Aquecimento Global

SocioMeteo

Nimbostratus
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11 Fev 2010
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Gostaria de saber se o mês de Maio, este ano, foi um mês seco ou não em Lisboa?
Se a temperatura média, como diz, foi de 17,5 ºc e a precipitação foi de 30 mm...

Outra questão: Tem dados climatológicos de Bordeaux, com um período mínimo de 20 ou 30 anos, com 1 a 2 meses secos como média?

Quanto às vagas de calor em Janeiro também já as houve na P. Ibérica, mas penso que não se pensou logo que haveria uma tendência para isso se tornar num padrão regular, pelo menos, em termos científicos.
... Belem



Olá Caro Belém,

Já tinha a forte convicção que o Belém viesse comentar o meu post.
Mas respondendo as suas questões devo-lhe dizer que de facto em rigor o mês de Maio foi um mês seco na cidade de Lisboa pois a multiplicação do valor da temperatura registada não é superior ao valor da percipitação, sei perfeitamente essa formula a muito tempo Belém sei perfeitamente a diferença entre um Mês Seco e um Mês Húmido, mas o que referi e se o Belém ler bem o que escrevi foi que o mês de Maio na cidade do Porto foi um mês húmido visto que a multiplicação da temperatura não supera o valor da precipitação e que em o mês foi semi-humido utilizei uma expressão que não é uma expressão ou uma definição oficial mas que já li em alguns lados( não me pergunta quais pois já não me recordo) que se refere aqueles meses em que o valor da precipitação ultrapassa o valor da temperatura mas não ultrapassa o valor quando multiplicado por 2, mas como lhe disse este termo conceito não é um conceito oficial mas já o li em alguns conteúdos referentes á meteorologia e climatologia, mas sim em rigor o mês de Maio foi de facto um Mês Seco na Cidade de Lisboa.

Relativo á outra questão de quando falei nos meses secos de Bordeaux de facto não tenho os dados dos normativos climáticos dos últimos 20-30 anos mas sim dos últimos 33 anos e devo-lhe dizer Belém que vai ter umas quantas supresas, comparando os dados com por exemplo com a cidade do Porto devo-lhe dizer que são mais os pontos que aproximam estas duas cidades(regiões por algum motivo ambas produzem produtos vinícolas e agrícolas similares e de extrema qualidade) do que as separam ambas as cidades tem em Media entre 160-200 dias de chuva ano ambas as cidades tem temperaturas medias anuais entre os 13º15º Graus, mas enfim deixando as Generalizações e respondendo-lhe directamente á sua pergunta como lhe disse dei-me ao trabalho de pesquisar ano a ano os normativos climáticos da cidade de Bordeuax desde de 1975 a 2008 e prepare-se Belém nestes 33 anos só em 5 anos(1982,1992,1994 1996 e 1999) é que nunca se registaram no mínimo um Mês Seco e foi isso que eu disse no meu Post anterior Bordeuax tem em media sempre 1 ou 2 meses secos por ano e não é por essa razão que Bordeaux deixa de ter um clima Temperado Atlântico foi isso que eu disse, senão vejamos meses secos em Bordeaux em cada ano(se quiser apresento-lhe os valores concretos) :
1975- Julho
1976-Maio e Junho
1977-Agosto e Setembro
1978-Agosto
1979-Junho e Julho
1980-Agosto e Setembro
1981-Junho,Julho e Agosto
1982-Sem Meses Secos
1983-Junho
1984-Julho
1985-Agosto
1986-Junho,Julho
1987-Maio
1988-Agosto
1989-Junho,Julho e Setembro
1990-Maio,Julho e Agosto
1991-Agosto
1992-sem meses Secos
1993-Agosto
1994-sem meses secos
1995-Junho,Agosto
1996-Sem meses secos
1997-Setembro
1998-Maio,Agosto
1999-sem meses secos
2000-Julho,Agosto e Setembro
2001-Maio,Junho e Agosto
2002-Junho,Julho e Agosto
2003-Junho,Agosto e Setembro
2004-Junho
2005-Maio,Junho,Julho e Agosto
2006-Junho e Julho
2007-Setembro
2008-Julho

Como vê Belém eu quando digo algo é porque tenho alguma base objectiva para o dizer n signfica que não cometa erros e falhas que cometo sem duvida mas quando faço uma afirmação é porque li ou pesquisei sobre o assunto, lamento-lhe não considerar que Portugal é um pais semi-desertico ou sub-tropical com 50º graus á sombra como muita gente na minha opinião tenta fazer querer, para mim mais de 60% do território portugues continental a nível climatológico a nível bio-geográfico tem uma Matriz e uma maior influencia Atlântica do que Mediterrânica e as massas de ar que nos afectam a nos território Nacional principalmente da região Oeste Lisboa/Torres Vedras,Mafra) para Norte são praticamente as mesmas que afectam a Europa Ocidental Atlantica ou seja zona Cantabrica Oeste de França ate as Ilhas Britanicas,seja no Inverno como no Verão as massas de ar frio que atingem o Extremo Oeste da Europa são massas sub-polares que vem do altantico Norte(Gronelandia,ate do Canadá...) e não tanto ou com muita intensidade aquelas massas Siberianas continetais que atingem a europa Central e o Mediterranio na minha opinião na maior parte do territorio nacional as marcas Atlânticas de um clima temperado prevalecem sob as influencias Mediterrânicas e foi isso que eu tentei referenciar aqui e dei o exemplo da cidade de Bordeaux para estabelecer um paralelismo.

