Seguimento Açores e Madeira - Novembro 2017

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É essa a fonte. A notícia é escrita com base nas declarações do Victor Prior, meteorologista do IPMA, poderá ter sido distorcida pelo jornalista.

Como disse, não tenho fundamentação técnica para falar sobre a localização. A questão do Porto Santo poderá estar relacionada com o facto do Pico Castelo e Pico do Facho terem o dobro da altura do Pico Espigão e ficarem a relativa curta distância deste (7 ou 8 km).

Ps: fiquei com aquela dúvida. O radar dos americanos podia ser consultado pelo IPMA em situações adversas?
 
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Do que sei o IPMA tinha acesso aos dados. Especulo que permanentemente.

Talvez isso responda à tua dúvida em relação às prioridades. Quando foi aprovado o radar da Madeira, existia um nos Açores. A posterior saída dos americanos da Terceira foi uma possibilidade provavelmente não equacionada na altura.
 
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Talvez isso responda à tua dúvida em relação às prioridades. Quando foi aprovado o radar da Madeira, existia um nos Açores. A posterior saída dos americanos da Terceira foi uma possibilidade provavelmente não equacionada na altura.

Irrelevante porque a distância entre os grupos é muito grande. O radar das Lajes não tem uma cobertura muito eficiente do G. Oriental.

Substituir o radar das Lajes não traz grandes mudanças para mim. Por exemplo, o Ophelia não teria sido captado.
 
Bastante pujante! Felizmente, o grosso deve ficar a oeste. Alerta amarelo desde hoje às 18:00 até 2ª feira.

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Irrelevante porque a distância entre os grupos é muito grande. O radar das Lajes não tem uma cobertura muito eficiente do G. Oriental.

Substituir o radar das Lajes não traz grandes mudanças para mim. Por exemplo, o Ophelia não teria sido captado.

Já de vez dou um exemplo...

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Entre La Palma e a Gran Canaria distam para aí uns 250 kms. Para o comum observador, e não obstante a ilha de La Palma estar na orla da cobertura, o radar pode detetar os fenómenos que lá ocorrem. Mas como a Terra não é plana o feixe, quando chega a La Palma, não deteta as partículas de chuva abaixo dos 3/4 kms de altitude. Como as Canárias têm uma meteorologia bastante monótona não há, tendencialmente, grandes problemas. Já nos Açores os primeiros 3/4 kms são os mais importantes já que aqui a convecção 'intensa' é relativamente pouco frequente.

Para uma excelente cobertura das Canárias seriam precisos 2 radares. Mas tendo em conta o clima do arquipélago, para quê o investimento gasto?
 
Não duvido, de qualquer forma um radar (mesmo que com limitações) é melhor do que estar completamente às escuras. A Madeira era o único arquipélago europeu que estava completamente às escuras até à redução de pessoal da base das Lajes.

Já agora, o que entendes por meteorologia monótona? As Canárias até estão localizadas numa zona onde a colisão de massas é relativamente frequentemente. Pode não chover muito durante o ano, mas chove muito várias vezes. E ilhas como Tenerife e La Palma já foram várias vezes afectadas por aluviões.

Aliás, creio que ilhas de acentuada orografia raramente têm uma meteorologia monótona. Mesmo no caso da Madeira, o Funchal tem uma média anual de precipitação que não chega a 600 mm (provavelmente das mais baixas em PT). Mas o Areeiro, que fica a qualquer coisa como 10 km lineares do Funchal, tem uma média anual de 3000 mm. Por exemplo, em Fevereiro de 2010 que foi um ano particularmente chuvoso, chegou aos 4400 mm.
 
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Monótona já que em boa parte do ano não há eventos significativos de precipitação.

Não dou muita espetacularidade à precipitação orográfica porque a mesma tende a passar ao lado da população. Nos eventos mais significativos contribui para grandes acumulados mas geralmente é inofensiva.
 
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Em cidades como o Funchal não passa propriamente ao lado. Tens casario quase até aos 900 metros de altitude. Além de que a água que cai no Areeiro vem invariavelmente parar às 3 ribeiras que atravessam o Funchal. É esta conjugação que torna os eventos de precipitação excessiva uma grande chatice.