Yellowstone Ibérico

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
Penso que seria muito interessante juntar informações sobre os animais que gostariam e que pensam que é possível reintroduzir em Portugal.
Existem vários requerimentos para que isso se torne realizável e portanto penso que seria interessante analizar vários prós e contras.
Além de reintroduções de fauna actualmente extinta também se podia discutir as características dos locais que potencialmente poderiam albergar esses animais ou a transferência de animais não extintos em Portugal de uma zona para outra (como por exemplo, veados para o Gerês, etc...).


Começo por dar o mote sobre algumas espécies potenciais extintas em Portugal para reintrodução: O lince euroasiático, a camurça, o gipaeto-barbado, o castor, o bisonte-europeu, o urso-pardo ( embora referências científicas sobre potenciais visitas a alguns pontos do Norte do país sejam feitas na actualidade), o tetraz entre outros.

Espécies que poderiam ser transferidas de um local para outro ( em especial para locais antigos de ocorrência onde fazem falta no ecossistema), que não estão extintas em Portugal:

Veado-europeu, esturjão, ibex, lobo-ibérico, marta, muflão, corço, gamo, gato-selvagem, águia-real, perdiz-cinzenta, cágado-mediterrânico, zebro, etc...


Espécies em que a sua presença em Portugal, precisa de ser reforçada no seu local de distribuição actual, não só com medidas de gestão de habitat adequadas mas também como com a consolidação das populações locais procedendo à introdução de mais exemplares da mesma espécie:

Marta, lince-ibérico, gato-selvagem, camaleão, águia-imperial, lagostim europeu de água doce, lobo-ibérico, águia-pesqueira, zebro, etc...


Quem quiser colaborar está à vontade.
Depois já posto dados sobre as zonas que podem albergar esta verdadeira Arca de Noé! :D
 


frederico

Furacão
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9 Jan 2009
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Excelente tópico!

Bem, para começar, em relação ao camaleão estou muito preocupado. Por causa do avanço urbanístico das últimas décadas, e do abandono da agricultura de sequeiro junto ao litoral, as populações do litoral algarvio ficaram muito dispersas, e é quase impossível a criação de corredores ecológicos que permitam o contacto entre as populações.

Na minha opinião, neste momento a população mais viável é a que ocupa o litoral entre a foz do Guadiana e Cabanas de Tavira, existindo dois núcleos fundamentais: Mata de Monte Gordo e Cacela Velha.

Outra das populações viáveis ocupa alguns pinhais e terrenos agrícolas no litoral entre Tavira e Olhão.

Uma terceira população ocupa a zona entre Gambelas e a Quinta do Lago.

Devido à forte urbanização das últimas décadas, não me parece que estas populações possam contactar entre si.

Em relação à população da baía de Monte Gordo, a situação futura é muito negativa:

- está prevista a urbanização do actual parque de campismo de Monte Gordo, instalado dentro do pinhal;

- o parque de campismo será transferido para o pinhal que se situa na parte oeste da vila, destruindo assim mais uma parte da mata;

- na Praia Verde, em tempos recentes uma área substancial do pinhal de pinheiro-manso foi derrubado, pois o litoral entre a Praia Verde e Altura será ocupado por um PIN.

Consta que a população dos pinhais da Praia Verde e de Monte é a mais numerosa. A Mata nacional é supostamente uma área protegida, tal como a Ria Formosa, supostamente estes projectos urbanísticos deveriam ser feitos fora das áreas protegidas...

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belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
Excelente tópico!

Bem, para começar, em relação ao camaleão estou muito preocupado. Por causa do avanço urbanístico das últimas décadas, e do abandono da agricultura de sequeiro junto ao litoral, as populações do litoral algarvio ficaram muito dispersas, e é quase impossível a criação de corredores ecológicos que permitam o contacto entre as populações.

Na minha opinião, neste momento a população mais viável é a que ocupa o litoral entre a foz do Guadiana e Cabanas de Tavira, existindo dois núcleos fundamentais: Mata de Monte Gordo e Cacela Velha.

Outra das populações viáveis ocupa alguns pinhais e terrenos agrícolas no litoral entre Tavira e Olhão.

Uma terceira população ocupa a zona entre Gambelas e a Quinta do Lago.

Devido à forte urbanização das últimas décadas, não me parece que estas populações possam contactar entre si.

Em relação à população da baía de Monte Gordo, a situação futura é muito negativa:

- está prevista a urbanização do actual parque de campismo de Monte Gordo, instalado dentro do pinhal;

- o parque de campismo será transferido para o pinhal que se situa na parte oeste da vila, destruindo assim mais uma parte da mata;

- na Praia Verde, em tempos recentes uma área substancial do pinhal de pinheiro-manso foi derrubado, pois o litoral entre a Praia Verde e Altura será ocupado por um PIN.

