Seguimento Rios e Albufeiras 2007

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Membro excluído 274

Olá amigos! Decidi abrir este tópico, pois penso que se justifica! A situação que estamos a atravessar está a reflectir-se sériamente nas nossas albufeiras!

Enquanto que no ano passado por esta altura estavam em franca recuperação este ano estão em queda livre!

Eis um gráfico que ilustra bem o que se está a passar no norte da Península!

cuenca-ext-8.png
 


Senador

Cumulus
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13 Fev 2006
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Re: Estado das Barragens

Não está muito longe do ano passado pelo grafico... é nesta altura que começa a subir, um pouco antes até... mas nada de preocupante, relativamente á média dos 9 anos onde continuamos bastante acima... é a minha interpretação claro :)
 

Fil

Cumulonimbus
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26 Ago 2005
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Re: Estado das Barragens

Esse gráfico é de Espanha, o que também pode ser indicativo do nosso país. Mas como o Senador disse, também acho que a situação ainda não é preocupante.

A situação nas nossas albufeiras:

http://snirh.pt/snirh.php?main_id=1&item=2.2.2&objlink=&objrede=



Só a albufeira do Lima está algo abaixo da média, mas essa zona mais cedo ou mais tarde há-de receber muita água. Mas no ano passado estavamos bem melhor.
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Boa ideia para tópico Flaviense.

Concordo com o que alguns já disseram, ainda é cedo para grandes preocupações. Normalmente não se podem tirar grandes conclusões só pela observações dos niveis das barragens. Aliás, uma barragem demasiado cheia na véspera do Inverno seria má gestão da mesma, a não ser que existissem indícios muito seguros de uma seca, mas todos aqui já sabemos como é dificil prever tal eventualidade.

Este ano 2007 até está a ser simpático. Para além dos links do SNIRH que o Fil deixou, podemos também analisar por exemplo os dados da produção de energia hídrica. De Janeiro a Setembro foram consumidos 7957 GWh de energia de origem hídrica, comparativamente aos 5571 GWh do ano passado no mesmo período,ou seja, mais 43%.

Esses e outros dados no site da REN:
http://www.ren.pt/

Há alguns dias atrás andei pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês e de facto achei tudo mais seco do que num outro Outono de há alguns anos atrás. Reparei nos muitos riachos e pequenas cascatas secas. Mas como não vou lá de forma regular, não faço ideia se é muito anormal ou não.
 
M

Membro excluído 274

Concordo que a situação não seja ainda preocupante, mas se não chover nas próximas semanas e bem a tendência será para cair ainda mais os níveis das albufeiras! Pelo que vejo no grafico estamos mais perto de superar (para baixo) a média dos ultimos anos que regressar ao valores do ano passado, pois a tendencia é totalmente inversa à desejável!

Fico contente que tenham achado uma boa ideia!

Vou trabalhar! Até logo!:sad::sad::sad:
 

Aurélio

Cumulonimbus
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23 Nov 2006
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É verdade que encontra-se acima da média dos ultimos 9 anos ... mas tb quer dizer que nos ultimos 9 anos, o cenário tem sido de seca ou situação normal ...
Contudo analisando os gráficos pode-se constatar que o nivel das barragens espanholas encontra-se em queda livre como disse o Flaviense!!
Concordo tb que neste momento ainda não é preocupante mas nesta altura tb nunca é preocupante... mas se nas próximas semanas não chover tal como não está previsto, creio que a situação começará a preocupar ... mas só poderemos vir a atingir a chamada "seca" lá pro meio de Dezembro!!

Note-se tb que o gráfico refere-se ao Norte de Espanha e não ao Sul de Espanha!!
 

Aurélio

Cumulonimbus
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23 Nov 2006
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Constatei tb que o Guadiana apresenta uma % da sua capacidade bastante elevada ... nos ultimos dois anos ... face aos restantes anos, mas isso não tem a ver com uma muito maior capacidade de armazenagem de água nos ultimos anos face aos restante anos ???

Mas existem rios que apresentam um enorme défice de armazenamento de água em termos de % (Lima, Arade e Ave)
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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O Flaviense ao abrir este tópico antecipou-se uma semana aos media que estão agora a começar a falar do assunto.

Tem sido um dos temas da rádio TSF ao longo desta manhã, em que entrevistaram o presidente do INAG que basicamente confirmou aquilo que já suspeitávamos, a situação para já não é preocupante (à excepção da barragem da Aguieira onde já há restrições) mas merece a devida atenção e está mesmo agendada uma reunião especial para o próximo dia 20 para discutir a situação.

INAG
Escassez provoca intervenção na Barragem da Agueira

O Instituto da Água fez uma intervenção na barragem da Aguieira na sequência de alguma escassez de água que se está a verificar neste local. O presidente do INAG, Orlando Borges, disse ainda que a Barragem de Almourol poderá vir a não ser construída no local inicialmente previsto.
( 08:37 / 07 de Novembro 07 )

O Instituto da Água revelou que a falta de chuva que se está a verificar em Portugal neste Outono já obrigou a algumas intervenções, nomeadamente na barragem da Aguieira.

Ouvido pela TSF, o presidente do INAG admitiu que o Outono seco está a provocar algumas situações de escassez, uma situação que, contudo, ainda não está a ser preocupante ao nível do armazenamento de água.

«No caso da barragem da Aguieira houve necessidade de impor algumas restrições, nomeadamente à produção de energia, tendo em vista garantir o abastecimento público a Mortágua e a Santa Comba Dão», explicou Orlando Borges.

Este responsável do INAG adiantou ainda que já está marcada uma reunião da Comissão de Gestão de Albufeiras para 20 de Novembro, onde esta situação será analisada.

Apesar desta situação, Orlando Borges assegurou que não há razões para preocupação por agora, uma vez que o nível de armazenamento nas albufeiras é «confortável».

«As situações complicadas que se verifiquem neste Inverno têm praticamente efeito no Verão ou Primavera/Verão seguintes. Não é uma situação preocupante, mas é preciso estar atento. Recordo que ainda temos o Inverno pela frente e que pode vir a ser reposto aquilo que são os valores normais dos caudais e armazenamento», acrescentou.

O presidente do INAG falou ainda sobre a consulta pública do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico, que poderá levar a alterações na construção da Barragem de Almourol.

Orlando Borges admitiu que devem ser estudados em sede de impacto ambiental outras localizações para esta barragem, entre as quais uma imediatamente a montante de Constância.

«Foi unânime a posição dos presidentes de querer a barragem, mas em situações onde se minimizasse os riscos e as condicionantes à sua edificabilidade. É isto que me parece extremamente positivo», adiantou.

Este responsável do Instituto da Água sublinhou que os contributos dos cinco autarcas desta região vão ser incluídos no relatório sobre a construção desta barragem.
(c) TSF
 

Brigantia

Cumulonimbus
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20 Jan 2007
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Norte de Portugal
Dois terços do território português enfrenta seca fraca

Dois terços do território português estão em situação de seca fraca desde Outubro, devido às elevadas temperaturas para a época e à falta de chuva, o que já obrigou a limitar a exploração hidroeléctrica de algumas barragens.
«Houve um alargamento da área em situação de seca fraca, que atingia no final do mês de Outubro dois terços do território», disse à Lusa Luís Filipe Nunes, responsável pela divisão de observação meteorológica e do clima do Instituto de Meteorologia (IM).

O mesmo não acontecia no mês anterior, já que a 30 de Setembro quase todo o território estava em situação normal (76 por cento) e apenas parte do interior do Alentejo em situação de seca fraca (16 por cento).

O passado mês de Outubro foi o mais seco deste século e o segundo mais seco dos últimos dezoito anos, com uma precipitação de apenas 35,4 milímetros, bastante inferior à média (92,5 milímetros) registada entre a década de 40 e 1998.

A falta de chuva não se reflecte ainda no nível das albufeiras, segundo o Instituto da Água (INAG), e só poderá eventualmente reflectir-se na Primavera ou Verão do próximo ano se Portugal continuar sem chuva.

«Existe sempre um desfasamento [de tempo] entre os valores meteorológicos e hidrológicos. Em termos globais, a situação das albufeiras é quase a normal, mas já obrigou a intervenções pontuais em algumas barragens«, afirmou à Lusa o presidente do INAG, Orlando Borges.

A Barragem da Aguieira, que abastece algumas cidades do centro, foi uma das que sofreu nos últimos dias uma limitação da exploração hidroeléctrica, mas Orlando Borges classificou esta intervenção como uma »situação pontual a acompanhar«.

Os dados do INAG, relativos ao mês de Outubro, indicam que, das 57 albufeiras monitorizadas pelo Instituto, nove tinham disponibilidades de água superiores a 80 por cento da sua capacidade e dez inferiores a 40 por cento.

Os níveis mais baixos verificavam-se nas albufeiras do Arade (com apenas 36,2 por cento de disponibilidade hídrica face a uma média de 38,2 no período 1990/2000) e do Lima (com 37,2 contra uma média de 58,2 por cento).

No entanto, os armazenamentos das bacias em Outubro deste ano foram »superiores às médias« de armazenamento do mesmo mês, excepto nas bacias do Lima, Ave, Mondego e Arade, pelo que Orlando Borges minimiza a situação, frisando estar-se »muito longe de poder falar de uma situação de seca« hidrológica.

Mas a manter-se a falta de chuva, que está prevista para os próximos dias, a situação de seca meteorológica pode agravar-se.

«Para não haver um agravamento, era preciso que a precipitação no mês de Novembro fosse superior ao normal», explicou Luís Filipe Nunes.

No mês de Outubro, a temperatura média foi superior à normal (mais 0,2 graus) em todo o território continental, com excepção de algumas zonas do Interior Norte e Centro.

Mas o mais relevante é o que diz respeito às temperaturas máximas.

«Houve uma persistência de temperaturas máximas iguais ou superiores a 25 graus numa extensa área do território«, explicou.

Em Alcácer do Sal, por exemplo, registaram-se 22 dias com temperaturas iguais ou superiores a 25 graus.

Em Lisboa, Estremoz e Faro, as temperaturas subiram acima dos 25 graus durante onze dias.

No mês de Outubro houve mesmo valores superiores a 30 graus em Alcácer do Sal, Alcobaça, Alvalade do Sado, Mértola, Sines e São Teotónio (Odemira).

Mas nenhuma destas situações é completamente fora do normal, apesar dos sinais de persistência de temperaturas elevadas, salientou o técnico do IM.

No ano passado, a média da temperatura média do ar no Outono (Setembro, Outubro e Novembro) foi cerca de 1,55 graus acima do valor médio do período de referência de 1961-1990, tendo sido o terceiro Outono mais quente desde 1931.

No entanto, o Outono de 2006 foi também o terceiro mais chuvoso dos últimos 42 anos.
Fonte: © DiarioDigital/Lusa
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Mínimo histórico na albufeira do Lindoso

Mínimo histórico na albufeira do Lindoso

08.11.07
PAULO JULIÃO, Viana do Castelo

A albufeira do Alto-Lindoso, em Ponte da Barca, onde funciona a maior barragem hidroeléctrica portuguesa, atingiu ontem um mínimo histórico de água armazenada, registando apenas 32,5 por cento da capacidade máxima, menos de metade dos valores habituais para esta época, nos últimos anos. A prolongada ausência de chuva é uma das causas da situação actual, que pode vir a afectar a produção eléctrica.

Segundo dados do Instituto da Água (INAG), o armazenamento registado às 10.00 de ontem naquela albufeira rondava os 126 milhões de metros cúbicos (m3) de água, ou seja 32,5 por cento de uma capacidade máxima que ronda os 390 milhões de m3. Esta é uma situação que se vem agravando desde o Verão.

Contactada pelo DN, fonte do INAG admitiu que o valor de armazenamento "expectável" para este altura deveria rondar os 50 por cento da capacidade. Acrescentou que a situação actual "está dentro das variações admitidas", justificada com a "ausência de precipitação nas últimas semanas", mas também com a "estratégia de exploração" daquela barragem por parte da EDP.

Um cenário que poderá provocar a diminuição da resposta aos pedidos da Rede Eléctrica Nacional, tratando-se, apurou o DN, da central hidroeléctrica portuguesa com a "mais rápida" capacidade para colocar "energia de ponta" na rede.
(c) Fonte: DN
 
M

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Boas amigos meteo frustrados, como eu!!! :sad::sad::sad:

Eu tenho seguido como posso a situação! Valha me o MP3 no emprego para estar actualizado nestas matérias! De facto assim é! A situação não é crítica mas para lá caminha! Lembrem-se que tem de chover bastante para a a tendencia se inverter e demorará o seu tempo a fazer impactos significativos nas nossas bacias hidrográficas, pois os solos estão ressequidos!
Pelo que a minha familia diz o Rio Arcossó (atravessa a minha aldeia, está completamente seco, pode-se passear pelo seu leito), em Chaves o Tâmega está pelas ruas da amargura! Não fosse o espelho de água e estaria seco também!:sad::sad::sad:

E mais, mesmo que chova algo, já sabem como os nuestros hermanos funcionam, até terem as suas barragens bem compostas, pouco passará para terra lusas, sim há um convénio... e depois... nós faríamos o mesmo!
 
M

Membro excluído 274

Olá amigos!

Lembra-se da média dos últimos anos!??? Foi-se!

home.png


Representativo da Iberia, so n estamos nos no grafico, mas mm connosco não devia mexer muito!
 
M

Membro excluído 274

Albufeiras garantem água para abastecimento
Só algumas zonas rurais do Douro é que já atravessam dificuldades. A maior parte da comunidade transmontana e duriense tem água suficiente para o abastecimento público nos próximos meses. A avaliação é do presidente do Conselho de Administração da Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro. O responsável pela empresa que gere o abastecimento em alta em mais de três dezenas de concelhos da região assegura que os níveis de água só são preocupantes no subsolo.

Alexandre Chaves afirma que o problema maior verifica-se na área rural de concelhos como Sabrosa, em que os povoados mais pequenos dependem de furos. Como não tem chovido, essas reservas estão a esgotar. Este responsável assegura que os maiores centros urbanos, quer de Trás-os-Montes, quer do Douro, têm água suficiente para não haver preocupação. O presidente da Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro adianta ainda que nesta altura as albufeiras da região estão na capcidade normal, ou seja, a rondar os 60%.

FONTE: RBA
 

Brigantia

Cumulonimbus
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20 Jan 2007
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Bragança: Barragem da Serrada tem água para 55 dias

A barragem da serra Serrada, o principal ponto de abastecimento de água à cidade de Bragança, está a 14% da sua total capacidade, apresentando uma reserva para 55 dias de consumo, tendo em conta os valores actuais que correspondem a seis mil metros cúbicos por dia.
A denúncia surge na edição desta segunda-feira do Diário de Noticias, que assegura que a situação está a preocupar a Câmara de Bragança, que já teve de recorrer às antigas captações, «procedendo à bombagem dos rios Sabor e Baceiro directamente para os depósitos e fazendo o controlo da qualidade», explicou o presidente da autarquia, Jorge Nunes.
Desta forma, «é possível prolongar as reservas da barragem», complementa.
Segundo o autarca, «não estamos fora do cenário de 2004-2005, em que não houve chuva todo o Inverno», recordou, pelo que, no final da semana, o município decidirá se lança ou não nova campanha de sensibilização para o consumo de água.
Fonte © Diário Digital


Que bem vinda é a chuva de hoje:thumbsup: