A uns anos atras , ouvi falar de um plano para a reintroducao do veado no Parque Nacional da Peneda - Geres , nao sei se havera relacao . Mas era bom que andassem pela Cabreira , essa verdadeiro tesouro natural da regiao Norte , felizmente pouco movimentado .
Os exemplares que apareceram nos últimos anos no Gerês vieram da Galiza. Acho que (mais uma vez) não se fez nada deste lado da fronteira.
Também não tenho conhecimento de introduções "portuguesas". É certo que o veado já está com uma distribuição interessante no PNPG, desde Castro Laboreiro, Serra Amarela e já numa parte da Serra do Gerês. O número não é muito grande, mas eles já por lá andam. Na Serra Amarela a situação será mais preocupante, porque os "caçadores" do Lindoso dão-lhes bastante chumbo...E nos últimos 2 anos, os vestígios ficaram um pouco mais escassos. Em relação à possível expansão do PNPG para a Cabreira? É possível, mas não acho assim tão provável. Claro que há sempre a possibilidade de 2 ou 3 animais dispersarem, mas, no caso dos machos. Se não houver fêmeas, eles acabarão sempre por regressar ao local original...
Hoje à tarde estive no PN Montesinho na zona de Varge e ouvi a brama dos veados, neste momento já está no auge, não consegui ver nenhum mas ouvi bastantes. Para quem não conhece deixo aqui um exemplo do que é a brama, para quem tem interesse na fauna é um bonito espectáculo de se assistir. https://www.youtube.com/watch?v=XAeloElNe3k
O alegado problema do veado tem apenas uma causa: propriedade privada. Passo a explicar. Comparativamente a outros países desenvolvidos como os EUA ou a Finlândia nós temos pouquíssima percentagem de território com floresta pública. Seria importante que na gestão de recursos naturais houvesse um maior equilíbrio entre propriedade privada e pública. Face a outro países nós em Portugal ocupamos demasiado espaço, quase não há elevação sem estrada até ao pico, até sistemas frágeis e dinâmicos como as ilhas-barreira da Ria Formosa têm habitações, quando deveriam estar todas despovoadas. Todos os grandes concelhos de Portugal deveriam ter a sua floresta pública, mata municipal, tapada, extensa, com árvores autócnes e fauna portuguesa, onde não haveria estes aborrecimentos do veado que comeu as couves do António ou do sobreiro cujas abas entraram na propriedade do vizinho e que deve por isso ser mutilado dado o crime que cometeu. No passado havia tapadas e coutadas reais onde as espécies cinegéticas eram preservadas, os nossos reis até tentaram salvar o urso da extinção em território nacional! Uma versão moderna dessas coutadas poderia passar por aumentar drasticamente a percentagem de floresta pública cuja gestão e vigilância poderia ser entregue às comunidades locais. Lamentavelmente tudo faz mal aos tuguinhas, são as árvores porque crescem e tapam a vista da casa do fulano, beltrano e sicrano, são os veados e os lobos, são as galerias ripícolas que estão a mais, afinal é necessário «limpar» os ribeiros e as ribeiras, melhor, betonizar e entubar os cursos de água, Portugal é sem dúvida o país da Europa Ocidental onde o povo tem menos respeito e admiração pela Natureza.
Portugal é o pais do grupo "ocidental" com menor percentagem de matas públicas (cerca de 2%, do total da floresta nacional, se a memória não me falha). Juntamente com os espaços comunitários (vulgo, baldios), este valor sobe para patamares em torno dos 7%, o que apesar de tudo é mínimo. Mas mesmo assim, este padrão varia muito em termos nacionais. Existem concelhos (do Alto Minho, Montalegre, Boticas, Ribeira de Pena, Mondim de Basto, etc.), onde a percentagem de floresta pública e comunitária aproxima-se dos 80 a 90%, enquanto mais para o Sul existem onde este valor é 0%. Esta questão (matas públicas/matas privadas) é importante, comparando por exemplo com países do referido grupo, que têm uma percentagem de floresta pública bem acima dos 50%, e como tal têm outro "espaço de manobra" para "encaixar" estas acções de protecção e de apoio ao desenvolvimento de populações animais selvagens.
Duras condiciones para la supervivencia de los ciervos en la Cordillera Cantábrica este invierno 2014-2015. Hubo una gran mortalidad entre las distintas poblaciones de la cordillera. Muchos acudían a las carreteras y los pueblos para encontrar espacios artificiales sin nieve e intentar sobrevivir: A este joven atrapado consiguieron salvarle unos esquiadores de fondo. Como se ve en el tramo final del vídeo con las imágenes de un ejemplar, muchos corzos (Capreolus capreolus) también murieron o sufrieron las consecuencias del pasado invierno
Estas mensagens já são um pouco antigas, mas andava à procura de verificar a existência de uma população de veados no Bom Jesus de Braga. Uma vez que o autor desta fotografia afirma que esta foi feita nas imediações do elevador do Bom Jesus, enquanto aguardava para subir ao Santuário. Mais imagens
No Bom Jesus existem dois cercados, um com veados e outro com gamos. Nunca vi veados em estado selvagem no Bom Jesus. Já na Zona de Rio de Onor numa manhã deste Verão vi 6 veados.
Estes dois cercados já existem alguns anos. Um cá em baixo junto ao elevador e outro lá em cima a seguir ao hotel Mãe de D´Agua quem vai para o Sameiro. Mas os animais não andam à solta.
O veado tem um problema em algumas serras... é que come os rebentos de árvores e dificulta a regeneração natural da floresta.
Isso só acontece se houver excesso de população, se a população não for excessiva não existe impacto significativo na vegetação. Nos locais em que existem maiores populações de veados e não existem predadores naturais, normalmente existe a caça, que serve como controle.
Acho que são estão a misturar os impactos em duas situações diferentes. No caso de situações de arvoredo em matas de regeneração natural de alguma forma já constituídas, parece-me ser um não-assunto ou de impacto reduzido. Existem aliás exemplos na zona de Bragança e de Vinhais (por exemplo), de manchas de folhosas com populações de veados significativas, em que as mesmas progrediram e se desenvolveram. Em zonas com plantações recentes (seja para fruto, castanheiro, por ex, ou para repovoamento florestal) o impacto já será porventura significativo e existirá um potencial de perigo ao sucesso dessas plantações. Neste caso a situação não é exclusivo do veado. O garrano (no Alto Minho, com grande impacto) ou o corço também entram "neste campeonato". Mas como aqui é dito, e bem, se existir um controlo natural destas populações, o panorama será certamente outro
De nuevo un invierno más duras condiciones para los ciervos en la Cordillera Cantábrica. Vídeo tomado en el entorno de Maraña (León):