Aquecimento Global

StormRic

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Boa recolha. Referem-se no entanto a uma restrita região do globo e mesmo da Europa. Como deve ser sempre feito, não se pode correlacionar eventos pontuais no espaço e no tempo com uma evolução a nível global. A presunção de como seriam consideradas hoje não é propriamente uma conclusão "científica". Nem o número de mortes pode ser um indicador do clima mas sim da evolução das sociedades e dos meios tecnológicos de protecção. Por exemplo, se hoje em dia não houvesse as barreiras que existem pelas costas do Mar do Norte, Países Baixos, etc, a devastação excederia os números antigos.
 


AlexCS

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Boa recolha. Referem-se no entanto a uma restrita região do globo e mesmo da Europa. Como deve ser sempre feito, não se pode correlacionar eventos pontuais no espaço e no tempo com uma evolução a nível global. A presunção de como seriam consideradas hoje não é propriamente uma conclusão "científica". Nem o número de mortes pode ser um indicador do clima mas sim da evolução das sociedades e dos meios tecnológicos de protecção. Por exemplo, se hoje em dia não houvesse as barreiras que existem pelas costas do Mar do Norte, Países Baixos, etc, a devastação excederia os números antigos.

A presunção de como seriam consideradas hoje deve-se ao facto de ser como são hoje considerados os eventos climáticos de alguma dimensão e total falta de informação histórica de contexto no jornalismo que se faz. Tivemos há poucos anos um desastre na Alemanha no rio Ahr com muitos mortos, não vi em nenhum jornal a indicar que tinha ocorrido situação semelhante no início do século XX e também no inicio do século XIX. Cerca de 100 anos a separar cada ocorrência.

O número de mortos já de si não fiável devido ás limitações da civilização da altura nas tempestades do Mar do Norte não é o ponto, mas simplesmente o testamento da sua dimensão e intensidade significativa.
Se não há mecanismo que nos permita discriminar o que é , ou a parte que é antropogénico do que não é onde fica a dita ciência? Na minha opinião a ciência do clima só agora está começar a dar os primeiros passos. E começam mal.
 
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Orion

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O número de mortos já de si não fiável devido ás limitações da civilização da altura nas tempestades do Mar do Norte não é o ponto, mas simplesmente o testamento da sua dimensão e intensidade significativa.
Se não há mecanismo que nos permita discriminar o que é , ou a parte que é antropogénico do que não é onde fica a dita ciência? Na minha opinião a ciência do clima só agora está começar a dar os primeiros passos. E começam mal.

Esse jogo é (só em algumas vezes) giro porque dos 'detratores' há muita desonestidade intelectual (P1) e preguiça pura e simples (P2). A parte da preguiça já abordei inúmeras vezes mas, vá, vou tentar (novamente) resumir de forma breve...

P1:

-> https://en.wikipedia.org/wiki/1970_Bhola_cyclone

Atualmente, o número de fatalidades seria uma fração do que foi. Mesmo com ciclones mais intensos.

É meramente o resultado de avultados investimentos em meios de observação (satélites), previsão (modelos) e (qualidade da) infraestrutura. Havendo tempo suficiente, dá para evacuar milhões de pessoas mesmo em países extremamente desfavorecidos.

P2:

Por acaso a ciência do clima por vezes é bastante simples. Cá vai um exemplo:

Se num dado país montanhoso um glaciar com >10.000 anos está (irreversivelmente) a derreter, que diz isso das condições locais?

Depois é aplicar à malta: Quanta população havia nesse dado local há 10.000 anos atrás e que necessidades (de consumo) tinham vs atualmente? Abordo o glaciar porque é algo com uma evolução anual relativamente previsível e essencial para as populações limítrofes.

Isso é tipo 'o leite vem do supermercado' e 'a água da torneira'.

A guerra na Ucrânia é uma forma simples de tomar consciência que os recursos naturais não estão de todo distribuídos de forma homogénea e que por detrás dos produtos no mercado mais próximo há uma enorme logística.