Respondendo-lhe a sua ultima pergunta Penisula Ibérica???? Num todo ??? eu estou-lhe a falar do extrmo Oeste da Penisula o território Nacional o sistema Galaico-Portugues mas diga-me você Belém mesmo considerando a cidade de Lisboa, diga-me em que dia de Janeiro em Lisboa a temperatura chegou aos 27º graus como aconteceu em Atenas este ano vá falo-lhe mesmo de 25º graus mas pesquise também a cidade de Faro por exemplo falo-lhe relativo ao mês de Janeiro tão e somente…. Mostre-me diga-me neste dia tal no ano tal fez essa tal temperatura…Prove-me….não me venha é dizer que esteve num canto escondido na Vale do Tejo e do Guadiana eu que ficou com a impressão que estava tal temperatura...

Cumprimentos Belém
 


SocioMeteo

Nimbostratus
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11 Fev 2010
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Quando falamos de aquecimento global, nunca pode ser boa prática querer extrapolar conclusões com base em observações limitadas apenas ao continente Europeu. Ondas de calor ou de frio em determinada região da europa num determinado mês, pouco significado têm a nível global. Posso até afirmar que a Europa sendo um continente relativamente pequeno, é em termos meteorológicos suficientemente grande para que se constate algumas coincidências um pouco empíricas mas baseadas em observações:
1-Quando no Verão se observam no centro e leste europeu temperaturas altas (superiores à média), normalmente aqui no ocidente observam-se temperaturas mais frescas que o normal.
2-Quando no nordeste europeu o Inverno está sendo frio e seco, existe a tendência para que no extremo ocidental seja ameno e chuvoso!

Não é que seja sempre assim, são apenas tendências.. Nas últimas semanas varias capitais europeias têm alcançado os 30C e por aqui tem estado ameno. E porquê? A razão deve-se, em especial, à posição do anticiclone dos Açores e da sua dimensão, influenciando com maior ou menor poder, directa ou indirectamente, o resto da europa. Desta forma, parece mais ou menos óbvio que se faz mais calor num extremo europeu, fará por consequência mais frio no outro extremo. Pode parecer apenas coincidência, mas quando as temperaturas por aqui chegarem aos valores normais para a época, o resto da europa irá refrescar! E vice-versa. Por isso, não vale apontar anomalias em 7 ou 8 cidades europeias sem contar com as restantes observações. Sabemos todos que tanto numa despressâo como num anticiclone, existe uma subida de temperatura num dos seus lados e uma descida no oposto (normalmente..) :)


Concordo perfeitamente com o que disse Paulo H é essa influencia das massas de ar Ocidentais que determinam o clima da Europa Ocidental e as suas diferenças com clima da Europa Central e Oriental que eu tenho vindo aqui referir, mas o calor intenso na Europa Central é comum e frequente é normal cidades como Sofia,Bucareste,Viena e ate Varsovia e Berlin atingirem temperaturas acima dos 30º-35º graus ou mais ... e por essas razões que descreveu devido ao posiconamento Anticiclone dos Açores e sua progressiva instabilidade que tenho a convicção mas ai está não passa de uma convicção que o aquecimento Global poderá não ter essas consequencias catastroficas para o Extremo Oeste da Penisula Iberica que muita gente insiste em descrever e enunciar na minha opinião de uma forma exagerada e muito expeculativa e antes pelo contrario julgo q se o Anticiclone dos Açores nos continuar a pregar partidas e se essa tendencia se perpetuar pode surgir um fenomeno inverso de maior percipitação e temperaturas mais suaves para o territorio portugues mas isso é só uma convicção minha, mas que no campo das probablidades não deixa de ser uma possilibidade tão valida como outra qualquer a isso não deixa.
 

belem

Cumulonimbus
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10 Out 2007
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Olá Caro Belém,

Já tinha a forte convicção que o Belém viesse comentar o meu post.
Mas respondendo as suas questões devo-lhe dizer que de facto em rigor o mês de Maio foi um mês seco na cidade de Lisboa pois a multiplicação do valor da temperatura registada não é superior ao valor da percipitação, sei perfeitamente essa formula a muito tempo Belém sei perfeitamente a diferença entre um Mês Seco e um Mês Húmido, mas o que referi e se o Belém ler bem o que escrevi foi que o mês de Maio na cidade do Porto foi um mês húmido visto que a multiplicação da temperatura não supera o valor da precipitação e que em o mês foi semi-humido utilizei uma expressão que não é uma expressão ou uma definição oficial mas que já li em alguns lados( não me pergunta quais pois já não me recordo) que se refere aqueles meses em que o valor da precipitação ultrapassa o valor da temperatura mas não ultrapassa o valor quando multiplicado por 2, mas como lhe disse este termo conceito não é um conceito oficial mas já o li em alguns conteúdos referentes á meteorologia e climatologia, mas sim em rigor o mês de Maio foi de facto um Mês Seco na Cidade de Lisboa.