Consta que a população dos pinhais da Praia Verde e de Monte é a mais numerosa. A Mata nacional é supostamente uma área protegida, tal como a Ria Formosa, supostamente estes projectos urbanísticos deveriam ser feitos fora das áreas protegidas...

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Estou completamente de acordo com a tua opinião.
Além de que as zonas de desova para o camaleão são muito importantes e algo sensíveis durante certas partes do ano.
Deviam ser tomadas medidas em relação a isso ( procedendo à vedação de certas zonas prioritárias).
 

frederico

Furacão
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9 Jan 2009
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Conheço uma senhora com mais de 90 anos que ainda viveu nos tempos em que havia lobo na Serra de Tavira. Ela ainda me recorda do último local onde foram avistados lobos na sua zona. Fica junto da aldeia dos Cintados.

Eis a zona onde foram avistados os lobos há cerca de seis décadas:

http://maps.google.pt/maps?hl=pt-pt...7.280387,-7.600962&spn=0.005882,0.013078&z=17

E aqui havia, até há pelo menos dez anos, uma boa população de cágado-de-carapaça-estriada e de saramugo:

http://maps.google.pt/maps?hl=pt-pt...7.281361,-7.609727&spn=0.005882,0.013078&z=17

Trata-se da Ribeira do Beliche, que atravessa uma zona mais húmida, na Serra de Tavira, onde tem a sua nascente, e uma outra zona mais seca, próxima da sua foz no Rio Guadiana.

Aqui há duas grandes ameaças: a construção de uma barragem na zona ecologicamente mais sensível, e a utilização de motores de rega. Estes motores secam os chamados pegos, zonas mais profundas da ribeira que mantêm água mesmo durante o Verão, e são essenciais para a sobrevivência de peixes, anfíbios e outros seres vivos. Este vale, aliás é riquíssimo em anfíbios, já aqui vi salamandras, muitos sapos, rãs, relas, répteis como a cobras de água e cágados.

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Aqui já vi duas cegonhas-negras:

http://maps.google.pt/maps?hl=pt-pt...v=zo&radius=0.43&hq=relas+anfibio&hnear=&z=17

Este vale da Foupana é muito interessante.

Mais a norte, perto do vale do Vascão:

http://maps.google.pt/maps?hl=pt-pt...ose=37.4528969,-7.53155708,5788.19,0,44.949,0

O meu pai assegura que há certa de vinte anos atrás foi morto um lince-ibérico nesta zona, numa caçada em que participou. O animal foi abandonado num local mais escondido do mato.
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Parques Natural Sintra Cascais

"Ao registo de animais já extintos do Parque, o urso Ursus arctos, o veado Cervus elaphus a lebre Lepus capensis ou o lobo Canis lupus, outros sem qualquer registo de observação nos últimos anos como a lontra Lutra lutra, o gato-bravo Felis silvestris ou o sapo-de-unha-preta Pelobates cultripes, juntam-se espécies actualmente raras e ameaçadas cuja conservação é prioritária."

http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT...urais/SintraCascais/ValoresNaturais/Fauna.htm

Posso começar com um exemplo que acho deploravel. Mais uma vez vou mandar abaixo o ICNB e um dos parque naturais de Portugal, mas é impossivel não achar isto incrível.

Na página do parque natural Sintra Cascais no site do ICNB referem animais que existiram no parque mas estão extintos. Dou o desconto em relação ao Lobo e até mesmo ao Veado, que podem já não ter condições de viver numa zona tão povoada. Mas o parque natural Sintra Cascais não tem vergonha de admitir no seu próprio site que a Lebre está extinta no parque???? :shocking:

A lebre???? Aquele animal que é criado em quintas e vendido a qualquer associação de caçadores para repovoar as suas coutadas??? É assim tão complicado o parque comprar meia dúzia de lebres e soltar na serra de Sintra? É um projecto assim tão complexo e caro que um parque natural não consiga fazer?

Se for preciso gasta-se esse valor em ajudas de custo para o senhor director fazer uma jantarada, ou em brindes e medalhas (como agora anda na moda os institutos públicos fazerem).


Há coisas realmente bastante complicadas. O projecto de reprodução dos Linces é claramente um projecto complexo e caro. Andar a transferir veados ou corços também tem a sua complexidade. Lobos nem se fala...

Agora lebres??? Epá tenham paciência mas isto apenas demonstra uma completa falta de interesse e uma passividade impressionante da parte do ICNB ou da direcção do parque em questão.

PS: Já enviei emails ao parque natural Sintra Cascais a fazer esta sugestão, mas como já estava à espera, nem sequer se dignaram a responder. Aliás, de todos os emails que eu já enviei aos diferentes parques naturais portugueses e ao ICNB, nunca recebi uma única resposta.
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Portugal
Outra sugestão que fiz ao PNSC tinha um nível de complexidade perto do nulo.

O parque florestal de Monsanto em Lisboa, fica a cerca de 30km da serra de Sintra, no entanto devem ser dos 30km mais urbanizados de Portugal.

No parque de Monsanto existe uma população de vários milhares de esquilos vermelhos. Esses esquilos, apesar de já terem atingido um número provavelmente exagerado para a capacidade de Monsanto, nunca conseguiram sair dessa zona. Monsanto está completamente rodeado por autoestradas, caminhos de ferro, fábricas e prédios.

A minha sugestão foi muito simples, os dois parques combinarem uma transferência de alguns esquilos para a serra de Sintra. A quantidade de pinheiros na serra de Sintra não daria qualquer hipótese de fracasso a esta colonização. Por outro lado, uma nova presa para o carnívoros que ainda existem no parque (raposas, ginetes, as diferentes rapinas), seria uma dádiva dos deuses.

Mais uma vez, nem sequer se dignaram a responder ao meu email.
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Portugal
Posso dar uma ideia em relação às martas.

Como sabem a marta é um animal bastante raro em Portugal, se é que não esteve efectivamente extinto durante algum tempo, pelo menos esteve quase totalmente desaparecido.

Nas últimas decadas recomeçaram a ser vistos no nosso território, primeiro no norte (vindos da Galiza?) e posteriormente já na região centro. Este regresso da marta está provavelmente relacionado com o regresso de uma das suas principais presas, o esquilo-vermelho.

A minha ideia para reforçar as populações de martas no nosso país, era usar o parque florestal de Monsanto em Lisboa como uma reserva para estes animais. Como já disse Monsanto é basicamente uma fortaleza verde no meio do betão de Lisboa. Os animais que existem no Monsanto basicamente não saiem de lá.

O parque está completamente apinhado de esquilos. Não sou nenhum especialista nem biologo, mas diria que a população de esquilos de Monsanto já está a atingir um nível de praga. O parque é um paraiso para eles, pela quantidade de pinheiros mansos e a falta de predadores. A sua população passou de 16 em 1994, para alguns milhares actualmente. Praticamente sempre que dou uma volta em Monsanto vejo um ou dois, e as milhares de pinhas roidas que se vêm no chão indicam bem a sua quantidade.

Se fossem introduzidos alguns exemplares de martas em Monsanto, decerto encontrariam um local perfeito para o seu número aumentar. Posteriormente, quando ambas as populações já estivessem mais equilibradas, podiam-se utilizar alguns exemplares de martas para repovoar outras zonas do país.

Mais uma vez, parece-me um plano perfeitamente possível e que ajudaria a manter uma população estável de um dos mamiferos mais raros de Portugal (e já agora ajudar a controlar uma espécie que possivelmente já está com um crescimento exagerado no parque de Monsanto)

Se acho que isto alguma vez será feito... não :(
 

duero

Nimbostratus
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23 Dez 2009
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valladolid
Nao é dificil a transferencia de corzos ou veados, mesmo os veados de Sanabria foran transferidos nos 70s desde o Sul de España ata lí, despois que ficaram extintos en esa area.

En principio tudo o que voses dizen é moito bó, mais esqueceron una coisa, as pesoas.

Una coisa sao martas ou veados ou corzos (mesmo estes poden comer os cultivos, eu tenhor arvores pequenos con proteçao por culpa de eles que comen as folhas dos arvores pequenos, e a menos de 100 metros das casas eles comen por a noite).

Mais outra coisa sao lobos ou ursos ou mesmo linces.

Acho que en moitas areas nao gostara moito de eses animais pois ha pesoas que achan que sao perigrosos para o ganado e as pesoas.

Eses animais ten melhor aceptaçao nas areas onde sempre ficaran e nao foran extintos.

En Asturias o urso ou o lobo nao ten pesoas contrarias a eles, mesmo pesoas dos povos pequenos hoje ja nao sao contrarios aos ursos mais un pouco aos lobos, devido a politicas de ensino de eses animais.

Mais nas areas que foran extintos e as pesoas nao conhezen ja é diferente pois nao ten habito de convivir con eses animais.

