Boas
A vontade de ir dando novidades é muita, mas agora que "é a sério" é mais difícil de conseguir ter um pouco de rede para ir dando novidades. Mas tive a sorte, mesmo assim, de safar-me neste momento.
No que toca a novidades, de uma forma resumida:
Dia 21 - 1º dia:
Da parte da manhã, por volta das 10h, reunimos com a equipa numa pequena sala onde, durante aproximadamente 1 hora, se fez uma pequena apresentação de cada um de nós e uma discussão sobre as regras e aspectos mais importantes da tour. Os responsáveis pela tour, Martin Lisius (presidente da empresa Tempest Tours), e o condutor, Roberto, e o guia, Bill, contaram-nos algumas das suas melhores experiências em stormchasing.
Depois disto era altura de avaliar as condições para o dia presente (dia 21) e vermos qual ou quais as melhores áreas para onde possivelmente poderíamos ir. Dado que as condições não eram as melhores e não estava previsto nada de especial, não tínhamos nenhum objectivo concreto.
Depois de arrumada a bagagem na carrinha, partimos do hotel (Arlington, Texas) por volta das 13h. Fizemo-nos à estrada e pouco tempo depois parámos para almoçar.
Durante a tarde fizemos uma paragem em Albany, no Texas, onde existia uma exposição/competição de Muscle Cars (carros típicos americanos), que deu para nos entreter durante mais de uma hora e fazer tempo até à altura de jantar. Tirei bastantes fotos, já que nunca tinha visto máquinas assim. Enquanto isso, os outros membros da equipa, dispersos, davam um passeio pela cidade. Decidi também fazer o mesmo e dar umas voltas pela zona, e pelo caminho observei a arquitectura e alguns monumentos tais como uma igreja.
Depois de termos jantado ainda na mesma localidade, partimos novamente, desta vez para a cidade que iria servir de base para o próximo dia de stormchasing. Fomos brindados pelo caminho com um por do sol único, o qual aproveitámos para fotografar.
Para primeira viagem foi algo "cansativo" pois estivemos na estrada (embora com algumas interrupções) entre as 13h e as 23:40h, quando chegámos ao hotel onde permanecemos até ao dia seguinte.
Dia 22 - 2º dia:
O dia amanheceu com céu limpo e era altura de, mais uma vez, avaliarmos as condições. Os modelos diziam que existia uma remota probabilidade de vermos algo de interessante a partir da tarde.
Repetindo a mesma rotina, pequeno-almoço, avaliar condições e fazer à estrada, almoçar e continuar viagem, começaram a aparecer os primeiros desenvolvimentos verticais no horizonte, o que nos deu alguma esperança para o resto do dia.
Pelo caminho começámos a subir de altitude até chegar a Caprock, local onde parámos para fotografar um parque eólico que se encontrava extendido por vários quilómetros.
O céu apresentava cada vez mais cumulus e alguma nebulosidade alta, e o calor apertava. Com isto tudo formou-se uma célula, bastante fotogénica, a pouca distância de nós, que se aguentou pouco tempo até se dissipar.
Novamente uma paragem, desta vez numa zona montanhosa, com uma vista brutal. Subimos então um pouco mais, para ver o que nos esperava ao por do sol. A escolha não podia ter sido mais acertada, pois os restos da célula que ainda eram visíveis no horizonte proporcionaram um enquadramento perfeito para qualquer fotógrafo. O sol espreitava por entre as nuvens, iluminando os campos, e ao mesmo tempo fazendo contraste com as tonalidades muito escuras das nuvens.
Mais uns minutos de viagem e voltámos a encostar na berma, para a cereja no topo do bolo. Desta vez com o sol a iluminar as montanhas ao fundo no horizonte, dando um toque especial a tudo, parecendo que tudo o que a vista alcançava estava em chamas.
Todos aproveitámos ao máximo este momento, toda a gente fotografava e filmava, e os únicos sons que quebravam o silêncio do campo eram as nossas máquinas a disparar dezenas de fotos.
Este magnífico por do sol que referi foi documentado a sul de Abbot, no Novo México.
Terminado o dia era agora hora de partir para o hotel que ficava em Ratón, ainda no Novo México.
Dia 23 - 3º dia
De manhã já se podiam observar alguns cumulus não muito longe de nós, por cima das montanhas rochosas.
Os modelos davam-nos alguma esperança para o resto do dia, embora com fracas condições, elas estavam lá.
Viajámos até às montanhas rochosas, onde fizemos várias paragens para fotografar paisagens lindíssimas e apreciar a vida selvagem. Apanhámos alguma precipitação fraca, de uma célula que entretanto se tinha formado na zona.
Já em Eagle's Nest, Novo México, abastecemos numa bomba de gasolina e fomos brindados com uma vista fabulosa sobre as montanhas, algumas delas tinham alguma neve no topo.
Observando o radar, este dizia-nos para rumarmos para outras direcções. O almoço foi servido na cidade de Taos, onde fomos bem recebidos e reconfortámos os nossos incansáveis estomagos...
Durante a tarde conseguimos apanhar uma célula, com umas formações bastante interessantes, perto de Wagon Mound. A junção da paisagem com o céu fez com que, mais uma vez, toda a gente apreciasse o momento.
Formaram-se uns espectaculares exemplares de mammatus, que reflectiam o sol e se destacavam bastante das outras nuvens.
Depois de jantar, o Bill perguntou-nos se gostaríamos de observar as estrelas e fotografá-las, pois perto de nós existiam sítios com visibilidade nula, sem qualquer iluminação, permitindo assim que tirássemos belas imagens.
Depois deste dia mais "atarefado", voltámos ao hotel-base, o mesmo onde tínhamos descansado na noite anterior.
Desculpem se me repeti um pouco. Peço também desculpa pois a net que tenho de momento não me permite fazer o upload de fotos (é de fraca qualidade). Assim que puder publicarei aqui alguns registos, que complementam os meus relatos.
Estou a gostar bastante até agora, mesmo sem grandes condições meteorológicas, nem tudo o que importa é isso. Os bons momentos e o convívio são também muito importantes em ocasiões como estas.
