Agricultura

joralentejano

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21 Set 2015
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REPORTAGEM: Seca: Campos do Alto Alentejo apenas "levantam" pó para desespero dos agricultores
Os campos do Alto Alentejo deveriam estar verdejantes no outono, mas apenas "levantam" pó para desalento e desespero dos agricultores, que não têm memória de um ano de seca como este na zona.

Eduardo Sádio é agricultor no concelho de Fronteira, distrito de Portalegre, e na sua herdade com cerca de 600 hectares, em pleno outono, tem de passar "metade do dia" de trabalho com os funcionários a transportar água e alimentação para o gado.

"A alimentação está cada vez mais escassa e caríssima e estamos com grandes dificuldades para manter o efetivo pecuário", diz à agência Lusa, observando que as três barragens da sua exploração agrícola estão completamente secas.

Com um efetivo de cerca de 100 bovinos e 600 ovinos, Eduardo Sádio acentua que "não há recordação" de uma seca igual e com esta "gravidade" no distrito de Portalegre, nem a de 2006, ano em que os homens da terra se depararam também com dificuldades.

Com a totalidade do território de Portugal continental, no final de outubro, em seca severa (24,8%) e extrema (75,2%), segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o Alentejo é das zonas mais afetadas pela falta de água.

Perante as adversidades, Eduardo Sádio, que reclama medidas por parte do Governo para minimizar os problemas, diz que apenas possui forragens para os seus animais por mais "11 dias", tendo depois, eventualmente, de recorrer à compra de alimentos concentrados, enquanto os fornecedores lhe concederem crédito.

Uns quilómetros mais à frente, o cenário é idêntico na herdade de Inocêncio Costa, agricultor que possui, em Alter do Chão, uma exploração com 650 hectares e onde pastam cerca de 350 bovinos e 150 suínos.

"Estamos a viver um momento difícil, em que os animais estão a comer suplementos. Estamos a comprar já feno, porque os ´stocks` acabaram, e tacos (barras de farinha prensada) para manter os animais vivos e não os deixar morrer", diz o produtor, em declarações à Lusa.

Diariamente, Inocêncio Costa emprega cerca 600 euros em alimentação para os bovinos e receia ter de investir "até março ou abril" do próximo ano, diariamente, o valor comercial de "um vitelo gordo" para que os seus animais possam sobreviver.

"Está aqui um problema muito grave e vamos ver se isto não se prolonga por mais um ano, o que seria uma desgraça total", acrescenta.

Além de também defender apoios do Estado para os efetivos pecuários, o agricultor de Alter do Chão reclama a construção da Barragem do Pisão, no concelho vizinho do Crato, projeto hidroagrícola reivindicado há mais de 50 anos, considerando que "resolveria os problemas" de falta de água na região.

Devido à falta de pastagens e de água, a Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP) alerta para a possibilidade de os animais, sobretudo os bovinos, poderem vir a apresentar "carências" de nutrientes, afetando a sua fertilidade, e ficarem mais vulneráveis a parasitas e bactérias.

Lembrando que a quebra de rendimento dos agricultores "tem sido constante" ao longo dos últimos tempos, Francisco Corado, dirigente da AADP, defende, perante um cenário em que os períodos de seca começam a ser mais frequentes, que o Governo deveria criar medidas para o setor da pecuária.

"Deveriam criar-se medidas específicas para a pecuária e para as pessoas [agricultores], nos anos normais, se prepararem para os anos de seca", considera o dirigente associativo, preconizando também a existência de um "peck" (linha de crédito) para concretizar, quando necessário, de forma "mais rápida" e "mais prática".

"Em relação ao Governo, é só anúncios na televisão de que aparecem todos os dias não sei quantos milhões, mas na realidade não há nada no terreno. O que aconteceu foi uma antecipação de uma parte das ajudas que veem da Europa, que normalmente recebíamos em dezembro e este ano recebemos no final de outubro, mas estas são as ajudas normais", lamenta.
Fonte: JN
 


Pedro1993

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REPORTAGEM: Seca: Campos do Alto Alentejo apenas "levantam" pó para desespero dos agricultores
Os campos do Alto Alentejo deveriam estar verdejantes no outono, mas apenas "levantam" pó para desalento e desespero dos agricultores, que não têm memória de um ano de seca como este na zona.