E nao ten caso introduzir animal nenhumo se as causas que levaran ao animal a extinçao ainda sao presentes. O primeiro é conhezer as causas da extinçao, despois olhar se as causas ainda sao presentes, e despois eliminar esas causas, ja despois fazer a introduçao.

Acho que con os herviboros, como veados ou corzos, ou mesmo a camurza nao havera problemas, mais os problemas haveran cando estemos a falar de lobos e ursos, e posivelmente de linces.


Outra coisa anecdotica, que OS PREDATORES AINDA PODEN SER BOS PARA OS CAZADORES, POIS PODEN FAZER MELHORES ANIMAIS.

Os veados de Sanabria con origen no Sul de España que levan lá unos 40 ou 50 anos, mudaran.

Hoje os veados sao mas pesados que os de o Sul, ten maior cornamenta, e os trofeos cazatorios sao melhores.

A causa que estao a falar para explicar esto é a siguente:

Na Sanabria fican moitos lobos, una das maiores densidades de tuda Europa, e eses lobos estao a fazer una seleççao natural, pois predan sobre os animais enfermos, debiles, os animais con peores condiçoes, os animais que menos corren, menos fortes, os menos adaptados. A seleçao natural que nao acontece no Sul pois nao ha depredadores.

É por iso que os veados de Sanabria sao maiores, mais pesados, mais fortes, con mais cornamenta e melhores trofeos cazatorios que a povoaçao de origen. Se nao estou en erro a povoaçao de origen fica en Sevilla e Cordoba, mais nao fico seguro.

Hoje os veados de Sanabria sao melhores pezas para os cazadores que aqueles do Sul.

O LOBO FIZERA ESTO.
 

duero

Nimbostratus
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23 Dez 2009
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Penso que seria muito interessante juntar informações sobre os animais que gostariam e que pensam que é possível reintroduzir em Portugal.
Existem vários requerimentos para que isso se torne realizável e portanto penso que seria interessante analizar vários prós e contras.
Além de reintroduções de fauna actualmente extinta também se podia discutir as características dos locais que potencialmente poderiam albergar esses animais ou a transferência de animais não extintos em Portugal de uma zona para outra (como por exemplo, veados para o Gerês, etc...).


Começo por dar o mote sobre algumas espécies potenciais extintas em Portugal para reintrodução: O lince euroasiático, a camurça, o gipaeto-barbado, o castor, o auroque, o bisonte-europeu, o urso-pardo ( embora referências científicas sobre potenciais visitas a alguns pontos do Norte do país sejam feitas na actualidade), o tetraz entre outros.

Espécies que poderiam ser transferidas de um local para outro ( em especial para locais antigos de ocorrência onde fazem falta no ecossistema), que não estão extintas em Portugal:

Veado-europeu, esturjão, ibex, lobo-ibérico, marta, muflão, corço, gamo, gato-selvagem, águia-real, perdiz-cinzenta, cágado-mediterrânico, zebro, etc...


Espécies em que a sua presença em Portugal, precisa de ser reforçada no seu local de distribuição actual, não só com medidas de gestão de habitat adequadas mas também como com a consolidação das populações locais procedendo à introdução de mais exemplares da mesma espécie:

Marta, lince-ibérico, gato-selvagem, camaleão, águia-imperial, lagostim europeu de água doce, lobo-ibérico, águia-pesqueira, zebro, etc...


Quem quiser colaborar está à vontade.
Depois já posto dados sobre as zonas que podem albergar esta verdadeira Arca de Noé! :D

Nem o muflao nem o gamo sao autoctonos, pois o primeiro é de Corcega e o segundo da Asia, mais eles levan aca desde os tempos dos romanos, pois foran eles os que introduzeran eses animais.

Ainda mais, eu nao acho boa ideia que en un mesmo parque fiquen gamos, corzos e veados, e mufloes, camurzas e cabras pireanicas.

Acho que esto nao acontece en nenhum local.


En España as cabras pirenaicas fican onde nao ha camurzas. As carmurzas fican na Cordilhera Cantabrica (chamanse rebecos) e nos Pirineus (chamanse con a palavra basca: sarrio), mais en esas areas hoje nao ha cabras pirenaicas.

No Sistema Central ha esas cabras, mais nao ha camurzas.

E en nenhuma de esas areas ha mufloes, pois estes fican no Suleste de España, onde ha cabras, sim, mais en menor número.


As areas onde fican corzos nao fican gamos, no Noroeste de España nao ha gamos, mais sim corzos.


Acho que nao ha nenhum local do planeta onde fiquen as seis especies: cabras pirenaicas, camurzas, mufloes, gamos, corzos e veados.

E si vose gostaria de un local onde ficaran tudos e ainda con bisontes e auroques (reconstruçao) entao vose deve ter moitos depredadores, con lobos e ursos e linces, se esto nao acontece ainda pode ser pernicioso tanto animal herviboro para a natureza.
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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duero, dizes que não há nenhum lugar com todas essas espécies. Mas não há, porque se foram desaparecendo e o homem escolheu quais é que queria voltar a introduzir, ou não há por razões naturais?

Por exemplo, a cabra montês impede a a presença da camurça? Ou por razões humanas, onde há cabras, não há camurças?

O facto de teres várias espécies diferentes não significa que tenhas muitos animais. Podes ter apenas corços numa serra e eles tornarem-se uma praga. Por outro lado podes ter corços, veados e gamos, mas em número controlados.
 

Pek

Cumulonimbus
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24 Nov 2005
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A ver, en el Pirineo Catalán hay zonas en que coinciden rebecos, muflones, corzos, ciervos y gamos. No hay cabras monteses porque se las "cepilló" el ser humano. De hecho, en Ordesa (Pirineo Aragonés) convivieron (sin reintroducciones ni nada) cabras y rebecos hasta el año 2000 en que murió el último ejemplar de bucardo (Capra pyrenaica pyrenaica) acabando así con esta subespecie para siempre. Bueno, en realidad se especula con la clonación de dicha subespecie. Un interesante estudio (1999) sobre la inevitable extinción del bucardo:

http://www.ipe.csic.es/conservacion...do Internet para Adela/63_bucardo_Galemys.pdf

En Cazorla también hay de todo menos rebeco: cabras monteses, gamos, ciervos, muflones, corzos (escasos) y arruís (Ammotragus lervia). Es una de las zonas más ricas en artiodáctilos de Europa (y todos ellos abundantísimos salvo los corzos), y la vegetación bien que lo sufre...

En la zona de Riaño también coinciden, entre otros, rebecos y cabras monteses (reintroducidas). Y en Ancares e igualmente reintroducidas, hay unas pocas cabras (unas 10 en 2001, ahora algunas más)...

Y zonas en que coinciden, corzo, ciervo, gamo, cabra montés y muflón, un montón más.
 

Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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En Cazorla también hay de todo menos rebeco: cabras monteses, gamos, ciervos, muflones, corzos (escasos) y arruís (Ammotragus lervia). Es una de las zonas más ricas en artiodáctilos de Europa (y todos ellos abundantísimos salvo los corzos), y la vegetación bien que lo sufre...

Pois, faltam lobos
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Ainda mais, eu nao acho boa ideia que en un mesmo parque fiquen gamos, corzos e veados, e mufloes, camurzas e cabras pireanicas.
E si vose gostaria de un local onde ficaran tudos e ainda con bisontes e auroques (reconstruçao) entao vose deve ter moitos depredadores, con lobos e ursos e linces, se esto nao acontece ainda pode ser pernicioso tanto animal herviboro para a natureza.

Eu não disse que era para ter tudo no mesmo parque.
Aliás eu ainda nem sequer dei uma opinião formada sobre o assunto...;)

E já existiram muflões na P. Ibérica no passado, pelo menos, desde o Paleolítico.

Obrigado Pek pelas tuas referências.
Foi para isso que eu criei este tópico. Essencialmente para também tentar saber algo mais sobre os animais e sobre os seus requerimentos ecológicos, viabilidade das populações, integração espacial, etc... :)
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Sintra/Carcavelos/Óbidos
Sobre a hipotética reintrodução do lince-boreal em UK:

http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/england/oxfordshire/7803867.stm


Situação do lince-boreal nos Balcãs:

http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/6114962.stm


Lince-boreal ( IUCN):

http://lynx.uio.no/jon/lynx/eulynx1.htm


Conferência de especialistas de lince-boreal (1991):

http://lynx.uio.no/lynx/nancy/news/cn14_03.htm#08


Situação do lobo-cinzento, urso-pardo e lince-boreal na Polónia (2008):

http://www.polishwolf.org.pl/large-predators


Lince-boreal na Polónia:

http://www.polishwolf.org.pl/lynx


Eurasian Lynx Online Information System for Europe:

http://www.kora.ch/en/proj/elois/online/index.html


Na P. Ibérica o lince-boreal não era substituído pelo lince-ibérico, mas apenas tinha a sua distribuição possivelmente mais limitada ao Norte da península com uma infuência climática de tipo Atlântico, normalmente ligada aos grandes bosques Eurossiberianos.
Em Portugal só encontro referências ao termo «tigre» no Gerês.
Depois vou fazer um resumo sobre as necessidades ecológicas do lince-euroasiático/boreal.