Biodiversidade

frederico

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No Reino Unido a própria comunidade faz vigilância. As comunidades têm pessoas que em regime de voluntariado fazem vigilância. Seria interessante aplicar este conceito em Portugal na área ambiental. Mas há dificuldade, dadas as particularidades culturais do nosso país. Se fosse a comunidade a fazer esta vigilância haveria uma maior eficácia. Poderiam até existir pequenos estímulos, como pequenos prémios monetários.
 
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james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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No Reino Unido a própria comunidade faz vigilância. As comunidades têm pessoas que em regime de voluntariado fazem vigilância. Seria interessante aplicar este conceito em Portugal na área ambiental. Mas há dificuldade, dadas as particularidades culturais do nosso país. Se fosse a comunidade a fazer esta vigilância haveria uma maior eficácia. Poderiam até existir pequenos estímulos, como pequenos prémios monetários.


Essa dos prémios monetários resultava de certeza.

Num povo materialista, ao contrário do que se ouve dizer, como o nosso, se as pessoas tiverem algo palpável para receber, ficam logo disponíveis para tudo.
 
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frederico

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9 Jan 2009
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Dou um exemplo.

A ribeira da minha terra está cheia de lixo. As dunas também. Há uns 15 anos houve uma iniciativa interessante. Os alunos da escola C+S foram para a praia limpar as dunas. A Junta ajudou e carregou o lixo mais graúdo, como electrodomésticos e entulhos. Poderia fazer-se isto todos os anos com estudantes, reformados, desempregados. Organizavam-se em equipas equilibradas e recebiam todos uma pequena ajuda em função do desempenho. A Junta e a autarquia têm dinheiro para isto.

Quanto à vigilância ambiental, poderia ser feita em articulação com as associações locais. Muitos recebem fundos avultados portanto seria bom que os aplicassem em coisas úteis. Não se pode pagar a alguém para passar os dia no mato. Mas há coisas simples que se podem fazer com organização. Agora é altura de armar ao pássaro, eu sei onde na minha zona se costumam pôr as armadilhas. Quem as põe costuma fazê-lo mais ao fim-de-semana porque não trabalha. Portanto ao Sábado e Domingo pela manhã poder-se-ia dar uma volta pelo campo e procurar as esparrelas. Existem outras coisas a fazer. Sinalizar cães e gatos abandonados. As pessoas não têm noção do impacto nocivo dos animais sem dono no ambiente. Os cães matam ouriços e outros pequenos mamíferos. Os gatos destroem ninhos e matam muitas aves, além de atacarem também pequenos mamíferos. Há os ataques a gado que depois são atribuídos injustamente a lobos. Este é também um problema de saúde pública. Portugal, ao contrário da maioria dos países desenvolvidos, ainda tem todos os anos casos de leishmaniose em humanos. O reservatório principal da doença são cães.
 

Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Corpo de baleia com cerca de 18 metros dá à costa em praia de Alcobaça

São imagens fora do comum na costa portuguesa. O animal estaria doente e acabou por dar à costa esta segunda-feira, já morto.

O corpo de uma baleia com cerca de 18 metros de comprimento deu esta segunda-feira à costa na praia do Vale Furado, no concelho de Alcobaça, informou fonte da Capitania da Nazaré à agência Lusa.

De acordo com o comandante da Capitania do Porto da Nazaré, Paulo Agostinho, o animal estava muito magro.

"Segundo indicações da bióloga do Cram-Q - Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios, Figueira da Foz, o animal estaria doente e acabou por dar à costa hoje [segunda-feira] à tarde", já morto, adiantou Paulo Agostinho.


O responsável informou que a Polícia Marítima, com a Proteção Civil local, esteve na praia do Vale Furado, no distrito de Leiria, a acompanhar os trabalhos dos biólogos do Cram-Q que "recolheram amostras para análises".

"Trata-se de uma baleia de espécie comum, com cerca de 18 metros de comprimento e com um peso entre 10 e 15 toneladas", acrescentou.

