Aquecimento Global

Gerofil

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La température nationale moyenne pour l’hiver 2009*2010 a été de 4,0 °C au*dessus de la normale

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D’après les données préliminaires, la température nationale moyenne pour l’hiver 2009*2010 a été de 4,0 °C au*dessus de la normale, ce qui en fait l’hiver le plus chaud depuis le début des enregistrements à l’échelle nationale en 1948. L’ancien record datait de l’hiver 2005-2006, pour lequel une température nationale moyenne de 3,9 °C au*dessus de la normale avait été enregistrée. L’hiver 1971-1972 demeure le plus froid jamais enregistré avec 3,2 °C au*dessous de la normale.

(Texto com continuação aqui)
 


Gerofil

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Abril de 2010 foi o mês mais quente de todos os tempos

O mês de abril de 2010 foi o mês mais quente já registrado no mundo em todos os tempos, com uma temperatura média de 14,5°C, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). "A temperatura média combinada da superfície terrestre e dos oceanos em abril foi a mais quente (para um mês de abril), com um recorde de 14,5°C", explicou a OMM, citando dados compilados por um de seus membros, a Administração Nacional americana para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA).
As primeiras estatísticas sobre as temperaturas terrestres ocorreram em 1880. Segundo a NOAA, a média desse mês de abril ultrapassa amplamente os 13,7°C registrados para os meses de abril durante o século XX. O fenômeno do ''El Niño'' pode explicar estes recordes de calor.
Em abril, o planeta se aqueceu especialmente no Canadá, Alasca, leste dos Estados Unidos, Austrália, sul da Ásia, norte da África e norte da Rússia.

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Gerofil

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21 Mar 2007
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Aquecimento global bate recorde de janeiro a abril

Cientistas americanos fizeram anúncio quentíssimo: a temperatura da Terra este ano poderá ser a mais alta da História. É só previsão, mas já há certeza de que os primeiros quatro meses tiveram as maiores temperaturas já registradas, batendo o último recorde planetário, de 1998. No acelerado aquecimento global, o Rio saiu na frente até do deserto do Saara — em fevereiro, registrou a segunda maior sensação térmica do mundo (46,3 graus), quase empatando com Ada, em Gana, na África. E meteorologistas avisam: o próximo inverno deve ser o mais quente já registrado no Brasil.
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Segundo os pesquisadores da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), as temperaturas de abril deste ano foram as mais altas desde o início das medições, em 1980. Este também foi o 34º mês de abril com temperaturas médias globais acima do padrão do século 20.
Para especialistas brasileiros, esse calorão todo já era esperado, pois a cada ano o efeito-estufa torna o planeta mais aquecido. “Mas ainda estamos no meio do ano, vamos esperar. Esse calor prometido pode não ser sentido por nós por se transformar em energia, em movimento, como quando acontecem os ciclones”, explicou Isimar dos Santos, professor de Meteorologia da UFRJ.
“O fato de os quatro primeiros meses serem mais quentes não garante que o ano todo será. Pode ser uma anomalia climática observada só nesse período”, observa o professor de Climatologia da Uerj, José Marques. Um prognóstico é certo para o assessor técnico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco Diniz: haverá aumento de temperatura no inverno de 2010. “Isso é causado pelo aquecimento global, que traz mais eventos extremos climáticos, como temporais e seca. Por isso, muitos dizem que o tempo está maluco”, explica. As temperaturas médias máximas no inverno devem ficar a até 1 grau acima do normal.
A quarta menor cobertura de neve em 43 anos - A agência climática norte-americana tem estações de medição no mundo inteiro e divulga dois relatórios mensais, nacional e global. Outro dado que chamou a atenção é que a extensão do planeta coberta por neve foi a quarta menor já vista desde o início dos registros deste fenômeno, em 1967.
Nos 4 primeiros meses do ano, foi observado calor incomum no Canadá, Alasca, leste dos EUA, Austrália, sul da Ásia, norte da África e norte da Rússia. Ao todo, a Terra ficou com 1,29 graus acima da média do século 20, que chegou a 8,1 graus, considerando desde os locais mais frios, com temperaturas negativas, até os mais quentes.

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Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Notícia interessante, Gerofil! Por vezes ignoramos os conhecimentos de termodinâmica, de facto, a energia interna de um sistema é desdobrada em calor e trabalho, sendo que nenhuma máquina pode ter 100% de eficiência em trabalho, como a entropia aumenta sempre, todo a máquina/sistema gera calor além de trabalho. Este artigo vem-nos relembrar de que no nosso sistema "planeta Terra" o incremento de energia interna por via do efeito estufa não irá gerar apenas aumento de temperatura, irá gerar também trabalho: ventos, furacões, subida do nível do mar (no que toca tb à alteração da densidade), etc.. Apesar da temperatura global aumentar, não significa que continue assim o resto do ano e por toda a parte, pois também não impediu que tivéssemos um interno rigoroso em "trabalho" mas tb fraco em "calor" com ocorrência de neve varias vezes e a cotas médias/baixas.
 

rozzo

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11 Dez 2006
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Diferentes formas de mediação, por estações ou por satélite, claro que vão ter resultados um bom bocado diferentes, é óbvio.

Agora nesses gráficos, e em muitos outros, está bem marcado e é inegável o "trend" positivo.

Ainda agora estive a analisar dados de médias mensais de reanálises para a zona de Lisboa desde 1901, e é assustador ver a subida enorme na média Jan-Fev-Mar desde início do século XX..
 

Kispo

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Diferentes formas de mediação, por estações ou por satélite, claro que vão ter resultados um bom bocado diferentes, é óbvio.

resta saber qual a melhor forma....

Agora nesses gráficos, e em muitos outros, está bem marcado e é inegável o "trend" positivo.

verdade, o trend positivo está lá. Qualquer pessoa pode observar isso.
 

Vince

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23 Jan 2007
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Os dados de satélite não dizem a mesma coisa![/B]

1998 (Jan-Abr ou apenas Abr) continuou a ser mais quente que em 2010.
De salientar que tanto em 1997-1998 como em 2009-2010 tivemos El Nño!

Nem é suposto mostrarem a mesma coisa. Ao longo dos anos fomos percebendo que a temperatura medida por satélite é bastante sensível aos ciclos do Enso.
O El Nino acabou agora e os modelos apontam para uma La Nina a surgir muito rapidamente, pelo que iremos assistir a uma descida pronunciada da temperatura global medida por satélite daqui a alguns meses.

Agora, em termos de tendência, na minha opinião pessoal, esse super El Nino responsável pelo pico de 97/98 só será ultrapassado quando ocorrer um El Nino forte próximo do máximo do ciclo solar, daqui a poucos anos, isto porque eu acredito na tendência de aquecimento e esquecendo as discussões inúteis sobre as causas.

Para mim, se tudo isto tiver alguma lógica, penso que as temperaturas por satélite da próxima La Nina não vão descer abaixo da última, e no próximo El Nino já vão estar acima deste que agora acabou, devido à evolução do ciclo solar. Veremos se assim é. Resta saber se as erupções vulcânicas não se intrometem neste meu raciocínio.
 

Kispo

Cumulus
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17 Ago 2008
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Vince: Em parte, concordo com aquilo que disseste. Não concordo com a continuação da tendência de subida, mas isso só se saberá, com certeza, no futuro.

Nem é suposto mostrarem a mesma coisa. Ao longo dos anos fomos percebendo que a temperatura medida por satélite é bastante sensível aos ciclos do Enso.

É verdade.

De qualquer forma, o facto de se usarem cada vez menos estações meteorológicas para aferir as temperaturas médias globais (o que leva a extensas áreas do globo sem dados, sendo estes extrapolados pelos dados de estações longínquas) e parte destas se localizarem nas chamadas ilhas de calor (cidades), deixa-me com sérias dúvidas relativamente a este método de obter a temperatura média de todo o globo. Isso leva-me a preferir os dados de satélite, mesmo sabendo que também têm as suas limitações.
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Uma tese bem fundamentada quanto a mim, publicada no diário de notícias a 25 de Maio 2010.