Você disse para eu ler o que você escreveu e eu li.
Você não disse que Lisboa tinha tido um mês seco, mas subhúmido.
Naturalmente, eu não sou obrigado a conhecer essas expressões que pouco têm a haver com o assunto de climatologia. A mim interessa-me saber se é seco ou não. Não conheço um meio termo.


Relativo á outra questão de quando falei nos meses secos de Bordeaux de facto não tenho os dados dos normativos climáticos dos últimos 20-30 anos mas sim dos últimos 33 anos e devo-lhe dizer Belém que vai ter umas quantas supresas,

Eu adoro a região do Sudoeste de França que até conheço pessoalmente.:)


comparando os dados com por exemplo com a cidade do Porto devo-lhe dizer que são mais os pontos que aproximam estas duas cidades(regiões por algum motivo ambas produzem produtos vinícolas e agrícolas similares e de extrema qualidade) do que as separam ambas as cidades tem em Media entre 160-200 dias de chuva ano ambas as cidades tem temperaturas medias anuais entre os 13º15º Graus,


É normal, pois ambas estão numa zona de transição. Bordeaux está perto do clima mediterrânico do Sul e Porto perto do clima temperado marítimo do Norte. Penso que é bastante normal.
Mas mesmo assim, gostaria de ver esses dados ( de Bordeaux).


mas enfim deixando as Generalizações e respondendo-lhe directamente á sua pergunta como lhe disse dei-me ao trabalho de pesquisar ano a ano os normativos climáticos da cidade de Bordeuax desde de 1975 a 2008 e prepare-se Belém nestes 33 anos só em 5 anos(1982,1992,1994 1996 e 1999) é que nunca se registaram no mínimo um Mês Seco


Isso não quer dizer nada. O importante é haver em média 1 ou 2 meses secos. Isso requer que sejam quase sempre os mesmos e não 1 ali e outro acolá.



e foi isso que eu disse no meu Post anterior Bordeuax tem em media sempre 1 ou 2 meses secos por ano e não é por essa razão que Bordeaux deixa de ter um clima Temperado Atlântico foi isso que eu disse, senão vejamos meses secos em Bordeaux em cada ano(se quiser apresento-lhe os valores concretos) :
1975- Julho
1976-Maio e Junho
1977-Agosto e Setembro
1978-Agosto
1979-Junho e Julho
1980-Agosto e Setembro
1981-Junho,Julho e Agosto
1982-Sem Meses Secos
1983-Junho
1984-Julho
1985-Agosto
1986-Junho,Julho
1987-Maio
1988-Agosto
1989-Junho,Julho e Setembro
1990-Maio,Julho e Agosto
1991-Agosto
1992-sem meses Secos
1993-Agosto
1994-sem meses secos
1995-Junho,Agosto
1996-Sem meses secos
1997-Setembro
1998-Maio,Agosto
1999-sem meses secos
2000-Julho,Agosto e Setembro
2001-Maio,Junho e Agosto
2002-Junho,Julho e Agosto
2003-Junho,Agosto e Setembro
2004-Junho
2005-Maio,Junho,Julho e Agosto
2006-Junho e Julho
2007-Setembro
2008-Julho


Como vê Belém eu quando digo algo é porque tenho alguma base objectiva para o dizer n signfica que não cometa erros e falhas que cometo sem duvida


Se puder dar-me dados normativos climatológicos a partir de alguma fonte credível, agradeço-lhe.
Mas nem desses, que convenientemente me deu, houve meses secos, senão vejamos: Num período de 33 anos, nenhum mês excedeu um valor superior à metade desse período isto é 16,5.
Para haver meses secos, nesse período, penso ( mas não tenho a certeza, se tiver errado, corrijam-me) teria que haver um mês que fosse seco por 17 anos ou mais concretamente, só com dados das precipitações médias desses meses conjugados com os das temperaturas, durante esse período de tempo, podiamos chegar à conclusão que meses secos no verão são norma climática em Bordeaux.
Segundo os dados que me deu, os meses foram secos durante este período de anos:

Julho=12 anos
Junho=14 anos
Agosto=16 anos
Maio=6 anos
Setembro=5 anos

Nenhum chegou a 17. Foi por pouco, mas isso indicia que Bordeaux, está já numa zona de transição.



Mas mas quando faço uma afirmação é porque li ou pesquisei sobre o assunto, lamento-lhe não considerar que Portugal é um pais semi-desertico ou sub-tropical

Esse assunto já discutimos « ad nauseaum», não interessa nada para aqui.
O sociometeo já recebeu respostas bastante credíveis e já se perdeu muito tempo consigo nesse assunto. Não vamos por aí de novo. Existem zonas que preenchem esses requisitos.
E existem dados oficiais como os de Koppen-Geiger, pelos quais qualquer pessoa isenta se guia.
O sociometeo em troca, não nos forneceu qualquer dado credível e científico a contradizer todas essas informações.
Já sabe que somos pacientes e esperamos sempre que nos corrijam.
O sociometeo também já sabe que é livre de o fazer, por isso não entendo porque ainda não fez.


com 50º graus á sombra

Não deturpe a realidade. Vá ler o que se escreveu sobre o assunto no tópico dos 50 graus.


como muita gente na minha opinião tenta fazer querer, para mim mais de 60% do território portugues continental a nível climatológico a nível bio-geográfico tem uma Matriz e uma maior influencia Atlântica do que Mediterrânica

Faça favor de apresentar dados científicos e credíveis.
Estamos todos à espera deles há muito tempo.


e as massas de ar que nos afectam a nos território Nacional principalmente da região Oeste Lisboa/Torres Vedras,Mafra) para Norte são praticamente as mesmas que afectam a Europa Ocidental Atlantica ou seja zona Cantabrica Oeste de França ate as Ilhas Britanicas,seja no Inverno como no Verão


Claro, então não.
Orlando Ribeiro, por exemplo, não lhe diz nada pois não?
Você quer fazer de ridículas, pessoas que estudaram o clima de Portugal durante décadas e sem apresentar quaisquer dados. Agora ponha-se no meu lugar e diga em quem acha que devo confiar?


as massas de ar frio que atingem o Extremo Oeste da Europa são massas sub-polares que vem do altantico Norte(Gronelandia,ate do Canadá...) e não tanto ou com muita intensidade aquelas massas Siberianas continetais que atingem a europa Central e o Mediterranio na minha opinião na maior parte do territorio nacional as marcas Atlânticas de um clima temperado prevalecem sob as influencias Mediterrânicas e foi isso que eu tentei referenciar aqui e dei o exemplo da cidade de Bordeaux para estabelecer um paralelismo.

O paralelismo existe, por serem ambas cidades ( Bordeaux e Porto) em zonas de transição, mas o problema é que ambas estão no lado oposto.


Respondendo-lhe a sua ultima pergunta Penisula Ibérica???? Num todo ??? eu estou-lhe a falar do extrmo Oeste da Penisula o território Nacional o sistema Galaico-Portugues mas diga-me você Belém mesmo considerando a cidade de Lisboa, diga-me em que dia de Janeiro em Lisboa a temperatura chegou aos 27º graus como aconteceu em Atenas este ano vá falo-lhe mesmo de 25º graus mas pesquise também a cidade de Faro por exemplo falo-lhe relativo ao mês de Janeiro tão e somente…. Mostre-me diga-me neste dia tal no ano tal fez essa tal temperatura…Prove-me….não me venha é dizer que esteve num canto escondido na Vale do Tejo e do Guadiana eu que ficou com a impressão que estava tal temperatura...

Não, nem preciso.
Moura, por exemplo, já registou valores de 25ºc e esta nem sequer é zona mais quente do Alentejo, segundo os dados científicos, oficiais e credíveis do IM.
Além de que você parece ter-se esquecido, que Atenas atinge valores também mais baixos de temperatura que muitos locais, que até ficam mais a norte, em Portugal.
Enfim andamos a falar no mesmo assunto de novo, que apesar da paciência de todos os que lhe responderam, você ainda nem se deu ao trabalho de ler com atenção o que se escreve e nem sequer de providenciar dados alguns para sustentar os seus pontos de vista.
 

AnDré

Moderação
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22 Nov 2007
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Por o que tenho conhecimento a temperatura Media mensal do mes de Maio na cidade de Lisboa foi de 17,5º graus em Lisboa e no Porto de 16,5º graus julgo q os valores estão dentro dos valores normais sentidos neste mes os valores de precipitação em Lisboa foi de cerca de 30 mm e no Porto de 50 mm temos então um mes de Maio semi-humido em Lisboa e húmido no Porto.

Qual a fonte dos dados apresentados?

Segundo o relatório do IM, Maio de 2010 (média 71-00) :

Lisboa (Geofísico):
Média das mínimas: 14,6ºC (+1,3ºC)
Média das máximas: 22,2ºC (+0,8ºC)
Temperatura média: 18,4ºC (+1,05ºC)
Precipitação: 38,5mm (-17,1mm)

Porto (P.Rubras):
Média das mínimas: 12,0ºC (+1,0ºC)
Média das máximas: 20,5ºC (+1,5ºC)
Temperatura média: 16,25ºC (+1,25ºC)
Precipitação: 49,0mm (-43,7mm)


Como o Paulo disse, quando falamos em aquecimento global, nunca se pode extrapolar conclusões com base em observações limitadas.
Apesar de Lisboa e Porto terem tido um mês de Maio com uma anomalia de +1,05ºC e +1,25ºC respectivamente, Castelo Branco, por exemplo, até teve uma anomalia negativa: -0,45ºC.

No que diz respeito à precipitação, e tendo em conta a normal 71-00, o mês foi seco em todo o continente.

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Mário Barros

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18 Nov 2006
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Cinco primeiros meses do ano foram os mais quentes desde 1880

Os cinco primeiros meses deste ano foram os mais quentes desde 1880, quando começaram a ser registadas sistematicamente as temperaturas.

A informação é de um relatório do norte-americano Centro Nacional de Dados do Clima.
Entre Janeiro e Maio, as temperaturas combinadas da terra e dos oceanos estiveram 0,68 graus Celsius acima da média do século XX, indicou, por seu lado, o Instituto de Meteorologia, citado pela agência de notícias France Presse.

Em particular os meses de Março, Abril e Maio registaram temperaturas nunca antes atingidas e uma média de 0,73 graus Celsius acima do século passado.