Paulo Agostinho informou também que os trabalhos de remoção deverão iniciar-se na terça-feira de manhã: "É uma remoção com grau de dificuldade máximo, uma vez que não há acesso ao local nem por terra nem por mar."

O animal terá, por isso, de ser "cortado", pois a praia é "circunscrita por rochas, inclusive no espelho de água", "sem acesso sequer a qualquer veículo de emergência".

A 10 de Novembro, uma tartaruga gigante também deu à costa, a sul da praia São Pedro de Moel, no concelho da Marinha Grande, no mesmo distrito.

http://rr.sapo.pt/noticia/40268/cor..._de_18_metros_da_a_costa_em_praia_de_alcobaca
 

Thomar

Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Notícia de hoje, sobre a escassez de alimentos para os abutres e a sua concentração no Tejo internacional:

Falta de alimento provoca a maior concentração de sempre
de abutres no Tejo Internacional

  • O Monte Barata, no parque do Tejo Internacional, registou recentemente a maior concentração de abutres num só dia,
    fruto da escassez de alimento, que está a fazer perigar espécies como o abutre preto.



Recentemente, a Quercus registou a presença de 270 aves no alimentador do Monte Barata, situado em Castelo Branco, em pleno Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI), um episódio nunca registado pela associação ambientalista a nível nacional.

A falta de alimento é neste momento apontada como a principal causa para esta concentração anormal de aves naquele local e que coloca em risco espécies como o abutre preto, que esteve extinto em Portugal durante quatro décadas.

"Se não há alimento disponível, existe o risco de as populações não se reproduzirem. No caso do abutre preto em particular, sendo uma espécie tão ameaçada, rapidamente vai para a extinção", afirmou à agência Lusa Samuel Infante, da Quercus.

O ambientalista sustenta ainda que, com a falta de alimento, a tendência dos animais é deslocarem-se para outros locais, onde há condições mais favoráveis para se reproduzirem.

"A falta de alimento na zona está a sentir-se e as últimas épocas de reprodução foram as piores desde que há monitorização no PNTI. Houve uma mortalidade de crias muito pequenas em grande parte da população de abutres", adiantou.

No caso dos grifos, dos 160 casais que estão no PNTI, "menos de metade reproduziram-se com sucesso, claramente um indício de falta de alimento".

A falta de alimento para estas aves tem vindo a verificar-se desde a crise da BSE, altura em que foi montado um sistema, a nível nacional, de recolha de carcaças dos animais.

"Diariamente são recolhidos cerca de mil animais, que são retirados dos campos. São milhares de toneladas de alimento que estavam disponíveis para estas espécies e que deixaram de estar", explica.

Samuel Infante adianta que a solução passa por deixar as carcaças nos campos, como sempre aconteceu ao longo de milhares de anos.

O ambientalista sublinha também que já foram feitos vários apelos aos Ministérios da Agricultura e do Ambiente para que se apliquem as diretivas comunitárias.

"Em 2102, foi alterada a diretiva comunitária que já previa a exceção de criação de locais como este [alimentadores]. Mas isto não é uma solução, não resolve, apenas minimiza o problema", afirma.

Para o responsável da Quercus, é urgente que se aprove a estratégia nacional para as aves necrófagas que esteve em consulta pública em setembro deste ano.

"Esperemos que rapidamente seja publicada e que seja uma ferramenta para que nas zonas onde não há problemas sanitários se possam disponibilizar essas carcaças de animais", disse.

A colónia de abutres pretos recolonizou Portugal com dois casais em 2010 depois de 40 anos extinto.

Progressivamente, a colónia de 11 casais existente no PNTI tem vindo a estabilizar, mas a população "continua claramente em risco".

"Se houver um problema grave, um episódio de um incêndio, um abate ou envenenamento nesta colónia, a espécie volta a extinguir-se facilmente em Portugal como reprodutor", conclui Samuel Infante.