Eduardo Sádio é agricultor no concelho de Fronteira, distrito de Portalegre, e na sua herdade com cerca de 600 hectares, em pleno outono, tem de passar "metade do dia" de trabalho com os funcionários a transportar água e alimentação para o gado.

"A alimentação está cada vez mais escassa e caríssima e estamos com grandes dificuldades para manter o efetivo pecuário", diz à agência Lusa, observando que as três barragens da sua exploração agrícola estão completamente secas.

Com um efetivo de cerca de 100 bovinos e 600 ovinos, Eduardo Sádio acentua que "não há recordação" de uma seca igual e com esta "gravidade" no distrito de Portalegre, nem a de 2006, ano em que os homens da terra se depararam também com dificuldades.

Com a totalidade do território de Portugal continental, no final de outubro, em seca severa (24,8%) e extrema (75,2%), segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o Alentejo é das zonas mais afetadas pela falta de água.

Perante as adversidades, Eduardo Sádio, que reclama medidas por parte do Governo para minimizar os problemas, diz que apenas possui forragens para os seus animais por mais "11 dias", tendo depois, eventualmente, de recorrer à compra de alimentos concentrados, enquanto os fornecedores lhe concederem crédito.

Uns quilómetros mais à frente, o cenário é idêntico na herdade de Inocêncio Costa, agricultor que possui, em Alter do Chão, uma exploração com 650 hectares e onde pastam cerca de 350 bovinos e 150 suínos.

"Estamos a viver um momento difícil, em que os animais estão a comer suplementos. Estamos a comprar já feno, porque os ´stocks` acabaram, e tacos (barras de farinha prensada) para manter os animais vivos e não os deixar morrer", diz o produtor, em declarações à Lusa.

Diariamente, Inocêncio Costa emprega cerca 600 euros em alimentação para os bovinos e receia ter de investir "até março ou abril" do próximo ano, diariamente, o valor comercial de "um vitelo gordo" para que os seus animais possam sobreviver.

"Está aqui um problema muito grave e vamos ver se isto não se prolonga por mais um ano, o que seria uma desgraça total", acrescenta.

Além de também defender apoios do Estado para os efetivos pecuários, o agricultor de Alter do Chão reclama a construção da Barragem do Pisão, no concelho vizinho do Crato, projeto hidroagrícola reivindicado há mais de 50 anos, considerando que "resolveria os problemas" de falta de água na região.

Devido à falta de pastagens e de água, a Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP) alerta para a possibilidade de os animais, sobretudo os bovinos, poderem vir a apresentar "carências" de nutrientes, afetando a sua fertilidade, e ficarem mais vulneráveis a parasitas e bactérias.

Lembrando que a quebra de rendimento dos agricultores "tem sido constante" ao longo dos últimos tempos, Francisco Corado, dirigente da AADP, defende, perante um cenário em que os períodos de seca começam a ser mais frequentes, que o Governo deveria criar medidas para o setor da pecuária.

"Deveriam criar-se medidas específicas para a pecuária e para as pessoas [agricultores], nos anos normais, se prepararem para os anos de seca", considera o dirigente associativo, preconizando também a existência de um "peck" (linha de crédito) para concretizar, quando necessário, de forma "mais rápida" e "mais prática".

"Em relação ao Governo, é só anúncios na televisão de que aparecem todos os dias não sei quantos milhões, mas na realidade não há nada no terreno. O que aconteceu foi uma antecipação de uma parte das ajudas que veem da Europa, que normalmente recebíamos em dezembro e este ano recebemos no final de outubro, mas estas são as ajudas normais", lamenta.
Fonte: JN

É bem verdade, a agricultura está com um futuro um pouco incerto para já, por aqui os maiores agricultores estão numa correria para gradar os terrrenos enquanto ainda tem alguma humidade, não mais do que uns 10 centimentros, e agora devem de estar á espera que chova mais alguma coisa para depois começarem a semear.