Pânico, por cá, só quando as águas islando-norueguesas aquecerem o suficiente para enxotar o bacalhau :D
 
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StormRic

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A presunção de como seriam consideradas hoje deve-se ao facto de ser como são hoje considerados os eventos climáticos de alguma dimensão e total falta de informação histórica de contexto no jornalismo que se faz. Tivemos há poucos anos um desastre na Alemanha no rio Ahr com muitos mortos, não vi em nenhum jornal a indicar que tinha ocorrido situação semelhante no início do século XX e também no inicio do século XIX. Cerca de 100 anos a separar cada ocorrência.

O número de mortos já de si não fiável devido ás limitações da civilização da altura nas tempestades do Mar do Norte não é o ponto, mas simplesmente o testamento da sua dimensão e intensidade significativa.
Se não há mecanismo que nos permita discriminar o que é , ou a parte que é antropogénico do que não é onde fica a dita ciência? Na minha opinião a ciência do clima só agora está começar a dar os primeiros passos. E começam mal.

Em que é que ficamos, mau jornalismo ou má ciência? Certamente que a ciência não segue o jornalismo e o jornalismo não é prova alguma do que a ciência conclui por si mesma. Parece-me estares a misturar as duas coisas.
 

AlexCS

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@ Orion

P1 E? Eu escrevi acima que o número de mortos especifico não é o que é relevante para discussão, o que é relevante é que essas tempestades foram importantes.
Curiosamente não incluís nesse pensamento o facto que as novas tecnologias permitem detectar muitos mais tempestades que no passado ficaram não registadas. Quantas tempestades faltam na lista porque foram no mar e ou só tocaram terra ligeiramente?

P2 "que diz isso das condições locais?" Depende da situação específica. Falta de chuva, águas mais geladas, etc? Mas isso não responde ao porquê.
" Abordo o glaciar porque é algo com uma evolução anual relativamente previsível e essencial para as populações limítrofes."
O Glaciar de Jakobshavn diminiu até 2016 e depois aumentou. O que fez acontecer a mudanças? Enquanto a ciência do clima não responder a algumas questões básicas está reduzida a uma ciência descritiva. Cientistas fazem trabalhos meritórios em tentar arrancar mais dados mas ainda estamos distantes de simulações fidedignas. Não sei até que ponto a AI poderá ajudar, provavelmente em permitir muito mais iterações.

@StormRic
Até parece que escrevi apenas uma frase sobre só um assunto para tu implicares que existe uma dicotomia.
O ponto daquela particular frase é que não exista divulgação da História do Clima pois tal é um tiro ao coração das "Mudanças Climáticas". A ligação entre o jornalismo politico à ciência do clima foi essencial á elevação de uma teoria como a única teoria que explica o clima.
 
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AlexCS

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"Wiki" esse jornal internacional de credibilidade indesmentível...
Fico a aguardar quais as tempestades falsas da lista. A wiki pode ser muito más numas coisas, mas não é igualmente má em tudo. É preciso saber escolher.
 

Orion

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Curiosamente não incluís nesse pensamento o facto que as novas tecnologias permitem detectar muitos mais tempestades que no passado ficaram não registadas. Quantas tempestades faltam na lista porque foram no mar e ou só tocaram terra ligeiramente?

Recorrentemente escrevo que a base de dados do NHC em termos de furacões (que vem desde os mil e oitocentos) está abismalmente incompleta. Mero exemplo.

Ainda assim, nada do que escrevi foi invalidado.

P2 "que diz isso das condições locais?" Depende da situação específica. Falta de chuva, águas mais geladas, etc? Mas isso não responde ao porquê.
" Abordo o glaciar porque é algo com uma evolução anual relativamente previsível e essencial para as populações limítrofes."
O Glaciar de Jakobshavn diminiu até 2016 e depois aumentou. O que fez acontecer a mudanças? Enquanto a ciência do clima não responder a algumas questões básicas está reduzida a uma ciência descritiva. Cientistas fazem trabalhos meritórios em tentar arrancar mais dados mas ainda estamos distantes de simulações fidedignas. Não sei até que ponto a AI poderá ajudar, provavelmente em permitir muito mais iterações.

O gelo do ártico todos os anos aumenta e diminuiu mas a idade do mesmo tem progressivamente a diminuir. O mesmo se aplica aos glaciares um pouco por todo o lado.

Gelo de >5 anos é muito mais consistente que um recentemente formado.

O Monte Quilimanjaro, por exemplo, é um exemplo extremamente importante pela sua localização. O gelo está a derreter e uma googlada rápida indicou-me que há partes com 800 anos e outras com >11000 anos. O desaparecimento de qualquer um deles indica algo importante. O que será? :intrigante:

Isso está relacionado com aquela malta que referencia a extensão de neve na totalidade do globo como prova de que o AG é tanga. Como já mencionei em outros tópicos, certos locais mais frios do mundo são um bocadinho para o quentes no Verão. Neve do inverno? Nem vê-la. Detratores que só se lembram desses locais no inverno? Nem vê-los.

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Novamente, fazer alusão a climatologias do passado sem qualquer tipo de relação com a espécie humana é preguiça/desonestidade intelectual. Seria como construir pontes e barragens sem qualquer tipo de estudo. Enfim, é o que há.
 

StormRic

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GabKoost

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19 Jan 2009
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Entre BRG e GMR
Sempre existiram períodos quentes e frios neste planeta, do que temos conhecimento tivemos já várias "idades do gelo" e períodos mais quentes que o actual. O período jurássico era mais quente que o nosso clima actual e a concentração de CO2 na atmosfera era também superior.

Mas não é por ter acontecido anteriormente várias vezes que "vai ficar tudo bem". O planeta sim, esse vai cá continuar feliz da vida até ser engolido pelo sol, já nós...

Discordo totalmente.

O alarmismo actual não passa de aproveitamento político, económico e de "justiça social" por parte de pessoas que de forma geral tem muito pouco real interesse no bem da humanidade.

Não existe nenhum cientista capaz de aferir com exatidão qual o nosso impacto preciso nos eventos que temos verificado. Temos um impacto? Claro que sim. Qual ao certo? Difícil, ver mesmo impossível dizer. Pior ainda é justificar todo o evento climático mais ou menos intenso com as alterações climáticas sabendo das tragédias monumentais e tempestades épicas que se abateram sobre a humanidade séculos atrás quando nenhum impacto tínhamos sobre o meio ambiente.

De notar ainda que o número de mortes resultantes de desastres climáticos está em QUEDA VERTIGINOSA há décadas. Ainda este mês um nevão como não havia registo há décadas se abateu na América do Norte e "apenas" 60+- pessoas morreram. Se acontecesse isso em 1860 teriam sido milhares. E sabes porque é que morrem muito menos pessoas com tragédias destas? Porque o desenvolvimento criado através da energia fóssil nos permite, literalmente, dominar os efeitos do meio ambiente. Logo, dizer que eles vão ser o fim da humanidade soa-me ridículo.

Como dizes e bem, o Jurássico tinha temperatura bem acima da actual, niveís de C02 muito superiores e não haviam calotas glaciares. E sabes que impacto tinha esta realidade atmosférica na vida da terra? NENHUM.

O ecossistema era riquíssimo, as florestas luxuriosas devido aos elevados níveis de C02 que, para todos os efeitos, é comida para as plantas, e os animais eram do tamanho de prédios. Sabendo disso, qual a razão para andar por aí a dizer que a humanidade está em risco por causa do aumento da temperatura? Mais uma vez NENHUMA.

O nosso efeito de longe mais grave e que realmente nos ameaça é a destruição de ecossistemas via poluição e aniquilação dos territórios. Isso sim é um prego no futuro da humanidade pois com o colapso geral dos ecossistemas não há muito que possamos fazer para sobreviver. Agora aumento da temperatura e do C02? Literalmente isso não será um factor crucial. Temos medo ao degelo e às subidas das águas? Paciência. Se daqui 100 anos os profetas da desgraça tiverem razão acerca disso não terá morrido ninguém pois duvido que as populações fiquem à espera que a água lhes chegue à varanda.

Tal como muitas vezes antes, cidades novas serão construídas mais no interior ou litoral conforme a realidade das era. A população há de se adaptar gradualmente às mudanças como sempre o fez antes na história. Os únicos eventos em que não o conseguiu fazer deveu-se a fenómenos brutais e incontroláveis como impactos de meteoritos, erupções vulcânicas etc. Especialmente hoje com a nossa tecnologia, um crescimento gradual da temperatura e dos níveis de C02 representa um problema a que devemos estar atentos mas nada mais.

Se um dia nos quisermos preocupar com mudanças climáticas mortíferas, preocupemo-nos com o arrefecimento climático. Aí sim a vida humana estará condenada. Com o contrário, mesmo que aumentem as zonas áridas perto do equador, também outras muito férteis surgirão a Norte e Sul os hemisférios. A Islândia já teve agricultura e sempre que subidas de temperatura se verificaram (período Romano e Medieval), o que vimos foi EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA e não redução da mesma.

Sou da opinião que a transição energética tem de ser feita de qualquer forma. Este facto é independente da temperatura da terra ou dos apologistas das alterações vs céticos. Estamos em 2022 e queimar fósseis poluentes para energia é tecnologia pré histórica. A única razão pela qual a mesma ainda existe deve-se aos interesses dos conglomerados económicos que gerem as finanças mundiais. Contudo, da mesma forma, a pornográfica montanha de dinheiro envolvida na ideia de mudar o paradigma da mobilidade para o elétrico resulta nos exactos mesmos erros e disparates.

Se para salvar o mundo teremos de cortar árvores para fazer parques fotovoltaicos, promover escravatura no Congo e outras regiões de África por causa do cobalto e outros minérios, ou destruir ecossistemas preciosos para o lítio, então estamos é a andar para trás. Temos agora duas fontes de destruição massiva e super poluentes. Todas por causa do dinheiro.

Se falarmos então dos problemas à volta da produção energética "verde" (seja lá o que esta falácia quer dizer) catadupas de outras incoerências aparecem uma atrás das outras. Ouvir estes politiqueiros e ativistas despejar toneladas de idiotices utópicas ao mesmo tempo que esganam as famílias e as suas economias só tem o efeito contrário. Especialmente quando os BRIC (Brasil, Rússia, India e China) estão agora a operar oficialmente em conjunto sendo que se estão a BORRIFAR para as palermices de contenção energética.

O que veremos nos próximos anos é um crescimento brutal do consumo de petróleo dada a explosão económica destas regiões + África e a aniquilação da economia ocidental + delapidação de zonas naturais agora sujeitas a serem destruídas pela mineração.

As pessoas que realmente se preocupam com o clima e a poluição, pelo contrário, conseguem analisar as perspetivas dos dois lados. Pessoalmente, prefiro apostar nos fósseis aumentando a eficiência dos mesmos (um motor a diesel hoje poluí 10 vezes menos que em 1980) enquanto que se investe massivamente em dois problemas essenciais:

- Baterias com pouco impacto ambiental capazes de armazenar a longo prazo o excedente energético produzido,
- Produção de energia de forma constante e com verdadeiro pouco impacto ambiental.

Quando tivermos estes dois pontos resolvidos, e acredito que na realidade já o temos resolvido há muito mas certos "poderes" nunca permitiu o desenvolvimento destas tecnologias (acham que é coincidência terem revelado o sucesso da fusão nuclear em laboratório precisamente no momento em que a guerra pela energia está a ser ganha pelos "outros"?), temos todas estas questões ultrapassadas. Até lá, qualquer tentativa de criar uma revolução global energética quando não temos nenhuma solução energética nova, não passa de acções impulsionadas por poderes económicos que estão a ganhar triliões com isso e políticos que fazem carreira a armarem-se em virtuosos ambientais que levitam sobre os outros.
 

Orion

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O alarmismo actual não passa de aproveitamento político, económico e de "justiça social" por parte de pessoas que de forma geral tem muito pouco real interesse no bem da humanidade.

Como tudo na vida, desde o futebol à política, há uma enorme diversidade de opiniões.

Há uma diferença significativa entre o RCP 4.5 e o 8.5. Tanto para defender como para atacar.

Como dizes e bem, o Jurássico tinha temperatura bem acima da actual, niveís de C02 muito superiores e não haviam calotas glaciares. E sabes que impacto tinha esta realidade atmosférica na vida da terra? NENHUM.

O ecossistema era riquíssimo, as florestas luxuriosas devido aos elevados níveis de C02 que, para todos os efeitos, é comida para as plantas, e os animais eram do tamanho de prédios. Sabendo disso, qual a razão para andar por aí a dizer que a humanidade está em risco por causa do aumento da temperatura? Mais uma vez NENHUMA.

A realidade atmosférica na vida da terra é colossal. Quantos animais e plantas dessa altura existem atualmente?

Espera, que o melhor ainda está para vir... :D

Porque o desenvolvimento criado através da energia fóssil nos permite, literalmente, dominar os efeitos do meio ambiente. Logo, dizer que eles vão ser o fim da humanidade soa-me ridículo.
Se para salvar o mundo teremos de cortar árvores para fazer parques fotovoltaicos, promover escravatura no Congo e outras regiões de África por causa do cobalto e outros minérios, ou destruir ecossistemas preciosos para o lítio, então estamos é a andar para trás. Temos agora duas fontes de destruição massiva e super poluentes. Todas por causa do dinheiro.

A desflorestação e a pesca excessiva devem-se à necessidade de recursos associados ao aumento da população (nominal) e do consumo (relativo). O 'dinheiro' é uma mera consequência.

A era pré-ambientalista bronca foi mais ou menos isto -> https://www.smithsonianmag.com/history/where-the-buffalo-no-longer-roamed-3067904/. Se calhar é uma consequência do que já foi feito, mas quem sabe? Sou meramente um 'bronco'.

Os combustíveis fósseis aumentam drasticamente a eficiência extrativa e paralelamente contribuem para alterações na sua distribuição (clima/sst). Não fazem milagres por si só, daí que cada vez mais se envereda pela engenharia genética (é mesmo o raspar do barril).

O 'fim da humanidade' remete-me novamente para o RCP 4.5vs8.5. Não é bem isso que está em questão, na realidade (ainda, pelo menos).

Também tenho visto essa incomum preocupação pelas árvores no que concerne aos painéis fotovoltaicos. Engraçado que nunca se lembram delas para toda a restante infraestrutura (barragens, plataformas de petróleo em terra, urbanismo, estradas...)

Especialmente quando os BRIC (Brasil, Rússia, India e China) estão agora a operar oficialmente em conjunto sendo que se estão a BORRIFAR para as palermices de contenção energética.

A China é dos países que mais tem feito em termos de energias alternativas. Novamente, população absoluta & consumo absoluto/relativo.

A China voltará à discussão.

As pessoas que realmente se preocupam com o clima e a poluição, pelo contrário, conseguem analisar as perspetivas dos dois lados.

O clássico 'os ambientalistas são broncos e os pró-petróleo/humanidade é que são iluminados'. :D

Tal como muitas vezes antes, cidades novas serão construídas mais no interior ou litoral conforme a realidade das era.

Indica-me outra altura da humanidade em que construíram milhares de novas cidades de milhares de quilómetros de área para substituir as outras que continham milhões, dezenas de milhões e -daqui a alguns tempos- se calhar poucas centenas de milhões?

Indica-me como se fará isso sem devastar o ambiente para extrair mais recursos porque os materiais anteriormente gastos são, na sua vasta, maioria não reutilizáveis?

Eu, 'ambientalista bronco', quero mesmo saber!