CAYC // SSS
Lusa/Fim

Fonte: Agência Lusa
http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo...ao-de-sempre-de-abutres-no-tejo-internacional
 

camrov8

Cumulonimbus
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tem de haver mudança de paradigma, estamos num mundo ultra higiénico o principal alimento destas aves é retirado por medidas ambientais e sanitárias e depois criam-se comedouros, obviamente vai existir escasses de alimento , o que se devia fazer éra retirar animais mortos por doenças para evitar contágios e manter os que não representassem perigo
 

lreis

Cumulus
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22 Dez 2010
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tem de haver mudança de paradigma, estamos num mundo ultra higiénico o principal alimento destas aves é retirado por medidas ambientais e sanitárias e depois criam-se comedouros, obviamente vai existir escasses de alimento , o que se devia fazer éra retirar animais mortos por doenças para evitar contágios e manter os que não representassem perigo


Existe dificuldade na criação de mais alimentadores pelo país? assim, se calhar, ia-se dispersando a disponibilização de alimento e aumentado se calhar a reprodução das espécies em causa.
 
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Thomar

Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Deveria haver muitos mas mesmo muitos mais projectos destes:

PÓVOA DO LANHOSO PLANTA 30 ÁRVORES AUTÓCTONES NA SERRA DO CARVALHO
03/12/2015
Um projecto de educação ambiental da Câmara Municipal da Póvoa do Lanhoso levou à plantação 30 carvalhos alvarinhos no primeiro parque da Serra do Carvalho, atravessada pela estrada nacional 103, via rodoviária que permite a ligação a Braga e ao Gerês.

Esta valorização paisagística da Serra do Carvalho foi efectivada através do Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos em conjunto com os Clubes da Floresta da EB 2,3 Prof. Gonçalo Sampaio e da Escola Secundária e EBI do Ave. Nesta primeira intervenção, participaram 52 alunos acompanhados de quatro professores.

“O projecto de educação ambiental e valorização paisagística da Serra do Carvalho tem por objectivo valorizar a paisagem da rede viária e dos parques da Serra do Carvalho, privilegiando-se a plantação de carvalhos alvarinhos nesta zona, aumentando assim a importância ecológica e paisagística destes espaços através da diversidade da vegetação e da fauna silvestre que estes parques podem albergar”, explicou a câmara da Póvoa do Lanhoso em comunicado.

O projecto não se fica por aqui. A evolução dos parques será monitorizada e, anualmente, serão plantados mais exemplares, ajudando a recuperar um património natural que outrora era mais abundante nestes espaços naturais.

A Serra do Carvalho designa-se assim pois, no passado, foi constituída por diversos maciços arbóreos de carvalhos. Depois da construção da rede viária, alguns dos parques perderam um grande número de exemplares. Depois da recente transferência de competência das Infraestruturas de Portugal para o município, estes parques podem agora ter esta valorização ambiental.

Fonte: http://greensavers.sapo.pt/2015/12/...a-30-arvores-autoctones-na-serra-do-carvalho/
 
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Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Torres Novas(75m)
JAPÃO: CAMINHOS-DE-FERRO CONSTROEM TÚNEIS PARA TARTARUGAS PASSAREM DEBAIXO DA LINHA
tartaruga_a.jpg


Criatividade salva tartarugas e humanos
A linha ferroviária japonesa tem um problema para as tartarugas mas também para os humanos. E pela mesma razão. É frequente ver o réptil a passar pelos caminhos-de-ferro, mas muitos acabam por ficar com as patas presas na mudança dos carris, uma situação trágica para as tartarugas mas também para a segurança dos passageiros dos comboios, uma vez que, quanto mudam, os carris não conseguem fechar-se completamente e acabam por causar acidentes.

Para solucionar este problema, a West Japan Railway Company estabeleceu uma parceria com o Suma Aqualife Park, da cidade de Kobe, e desenhou e construiu túneis que permitem às tartarugas caminharem debaixo dos carris. Segundo o Suma Aqualife Park, o sistema foi implementado em Abril e, desde então, pelo menos 10 tartarugas já foram vista a utilizá-lo. Ou seja, dez acidentes foram, eventualmente, evitados devido a esta inovação. E dez tartarugas passaram o caminho-de-ferro sem problemas.

http://greensavers.sapo.pt/2015/12/...is-para-tartarugas-passarem-debaixo-da-linha/
 
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meteoamador

Cumulus
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6 Jan 2014
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Vila Verde ( 310m)
Encontrei um bicho desconhecido por mim na minha garagem ,dissera-me logo para o matar que era venenoso não o matei e então decidi pesquisar sobre ele.
Encontrei em excelente artigo que descreve este animal e que mostra que pouco perigoso para nós é, falo então da:
salamandra-de-pintas-amarelas

mw-860



Se procura um animal demoníaco para envenenar os seus inimigos, a salamandra-de-pintas-amarelas é provavelmente o ingrediente mais indicado. Ou seria, se o leitor fosse uma bruxa com uma verruga horrível no nariz, a preparar uma poção mágica num grande caldeirão. Como suponho que não seja, o melhor será tentar conhecer um pouco sobre este animal e por que é que ele tem sido associado a superstições relacionadas com o fogo desde a Antiguidade.

A salamandra-de-pintas-amarelas (nome científico: Salamandra salamandra) é um anfíbio com uma ampla distribuição nacional no continente, estando apenas ausente nas zonas agrícolas do Baixo Alentejo. Habita geralmente zonas húmidas e sombrias de floresta, podendo também ser encontrada noutros habitats próximos de linhas de água. Alimenta-se de escaravelhos, formigas, caracóis, minhocas, centopeias, aranhas e outros invertebrados terrestres igualmente apetitosos (do ponto de vista da salamandra), e como qualquer anfíbio que se preze, reproduz-se na água. Apesar de ser uma espécie comum, é ocasionalmente morto por ser considerado um animal "peçonhento", devido a superstições tais como dar azar a quem se cruza no seu caminho.

Estas crenças populares não são recentes. No século I D.C., o historiador Romano Plínio escreveu que a salamandra é tão fria que extingue o fogo quando entra em contacto com este, expelindo também um líquido da boca que, tocando na pele humana, causa a queda de pelos. Portanto, em vez de andarmos a gastar milhões de euros em meios de combate a incêndios, bastaria dar ouvidos a este historiador e distribuir salamandras aos bombeiros para resolver facilmente o problema. Para além disso, um serviço de depilação sem custos adicionais daria certamente jeito a quem combate fogos florestais em dias quentes de Verão... A explicação para esta e outras descrições de autores medievais que afirmam que a salamandra nasce, vive ou cospe fogo poderá ser que estes animais se abrigam ocasionalmente em troncos húmidos, que optam (e bem) por abandonar se estes estão prestes a arder. Por isso, podemos especular que esta ideia terá começado quando alguém ficou surpreendido ao ver uma salamandra a sair de cena durante um fogo florestal ou a escapar das chamas de uma lareira acesa.

Mas os poderes miraculosos atribuídos a este anfíbio vão para além disto. Segundo o livro "Enciclopédia de Superstições, Folclore e Ciências Ocultas", se alguém tiver a coragem de lamber três vezes o ventre de uma salamandra, da cabeça à cauda, tornar-se-á resistente ao fogo e pode curar queimaduras em outras pessoas. Antes que o pessoal que trabalha em Unidades de Queimados desate à procura de salamandras, convém avisar que este animal tem uma secreção cutânea que é irritante para os olhos e, quando ingerida, pode provocar má disposição e alucinações. Estes compostos químicos tóxicos têm a função de a proteger da predação e de prevenir infeções, sendo por isso recomendável a quem manuseie uma salamandra que lave as mãos de seguida. A coloração invulgar deste animal com manchas amarelas, que também poderá ter contribuído para as superstições, serve de aviso de que não é boa ideia ingeri-la. Também é interessante notar que os padrões destas manchas são únicos, o que seria um problema se alguma delas quisesse enveredar pelo mundo do crime.

Portanto, se estiver a queimar troncos na salamandra de ferro fundido da sua casa e por uma incrível coincidência lhe aparecer uma salamandra, não está a assistir a uma manifestação do espírito elemental do fogo (como advogavam os alquimistas), mas sim a um anfíbio a tentar ir para um sítio que não provoque queimaduras mortais. Se achar que isto é impossível porque nem sequer tem uma salamandra de ferro fundido em casa, então está provavelmente a alucinar. Eu avisei que devia ter lavado as mãos...



Fica a foto da que encontrei:

xT3z8YK.jpg


Fonte:http://visao.sapo.pt/ambiente/opiniaoverde/brunopinto/a-salamandra-de-pintas-amarelas=f651247


 

james

Cumulonimbus
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Viana Castelo(35 m)/Guimarães (150 m)
Encontrei um bicho desconhecido por mim na minha garagem ,dissera-me logo para o matar que era venenoso não o matei e então decidi pesquisar sobre ele.
Encontrei em excelente artigo que descreve este animal e que mostra que pouco perigoso para nós é, falo então da:
salamandra-de-pintas-amarelas

mw-860



Se procura um animal demoníaco para envenenar os seus inimigos, a salamandra-de-pintas-amarelas é provavelmente o ingrediente mais indicado. Ou seria, se o leitor fosse uma bruxa com uma verruga horrível no nariz, a preparar uma poção mágica num grande caldeirão. Como suponho que não seja, o melhor será tentar conhecer um pouco sobre este animal e por que é que ele tem sido associado a superstições relacionadas com o fogo desde a Antiguidade.

A salamandra-de-pintas-amarelas (nome científico: Salamandra salamandra) é um anfíbio com uma ampla distribuição nacional no continente, estando apenas ausente nas zonas agrícolas do Baixo Alentejo. Habita geralmente zonas húmidas e sombrias de floresta, podendo também ser encontrada noutros habitats próximos de linhas de água. Alimenta-se de escaravelhos, formigas, caracóis, minhocas, centopeias, aranhas e outros invertebrados terrestres igualmente apetitosos (do ponto de vista da salamandra), e como qualquer anfíbio que se preze, reproduz-se na água. Apesar de ser uma espécie comum, é ocasionalmente morto por ser considerado um animal "peçonhento", devido a superstições tais como dar azar a quem se cruza no seu caminho.

Estas crenças populares não são recentes. No século I D.C., o historiador Romano Plínio escreveu que a salamandra é tão fria que extingue o fogo quando entra em contacto com este, expelindo também um líquido da boca que, tocando na pele humana, causa a queda de pelos. Portanto, em vez de andarmos a gastar milhões de euros em meios de combate a incêndios, bastaria dar ouvidos a este historiador e distribuir salamandras aos bombeiros para resolver facilmente o problema. Para além disso, um serviço de depilação sem custos adicionais daria certamente jeito a quem combate fogos florestais em dias quentes de Verão... A explicação para esta e outras descrições de autores medievais que afirmam que a salamandra nasce, vive ou cospe fogo poderá ser que estes animais se abrigam ocasionalmente em troncos húmidos, que optam (e bem) por abandonar se estes estão prestes a arder. Por isso, podemos especular que esta ideia terá começado quando alguém ficou surpreendido ao ver uma salamandra a sair de cena durante um fogo florestal ou a escapar das chamas de uma lareira acesa.

Mas os poderes miraculosos atribuídos a este anfíbio vão para além disto. Segundo o livro "Enciclopédia de Superstições, Folclore e Ciências Ocultas", se alguém tiver a coragem de lamber três vezes o ventre de uma salamandra, da cabeça à cauda, tornar-se-á resistente ao fogo e pode curar queimaduras em outras pessoas. Antes que o pessoal que trabalha em Unidades de Queimados desate à procura de salamandras, convém avisar que este animal tem uma secreção cutânea que é irritante para os olhos e, quando ingerida, pode provocar má disposição e alucinações. Estes compostos químicos tóxicos têm a função de a proteger da predação e de prevenir infeções, sendo por isso recomendável a quem manuseie uma salamandra que lave as mãos de seguida. A coloração invulgar deste animal com manchas amarelas, que também poderá ter contribuído para as superstições, serve de aviso de que não é boa ideia ingeri-la. Também é interessante notar que os padrões destas manchas são únicos, o que seria um problema se alguma delas quisesse enveredar pelo mundo do crime.

Portanto, se estiver a queimar troncos na salamandra de ferro fundido da sua casa e por uma incrível coincidência lhe aparecer uma salamandra, não está a assistir a uma manifestação do espírito elemental do fogo (como advogavam os alquimistas), mas sim a um anfíbio a tentar ir para um sítio que não provoque queimaduras mortais. Se achar que isto é impossível porque nem sequer tem uma salamandra de ferro fundido em casa, então está provavelmente a alucinar. Eu avisei que devia ter lavado as mãos...



Fica a foto da que encontrei:

xT3z8YK.jpg


Fonte:http://visao.sapo.pt/ambiente/opiniaoverde/brunopinto/a-salamandra-de-pintas-amarelas=f651247



Já à muitos anos que não vejo nenhuma.

É um animal raro e deve ser protegido. Segundo ouvi dizer, tolera mal a poluição e porque ainda é morto devido a mitos relacionados com bruxarias ( mais um exemplo de como a extrema ignorância humana atua muitas vezes contra o mundo que nos rodeia) .
 
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jonas_87

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11 Mar 2012
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Se procura um animal demoníaco para envenenar os seus inimigos, a salamandra-de-pintas-amarelas é provavelmente o ingrediente mais indicado. Ou seria, se o leitor fosse uma bruxa com uma verruga horrível no nariz, a preparar uma poção mágica num grande caldeirão. Como suponho que não seja, o melhor será tentar conhecer um pouco sobre este animal e por que é que ele tem sido associado a superstições relacionadas com o fogo desde a Antiguidade.

A salamandra-de-pintas-amarelas (nome científico: Salamandra salamandra) é um anfíbio com uma ampla distribuição nacional no continente, estando apenas ausente nas zonas agrícolas do Baixo Alentejo. Habita geralmente zonas húmidas e sombrias de floresta, podendo também ser encontrada noutros habitats próximos de linhas de água. Alimenta-se de escaravelhos, formigas, caracóis, minhocas, centopeias, aranhas e outros invertebrados terrestres igualmente apetitosos (do ponto de vista da salamandra), e como qualquer anfíbio que se preze, reproduz-se na água. Apesar de ser uma espécie comum, é ocasionalmente morto por ser considerado um animal "peçonhento", devido a superstições tais como dar azar a quem se cruza no seu caminho.

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Portanto, se estiver a queimar troncos na salamandra de ferro fundido da sua casa e por uma incrível coincidência lhe aparecer uma salamandra, não está a assistir a uma manifestação do espírito elemental do fogo (como advogavam os alquimistas), mas sim a um anfíbio a tentar ir para um sítio que não provoque queimaduras mortais. Se achar que isto é impossível porque nem sequer tem uma salamandra de ferro fundido em casa, então está provavelmente a alucinar. Eu avisei que devia ter lavado as mãos...



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xT3z8YK.jpg


Fonte:http://visao.sapo.pt/ambiente/opiniaoverde/brunopinto/a-salamandra-de-pintas-amarelas=f651247


Aqui ao lado, na serra de Sintra ,nas zonas mais húmidas, existe em abundância.
 

Pedro1993

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7 Jan 2014
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Torres Novas(75m)
Madeiro de Natal em Penamacor é considerado o maior do país


"Dizem os de Penamacor que o seu madeiro de Natal é o maior do país. E, já começou a chegar ao centro da vila lenha suficiente para não se duvidar. Este ano a tradição é cumprida por jovens nascidos em 1995. A fogueira é acesa perto da meia-noite de 23 de dezembro. A autarquia quer candidatar a tradição a Património Cultural Imaterial da Humanidade."

Os habitantes querem que o madeiro de Natal concorra a Património da Humanidade.
São muitas toneladas de lenha de sobreiro, esperemos que sejam já sobreiros secos, que estavam já mortos.