Vila Real de Sto. António pede ajuda para travar mosquitos

AnDré

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22 Nov 2007
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O ]ToRnAdO[ já por várias vezes o referiu no tópico do Seguimento Sul, mas a noticia tem estado agora a ganhar mais força:

Vila Real de Sto. António pede ajuda para travar mosquitos

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António pediu a intervenção da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve e da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim para travar a proliferação de mosquitos verificada no concelho.

A autarquia admitiu esta terça-feira que, "desde o dia 20 de Julho [terça-feira], que as localidades de Monte Gordo e Vila Real de Santo António (VRSA) têm vindo a ser afectadas por uma praga de mosquitos", mas assegurou que "as espécies em causa não constituem risco de veiculação de doenças".

Segundo a agência Lusa, a câmara explicou que os serviços de Saúde Pública de VRSA informaram que a espécie de mosquitos em causa "desenvolve-se em meios salobros (rias, estuários, sapais)" e "a postura de ovos destas espécies é realizada em charcos e acumulações de água formados na sequência de marés vivas, durante as quais, em período de preia-mar, o nível do mar transpõe os esteiros e canais normais de circulação e inunda zonas sem circulação de água".

"Imediatamente após estes acontecimentos de marés vivas, estão criadas as condições ideais para a postura de ovos, desenvolvimento larvar e proliferação dos mosquitos. Nos dias 15, 16 e 17 de Julho a amplitude de maré, no porto de VRSA, foi superior a 3,5m, o que cumulativamente com temperaturas mais elevadas, originou desenvolvimento de mosquitos", precisou.

A câmara frisou que, "apesar de se confirmar que estas espécies não constituem risco de veiculação de doenças, estes mosquitos são muito incomodativos, pelo que a Autarquia estabeleceu contactos imediatos com a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA e com a Administração da Região Hidrográfica do Algarve de forma a que sejam tomadas medidas anti-vectoriais nas áreas do Domínio Público Hídrico que impeçam esta proliferação de mosquitos em novos episódios de marés vivas".

"As medidas a tomar poderão passar pela criação de canais de drenagem da água estagnada e/ou pela aplicação de larvicida biológico", acrescentou a autarquia algarvia num comunicado, sublinhando que "no âmbito das suas competências de actuação, a Câmara Municipal reforçou a desinfestação em todos os espaços públicos, principalmente nos espaços verdes, sendo estes serviços executados no período da manhã, entre as 5 e as 9 horas, de forma a evitar incómodos para a população".

Correio da Manhã
 


Gil_Algarvio

Nimbostratus
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23 Mar 2009
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A ver se sim... Porque a vaga de mosquitos já se verifica tambem em Altura e na Manta Rota. Mas com uma intencidade menor.. Mas isto esta mesmo pessimo. Em noites como têm sido as ultimas ( sem ventos e quentes) tem sido mesmo mau.
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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A meu ver não há muito a fazer, são pragas que ocorrem muito raramente, em especial quando existe água e calor. Por muito que a câmara municipal se esmere, será como tapar o Sol com a peneira! Há que aguentar, protegendo as entradas das casas (portas e janelas), logo passa..

Já assisti a pragas semelhantes, mas de maripósas (borboletas noturnas: traças) na Covilhã e em Castelo Branco, em dias de muito calor depois de ter chovido, situação que voltou ao normal uma semana depois.

Pelo que entendi, os factores que proporcionaram o desenvolvimento de mosquitos em V.R.S.A. são a presença de charcas (sapais) e as marés vivas, aliados ao calor que temos vivido. Mas a verdade é que existem muitos outros meios onde se desenvolvem os mosquitos:
- Nas aldeias em redor e não só, provavelmente em cada quintal haverá uma mangueira a pingar, ou um balde de água esquecido algures.. Aqui o papel preventivo de cada cidadão, se somado, é muito superior a qualquer medida que a câmara possa tomar.

Vou indicar um outro factor, que tenho a certeza que não tem nada a ver com V.R.S.A., mas que até já tem ocorrido acidentalmente noutros pontos do algarve (e que pode ocorrer em qualquer outro local do país):

O consumo de água no Algarve é de uma sazonalidade acentuada: digamos que no inverno consomem-se 50m3/h onde no verão se consome 300m3/h de água, de forma que as ETARES têm de estar correctamente dimensionadas para suportar os níveis do verão. Quando uma ETAR funciona mal por avaria, por subdimensionamento, o tratamento dos resíduos está condenado. Em vez de sair água tratada como efluente, sai água com algum cheiro, carregada de nutrientes, e acabará também por proporcionar o desenvolvimento de insectos e de outras pragas.
 

joseoliveira

Cumulonimbus
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18 Abr 2009
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Deve ter sido uma grande praga para justificar tal preocupação porque desde há muito que me habituei à presença desses insectos nessa zona e a cada noite testam a nossa paciência... :p