Só o ano de 1998 teve igual número de meses (três: Fevereiro, Julho e Agosto) com temperaturas recorde. Foi também em 1998 que se registaram, nos cinco primeiros meses do ano, as temperaturas mais elevadas antes do recorde do presente ano.

Desde o início do ano, o planeta aqueceu sobretudo no Canadá, no Norte dos Estados Unidos, no Sul da Gronelândia, no Norte de África, no Sudoeste Asiático, na Sibéria e no Sul da Austrália.

Em contraste, as temperaturas atingiram valores mais baixos do que o normal no Sudeste dos Estados Unidos, na Ásia Central e na Europa Ocidental, tendo a Alemanha tido, este ano, o mês de maio mais frio desde 1991.

Também em Maio o gelo do Árctico derreteu 50% mais rápido do que o normal para aquele período do ano, assinalou o Instituto norte-americano.

As informações sobre o aquecimento global nos primeiros cinco meses do ano surgem no dia em que, por Portugal, os termómetros registam temperaturas na ordem dos 40 graus Celsius.

As previsões do Instituto de Meteorologia português apontavam para os 42 graus em Santarém, 40 em Setúbal, Évora e Beja e 39 em Lisboa.

Lusa
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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Glaciar encolhe na Gronelândia

O glaciar Jakobshavn Isbrae, na costa ocidental da Gronelândia, ficou mais pequeno. Na semana passada, de 6 para 7 de Julho, em apenas 24 horas, recuou 1,5 quilómetros e uma parte dele, com sete quilómetros quadrados de extensão, acabou por se desprender. Os investigadores Ian Howat, do Byrd Polar Research Center da Ohio State University, e Paul Morin, da University of Minnesota, que apanharam esta movimentação graças à observação com satélites, consideram que este foi um acontecimento pouco habitual na sequência do Inverno "quente" que este ano se viveu no Árctico.
"Já observámos anteriormente desprendimentos de blocos de gelo desta dimensão neste mesmo glaciar, e noutros [na Gronelândia], mas este caso é inabitual porque aconteceu após um Inverno quente em que não se formou gelo no oceano, naquela baía", explicou Thomas Wagner, investigador do programa de estudo da criosfera da NASA, organização que apoia estas observações. "A relação exacta estes dois fenómenos [o Inverno de temperaturas amenas e o recuo abrupto do glaciar agora verificado] ainda tem de ser determinada, mas a sua ocorrência dá credibilidade à teoria de que o aquecimento dos oceanos é o responsável pela perda de gelo que está a verificar-se na Gronelândia e também na Antárctida", sublinhou o mesmo investigador.
As observações foram feitas através de imagens dos satélites Landsat, Terra e Aqua, que permitem uma visualização global dos dois pólos terrestres. Poucos dias antes do desprendimento do bloco de gelo do Jakobshavn Isbrae, a equipa recebeu imagens de um outro satélite, o DigitalGlobe's World View 2, que mostravam enormes rachas e canais a formar-se numa zona do glaciar. E o que estas imagens indiciavam acabou por acontecer na semana passada.
Nos últimos 160 anos, o glaciar Jakobshavn Isbrae recuou 45 quilómetros, mas este movimento não foi sempre igual. Só na última década perdeu-se um quarto deste valor, o que significa que esse recuo acelerou. É neste glaciar e nos outros da costa oeste que se têm verificado as maiores perdas de gelo na região.

Filomena Naves

DN
 

filipept

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11 Out 2006
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Olá a todos,

Nos últimos tempos, começamos a verificar, e já com algum sustento cientifico, que a teoria da relação CO2 aquecimento global começa a cair por terra. Joe Bastardi (goste-se ou não, eu, por acaso, gosto de o ler) refere que a descida nas temperaturas irá demonstrar, de uma forma mais eficaz, isso mesmo. Avança ainda com algumas explicações para a descida da temperatura global que ele prevê para os próximos anos.

SATURDAY 11 P.M.

IF MY POST BELOW WAS NOT ENOUGH:

http://kirkmyers.wordpress.com/2010/07/17/miskolczi-destroys-greenhouse-theory/

FRIDAY 6 P.M.

ADDRESSING NOAA'S PROPAGANDA CAMPAIGN ON GLOBAL WARMING

The end of the global warming debate (among the rational) is near.

The coming drop of global temperatures over the next year, to levels not seen since the 1990s, should put to an end to the AGW argument for good except for the most radical elements. The fact is that CO2 levels have increased by 5% over the past 10 years, while global temperatures have essentially held steady. The El Nino spike of the past year, which was forecast by me over a year ago, is now being used as evidence of global warming and of course the heat waves are being used. This was also something I said back in March, that the least the people blaming global warming for snow could wait until the hot summer and big hurricane season that I was forecasting came (which they are). However, also coming is major drop of .5 to .7C in the global temps which will take us below normal for a time. The disconnect with CO2 will be obvious to anyone that looks. In addition, the reason for the drop will easily be linked with the cooling of the Pacific, which will remain in its cool stage for the next 30 years. Once the Atlantic, still warm, goes into its cool stage in 10-15 years, global temps will fall even further, back to where they were in the 1970s.

The recovery of the northern ice caps will become more obvious in a two-steps-up, one-step-back fashion, but the Southern Hemisphere ice will retreat back to near normal. Overall global ice is right on top of normal and has had no change in the past 30 years.

Let's see who is right on this. Check out the video on the dramatic drop showing up on other climate models now.

Ciao for now.

http://www.accuweather.com/ukie/bastardi-europe-blog.asp
 

Vince

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23 Jan 2007
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Braga
Eu pessoalmente não concordo, na verdade estou bastante surpreendido o quanto este El Nino puxou para cima a temperatura global, não esperava este comportamento já este ano mas apenas num próximo El Nino mais próximo dum futuro máximo solar. E acredito que um dos próximos El Nino possa ser um super El Nino e bater o máximo global de 98 (medições satélite). Mas isto é a minha opinião pessoal, sem grande fundamentação cientifica, apenas a forma como vou olhando para tudo.

Quanto ao próximo ano, é óbvio que a temperatura global vai levar um grande tombo, acredito que a Nina baixe a temperatura em termos de anomalia para um pouco abaixo da Nina de 2007, eventualmente até ao nível de 1999, mais do que isso não acredito muito. Mas é esperar para ver, sempre fui um pouco critico do Bastardi mas até o sigo com atenção e talvez o respeite mais hoje que no passado.

Quanto ao que ele diz de relacionarem imediatamente calor com aquecimento global, toda a razão, mas bem, no Inverno aqui no fórum uns quantos fazem também exactamente isso, de cada vez que neva a uma cota baixa lá aparece um tópico sobre o arrefecimento global, e tenho a ideia que o próprio Bastardi faz isso também, sempre que há uma onda de frio lá diz mais umas piaditas sobre o aquecimento global.

A mim é que não me vêm a falar do calor aqui ou acolá e aquecimento global, nem neve e arrefecimento global. Uns e outros entretém-se com essas coisas, no fundo são iguais e esta matéria sinceramente já não me desperta grande interesse com todo o folclore que a rodeia.
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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Estremoz
O último glaciar do Pacífico “está a morrer”

Lonnie Thompson e a sua equipa montaram acampamento no cimo da montanha Punjak Jaya e lá ficaram 13 dias para documentar os efeitos do aquecimento global no último glaciar do Pacífico. Depois do que viu, o glaciólogo que já liderou 57 expedições semelhantes em 16 países diz que o Punjak Jaya “está a morrer”, só lhe restando cinco anos.

Segundo contou o investigador de 62 anos ao “Washington Post”, até o gelo sobre o qual montou o seu acampamento estava a derreter. Além disso, todas as tardes chovia no glaciar com 4884 metros de altitude. Ao fim dos 13 dias de expedição, o gelo à volta do acampamento tinha perdido 30 centímetros.

De acordo com Lonnie Thompson, da Universidade do Estado de Ohio, o glaciar na montanha da Indonésia, Punjak Jaya – a mais alta entre os Andes e os Himalaias - está a perder sete metros por ano. Como a sua profundidade não excede os 32 metros, poderá desaparecer nos próximos quatro a cinco anos. Na verdade, desde 1936, a montanha perdeu 80 por cento do seu gelo; dois terços dos quais desde a última expedição científica no início dos anos 70.

“Trata-se do único glaciar situado no Pacífico, que é o oceano mais quente do planeta. Se ele derreter, a história (destes gelos) vai perder-se para sempre”, contou à agência noticiosa AFP em Jacarta, no final da sua expedição. Thompson sublinha que, por causa da sua localização, o Punjak Jaya poderá dar pistas sobre os padrões climáticos regionais e sobre o que pode acontecer a milhões de pessoas na Ásia. É esta zona que gera o fenómeno El Niño e que influencia o clima desde as monções na Índia até às secas na Amazónia.

“Só espero que não tenhamos chegado demasiado tarde”, disse o investigador. Thompson e a sua equipa vão levar para a Universidade de Ohio amostras de blocos de gelo. “Penso que chegámos mesmo a tempo de salvar um bocadinho da história climática antes de estes glaciares desaparecerem”, comentou o oceanógrafo Dwi Susanto, da Universidade de Columbia. O estudo deste material, que deverá ser publicado em 2011, permitirá avaliar as flutuações das temperaturas no passado, que será útil para compreender melhor as alterações climáticas actualmente em curso.

Um pouco por todo o mundo glaciares como os do Alasca, Alpes e Andes estão a recuar. Agora, o Punjak Jaya entrou para esta lista, depois de anos de desconhecimento científico.

PÚBLICO (Ecosfera)

Glaciares desaparecem à medida que o planeta aquece

(C/Vídeo)

Eric Charamel, guia de montanha, explica à Euronews como vê as alterações climáticas.
Charamel: Estamos junto do Glaciar da Grande Motte. O glaciar propriamente dito, encontra-se a partir da parte branca, ali em cima, onde estão os cabos do teleférico. É o que chamamos de “língua” do glaciar que evoluiu muito nos últimos trinta anos, ou mesmo 40 anos. Antes podíamos esquiar quase toda a língua, sem problemas. Do lado direito onde se vê o brilho das rochas, era uma pista de formação de esqui.
O glaciar da Grande Motte e outros glaciares dos Alpes sofreram um decréscimo importante há um século. Globalmente acredita-se que durante os últimos 10 anos perdeu-se por ano, aproximadamente, entre 70 e 80 centímetros de espessura de gelo. E mais, trata-se de um fenómeno que tem acelerado durante os últimos anos.
Durante os últimos 25 anos, perdeu-se qualquer coisa como 50 centímetros, e nos últimos 10 anos a mudança está à volta dos 70 centímetros ao ano. Temos podido constatar alterações drásticas quanto ao vento. Tínhamos ventos dominantes de nor-noroeste que traziam quantidades de neve importantes, e também chuvas bastante importantes e prolongadas. Agora, desde há uns anos, a tendência é mais de su-sudeste, com ventos um pouco mais húmidos, neves mais húmidas.
Outro aspecto importante é que as neves que vêm do sul estão por norma carregadas de partículas de areia, e por isso temos neve menos branca que por consequência capta melhor a luz solar e se derrete mais facilmente. Isso traz consequências para toda actividade relacionada com o esqui, como para os monitores, fabricantes de material, etc. Com invernos mais curtos e com menos neve, o consumo varia.
Para os guias chega a ser dramático, porque necessitamos de uma montanha segura e vemos que com o aumento da temperatura global dão-se fenómenos como o permafrost. O que quer dizer, zonas altas que estão permanentemente congeladas. Também há glaciares cada vez mais pequenos e aumenta a instabilidade das rochas, com possibilidade para o desprendimento de rochas. Este é o tipo de perigos que enfrentamos.
Contudo, a tragédia para uns faz a alegria a outros, e vemos como pouco a pouco as zonas que ficam sem neve estão a começar a ter vegetação. Os glaciares estão cada vez mais em cima, o mesmo acontece com a neve, pelo que ao mesmo tempo aumenta a vegetação. Ao princípio, trata-se de plantas suculentas, que quer dizer, de talo grosso para armazenar líquidos, como as edelweiss, e depois as mais robustas de herbáceos.

EuroNews
 

Gerofil

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21 Mar 2007
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Ataque à ciência do clima

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Por Jeffrey D. Sachs

Nas semanas antes e depois da conferência sobre mudanças climáticas em Copenhague, em dezembro passado, a ciência das mudanças climáticas sofreu forte ataque de críticos que afirmam que os cientistas do clima suprimiram deliberadamente provas – e que a própria ciência é extremamente falha. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), grupo internacional de especialistas encarregado de avaliar o estado da ciência do clima, foi acusado de tendencioso.
A opinião pública mundial está desconcertada com esses ataques. Se não há acordo entre os especialistas sobre uma crise climática, por que governos gastam bilhões de dólares para atacá-la? O fato é que os críticos – que são em pequeno número, mas agressivos em seus ataques - estão implementando táticas que vêm aperfeiçoando há mais de 25 anos. Durante sua longa campanha, eles têm exagerado, e muito, as divergências científicas para que cessem as ações que visam enfrentar as mudanças climáticas - e grupos de interesses especiais, como a Exxon Mobil, têm pago essa conta.
Muitos livros recentemente documentaram os truques praticados pelos que negam as mudanças no clima. Merchants of Doubt (Mercadores da dúvida), novo livro de Naomi Oreskes e Erik Conway, com lançamento previsto para meados deste ano, será um relato confiável do mau comportamento dos críticos. Os autores mostram que o mesmo grupo de trapaceiros, ocupando uma plataforma proporcionada pelos ideólogos do livre mercado na página de editoriais do Wall Street Journal, vem tentando sistematicamente confundir o público e desacreditar os cientistas cujas ideias estão ajudando a salvar o mundo do dano involuntário ao ambiente.
Os atuais ativistas contra ações de enfrentamento às mudanças climáticas são, em muitos casos, apoiados pelos mesmos grupos de pressão, indivíduos e organizações que tomaram partido da indústria de cigarros, empenhados em desacreditar as evidências científicas entre fumar e câncer de pulmão. Mais tarde, negaram as evidências científicas de que os óxidos de enxofre resultantes da queima do carvão em usinas de eletricidade estavam causando chuvas ácidas. Então, quando se descobriu que certas substâncias químicas chamadas clorofluorcarbonetos (CFCs) eram causa de redução do ozônio na atmosfera, os mesmos grupos também lançaram uma campanha nefasta para desacreditar essas evidências científicas.
Mais tarde esse grupo defendeu as gigantes do tabaco contra acusações de que o fumo passivo causa câncer e outras doenças. E então, a partir da década de 1980, esse mesmo grupo passou a combater a luta contra as alterações climáticas. O que surpreende é que, embora esses ataques à ciência tenham se revelado errados por 30 anos, continuam a semear dúvidas. A verdade é que existem grandes interesses econômicos apoiando os que negam as mudanças climáticas, sejam empresas que não querem pagar os custos adicionais da regulamentação ou ideólogos do livre mercado que se opõem a quaisquer controles governamentais.
A mais recente rodada de ataques envolve dois episódios. O primeiro foi a invasão, por hackers, de um centro de pesquisa de mudanças climáticas na Inglaterra. E-mails roubados sugerem falta de transparência na apresentação de alguns dados sobre o clima. Quaisquer que sejam os detalhes nesse caso específico, os estudos em questão representam uma ínfima parte da esmagadora evidência científica que aponta para a realidade e urgência das mudanças climáticas resultantes da ação humana.
A segunda questão foi um erro gritante sobre as geleiras contido em importante relatório do IPCC. Nesse caso, é preciso compreender que o IPCC publica milhares de páginas de texto. Há, sem dúvida, erros nessas páginas. Mas os erros contidos em um relatório vasto e complexo do IPCC apontam para a inevitabilidade de falhas humanas, e não para algum defeito fundamental na ciência do clima.
Quando os e-mails e o erro do IPCC foram trazidos à luz, os redatores dos editoriais do The Wall Street Journal lançaram uma campanha odiosa descrevendo a ciência do clima como embuste e conspiração. Eles afirmaram que os cientistas estavam fabricando provas para obter financiamento governamental para pesquisas - uma acusação absurda, pensei, na ocasião, pois os cientistas sob ataque dedicaram suas vidas à busca da verdade, e certamente não ficaram ricos, em comparação com seus pares que atuam nos mundos financeiro e empresarial.
Mas, depois, lembrei-me que essa linha de ataque - acusações de conspiração científica com objetivo de criar negócios para cientistas-foi praticamente idêntica à utilizada pelo The Wall Street Journal e outros, no passado, quando combateram controles sobre o tabaco, chuva ácida, destruição do ozônio, fumo passivo e outros poluentes perigosos. Em outras palavras, seus argumentos eram sistemáticos e casuísticos, inteiramente desvinculados das circunstâncias.
Estamos testemunhando um processo previsível desfechado por ideólogos, institutos de análises e publicações de direita visando desacreditar o processo científico. Seus argumentos vêm sendo repetidamente refutados há 30 anos, mas seus métodos agressivos de propaganda pública conseguem causar atrasos e confusão.
Os argumentos científicos que sustentam a tese de estarem em curso mudanças climáticas resultam de uma atividade intelectual extraordinária. Grandes mentes científicas aprenderam, ao longo de muitas décadas, a ler a história da Terra para compreender como funciona o sistema climático. Esses cientistas empregaram brilhantes recursos da física, da biologia e de instrumentação (como leituras de satélites contendo características detalhadas dos sistemas da Terra), a fim de avançar a nossa compreensão.
E a mensagem é clara: a utilização de petróleo, carvão e gás em larga escala está ameaçando os sistemas biológicos e químicos do planeta. Estamos criando mudanças perigosas no clima da Terra e nos processos químicos nos oceanos, dando origem a tempestades, secas e outros perigos radicais que comprometerão a oferta de alimentos e a qualidade de vida no planeta.
O IPCC e os cientistas estão nos transmitindo uma mensagem crucial. Com urgência, precisamos transformar nossos sistemas de energia, transporte, alimentação, industriais e de construção para reduzir o perigoso impacto humano sobre o clima. É nossa responsabilidade ouvir, compreender a mensagem, e então agir.