Eu no meu caso tenho o terreno já com as marcações feitas para plantar 50 árvores de fruto, em pomar misto, e estou a acabar o processo de certificação de produção em agricultura biológica, para o ano se correr bem pretendo plantar mais 60, completando assim o meu terreno.
E quem sabe se o futuro for espéctavel, passa por alargar-me para outros terrenos que tenho, e também pela compra de um outro terreno, para produzir hortiolas também em modo de produção biológico.
 

jonas_87

Furacão
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11 Mar 2012
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Este é um dos comentários á foto que se pode ler no facebook.
"sim, tinha tido sorte na compra...são enlatados tipo raspadinha, nunca sabes o que vai sair"

Eu sei que existe muitas pessoas que optam por comprar as suas leguminosas já enlatdas até por uma questão de tempo, mas se poder, é sempre melhor comprá-las a granel, e aí já não é enganado com tanta facilidade, e isto já para não falar que tem muitos mais nutrientes, pois estas das latas são adicionados conservantes e outros derivados, e ao mesmo tempo acaba por ajudar a agricultura não industrializada.


Tens razão, pessoalmente prefiro 1000 vezes comer grão cozido não enlatado, a qualidade é infinitamente melhor. :D
 

joralentejano

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É bem verdade, a agricultura está com um futuro um pouco incerto para já, por aqui os maiores agricultores estão numa correria para gradar os terrrenos enquanto ainda tem alguma humidade, não mais do que uns 10 centimentros, e agora devem de estar á espera que chova mais alguma coisa para depois começarem a semear.

Eu no meu caso tenho o terreno já com as marcações feitas para plantar 50 árvores de fruto, em pomar misto, e estou a acabar o processo de certificação de produção em agricultura biológica, para o ano se correr bem pretendo plantar mais 60, completando assim o meu terreno.
E quem sabe se o futuro for espéctavel, passa por alargar-me para outros terrenos que tenho, e também pela compra de um outro terreno, para produzir hortiolas também em modo de produção biológico.
É uma pena esta seca não ajudar em nada, tenho notado nos últimos anos que o número de terrenos abandonados tem diminuído mas pronto com esta situação muita gente acaba por nem sequer já se esforçar. Começa a cansar qualquer pessoa andar a gastar enormes quantidades de dinheiro e a trabalhar forte e feio para depois isto ser assim.
Aqui na zona, alguns terrenos foram semeados antes destas chuvas do inicio de novembro mas de pouco ou nada serviu, a chuva mal teve tempo de se infiltrar na terra, veio logo vento de leste portanto a erva mal cresce. Há terrenos que ainda nem foram lavrados mas que costumam sê-lo, portanto, enquanto isto não mudar mesmo a sério a agricultura vai continuar parada, a grande prioridade neste momento são os animais pois não há mesmo nada. Quanto ás hortas como já não é altura para ter muitos produtos, apenas algumas couves e pouco mais, não é tão preocupante.
Muito boa iniciativa mas para fazeres tal coisa temos de ter meses chuvosos pela frente ou terás grandes prejuízos, perdi a noção de quantas árvores secaram totalmente a meio do verão na propriedade dos meus avós devido à seca, neste momento ainda estão lá porque pode ser que tenham apenas perdido as folhas, na próxima primavera, caso chova decentemente nos próximos meses tiram-se as conclusões. É aguardar para ver...
 

camrov8

Cumulonimbus
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14 Set 2008
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mas que querem que governo faça, podem controlar muita coisa mas não o tempo acho que devam existir ajudas nestes casos tudo bem, mas não esquecer que é negocio privado senão abro qualquer coisa e depois e se não der peço ajuda tudo tem riscos
 

