É um pouco complicado nomear zonas secas no Minho e Douro Litoral..Humidade não falta nessa região verdejante todo o ano! Mas decerto que o local com menos humidade relativa deverá coincidir com os locais mais quentes no Verão, portanto, locais de maior interioridade, de preferência nas vertentes E/SE resguardadas dos ventos atlânticos (se é que é possível) de forma a propiciar-se também algum efeito fohen. Mas sim, o Douro superior e o Coa, parecem-me bem situados, embora não escolhesse nenhum vale mais propício a neblinas ou nevoeiros. Escolheria um desses locais mas afastado no mínimo uns 6 km de rios ou ribeiras, e a meia encosta numa vertente este ou sudeste mais soalheira, sem estar completamente rodeado de elevações (cova).
Sim, certos vales são mais propícios a nevoeiros que outros. Por exemplo, onde fica situada a região de Mirandela, tanto se regista muito mais nevoeiro que vales próximos, como também as temperaturas são mais baixas, porque Mirandela está numa zona relativamente aberta.
Não acho contudo, que sejam necessários 6 kms para ter menos nevoeiro... Até porque muitas vezes os nevoeiros concentram-se em zonas bastante específicas, segundo algumas imagens de satélite que já vi na região.
Referi que o ideal seria o local estar afastado 6km dos rios, pela razão de se considerar zona propicia à ocorrência de nevoeiros as barragens até ao limite de 5km à sua volta (são dados com relevância para estudos de impacte ambiental, caso se decida construir uma barragem numa zona de vinhas, olivais,..). Mas claro, referia-me especialmente a uma distância a separar de rios e não tanto de ribeiras. .
Castelo Branco está também numa zona aberta, planaltica, rodeada de serras, mas muito mais protegida da influência de massas continentais, embora também ocorram algumas situações de nevoeiro devido ao frio instalado. A cidade situa-se a uns 15/20km em linha recta do Tejo e mesmo assim, diria que pelo menos em 1/3 dos casos o nevoeiro por aqui tem origem no Tejo expandindo-se até aqui (com vento SW chega a transportar algum cheiro a celulose de vila velha de rodâo, prenúncio de chuva por aqui), dissipando-se primeiro na cidade e por fim nas terras baixas da bacia do Tejo e seus afluentes.