Aquecimento Global

Orion

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China: Carbon dioxide footprint of wealthy households reaches European level

Novamente, os acordos climáticos são largamente simbólicos sendo impossível haver uma redução realista sem esmagar o estilo de vida/atividade económica de milhares de milhões (e isto teria que incluir a redução da população). O mesmo se aplica à preservação do ecossistema em geral.
 


irpsit

Cumulonimbus
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9 Jan 2009
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Simplesmente inacreditável a anomalia existente na zona do Pólo Norte.

Seguimento de Longyearbyen, em Svalbard, normalmente em Dezembro com temperatura -18 a -11°C.
Segue-se com +2°C e chuva!
Anomalia de 17°C a mais.

A anomalia estende-se também à parte norte e oeste da Rússia, e um pouco até à parte do norte do Alaska.
St Peterburg neste momento com +3°C e Petrozavodsk (mais a nordeste) segue com +2°C. Onde as normais sao mais na ordem dos -10°C.

Já o sul da Sibéria, na fronteira com o Kazaquistao, existe uma anomalia muito fria.
Omsk na Sibéria geralmente tem em Dezembro -20 a -12°C. Segue-se com -34°C lá. Anomalia de 18°C a menos.

Surgut mais a norte ainda tem uma anomalia fria mais brutal. Segue neste momento com -50°C! Apesar das normais serem de -21 a -14. O recorde absoluto é de -55, portanto a cidade está proxima do mínimo absoluto. A anomalia é de cerca de 30° a menos!!!!

http://www.accuweather.com/en/ru/surgut/288459/weather-forecast/288459

Vejam a magnitude destas anomalias!
https://img.washingtonpost.com/wp-a...files/2016/12/gfs_t2ma_f_arctic_10.png&w=1484

Nos próximos dias a anomalia quente no Árctico promete continuar imparável. Já a anomalia fria na Sibéria parece mudar de sítio, mais para a direccao da Mongólia, na próxima semana.
 
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joralentejano

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21 Set 2015
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O Pai Natal está a passar por uma onda de calor no Pólo Norte e a culpa é nossa
O Árctico está a ter ondas de calor recordes no Inverno também, o que mostra que as novas tendências das alterações climáticas estão aqui para ficar.
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(O glacirar de Kronebreen, no arquipélago de Svalbard, na Noruega: há cada vez menos gelo no Árctico)

Este ano, o Pai Natal pode ter de trocar o fato vermelho invernoso por uns calções e uma t-shirt, porque neste Natal o Árctico está a viver uma onda de calor que bate todos os recordes: as temperaturas estão pelo menos 20 graus Celsius acima do normal. Em algumas zonas, estão apenas zero graus – o limiar do degelo.
Durante os meses de Novembro e Dezembro, as temperaturas estiveram sempre cinco graus Celsius mais altas do que a média, depois de um Verão em que o gelo do Árctico se reduziu ao segundo nível mais baixo alguma vez registado deste que os satélites vêem a Terra dos céus, num ano em que houve o fenómeno climático El Niño.

Mas esta onda de calor, no início do Natal, é mesmo assim algo inesperado, e tem uma indelével assinatura humana.
Antes da revolução industrial do século XIX, e de a humanidade começar a atirar para a atmosfera dióxido de carbono, que potencia o efeito de estufa, “uma onda de calor como esta seria extremamente rara – algo que se poderia esperar de mil em mil anos”, explicou à BBC Friederike Otto, investigadora no Instituto de Alterações Climáticas da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

As observações e modelos usados pelos cientistas apontam sempre para o efeito humano. “Não conseguimos modelar uma onda de calor como esta sem ter um efeito antropogénico”, assegurou Otto.
A causa directa desta onda de calor parece ser uma tempestade que se formou a Leste da Gronelândia, que transportou ar anormalmente quente para Norte, que fez com que se perdesse uma grande quantidade de gelo no mar, numa altura em que o normal é estar-se a formar mais gelo, diz o Washington Post. O Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos EUA tem informação que mostra que o Árctico perdeu cerca de 148 mil km2 de gelo só na quinta-feira – um pouco menos que as dimensões do Reino Unido. No entanto, estes dados são ainda preliminares.
Mas a subida da temperatura no Árctico, e o papel da actividade humana nessa elevação, é algo que está já bem estudado. O ano de 2016 é o mais quente desde que há registo no Pólo Norte, de acordo com o relatório anual da Agência norte-americana para os Oceanos e a Atmosfera (NOOA) sobre o Árctico, divulgado em meados deste mês. Na verdade, a temperatura no topo do mundo está a subir ao dobro do ritmo do resto do planeta.

“Entre Janeiro e Setembro de 2016, a temperatura à superfície no Árctico foi, de longe, a mais alta observada desde 1900”, disse Jeremy Mathis, que dirige o programa de investigação sobre o Árctico da NOOA, citado pelo Washington Post. E os picos de calor já nem sequer são atingidos apenas no Verão: “Houve pontos altos de temperatura em Janeiro, Fevereiro, Outubro e Novembro de 2016. Os recordes de temperatura são batidos também no Inverno. O que estamos a ver é um calor persistente, que dura todo o ano, o que indica que estas tendências estão para ficar.”
Fonte
 

Orion

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5 Jul 2011
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The average January temperatures in Moscow have climbed almost five degrees between 1880 and 2016, Russia’s Federal Service for Hydrometeorology and Environmental Monitoring reported on Tuesday.

"That’s the result of global warming," its spokesman said. The warmest January was recorded in 2007 with the average temperature of minus 1.6 degrees Celsius.

It was established that the coldest January was recorded in 1893 (minus 21.6 degrees), 1942 (minus 20.2 degrees), in 1987 (minus 17.5 degrees) and in 2010 (minus 14.5 degrees).

The absolute minimum temperature (minus 43.1 degrees) was recorded on January 17, 1940, and the absolute maximum one (plus 8.6 degrees) on January 11, 2007. "During the entire period of weather observations, there was a 27-year period when temperatures dropped below minus 30 degrees. The greatest number of days - 11 - with severe January frosts were observed in 1942," the spokesman said.

January in Moscow becomes nearly five degrees warmer in past 136 years

É sempre bom ter dados de outras fontes 'não ocidentais'.

O Trump diz que o aquecimento global é uma conspiração chinesa. Já a direita 'alternativa' acha que o Putin é uma força positiva 'anti-globalistas'. Ora, o aquecimento global também tem a ver com isso.



Isso era antes. Agora...

... é oficial. O Putin é um globalista :lol:

Na realidade, o Putin pode-se dar ao luxo de ter esta posição já que o impacto para os seus interesses é mínimo:



A Rússia vai cortar na produção para o que preço do petróleo aumente. Mas continua a bater recordes e está num máximo histórico (que conveniente). Em Dezembro eram mais de 11 milhões de barris por dia.

Certo certo é que em 2011, o Wikileaks diziam que a Arábia Saudita estava no limite:

The US fears that Saudi Arabia, the world's largest crude oil exporter, may not have enough reserves to prevent oil prices escalating, confidential cables from its embassy in Riyadh show.

The cables, released by WikiLeaks, urge Washington to take seriously a warning from a senior Saudi government oil executive that the kingdom's crude oil reserves may have been overstated by as much as 300bn barrels – nearly 40%.

However, Sadad al-Husseini, a geologist and former head of exploration at the Saudi oil monopoly Aramco, met the US consul general in Riyadh in November 2007 and told the US diplomat that Aramco's 12.5m barrel-a-day capacity needed to keep a lid on prices could not be reached.

Até ao final de 2016 a Arábia Saudita não conseguiu produzir mais de 11 milhões de barris por dia. Excluindo o consumo próprio, as exportações representam 2/3 da produção e a diminuir constantemente. Quanto petróleo tem na realidade a Arábia Saudita?

Os padrões climáticos para além de complexos são também diferidos. Fica-se à espera do arrefecimento provocado pela atividade mínima do sol.
 
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joralentejano

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21 Set 2015
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Triste...
Patty foi ao Alasca fotografar os ursos polares e não encontrou neve
Patty Waymire ficou surpreendida quando, ao chegar ao Alasca com o objectivo de fotografar os ursos polares, deu de caras com um cenário onde a neve não tinha lugar. "Os habitantes disseram-me que estava a ser um Inverno excepcionalmente quente e que a neve ia tardar. É um dos Invernos mais quentes alguma vez registados." A narrativa estava à frente dela, contou ao site The Bored Panda: "A falta de neve e de gelo era tão evidente que contavam a história sem precisar de palavras." Uma das fotografias captadas — No Snow, No Ice — valeu-lhe uma menção honrosa num concurso de fotografia da National Geographic. É um registo das consequências do aquecimento global e um alerta para Donald Trump, diz. Patty Waymire gostava de ver o presidente norte-americano eleito a viajar até ao Ártico para perceber o que está a acontecer e "por que razão esse lugar incrivelmente especial deve ser protegido". A mensagem está dada.
Fonte: Público
 

luismeteo3

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14 Dez 2015
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Fatima (320m)
AFINAL ERA MITO. NOVO ESTUDO NEGA QUALQUER DESACELERAÇÃO NO AQUECIMENTO GLOBAL

5 JANEIRO 2017 // NUNO NORONHA // NOTÍCIAS // COM AGÊNCIAS

Cientistas dos Estados Unidos e do Reino Unido concluíram que a suposta "interrupção" do aquecimento global defendida por vários trabalhos científicos se deveu a um erro no cálculo das temperaturas com os velhos métodos de medição.

créditos: AFP
Publicado na revista americana "Science Advances", o estudo confirma as descobertas divulgadas em 2015 pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) que defendiam que, longe de desacelerar, o aquecimento global tinha ganho um impulso desde o início do século.

Tanto o estudo da NOAA como o publicado esta semana na "Science Advances" negam assim a teoria de uma aparente redução na tendência de aumento das temperaturas durante o período 1998-2012, à qual os analistas se referiam como "interrupção" do aquecimento global.


Os investigadores da Universidade de Berkeley e da Universidade de York, nos Estados Unidos e Reino Unido respetivamente, concluíram que essa pausa documentada se deveu a um erro nos métodos anteriores de medição, que calcularam uma temperatura mais quente do que o real. No passado, a temperatura dos oceanos era medida com amostras de água canalizadas através da sala de máquinas dos navios, uma área habitualmente quente. Agora, a temperatura é medida com bóias instaladas diretamente no oceano, razão pela qual os resultados são mais confiáveis.

O estudo constata que enquanto em 1980 80% das amostras eram obtidas através do primeiro método, agora essa mesma percentagem é registada com bóias.

Os defensores da "interrupção" do aquecimento global combinam nos seus estudos os resultados de ambos os métodos.

Além de constatar a origem do mal-entendido, os cientistas de Berkeley e York fizeram um estudo da evolução das temperaturas utilizando separadamente dados obtidos através de bóias, satélites e robôs flutuantes. Os resultados obtidos foram idênticos aos da NOAA.

Desde 2000, o aquecimento dos oceanos acelerou a um ritmo de 0,12 graus centígrados por década, quase o dobro relativamente ao período 1970-1999, quando o aquecimento foi de 0,07 graus a cada dez anos.
http://lifestyle.sapo.pt/saude/noti...-qualquer-desacelaracao-no-aquecimento-global
 
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Cumulonimbus
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29 Dez 2013
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Horta, Matriz, (90m)
Obviamente há aquecimento, cada um atira ao jogo os seu interesses... O problema Principal do aquecimento global é nada mais que a economia... ganância pelo poder e o monopólio... enquanto não for mudado seremos escravos dos nossos erros. Poderá é ser tarde demais quando a humanidade abrir a pestana...


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Orion

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5 Jul 2011
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Pessoalmente proponho a abolição de todas as estações meteorológicas. Quando se quiser ver a temperatura de um qualquer local, usa-se o satélite :D

E depois passa-se ao problema seguinte... as estações meteorológicas geralmente não ficam muito tempo no mesmo local.

Escrito isto...

AFINAL ERA MITO. NOVO ESTUDO NEGA QUALQUER DESACELERAÇÃO NO AQUECIMENTO GLOBAL

... a notícia está bastante incompleta. Outras fontes têm tem mais informação (infelizmente há muita má ciência):

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70% da Terra é água (que tem muita capacidade de armazenamento de calor). Fala-se pouco da sua temperatura.

O problema das posições catastrofistas...



... é que não têm em conta a economia. Nem todos os recursos energéticos serão consumidos. E não haverá capacidade generalizada para absorver custos energéticos elevados sem que isso afete toda a restante economia (incluindo salários e consequentemente o consumo). São relações complexas de difícil conceptualização, definição e previsão. De qualquer das formas, é improvável que a Terra se torne Vénus. Os pólos já tiveram sem gelo. Para o planeta não é novidade. Já para os humanos é catastrófico (mas não o suficiente para extinguir a espécie).

Poderá é ser tarde demais quando a humanidade abrir a pestana...

A pestana nada tem a ver com isso. Não há é muitas escolhas.
 
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ecobcg

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Sitio das Fontes e Carvoeiro (Lagoa - Algarve)
...
.... Não há é muitas escolhas.

Haver há... o problema são os muitos interesses contrários a essas mesmas escolhas....e que "compram" estudos para negar as alterações climáticas...
O documentário acima colocado, Before the Flood, bem como um outro que está a passar também no NatGeo, o Years Of Living Dangerously, retratam muito bem toda esta problemática.

Agora, obviamente que combater as alterações climáticas passa por, obrigatoriamente, à alteração de comportamentos dos países mais civilizados (e mais poluidores), desde a adopção de energias alternativas, à própria alteração do regime alimentar e outros... E isto não é fácil não senhor....

Agora, quando outros países (Índia por exemplo), chegarem a um nível de vida mais próximo de nós, por exemplo (com electricidade a chegar a toda a população, com maior número de carros, com maiores necessidades de alimentação), vão obrigatoriamente emitir maiores quantidades de poluentes... (maior consumo de carvão para a electricidade... maior gastos de petróleo...etc...)... imagine-se agora os milhões de população da Índia... e retira-se daí o aumento exponencial dos gases efeito de estufa referentes a essa subida de nível de vida, que vai acontecer mais tarde ou mais cedo...

As perspectivas não são boas....
 
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Orion

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o problema são os muitos interesses contrários a essas mesmas escolhas....e que "compram" estudos para negar as alterações climáticas...

O Di Caprio está em todas. Em 2006 fez um filme sobre os diamantes de sangue. Parecendo que não os diamantes de sangue estão intimamente relacionados com o aquecimento global. De que forma? As empresas fazem tudo e mais alguma coisa para dar às pessoas aquilo que querem ao mesmo tempo que tentam esticar os lucros. No caso do aquecimento global é energia barata (fóssil).

Agora, obviamente que combater as alterações climáticas passa por, obrigatoriamente, à alteração de comportamentos dos países mais civilizados (e mais poluidores), desde a adopção de energias alternativas, à própria alteração do regime alimentar e outros... E isto não é fácil não senhor....

A indústria pesada há muito que deixou o mundo desenvolvido. Temos o 'luxo' de nos preocupar com o ambiente quando beneficiamos - direta ou indiretamente - da destruição do ambiente dos outros.

Nenhum país sairá da pobreza com energia cara e sem indústria. Barragens, turbinas, fusão nuclear, painéis solares... está tudo no mesmo saco de irrealismo. As baterias de lítio são extremamente poluidoras. Isso quando não rebentam.

Agora, quando outros países (Índia por exemplo), chegarem a um nível de vida mais próximo de nós, por exemplo (com electricidade a chegar a toda a população, com maior número de carros, com maiores necessidades de alimentação), vão obrigatoriamente emitir maiores quantidades de poluentes... (maior consumo de carvão para a electricidade... maior gastos de petróleo...etc...)... imagine-se agora os milhões de população da Índia... e retira-se daí o aumento exponencial dos gases efeito de estufa referentes a essa subida de nível de vida, que vai acontecer mais tarde ou mais cedo...

https://www.washingtonpost.com/news...ay-that-humans-are-creating-greenhouse-gases/

É transversal a tudo. Desde o CO2 até à destruição ambiental.

As perspectivas não são boas....

Claro que não. As próximas décadas serão deveras interessantes. E nem é pelo aquecimento global. O monte de lixo que há nos oceanos, as perfurações de petróleo no ártico (quando houver um derrame a -30º e em escuridão 20 horas vai ser lindo), proliferação de centrais nucleares em países cronicamente instáveis (Turquia, países do Golfo, Irão...), vulcões situados em locais inconvenientes...

http://news.nationalgeographic.com/2016/12/supervolcano-campi-flegrei-stirs-under-naples-italy/

Face a diversos problemas vai-se ter que priorizar. E os que têm características menos salientes (como o aquecimento global) irão ficar para segundo plano. Até porque os maiores prejudicados serão os que usam as energias mais poluidoras (os pobres).

Em qualquer alteração climática há beneficiados e prejudicados. Para os países do Ártico é bom. Já para as zonas temperadas será péssimo. O ártico será a próxima oportunidade de investimento. Haverá uma destruição ambiental massiva. Mas a malta precisa de dinheiro, desde o barão capitalista até ao comum mortal. Haverá um boom em investigação para que os materiais resistam ao clima. Alguns ficarão muito ricos.

Quando a Jonet disse que a malta devia comer menos peixe ou carne foi o caos. Mas quando outras pessoas dizem o mesmo na TV não há problema. Decidam-se :)
 
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