Pedro1993

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7 Jan 2014
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É uma pena esta seca não ajudar em nada, tenho notado nos últimos anos que o número de terrenos abandonados tem diminuído mas pronto com esta situação muita gente acaba por nem sequer já se esforçar. Começa a cansar qualquer pessoa andar a gastar enormes quantidades de dinheiro e a trabalhar forte e feio para depois isto ser assim.
Aqui na zona, alguns terrenos foram semeados antes destas chuvas do inicio de novembro mas de pouco ou nada serviu, a chuva mal teve tempo de se infiltrar na terra, veio logo vento de leste portanto a erva mal cresce. Há terrenos que ainda nem foram lavrados mas que costumam sê-lo, portanto, enquanto isto não mudar mesmo a sério a agricultura vai continuar parada, a grande prioridade neste momento são os animais pois não há mesmo nada. Quanto ás hortas como já não é altura para ter muitos produtos, apenas algumas couves e pouco mais, não é tão preocupante.
Muito boa iniciativa mas para fazeres tal coisa temos de ter meses chuvosos pela frente ou terás grandes prejuízos, perdi a noção de quantas árvores secaram totalmente a meio do verão na propriedade dos meus avós devido à seca, neste momento ainda estão lá porque pode ser que tenham apenas perdido as folhas, na próxima primavera, caso chova decentemente nos próximos meses tiram-se as conclusões. É aguardar para ver...

O pomar irá levar sistema de rega gota-a-gota, pois tenho 2 poços no terreno adjacente, onde faço horta, e até estou bem satisfeito com eles, pois a água que lhe retiro num dia, no outro já está reposta.
No projecto do pomar, será para manter um enrelvamento, e irei também criar valas de retenção, de modo a que a água da chuva se infiltre lentamente, isto ajuda de certo modo a economizar toda a água da chuva possível, e assim regar só mesmo quando é necessário.
E as caldeiras das árvores irão também levar empalhamento em volta.
 

António josé Sales

Nimbostratus
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6 Out 2016
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O pomar irá levar sistema de rega gota-a-gota, pois tenho 2 poços no terreno adjacente, onde faço horta, e até estou bem satisfeito com eles, pois a água que lhe retiro num dia, no outro já está reposta.
No projecto do pomar, será para manter um enrelvamento, e irei também criar valas de retenção, de modo a que a água da chuva se infiltre lentamente, isto ajuda de certo modo a economizar toda a água da chuva possível, e assim regar só mesmo quando é necessário.
E as caldeiras das árvores irão também levar empalhamento em volta.

Fazes muito bem havia de haver mais pessoas a apostar na agricultura biológica.:palmas:
 

Pedro1993

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7 Jan 2014
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Fazes muito bem havia de haver mais pessoas a apostar na agricultura biológica.:palmas:

E mais importante que a agricultura biológica, é a agricultura regenerativa, que será também onde irei "apostar" mais em força, pois o solo é sempre a parte mais importante em todo o sistema agrícola.
 

joralentejano

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21 Set 2015
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O pomar irá levar sistema de rega gota-a-gota, pois tenho 2 poços no terreno adjacente, onde faço horta, e até estou bem satisfeito com eles, pois a água que lhe retiro num dia, no outro já está reposta.
No projecto do pomar, será para manter um enrelvamento, e irei também criar valas de retenção, de modo a que a água da chuva se infiltre lentamente, isto ajuda de certo modo a economizar toda a água da chuva possível, e assim regar só mesmo quando é necessário.
E as caldeiras das árvores irão também levar empalhamento em volta.
Poços idênticos ao furo que os meus avós utilizam nestes anos de grande seca em que a ribeira não corre no verão. Retiram a água num dia para regar e apesar de a partir de um certo momento deixa de correr, no dia seguinte já está totalmente abastecido e a correr bem, excelente água também para se beber. :thumbsup: O facto de ser uma zona húmida e fria durante a noite mesmo no verão também ajuda nisso, é a nossa sorte mas não dura sempre.
Excelente iniciativa, temos de fazer de tudo para que a rega feita num dia aguente por 2 ou 3 no verão de modo também a poupar água, claro! Boa sorte com isso, é sempre bom ver malta jovem dedicada à agricultura. :D Também lá vou dando uma ajuda aos meus familiares, aprendo bastante e é algo que gosto de fazer. O Alentejo já teve pior no que toca às terras abandonadas, o problema de muita gente não investir e não se dedicar mais à agricultura é mesmo pelo simples facto de o clima estar a mudar para uma situação que não irá facilitar a vida de ninguém nesse sentido.
 

