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Julho pode ser "duro" quer "quanto ao calor, quer quanto à precipitação"
Portugal poderá enfrentar mais ondas de calor em julho, uma vez que se esperam temperaturas elevadas. No que diz respeito à precipitação em específico, a "chuva escasseia em Portugal no sétimo mês do ano", contudo, podem ocorrer aguaceiros, granizo e trovoadas que podem "prejudicar gravemente as culturas agrícolas e provocar desequilíbrios inesperados".
30/06/2025 14:22 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto.
Portugal tem enfrentado dias de calor extremo, mas será que podemos esperar mais ondas de calor em julho? As previsões indicam que o mês vai ser "duro" no diz respeito ao calor, mas também à precipitação, uma vez que pode "provocar desequilíbrios inesperados", segundo o especialista da Meteored Portugal Alfredo Graça.
Tudo indica que são esperadas temperaturas com valores acima da média climatológica de referência para o mês de julho na maior parte do continente. De acordo com a análise do geógrafo, julho vai iniciar-se com um estado de tempo "substancialmente mais quente do que o normal".
Assim, na maioria das regiões, especificamente nos distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Évora, Beja e Faro, "preveem-se temperaturas elevadas a muito elevadas".
"Apesar do tempo normal de julho ser marcado pelo calor intenso", Alfredo Graça destaca que a tendência revelada pelos mapas da Meteored para as próximas semanas "é preocupante".
"É expectável que as próximas semanas sejam duras, quer quanto às temperaturas, quer até mesmo quanto à precipitação", realça.
Contudo, "ainda não é possível dizer se vamos sofrer mais do que uma onda de calor em julho, uma vez que estas situações costumam ser confirmadas alguns dias antes nos episódios mais extremos ou após a análise dos registos de um conjunto de estações oficiais".
No que diz respeito à precipitação em específico, o geógrafo destaca que a "chuva escasseia em Portugal no sétimo mês do ano", com exceção de certas zonas onde, pontualmente, é mais forte e localizada, contudo, quando ocorre, "pode prejudicar gravemente as culturas agrícolas e provocar desequilíbrios inesperados a nível hídrico e dos solos".
Os mapas "não apostam numa tendência definida para as próximas semanas". Ainda assim, "tudo indica que a crista anticiclónica será bastante persistente na metade oeste (ou ocidental) do Mediterrâneo" e a "possibilidade de chegada de mais bolsas de ar frio existe, e isto, provocaria, potencialmente, novos episódios de aguaceiros e/ou granizo e talvez trovoada em várias regiões".

Julho pode ser "duro" quer "quanto ao calor, quer quanto à precipitação"
