria se o comportamento do vórtice fosse sempre assim todos os anos, o que me parece não ser o caso.
como tudo no clima há muitas variáveis mas a que mais conta para um vortex estável é o gradiente de temperatura que dá origem ao vortex e a corrente de jacto associada a ele, depois temos o EL Niño por ai adiante
 
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