Pedro1993

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7 Jan 2014
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Poços idênticos ao furo que os meus avós utilizam nestes anos de grande seca em que a ribeira não corre no verão. Retiram a água num dia para regar e apesar de a partir de um certo momento deixa de correr, no dia seguinte já está totalmente abastecido e a correr bem, excelente água também para se beber. :thumbsup: O facto de ser uma zona húmida e fria durante a noite mesmo no verão também ajuda nisso, é a nossa sorte mas não dura sempre.
Excelente iniciativa, temos de fazer de tudo para que a rega feita num dia aguente por 2 ou 3 no verão de modo também a poupar água, claro! Boa sorte com isso, é sempre bom ver malta jovem dedicada à agricultura. :D Também lá vou dando uma ajuda aos meus familiares, aprendo bastante e é algo que gosto de fazer. O Alentejo já teve pior no que toca às terras abandonadas, o problema de muita gente não investir e não se dedicar mais à agricultura é mesmo pelo simples facto de o clima estar a mudar para uma situação que não irá facilitar a vida de ninguém nesse sentido.

É verdade, os meus poços ficam num pequeno vale, e eles desceram só cerca de 1,5 m o nível da água, em relação ao inverno, mas não é por aí que vou gastar que nem um louco, tento sempre usá-la da forma mais racional possível, e com isto dá também para aumentar a plantação de mais árvores.
As pessoas mais antigas dizem que um dos poços meus tem uma mina de água no seu interior, mas que não ficou toda explorado, e só por ai já revela bem o seu poder.
Esta acabei de plantar mais de 50 pés de alecrim, provenientes do meu próprio viveiro, coloquei as "estacas" a enraizar dentro de floreiras e vasos, isto no final da primavera, e agora já não podiam estar mais tempo nos vasos, pois as suas raízes já tinham saído pelo furos dos vasos, e já estavam "pregadas" na terra.
Tenho o escoamento da fruta já assegurado para uma quinta de agricultura biológica, na qual dou uma ajuda sempre que posso, e eles produzem hortícolas em meio hecatare, e os restantes produtos compram a outros produtores devidamente certificados, e depois elabora um cabaz semanal para venda ao publico, e fazem mercado semanal, na cidade.

O proprietário desta mesma quinta faz questão de incentivar os produtores locais a investir em produtos no qual ele precisa, e garante logo o escoamento, logo aí já é uma preocupação a menos.

Eu infelizmente só pratico a agricultura em part-time, pois é a uma paixão que tenho desde sempre, e trabalho numa base logística de uma empresa da zona, onde faço encomendas para a maioria de hipermercados do nosso país.
 

joralentejano

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É verdade, os meus poços ficam num pequeno vale, e eles desceram só cerca de 1,5 m o nível da água, em relação ao inverno, mas não é por aí que vou gastar que nem um louco, tento sempre usá-la da forma mais racional possível, e com isto dá também para aumentar a plantação de mais árvores.
As pessoas mais antigas dizem que um dos poços meus tem uma mina de água no seu interior, mas que não ficou toda explorado, e só por ai já revela bem o seu poder.
Esta acabei de plantar mais de 50 pés de alecrim, provenientes do meu próprio viveiro, coloquei as "estacas" a enraizar dentro de floreiras e vasos, isto no final da primavera, e agora já não podiam estar mais tempo nos vasos, pois as suas raízes já tinham saído pelo furos dos vasos, e já estavam "pregadas" na terra.
Tenho o escoamento da fruta já assegurado para uma quinta de agricultura biológica, na qual dou uma ajuda sempre que posso, e eles produzem hortícolas em meio hecatare, e os restantes produtos compram a outros produtores devidamente certificados, e depois elabora um cabaz semanal para venda ao publico, e fazem mercado semanal, na cidade.

O proprietário desta mesma quinta faz questão de incentivar os produtores locais a investir em produtos no qual ele precisa, e garante logo o escoamento, logo aí já é uma preocupação a menos.

Eu infelizmente só pratico a agricultura em part-time, pois é a uma paixão que tenho desde sempre, e trabalho numa base logística de uma empresa da zona, onde faço encomendas para a maioria de hipermercados do nosso país.
Ah, então pronto está explicado, tão depressa não ficam sem água :D
Muito boas ideias e ainda bem que assim é, quanto mais investimentos houver nisto melhor é para o nosso país.
Quanto a mim, também só pratico a agricultura em part-time, ainda estudo e por causa disso nunca tenho tanto tempo e agora com os dias mais pequenos pior é mas os fins de semana servem e é um grande entretenimento, não haja dúvida. É uma paixão enorme estar no campo em contacto com a natureza, não há melhor. :thumbsup:
 

António josé Sales

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Turquel, concelho de Alcobaça
Poços idênticos ao furo que os meus avós utilizam nestes anos de grande seca em que a ribeira não corre no verão. Retiram a água num dia para regar e apesar de a partir de um certo momento deixa de correr, no dia seguinte já está totalmente abastecido e a correr bem, excelente água também para se beber. :thumbsup: O facto de ser uma zona húmida e fria durante a noite mesmo no verão também ajuda nisso, é a nossa sorte mas não dura sempre.
Excelente iniciativa, temos de fazer de tudo para que a rega feita num dia aguente por 2 ou 3 no verão de modo também a poupar água, claro! Boa sorte com isso, é sempre bom ver malta jovem dedicada à agricultura. :D Também lá vou dando uma ajuda aos meus familiares, aprendo bastante e é algo que gosto de fazer. O Alentejo já teve pior no que toca às terras abandonadas, o problema de muita gente não investir e não se dedicar mais à agricultura é mesmo pelo simples facto de o clima estar a mudar para uma situação que não irá facilitar a vida de ninguém nesse sentido.

Também eu gosto e trabalho numa empresa de agricultura biológica (fruticultura).
Cada vez há mais malta jovem a dedicar -se á agricultura ainda bem!!!!!!!:D
Afinal de contas sem agricultura não há nada.:)
 

Pedro1993

Super Célula
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Também eu gosto e trabalho numa empresa de agricultura biológica (fruticultura).
Cada vez há mais malta jovem a dedicar -se á agricultura ainda bem!!!!!!!:D
Afinal de contas sem agricultura não há nada.:)

Sim isso é bom sinal, até porque a agricultura, novos investimentos e jovens agricultores isto tudo em conjunto criam condições para travar a forte desertificação e o desinteresse pelo interior.
E a agricultura biológica tem muito potencial e ainda muito clientes que a pouco e pouco se irão render ao seu consumo e posteriores benefícios do seu consumo.
 

luismeteo3

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14 Dez 2015
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Fatima (320m)
Sim isso é bom sinal, até porque a agricultura, novos investimentos e jovens agricultores isto tudo em conjunto criam condições para travar a forte desertificação e o desinteresse pelo interior.
Sim concordo. Também um salto que ainda falta dar, é os produtores pequenos ou domésticos com espécies de cultivo exóticas ou pouco conhecidas começarem a alimentar pequenos nichos de mercado. Restauração gourmet, produtores de licores e cervejas, frutos desidratados, etc podem aproveitar estas pequenas produções... a associação de produtores domésticos era um passo muito importante a meu ver.