Seguimento Açores e Madeira - Novembro 2017

Orion

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Linha de instabilidade com intensidade inesperada especialmente tendo em conta o pouco CAPE e cisalhamento moderado. O tefigrama das Lajes está dentro da previsão do GFS sendo por isso inconclusivo.

Infelizmente o Blitzotung é para ignorar. Na última hora já ouvi/vi 6 ou 7 relâmpagos/raios.

Ao que parece já se há sirenes. A chuva foi muito forte.
 
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lserpa

Cumulonimbus
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29 Dez 2013
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Horta, Matriz, (90m)
Já li uma notícia de uma fonte fidedigna a confirmar a queda de um raio no centro de PDL o qual provocou danos em equipamentos eletrónicos na Escola Antero de Quental


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Orion

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5 Jul 2011
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Um raio que atingiu o centro de Ponta Delgada, na sequência da trovoada que se fez sentir ao inicio da tarde desta quinta-feira, provocou danos em computadores e projetores da Escola Secundária Antero de Quental, confirmou o presidente do conselho executivo daquele estabelecimento de ensino ao Açoriano Oriental.

Este jornal contactou ainda a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada que deu conta de duas pequenas inundações em ruas da baixa ponta-delgadense, resultantes da forte chuva que também se registou.

http://www.acorianooriental.pt/noti...ada-provoca-danos-na-antero-de-quental-283554

Estou a mais ou menos 1 km da escola daí que o som que ouvi tenha sido mais prolongado. Lá deve ter sido mais intenso e curto :hehe:
 

Hawk

Cumulonimbus
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26 Nov 2006
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O radar meteorológico que desde o passado mês de Abril está a ser instalado no Pico Espigão, no Porto Santo, está já em fase de conclusão e, à partida, estará em funcionamento no final deste mês, inicialmente num período experimental, mas “que se espera que seja relativamente curto”.

Ao DIÁRIO, o director do Observatório Meteorológico do Funchal adiantou que o radar abrange o Arquipélago da Madeira e toda a área circular com um raio de 300 km, centrado na Ilha Dourada. Victor Prior explicou que dentro desta mesma área é possível acompanhar remotamente as zonas onde ocorre precipitação, sabendo-se tanto a quantidade da precipitação envolvida, a sua intensidade e a trajectória dos sistemas nebulosos que, por vezes, carregam grandes quantidades de água, no estado líquido e/ou sólido.

“Aquilo que vamos ter para vigilância meteorológica são imagens de 10 em 10 minutos, numa escala de cores. A partir daí conseguimos saber para onde a precipitação se dirige, a quantidade e a intensidade”, referiu.

Victor Prior salientou ainda que o radar não vai emitir directamente um sistema de avisos e alertas para as pessoas mas afirmou que esta informação vai ajudar na emissão de avisos, no tempo e na sua magnitude, após ser devidamente avaliada pela equipa de meteorologista que estará a fazer a vigilância do estado do tempo na Madeira.

Questionado sobre se esta é também uma forma de se tentar evitar tragédias como a intempérie do 20 de Fevereiro, o director do Observatório Meteorológico do Funchal revelou que “embora o radar já estivesse previsto antes do 20 de Fevereiro, isso veio desencadear a instalação do mesmo de uma forma mais rápida e, portanto, o que se quer é que em situações extremas o Serviço Regional de Protecção Civil seja devidamente informado algumas horas antes”.

Recorde-se que o contrato com a empresa que está a instalar o radar teve início em meados de Novembro do ano passado. Os trabalhos no Porto Santo começaram em Abril deste ano, porque grande parte do trabalho foi feito em fábrica, e, no fim de Agosto, iniciaram-se os trabalhos relativos a infra-estruturas e construção civil.

No início de Setembro foi instalada a torre e em Outubro o equipamento relativo ao radar propriamente dito. Neste momento estão a ser concluídos os trabalhos relativos às telecomunicações e a todos os sistemas técnicos, em particular no que diz respeito à parte electrónica do sistema.

Será que já vai estar a ser consultado no próximo evento? Era bom...
 