A única razão pela qual a mesma ainda existe deve-se aos interesses dos conglomerados económicos que gerem as finanças mundiais.
Quando tivermos estes dois pontos resolvidos, e acredito que na realidade já o temos resolvido há muito mas certos "poderes" nunca permitiu o desenvolvimento destas tecnologias (acham que é coincidência terem revelado o sucesso da fusão nuclear em laboratório precisamente no momento em que a guerra pela energia está a ser ganha pelos "outros"?),

Ao contrário do que muita gente pensa, as duas 'coisas' não se excluem.

Pode haver supressão de tecnologias indesejáveis por parte de certos grupos económicos, mesmo tendo estas fracas margens de manobra. Há que esmagar qualquer tipo de competição.

Acrescento que entre outros, sabes qual o país muito interessado em energias alternativas? A China! Porque dependência (de qualquer coisa incluindo o petróleo) é fraqueza.

Espera, que o melhor ainda está para vir... :D

Ufa, que trabalheira -> https://ecoevocommunity.nature.com/...s-correlate-with-the-extent-of-climate-change

Mesmo sem interferência humana, grandes variações de temperatura em qualquer direção(!) implicaram e implicarão mudanças significativas na fauna e flora.

A fauna e flora de eras mais frescas se calhar desapareceu quase toda em épocas mais quentes e vice-versa.

A interferência humana piora tudo, porque simultaneamente destrói e impede a regeneração do ecossistema. Novas espécies demoram muito tempo a surgir.

Esta parte é (e não leves a mal) a menos 'anti-iluminada' possível e basta olhar para um mapa:

Com o contrário, mesmo que aumentem as zonas áridas perto do equador, também outras muito férteis surgirão a Norte e Sul os hemisférios

Basicamente, o Ártico é detido pela Rússia e Canadá. A agricultura de muitos países individuais seria progressivamente substituída pela dominância desses 2 (sendo que 1 não está propriamente em bons termos connosco).

O hemisfério sul é basicamente água. Claro que a Austrália - país com problemas hídricos - pode tentar fazer mais alguns projetos megalómanos mas boa sorte em tentar substituir a Argentina e o Brasil.

Lá por causa que há mudanças e que ocorreram anteriormente, não quer dizer que sejam boas atualmente e num futuro próximo.

Por fim, isso é literalmente o que mais se tem tentado fazer. Literalmente (!!!!) -> https://www.e-education.psu.edu/meteo3/l10_p9.html

Não existe nenhum cientista capaz de aferir com exatidão qual o nosso impacto preciso nos eventos que temos verificado. Temos um impacto? Claro que sim. Qual ao certo? Difícil, ver mesmo impossível dizer. Pior ainda é justificar todo o evento climático mais ou menos intenso com as alterações climáticas sabendo das tragédias monumentais e tempestades épicas que se abateram sobre a humanidade séculos atrás quando nenhum impacto tínhamos sobre o meio ambiente.
 

hurricane

Cumulonimbus
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Como tudo na vida, desde o futebol à política, há uma enorme diversidade de opiniões.

Há uma diferença significativa entre o RCP 4.5 e o 8.5. Tanto para defender como para atacar.



A realidade atmosférica na vida da terra é colossal. Quantos animais e plantas dessa altura existem atualmente?

Espera, que o melhor ainda está para vir... :D




A desflorestação e a pesca excessiva devem-se à necessidade de recursos associados ao aumento da população (nominal) e do consumo (relativo). O 'dinheiro' é uma mera consequência.

A era pré-ambientalista bronca foi mais ou menos isto -> https://www.smithsonianmag.com/history/where-the-buffalo-no-longer-roamed-3067904/. Se calhar é uma consequência do que já foi feito, mas quem sabe? Sou meramente um 'bronco'.

Os combustíveis fósseis aumentam drasticamente a eficiência extrativa e paralelamente contribuem para alterações na sua distribuição (clima/sst). Não fazem milagres por si só, daí que cada vez mais se envereda pela engenharia genética (é mesmo o raspar do barril).

O 'fim da humanidade' remete-me novamente para o RCP 4.5vs8.5. Não é bem isso que está em questão, na realidade (ainda, pelo menos).

Também tenho visto essa incomum preocupação pelas árvores no que concerne aos painéis fotovoltaicos. Engraçado que nunca se lembram delas para toda a restante infraestrutura (barragens, plataformas de petróleo em terra, urbanismo, estradas...)



A China é dos países que mais tem feito em termos de energias alternativas. Novamente, população absoluta & consumo absoluto/relativo.

A China voltará à discussão.



O clássico 'os ambientalistas são broncos e os pró-petróleo/humanidade é que são iluminados'. :D



Indica-me outra altura da humanidade em que construíram milhares de novas cidades de milhares de quilómetros de área para substituir as outras que continham milhões, dezenas de milhões e -daqui a alguns tempos- se calhar poucas centenas de milhões?

Indica-me como se fará isso sem devastar o ambiente para extrair mais recursos porque os materiais anteriormente gastos são, na sua vasta, maioria não reutilizáveis?

Eu, 'ambientalista bronco', quero mesmo saber!




Ao contrário do que muita gente pensa, as duas 'coisas' não se excluem.

Pode haver supressão de tecnologias indesejáveis por parte de certos grupos económicos, mesmo tendo estas fracas margens de manobra. Há que esmagar qualquer tipo de competição.

Acrescento que entre outros, sabes qual o país muito interessado em energias alternativas? A China! Porque dependência (de qualquer coisa incluindo o petróleo) é fraqueza.



Ufa, que trabalheira -> https://ecoevocommunity.nature.com/...s-correlate-with-the-extent-of-climate-change

Mesmo sem interferência humana, grandes variações de temperatura em qualquer direção(!) implicaram e implicarão mudanças significativas na fauna e flora.

A fauna e flora de eras mais frescas se calhar desapareceu quase toda em épocas mais quentes e vice-versa.

A interferência humana piora tudo, porque simultaneamente destrói e impede a regeneração do ecossistema. Novas espécies demoram muito tempo a surgir.

Esta parte é (e não leves a mal) a menos 'anti-iluminada' possível e basta olhar para um mapa:



Basicamente, o Ártico é detido pela Rússia e Canadá. A agricultura de muitos países individuais seria progressivamente substituída pela dominância desses 2 (sendo que 1 não está propriamente em bons termos connosco).

O hemisfério sul é basicamente água. Claro que a Austrália - país com problemas hídricos - pode tentar fazer mais alguns projetos megalómanos mas boa sorte em tentar substituir a Argentina e o Brasil.

Lá por causa que há mudanças e que ocorreram anteriormente, não quer dizer que sejam boas atualmente e num futuro próximo.

Por fim, isso é literalmente o que mais se tem tentado fazer. Literalmente (!!!!) -> https://www.e-education.psu.edu/meteo3/l10_p9.html

Bravo! Só para acrescentar que o ser humano nunca viveu num periodo de acelerado aquecimento e com temperaturas medias globais tao altas.
 

"Charneca" Mundial

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Como dizes e bem, o Jurássico tinha temperatura bem acima da actual, niveís de C02 muito superiores e não haviam calotas glaciares. E sabes que impacto tinha esta realidade atmosférica na vida da terra? NENHUM.
Há aqui um pequeno problema: o ser humano moderno desenvolveu-se na idade do gelo. Pode parecer algo contra-intuitivo, mas ainda vivemos na Era do Gelo do Quaternário - a civilização humana simplesmente desenvolveu-se no maior período interglacial desde que a Idade do Gelo começou há 4 milhões de anos. O período interglacial, que começou há 10.000 anos aproximadamente, deveria acabar em 1800 anos e a temperatura deveria estar a diminuir (e esteve com tendência decrescente, mas depois essa tendência inverteu-se no início do século passado no seguimento da Revolução Industrial). :calor:

Comparar a nossa época com a altura dos dinossauros, que a nível de biodiversidade não tinha nada a ver com os dias de hoje, é ridículo. Relembro que quem vai sofrer somos nós, não a Terra - e quando digo "nós", falo de nós todos, incluindo os famigerados donos das petrolíferas. :unsure: