Seguimento Rios e Albufeiras - 2016

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@AnDré não seria bem assim porque bastantes barragens descarregaram por não ter capacidade para turbinar os caudais que estavam a receber.

Qt a inundações é o que dá fazer barragens sempre pela cota mínima. A Aguieira tem pouca capacidade para absorver os caudais do Mondego.
O Próprio Alto lindoso no projecto original, tinha um paredão com 140 mts, mais 30 que agora, não seguiu em frente para não submergir Lobios.

O Baixo Sabor contínua a não encher.
No primeiro ano não cumpre a tarefa de regular os caudais do Douro, Foz Tua ainda está atrasado e o sistema do Tâmega no papel.
Na minha opinião faltam grandes barragens em Portugal. Faz se tudo pelo pequeno.
 
No Douro as barragens que existem são de mero controlo do caudal sem qualquer tipo de armazenamento evidente .

A barragem de Crestuma teve de abrir as 8 comportas pois o desnível a montante e a jusante é de uns míseros metros que não da para nada .

Carrapateio pélo que vi ontem já tem uma maior margem a nível de metros mas mesmo assim longe do que seria necessário no caso destes rios atmosféricos.

Também de referir que muitas barragens com paredões grandes ao passar dos anos o nível de encaixe baixe devido á grande acumulação de sedimentos .
 
No Douro as barragens que existem são de mero controlo do caudal sem qualquer tipo de armazenamento evidente .

A barragem de Crestuma teve de abrir as 8 comportas pois o desnível a montante e a jusante é de uns míseros metros que não da para nada .

Carrapateio pélo que vi ontem já tem uma maior margem a nível de metros mas mesmo assim longe do que seria necessário no caso destes rios atmosféricos.

Também de referir que muitas barragens com paredões grandes ao passar dos anos o nível de encaixe baixe devido á grande acumulação de sedimentos .

No Douro essa questão nem se põe. É simplesmente impossível tentar parar o Rio.

A única hipótese é mesmo controlar os afluentes, de preferência com bombagem.
Neste momento só existe isso no sabor. Paiva, coa, e Tâmega correm livres
 
Eu acho que em Portugal há barragens a mais, mal aproveitadas e onde se destruíram importantes ecossistemas e património cultural ( Foz Tua e Baixo Sabor, 2 verdadeiros crimes de lesa - pátria, antigamente ia frequentemente visitar essas zonas, agora vou deixar de visitar, só se for por engano, vou visitar outras zonas de Trás - Os Montes, agora bem mais interessantes) .

Em relação ao controlo de caudal, os caudais dos rios em Portugal já estão demasiado controlados. E para que? Gastar milhões para uma minoria que insiste em manter as suas atividades em leito de cheia? O mesmo se passa na costa, gastam - se milhões para repôr areias que as barragens retém e para proteger bares de praia e casas de privilegiados.
É sempre assim, o interesse de uma minoria sobrepõe - se ao interesse público.
 
Eu acho que em Portugal há barragens a mais, mal aproveitadas e onde se destruíram importantes ecossistemas e património cultural ( Foz Tua e Baixo Sabor, 2 verdadeiros crimes de lesa - pátria, antigamente ia frequentemente visitar essas zonas, agora vou deixar de visitar, só se for por engano, vou visitar outras zonas de Trás - Os Montes, agora bem mais interessantes) .

Em relação ao controlo de caudal, os caudais dos rios em Portugal já estão demasiado controlados. E para que? Gastar milhões para uma minoria que insiste em manter as suas atividades em leito de cheia? O mesmo se passa na costa, gastam - se milhões para repôr areias que as barragens retém e para proteger bares de praia e casas de privilegiados.
É sempre assim, o interesse de uma minoria sobrepõe - se ao interesse público.


Eu também acho de interesse público o fornecimento de água ás populações, a produção de energia eléctrica renovável afim de diminuir as emissões de GEE, ou neste caso o aquecimento global já não interessa.
Não se pode ter tudo.
 
Eu acho que em Portugal há barragens a mais, mal aproveitadas e onde se destruíram importantes ecossistemas e património cultural ( Foz Tua e Baixo Sabor, 2 verdadeiros crimes de lesa - pátria, antigamente ia frequentemente visitar essas zonas, agora vou deixar de visitar, só se for por engano, vou visitar outras zonas de Trás - Os Montes, agora bem mais interessantes) .

Em relação ao controlo de caudal, os caudais dos rios em Portugal já estão demasiado controlados. E para que? Gastar milhões para uma minoria que insiste em manter as suas atividades em leito de cheia? O mesmo se passa na costa, gastam - se milhões para repôr areias que as barragens retém e para proteger bares de praia e casas de privilegiados.
É sempre assim, o interesse de uma minoria sobrepõe - se ao interesse público.

Foz Tua até concordo mas baixo sabor era um deserto.
Terras inférteis.
Alias toda a fauna ali existente foi protegida pelas medidas compensatórias.
Como cheguei a ler sobre um activista que admitiu isso mesmo.
Demasiadas barragens? Sonho em um dia Portugal não precisar de carvão para gerar eletricidade..

Já agora quanto à costa, pior que as barragens são as centenas de molhes costa fora sem nenhum estudo prévio.

Aliás a Costa de Esposende começou a ter problemas antes de existir Alto Lindoso. Mas sim ao fazerem o molhe Sul do Porto de Viana.

Podíamos aprender com os holandeses e fazer molhes paralelos à Costa para quebrar a energia das ondas.

@dahon Foz coa é mesmo um tabu e vai continuar assim infelizmente
 
Eu também acho de interesse público o fornecimento de água ás populações, a produção de energia eléctrica renovável afim de diminuir as emissões de GEE, ou neste caso o aquecimento global já não interessa.
Não se pode ter tudo.


Eu não disse que as barragens são desnecessárias. Apenas disse que algumas foram mal planeadas.

Em relacao à questão do aquecimento global, destruir um ecossistema importante para supostamente salvar o planeta é no mínimo, mas mesmo no mínimo muito, muito, muito discutível. Enfim...
 
Eu não disse que as barragens são desnecessárias. Apenas disse que algumas foram mal planeadas.

Em relacao à questão do aquecimento global, destruir um ecossistema importante para supostamente salvar o planeta é no mínimo, mas mesmo no mínimo muito, muito, muito discutível. Enfim...


Tem que se comprometer em algum lado, se não voltamos para o tempo das cavernas e assim não há emissões nem são preciso barragens nem nada.

E voltando a falar em Foz Côa hoje quando fiz um desvio até a Aguieira reparei numa quantidade de anormal de canoistas num dia de semana. Fiz uma pequena pesquisa:

Canoagem mundial muda-se para a Aguieira

Vêm de vários países do centro e leste da Europa, com um objetivo bem definido: estagiar no centro de treino da Aguieira, situado em Mortágua. É o maior centro de estágio de canoagem de Portugal e considerado um dos melhores do mundo.

O mês de fevereiro é o de maior afluência de atletas estrangeiros ao centro de estágio da Aguieira, ultrapassando as duas centenas de atletas. Neste momento já cá estão atletas das seleções da Rússia, República Checa, Polónia, Lituânia, Eslováquia e Áustria, e nos próximos dias está prevista a chegada de atletas das seleções de Espanha, França, Noruega, Letónia, e mais alguns atletas da Eslováquia. A seleção portuguesa, que já esteve aqui a fazer a sua preparação no mês de janeiro, volta novamente em fevereiro.

A seleção da Rússia traz a maior comitiva, 89 elementos, seguindo-se a França (55), a Polónia (24) e a Noruega (17). A Rússia é presença assídua no centro de estágio da Aguieira desde a sua entrada em funcionamento, em 2010, sendo também aquela que traz o maior número de atletas, mais de uma centena por época.
Os países do norte, centro e leste da Europa são os que mais procuram o centro de estágio da Aguieira, pois os rigores do inverno nos seus países tornam praticamente impossível a prática da modalidade, sendo em comparação o sol de inverno português um verdadeiro “paraíso tropical”.

No dia 1 de março e pela primeira vez, o centro de estágio da Aguieira vai ser palco da 1ª etapa do Nelo Winter Challenge, uma competição internacional de alto nível que contará com a presença dos melhores remadores de todo o mundo, incluindo atletas e medalhados olímpicos. A 2ª etapa decorre em Pontevedra, Espanha, nos dias 8 e 9 de março.

Clima ameno, extenso plano de água, apoio técnico e excelência do alojamento são fatores de preferência pela Aguieira

Em 2010 canoistas de todo o mundo começaram a “descobrir” os encantos naturais e condições do centro de treino da Aguieira, contribuindo para essa demanda a parceria estabelecida entre a Nelo, empresa portuguesa que é o maior construtor mundial de Kayaks e marca de renome internacional, e o empreendimento turístico Montebelo Aguieira.
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A presença das principais seleções mundiais despertou a curiosidade de outras congéneres que ouviam as melhores referências, o que levou a que também elas quisessem conhecer este centro de alto rendimento. Os próprios atletas e seleções foram divulgando as condições de excelência do centro de estágio da Aguieira, constituindo-se como um meio de promoção à escala mundial.

Em Portugal e na Aguieira, os atletas encontram condições naturais e logísticas que são únicas a nível da Europa, desde logo o clima ameno e o enorme plano de água para treinar e competir com outras seleções, cais e pistas. O centro de treinos da Nelo disponibiliza canoas para os atletas, apoio técnico e a oferta de um pacote turístico integrado que pode até incluir passeios pela região.

A localização do empreendimento turístico junto ao plano de água da albufeira, as condições de excelência do alojamento (resort de luxo), a existência de várias estruturas de apoio à obtenção do melhor rendimento, como ginásio, piscina aquecida, Spa, zonas desportivas, são outros fatores que explicam a preferência dos atletas pelo centro de treino da Aguieira.
A proximidade do centro de estágio aos aeroportos, duas horas de Lisboa e uma hora do Porto, é outra vantagem que pesa na decisão, não havendo necessidade de fazer deslocações demoradas e cansativas. Os principais atletas nacionais confirmam que na Europa ninguém oferece tão boas condições e a preços tão acessíveis como Portugal.

O centro de treino da Aguieira tem realizado investimentos no sentido de proporcionar cada vez melhores condições aos atletas. A título de exemplo, atualmente estão a ser montadas três linhas de boias com mil metros, o que permitirá que várias equipas treinem ao mesmo tempo em situação de competição. Estão também a ser construídos balneários junto à água.

Cerca de um milhar de atletas de alta competição
passam, em média anual, pelo Montebelo Aguieira


A modalidade é hoje uma importante fonte de receita turística do nosso Pais, sendo um nicho de mercado a explorar e com potencial de crescimento, assim Portugal saiba “vender” esta “jóia” natural.

Para a indústria hoteleira, este turismo desportivo permite contrabalançar a baixa procura turística interna na época de inverno, e manter taxas médias de ocupação e ratings de negócio mais interessantes. Por época (outubro a maio) cerca de um milhar de atletas de alta competição passam pelo Montebelo Aguieira para fazer a sua preparação para as competições internacionais, representando cerca de 20 mil dormidas.

Para além dos gastos em viagens aéreas, alojamento, alimentação, os atletas fazem outro tipo de despesas, nomeadamente nas visitas à região, gerando receitas indiretas com a sua permanência.

Pois.......afinal as barragens dão mesmo jeito.
 
Explorar recursos naturais e ecossistemas até ao limite é um bocado exagerado, não estamos a falar de minas de carvão ou exploração de petróleo e gás natural.

De qualquer das formas já vi que temos visões diferentes sobre a matéria. Aceito perfeitamente a tua visão apesar de não concordar.
 
@AnDré não seria bem assim porque bastantes barragens descarregaram por não ter capacidade para turbinar os caudais que estavam a receber.

Algumas, mas não todas.
Entre 6ª e Domingo Venda Nova teve uma utilização de 70%. Salamonde 50%. Se a utilização fosse na casa dos 90%, não seria preciso haver descargas nestas barragens.
Mas o caso é muito mais flagrante em Castelo de Bode. No Sábado teve uma utilização de 30%. Ontem nem chegou aos 50%.
E mesmo com o Baixo Sabor que também descarregou sem que a utilização do mesmo fosse por aí além.
Já para não falar das barragens do Douro a montante da Régua.

Porque é que não se aproveitou essa energia? Porque a rede ibérica estava saturada de energia, e não havia mais capacidade de encaixe. Falta um verdadeiro corredor de energia que nos ligue à Europa.

Eu acho que em Portugal há barragens a mais, mal aproveitadas e onde se destruíram importantes ecossistemas e património cultural ( Foz Tua e Baixo Sabor, 2 verdadeiros crimes de lesa - pátria, antigamente ia frequentemente visitar essas zonas, agora vou deixar de visitar, só se for por engano, vou visitar outras zonas de Trás - Os Montes, agora bem mais interessantes) .

Concordo com os ecossistemas destruídos, discordo com o "deixar de visitar".

E nem vou muito longe: Caniçada - no Gerês. Caso não existisse, projectar-se uma barragem para ali seria impensável. Por questões ambientais, nunca seria construída. Haveriam suicídios em massa para proteger aquele vale do Cavado.
No entanto é um exlibris do Gerês. Esvazia-la, hoje, é causar danos irreversíveis no turismo da região. Ninguém põe isso em questão! Seria terrível!

Castelo de Bode e Cabril, autênticos recreios! Lugares únicos e espectaculares! Sem as barragens seriam só mais uns vales da região centro.
E que dizer de Montargil? E o Azibo?

Evoco a velha máxima: "Nem tanto ao mar, nem tanto à terra".

Quanto a Foz Côa... As gravuras não sabem nadar, Yooo! :p
 
AS PRIMEIRAS DESCARGAS DO ANO EM CASTELO DE BODE (C/VÍDEO)



As chuvas dos últimos dias encheram ainda mais a Barragem de Castelo de Bode, já a mais de 80% da sua capacidade, levando a que no domingo, 14 de fevereiro, depois do meio-dia, se tenham efetuado duas descargas de fundo para o rio Zêzere: as primeiras deste ano.

Ao que o mediotejo.net apurou, não estão previstas mais aberturas de comportas nos próximos dias, não havendo por esta via riscos de cheias nas zonas mais problemáticas, como Constância.

O momento em que se iniciaram estas descargas foi registado por João Marques, a quem agradecemos a cedência das imagens.

A força das águas – podem ser descarregados até 4000 m3 por segundo – criam sempre um espetáculo único, quando as águas pacificadas na albufeira ganham subitamente nova energia, no seu reencontro com o curso do rio.


BARRAGEM3.jpg


http://www.mediotejo.net/as-primeiras-descargas-do-ano-em-castelo-de-bode-cvideo/


hidroperfil.php


hidro_caudal.php





Este era o cenário ontem por volta das 17 horas, segundo dados que já tinha publicado ontem, mas pelo que já vi a estrada acabou mesmo por ser cortada antes de noite.
 
Última edição:
O mesmo se passa na costa, gastam - se milhões para repôr areias que as barragens retém e para proteger bares de praia e casas de privilegiados.

james, é verdade que as barragens retém areia. Mas ela não fica lá depositada ad eternum. Caso contrário, rapidamente em vez de albufeiras de água, teriamos albufeiras de areia.
Se a tua casa não for de madeira, provavelmente usaste areia para a construir. Eu usei!
A areia usada na construção civil vem, na sua grande maioria, das bacias dos rios. Por isso, de certa forma, tudo o que é construção "rouba" essa areia do que falas. Não são as barragens só por si.

Mas se não há reposição pelos rios, muito menos há reposição/erosão natural costeira. Toda a construção junto à costa impede que haja essa erosão e reposição natural das areias nas praias. Obviamente que sem isso, o mar vai avançando mais rapidamente.