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luismeteo3

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14 Dez 2015
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Mau tempo: Chuva coloca nove ilhas dos Açores sob aviso laranja. Mulher atingida por descarga de relâmpago em Ponta Delgada
23 nov 2017 16:09

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevou hoje para laranja o aviso meteorológico para as nove ilhas do arquipélago dos Açores devido à previsão de chuva.


O aviso laranja vigora até às 24:00 de hoje (mais uma hora em Lisboa) nas ilhas de São Miguel, Santa Maria, Corvo, Flores, São Jorge, Terceira, Faial, Pico e Graciosa.

A delegação regional dos Açores do IPMA justifica ter elevado para laranja o aviso meteorológico para o arquipélago, que estava com aviso amarelo, devido ao facto de se ter observado, na última hora, 23,9 milímetros de precipitação na estação de Ponta Delgada/Nordela e 18,2 mm na estação de Ponta Delgada/Observatório Afonso Chaves.

Nas nove ilhas do arquipélago mantém-se o aviso amarelo para trovoada até às 23:00 de hoje.

Segundo a delegação regional, uma depressão está a afetar a região dos Açores “com condições de forte instabilidade”, o que provocará “aguaceiros intensos e trovoada nas próximas horas”.

O aviso laranja é o segundo de uma escala de quatro e indica situação meteorológica de risco moderado a elevado. O aviso amarelo, o terceiro da escala, revela situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.


Entretanto, o Serviço Regional de Proteção Civil e dos Bombeiros informou que, na sequência da trovoada, um relâmpago atingiu o edifício da Direção Regional da Habitação, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, cerca das 13:50.

Uma mulher que se encontrava nas instalações foi atingida pela descarga elétrica, tendo sido transportada para o hospital da cidade, por precaução, mas já teve alta, informou a Proteção Civil.

Já na escola secundária Antero de Quental, também na cidade de Ponta Delgada, o vice-presidente do conselho executivo Miguel Sousa disse à Lusa que se registaram estragos em vários equipamentos.

“Apanhámos um susto enorme e equipamentos, sistema de alarme, servidor informático, projetores e equipamentos multimédia sofreram danos”, adiantou Miguel Sousa, explicando que está a ser feito o levantamento dos danos.

Miguel Sousa adiantou que se tentou “acalmar um ou outro aluno mais assustado, devido ao estrondo [da trovoada] que foi tremendo”.

“Mas não há vítimas, nem danos estruturais”, acrescentou o docente.

(Nota: notícia atualizada às 17h13)
http://24.sapo.pt/atualidade/artigo...s-sob-aviso-amarelo-devido-a-chuva-e-trovoada
 

Orion

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Aparentemente o Pico do Espigão tem 270 metros de altitude. A orografia central da Madeira é para aí em média >5 vezes mais alta.

Para convecção o radar será razoavelmente útil. A meteorologia da Madeira não é assim tão dinâmica e Porto Santo não está assim tão longe.

Não esperem ter uma noção realista dos eventos estratiformes como o aluvião de 2010. As montanhas serão uma autêntica parede e abaixo dos 1900/2000 metros não se saberá nada do flanco sul/sudoeste da Madeira (origem mais prevalente das frentes).

Quanto isso voltar a acontecer, e como a malta em geral não tem noção do funcionamento do radar nem das circunstâncias locais, vai haver muita inferência errada (vai-se subestimar a precipitação possível). No futuro haverá muito tempo para se discutir isso.

Correndo o risco de ser criticado, ainda estou para ver porque é que a Madeira recebe primeiro um radar do que os Açores :rolleyes: É como as Canárias receber primeiro um radar que a Galiza.

Fossem as Desertas habitadas e provavelmente seriam um melhor local do que Porto Santo. Qual é o mau tempo que vem de Noroeste?
 
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Orion

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Sei que a instalação do radar meteorológico na Madeira discute-se desde o início dos anos 90. O evento de Fevereiro de 2010 precipitou a vontade da sua instalação.

Não sei porque motivo o radar foi instalado primeiro na Madeira do que nos Açores, mas poderá estar relacionado com o facto dos Açores terem até há bem pouco tempo um radar instalado nas Lajes, mesmo que não sendo propriedade do IPMA. Na Madeira não havia nenhum.

Não sou expert, não sei qual o impacto real na operacionalidade. Imagino que alguém com determinada experiência que analise os dados em tempo real possa fazer uma "extrapolação" para o que possa acontecer em termos topográficos. Existem muitas ilhas no mundo, de orografia semelhante à Madeira, dotadas de radar.
 

Orion

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No caso dos Açores, o radar foi dos americanos para americanos. Como o mau tempo geralmente vem de sudoeste um radar na Lajes cobre desnecessariamente o mar a norte. As ilhas a sudoeste, como o Faial, têm uma cobertura, na minha opinião da amador, menos eficiente. O Ipma também escolhe as Lajes para poupar e porque já estão habituados.

Os 300 kms de cobertura de radar são treta. A essa distância o radar só vê as partículas acima dos >4kms. Quanto muito só dá para ver convecção intensa. Boas imagens de radar só nos primeiros 100/125 kms.

Eu tenho as minhas reservas e já as escrevi inúmeras vezes :D Quando estiver operacional hei-de reavaliar as minhas posições.

Acho que estas imagens ilustram bem o que quero expressar.

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Mas segundo julgo saber, o radar dos americanos podia ser explorado pelo IPMA. Ou não?

Quanto à escolha do Pico Espigão, terá sido mesmo uma solução de compromisso.

(...)Um radar terá a capacidade para prever as consequências de uma massa de ar muito húmida e instável como aquela que se abateu sobre a Madeira na manhã de 20 de Fevereiro de 2010 com valores de precipitação muito altos e num curto espaço de tempo. Nessa manhã, choveu em poucas horas 108 mm no Funchal, 52 mm caíram apenas entre uma hora, entre as nove e as dez da manhã. A estação do Areeiro registou 165 mm, 58 apenas entre a dez e as 11 da manhã.

Promessa de 2010
A chuva, os declives e o Inverno muito rigoroso (os solos estavam saturados, a Madeira registou nesse Inverno vários avisos vermelhos) tiveram as consequências que se conhece. Várias dezenas de mortos, mais de 100 feridos e muitos desalojados, sem contar os prejuízos materiais provocados pelas inundações e as derrocadas.

Nessa manhã, no entanto, o aviso do Instituto Meteorologia para a Madeira era apenas laranja, o segundo mais grave. Sem um radar, ficou-se a saber, é muito difícil prever o estado do tempo na Madeira com precisão, um território muito pequeno. Um coro de vozes levantou-se contra um Estado que deu prioridade à construção de um radar militar no Pico do Areeiro (estava quase pronto em 2010) e esqueceu a segurança das populações face aos rigores dos tempos. O radar meteorológico acabou por ser uma das promessas dos meses da solidariedade nacional com a Madeira.

Ao contrário do que se pensou a princípio, não será instalado na Madeira, mas no Porto Santo, para garantir que não existem zonas sombra. Se ficasse no Areeiro, onde está a instalação militar, teria uma zona de 20 quilómetros de sombra. No Porto Santo, no Pico do Espigão, será possível fazer a leitura do estado do tempo em toda a ilha da Madeira. O radar não terá alcance para a totalidade da ilha do Porto Santo, mas a verdade é que os riscos de aluvião são muitos menores no Porto Santo(...).
 
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Orion

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Qual é a fonte disso?

Escrevo isto, porque esta frase não faz sentido nenhum:

Ao contrário do que se pensou a princípio, não será instalado na Madeira, mas no Porto Santo, para garantir que não existem zonas sombra. Se ficasse no Areeiro, onde está a instalação militar, teria uma zona de 20 quilómetros de sombra. No Porto Santo, no Pico do Espigão, será possível fazer a leitura do estado do tempo em toda a ilha da Madeira. O radar não terá alcance para a totalidade da ilha do Porto Santo, mas a verdade é que os riscos de aluvião são muitos menores no Porto Santo

PS é minúsculo e pouco montanhoso. Como é que o radar não abrange a ilha toda? :huh:
 
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