Jeffrey D. Sachs é professor de economia e diretor do Instituto Terra, da Columbia University. Ele também é Assessor Especial do Secretário-Geral para o Desenvolvimento do Milénio. Copyright: Project Syndicate, 2010.

Fonte: Rascunho Geo ©
 

Vince

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Movi algumas mensagens para outro tópico.

Vamos tentar por alguma ordem nesta coisa. Ultimamente metem aqui tudo e mais alguma coisa relacionada com aquecimento global, calor aqui, frio acolá, mas para isso existe outro tópico do seguimento do Clima Global:

-> Monitorização Clima Global e Teleconexões 2010

Deixem este tópico apenas para a questão do aquecimento global e respectivas polémicas especificamente relacionadas com haver ou não aquecimento global. Não é o calor na Rússia que comprova o aquecimento global nem é o frio na América do Sul que o nega. Não misturemos alhos com bugalhos.
 

Rui Sousa

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"Já observámos anteriormente desprendimentos de blocos de gelo desta dimensão neste mesmo glaciar, e noutros [na Gronelândia], mas este caso é inabitual porque aconteceu após um Inverno quente em que não se formou gelo no oceano, naquela baía", explicou Thomas Wagner, investigador do programa de estudo da criosfera da NASA, organização que apoia estas observações. "A relação exacta estes dois fenómenos [o Inverno de temperaturas amenas e o recuo abrupto do glaciar agora verificado] ainda tem de ser determinada, mas a sua ocorrência dá credibilidade à teoria de que o aquecimento dos oceanos é o responsável pela perda de gelo que está a verificar-se na Gronelândia e também na Antárctida",

Os glaciares crescem porque há precipitação na sua parte superior e pela compactação da neve, certo?

O aumento do volume do glaciar e a gravidade puxa o gelo para as zonas mais baixas, certo?

Quando o glaciar econtra a água do mar o seu gelo flutua na água do mar, certo?

Como a água não dá tanto suporte ao gelo com o zona terrestres, e pelo efeito das máres e agitação do mar, as tensões internas do gelo levam a que as extremidades do glaciar se partam e que fiquem a flutuar livremente na água na forma de Icebergs, certo?

Onde entra aqui a temperatura da água do mar e o facto de não ter havido gelo marítimo? Se os próprios cientistas dizem que a relação está por determinar... Muita parra e pouca uva. Uma verdadeira não notícia :(

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