Consultar este link:

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1577607&seccao=Biosfera

Com base na medição dos níveis de metano retidos nas calotes polares a uma profundidade de 12500 anos, investigadores escreveram uma tese onde defendem que a expansão do homo sapiens por todo o mundo provocou um declíneo na população dos grandes herbivoros superando um certo ponto crítico a partir do qual se deu início a um período gláciar, que por sua vez levou à extinção de todos esses grandes herbivoros e que terá durado 1000 anos. Extinguiram-se mastodontes, mamutes, preguiças gigantes, camelideos, pela América, Ásia e Europa!
Quem sabe, um dos factores antropogenicos para o aquecimento global seja em grande parte provocada pela super-população de herbivoros no mundo para consumo do homem. É fazer as contas, os investigadores estimaram a quantidade de metano produzida há 13mil anos atrás, não deverá ser difícil estimar a quantidade no presente.
 

Shimmy

Cirrus
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27 Mai 2010
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Ao pesquisar já nem me lembro bem o quê, deparei-me com este tópico. Estou a lê-lo há 2h30. Saltei da página 29 para a 69, mas mesmo assim li muito e aprendi imenso. Registei-me para poder postar, sou entusiasta da meteorologia.

Tenho a dizer que faço parte do grupo dos cépticos. Já acreditei cegamente no aquecimento global que andávamos a provocar, e devorava todos os artigos que saiam na National Geographic sobre o assunto. Mas quanto mais lia e quantos mais documentários via, mais confusa ficava. Depois de ter a cadeira de Meteorologia então, fiquei mais fascinada ainda e mais convencida ainda que não temos nada a ver com o assunto.

Neste momento acredito que o clima está a aquecer do mesmo modo que já aqueceu 500 mil vezes, em macro e micro-ciclos (próprios da terra e de acordo com o Sol e mesmo com a posição do Sistema Solar na galáxia), e que em breve vai arrefecer como já arrefeceu 500 mil vezes, e a um ritmo igual ao de outras vezes, quando andávamos por aí nas cavernas ou não andávamos aí de todo.

Em todo o caso penso que devemos evoluir para energias renováveis e evitar a poluição que nos faz mal à saúde. Sou "verde" nesse sentido.

Tenho sempre é uma enormérrima dúvida relativa às análises dos cilindros dos glaciares que espero que alguém me saiba explicar: se quando o clima está num "pico quente" há um recuo e derretimento de glaciares enorme, esses anos não "desaparecem" dos cilindros? Como sabem quais foram as temperaturas e velocidades de subida das mesmas se o gelo desses anos não está lá??

Um bem haja a todos e muito obrigada por tão debatido tópico!
 

Paulo H

Cumulonimbus
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2 Jan 2008
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Tenho sempre é uma enormérrima dúvida relativa às análises dos cilindros dos glaciares que espero que alguém me saiba explicar: se quando o clima está num "pico quente" há um recuo e derretimento de glaciares enorme, esses anos não "desaparecem" dos cilindros? Como sabem quais foram as temperaturas e velocidades de subida das mesmas se o gelo desses anos não está lá??

Um bem haja a todos e muito obrigada por tão debatido tópico!

Penso que os cientistas não vão retirar amostras de gláciares, contidas em cilindros, em zonas do globo susceptíveis à ocorrência de chuva ou de temperatura acima de 0C! Seria decerto uma experiência mal formulada de raíz, cujas teses seriam desde logo derrotadas de forma humilhante! :) Penso que essas amostras deverão ser recolhidas apenas em certos locais, por exemplo: no interior da antartida! O nível do mar, não sei como o calculam.. Mas o cálculo da temperatura e da composição da atmosfera é possível através do estudo das micro-bolhas de ar retidas nas amostras, analisando a % de certos isotopos raros de O2 pode-se estimar a temperatura (técnica inovadora que irá estimar também a temperatura dos fósseis e que nos dará a resposta para a questão dos dinossauros serem animais de sangue frio ou quente como as aves), a % de CO2, a % de Metano poderão aferir qual o potencial de efeito estufa do planeta (o efeito estufa é essencial à vida), % de óxidos de enxofre e de partículas, poderão indiciar maior ou menor actividade vulcânica, etc.. Enfim, é toda uma ciência, a paleoclimatologia!