Seguimento Rios e Albufeiras - 2020

joralentejano

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Segundo os dados do SNIRH, a Barragem do Caia terminou janeiro com 30.6%.
No entanto, há 2 dias apareceu esta notícia:

Barragem do Caia está com 35% do volume
O volume da albufeira da Barragem do Caia, hoje (segunda-feira, dia 3), atingiu 35 por cento da sua capacidade máxima. De acordo com dados fornecidos pela Associação de Beneficiários do Caia, a água acumulada é de 66 milhões 277 mil metros cúbicos. Na última semana, o volume da barragem aumentou dois milhões 751 mil metros cúbicos.

Desde as primeiras chuvas mais intensas deste outono/inverno, em 13 de dezembro, o nível de água na barragem subiu 6,09 metros e a capacidade aumentou de 16 para 35 por cento (de 30 milhões e 25 mil metros cúbicos, para 66 milhões 277 mil metros cúbicos).

A Direção da Associação de Beneficiários do Caia aguarda ainda o que possa chover nos dois meses restantes de inverno e na primavera, permitindo o aumento de capacidade de água armazenada, antes de tomar uma decisão definitiva sobre a água a fornecer aos associados na campanha de rega deste ano.

Rádio Elvas
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Mapa marcado por grande diferenças entre as bacias do Tejo para Norte e do mesmo, para Sul:
QvWgsgK.png
 


joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Atenção que os últimos dados do Snirh apesar de dizer que é no final do mês aponta para o dia 24 Janeiro e não 31 Janeiro, portanto esse valor até pode estar correcto o que duvido pois não houve precipitação para tal aumento.
Aqueles dias com alguma chuva, foram após dia 24.
Apesar de não ter chovido muito nas zonas mais baixas na última semana do mês, a zona da Serra de S. Mamede acumulou 30/40mm e o Rio Caia teve uma semana inteira com um bom caudal, portanto, é bem provável que o valor referido na notícia seja o verdadeiro, visto que também foi informação obtida através dos responsáveis pela Barragem. O Snirh, nem sempre deve ter dados totalmente corretos.
 
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Aurélio Carvalho

Nimbostratus
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5 Out 2018
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Neste momento depois de consultar os valores o volume de armazenamento ronda os 33.1 %.

@joralentejano
Se o volume de armazenamento total da barragem for 203000 dam3, como mencionado na página do Snirh, esses 35% estão errados. Neste momento a barragem tem cerca de 67220, o que segundo a minha calculadora da 33.1 % da capacidade. No dia 3 de Fevereiro se o volume for esse então teria se 32.6% do volume de armazenamento.
 
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joralentejano

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Neste momento depois de consultar os valores o volume de armazenamento ronda os 33.1 %.

@joralentejano
Se o volume de armazenamento total da barragem for 203000 dam3, como mencionado na página do Snirh, esses 35% estão errados. Neste momento a barragem tem cerca de 67220, o que segundo a minha calculadora da 33.1 % da capacidade. No dia 3 de Fevereiro se o volume for esse então teria se 32.6% do volume de armazenamento.
Provavelmente foi algum engano ou então, há outras coisas a ter em conta. De qualquer das maneiras, de 33% para 35% não vai grande diferença.
 
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algarvio1980

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Aurélio Carvalho

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Boa noite..
Há uns dias fui a Setúbal e fiquei surpreendido com o estado da vegetação ou falta dela essencialmente no Baixo Alentejo e Algarve. Um panorama de final de Fevereiro que mais parece de final de Abril.
Olhando as previsões quer dos modelos sazonais quer dos modelos de médio prazo indiciam a continuação de temperaturas acima da média e continuação de tempo seco sobretudo no Baixo Alentejo e Algarve.
A Continuação de tempo seco nas últimas semanas fez com que a água no solo já seja inferior à 20% no Baixo Alentejo e Algarve neste momento.
As barragens neste mês já perderam alguma capacidade neste mês, o que tomando em consideração que o cenário mais provável para Março será mais do mesmo, então teremos perdas bem mais assinaláveis a nível das barragens em Março sobretudo aqui no Algarve.
 

trovoadas

Cumulonimbus
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3 Out 2009
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loule-caldeirao
Boa noite..
Há uns dias fui a Setúbal e fiquei surpreendido com o estado da vegetação ou falta dela essencialmente no Baixo Alentejo e Algarve. Um panorama de final de Fevereiro que mais parece de final de Abril.
Olhando as previsões quer dos modelos sazonais quer dos modelos de médio prazo indiciam a continuação de temperaturas acima da média e continuação de tempo seco sobretudo no Baixo Alentejo e Algarve.
A Continuação de tempo seco nas últimas semanas fez com que a água no solo já seja inferior à 20% no Baixo Alentejo e Algarve neste momento.
As barragens neste mês já perderam alguma capacidade neste mês, o que tomando em consideração que o cenário mais provável para Março será mais do mesmo, então teremos perdas bem mais assinaláveis a nível das barragens em Março sobretudo aqui no Algarve.
As barragens aguentam graças ao pico de precipitação que tivemos em Dezembro que permitiu encaixar 20% em Odelouca e no Funcho mais uns "pós" em Odeleite. Ninguém fala é como vão resolver o problema da agricultura no Barlavento com a Bravura e no Sotavento com Odeleite/Beliche. Entretanto ninguém mete tino para se começar efetivamente a poupar. Vamos ver as campanhas agressivas de Março...
 

joralentejano

Super Célula
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21 Set 2015
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Há que apostar na dessalinização, porque senão andamos todos os anos nisto.
E por falar nisso, hoje saiu esta notícia:
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Transformação de água do mar já abastece hotelaria no Algarve com água potável
A dessalinização de água do mar já é usada no abastecimento de água potável por algumas empresas da hotelaria no Algarve, em alguns casos para reduzir o consumo público e poupar recursos, noutros por ser a única solução possível.

Situado sobre uma falésia emoldurada pela costa algarvia, o empreendimento Vila Vita Parc, em Porches, Lagoa, iniciou-se na dessalinização de água do mar em 2015 e, embora o projeto tenha sido idealizado para a rega dos espaços verdes da propriedade, depressa se expandiu a outras fontes de consumo de água.

“Inicialmente começámos a trabalhar só para o sistema de rega e verificámos que a captação, face à necessidade e ao dimensionamento do nosso sistema, nos permitia chegar aos lagos e neste momento já estamos a fornecer cerca de sete piscinas, só com esta captação de água”, explicou à Lusa André Matos, diretor de qualidade do Vila Vita Parc.

Com uma dimensão de 23 hectares, mais do metade dos quais espaços verdes, a administração do empreendimento turístico de luxo lançou-se na construção de uma estação de dessalinização subterrânea, que opera sob um campo de ténis, sem que os hóspedes se apercebam da sua existência.

“Neste momento, dos 100% que íamos buscar à rede em 2014, vamos buscar apenas cerca de 30% para o funcionamento de tudo o resto: alojamento, águas de banho e de consumo para os restaurantes”, quantifica André Matos, mostrando-se satisfeito com os níveis de poupança que alcançados.
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SAPO24