Aquecimento Global

Ecotretas

Cirrus
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energia_ciclone_tropical.jpg

Quem viu "A Verdade Inconveniente", do tretas Al Gore, não esquece que uma das previsões mais claras, resultante do Aquecimento Global, seria o incremento da actividade dos furacões. Ele próprio refere no filme, erradamente claro, que a devastação do Katrina foi devida ao Aquecimento Global. Ainda hoje, o site de Al Gore, refere como primeiro item da página, que o número de furacões de categoria 4 e 5 quase que duplicou nos últimos 30 anos... Mas entretanto, Al Gore deixou de apresentar o slide que habitualmente dedicava aos furacões. Porque será?

A realidade é que o valor do ACE (Accumulated Cyclone Energy) é o mais baixo dos últimos 30 anos, conforme pode ser visto na imagem acima! O ACE exprime a actividade de ciclones tropicais individuais e estações de ciclone tropicais completas, particularmente a estação de furacões do Atlântico Norte, sendo calculado de seis em seis horas.

A análise do gráfico confirma que os valores mínimos são registados, quer para o Hemisfério Norte, quer para a totalidade do globo! E há ainda que referir que há tantos anos atrás a detecção da intensidade destas tempestades era mais problemática, pelo que os investigadores estimam como possível que o ACE dessas décadas anteriores tenha sido subestimado.

Estes dados seguem-se a uma temporada de furacões desoladora, como já havíamos aqui referido. Até o nosso Instituto de Meteorologia alinhou no alarmismo da treta, apostando no cavalo errado dos furacõezinhos gorados, com treze notícias nas últimas cinquenta e duas a serem dedicadas ao tema, muitas vezes a tempestades tropicais do Pacífico. Em contrapartida, falaram eles das tempestades de neve e frio que atingiram recentemente a Europa, aqui tão ao lado? Claro que não!

Ecotretas
http://ecotretas.blogspot.com/2009/10/furacoezinhos-gorados.html
 
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AnDré

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Estes dados seguem-se a uma temporada de furacões desoladora, como já havíamos aqui referido. Até o nosso Instituto de Meteorologia alinhou no alarmismo da treta, apostando no cavalo errado dos furacõezinhos gorados, com treze notícias nas últimas cinquenta e duas a serem dedicadas ao tema, muitas vezes a tempestades tropicais do Pacífico. Em contrapartida, falaram eles das tempestades de neve e frio que atingiram recentemente a Europa, aqui tão ao lado? Claro que não!

Da mesma forma que havíamos referido a acalmia que se tem verificado no Atlântico esta temporada, também se tem acompanhado de forma imparcial, a agitação que se tem verificado no Pacífico. E é pena que para aí não hajam tantos dados. Lá vem uma ou outra noticia de mais 1000 mortos nas Filipinas na passagem de este ou aquele tufão, mas pouco mais.

Quanto ao IM, o instituto também não fez referência aos records de temperaturas elevadas na mesma Europa que dias depois sofreu com o frio.
Logo, não me parece que tenha sido imparcial.
Imparcial seria se tivesse destacado o calor que se registou nos Alpes, e depois não falasse na neve que caiu a seguir.
 

Ecotretas

Cirrus
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29 Jan 2008
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Quanto ao IM, o instituto também não fez referência aos records de temperaturas elevadas na mesma Europa que dias depois sofreu com o frio.
Logo, não me parece que tenha sido imparcial.
Imparcial seria se tivesse destacado o calor que se registou nos Alpes, e depois não falasse na neve que caiu a seguir.
Atente-se na última notícia deles:

De acordo com o Serviço Meteorológico das Filipinas (PAGASA), o tufão LUPIT, às 08:00 UTC, localizava-se a cerca de 180 km Este de Aparri, Cagayan, na parte Norte das Filipinas.

O LUPIT, designado de "RAMIL" nas Filipinas é o terceiro a afectar a região no espaço de um mês.

A previsão aponta para que o tufão LUPIT se movimente para Oeste-Sudoeste, a cerca de 13 km/h, aproximando-se da parte Norte de Luzon, nas Filipinas.

http://www.meteo.pt/pt/media/noticias/newsdetail.html?f=/pt/media/noticias/textos/Tufao_LUPIT.html

Consegue discernir da importância desta notícia? Quantas notícias meteorológicas mais importantes que esta mereceriam destaque por dia? Dezenas? Centenas?

Ecotretas
 

AnDré

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Atente-se na última notícia deles:

De acordo com o Serviço Meteorológico das Filipinas (PAGASA), o tufão LUPIT, às 08:00 UTC, localizava-se a cerca de 180 km Este de Aparri, Cagayan, na parte Norte das Filipinas.

O LUPIT, designado de "RAMIL" nas Filipinas é o terceiro a afectar a região no espaço de um mês.

A previsão aponta para que o tufão LUPIT se movimente para Oeste-Sudoeste, a cerca de 13 km/h, aproximando-se da parte Norte de Luzon, nas Filipinas.

http://www.meteo.pt/pt/media/noticias/newsdetail.html?f=/pt/media/noticias/textos/Tufao_LUPIT.html

Consegue discernir da importância desta notícia? Quantas notícias meteorológicas mais importantes que esta mereceriam destaque por dia? Dezenas? Centenas?

Ecotretas

Depois dessa noticia, o tufão LUPIT, e contra todas as previsões, alterou a sua rota, e dirigiu-se para norte, poupando as Filipinas a mais umas prováveis centenas de mortos.

Uma noticia publicada nesse dia sobre o assunto:

Filipinas segue alerta diante do terceiro tufão em um mês


Será que há assim tantas dezenas ou centenas de eventos meteorológicos, por dia, que matam tanto?
 

Vince

Furacão
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23 Jan 2007
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Atente-se na última notícia deles:

De acordo com o Serviço Meteorológico das Filipinas (PAGASA), o tufão LUPIT, às 08:00 UTC, localizava-se a cerca de 180 km Este de Aparri, Cagayan, na parte Norte das Filipinas.

O LUPIT, designado de "RAMIL" nas Filipinas é o terceiro a afectar a região no espaço de um mês.

A previsão aponta para que o tufão LUPIT se movimente para Oeste-Sudoeste, a cerca de 13 km/h, aproximando-se da parte Norte de Luzon, nas Filipinas.

http://www.meteo.pt/pt/media/noticias/newsdetail.html?f=/pt/media/noticias/textos/Tufao_LUPIT.html

Consegue discernir da importância desta notícia? Quantas notícias meteorológicas mais importantes que esta mereceriam destaque por dia? Dezenas? Centenas?

Ecotretas



Você continua a viver no mundo da fantasia ou da conspiração onde até as notícias do IM sobre ciclones tem supostamente por detrás uma agenda alarmista por causa do aquecimento global.

Mas você esteve distraído, porque a sua teoria, descabida, caiu por terra de forma notável recentemente.

86861567.jpg


Como explicar que o IM nem sequer tenha (infelizmente) referido um ciclone tropical que se formou há duas semanas em Portugal , evento muito raro. Para quem supostamente teria uma agenda alarmista seria um sonho encher os media com notícias sobre o ciclone tropical em Portugal, não seria fácil de advinhar as TV's encherem-se de especialistas a discursar lenga lenga sobre o caos no clima. No entanto, o silêncio, quer do IM, quer dos media foi total.

Sabe porquê ? Porque tudo se passou durante o fim de semana prolongado do 5 de Outubro e pelos vistos ninguém tem agendas dessas, o fim de semana prolongado pareceu mais importante.

A única pessoa aqui neste assunto com agenda sobre o aquecimento global é mesmo você. Você é igual ao Gore naquilo que critica nele, a única diferença é que o Gore ganha muito mais dinheiro que você com a agenda.


Quanto aos ciclones tropicais e o aquecimento global, leia o que diz o IPCC e esqueça o Gore. E como o André referiu, o mundo não é apenas o Atlântico.
 

Gerofil

Furacão
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21 Mar 2007
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Estremoz
Mais alguns artigos para clarificar a evolução climática, que já tinha colocado no Tópico Monitorização Clima Mundial - 2009:

A temperatura da superfície dos oceanos do mundo foi o mais quente para registos em Agosto:

http://wattsupwiththat.com/2009/09/17/noaas-august-global-record-is-the-result-of-one-data-set/

Setembro de 2009 entre os mais quentes de sempre a nível mundial:

http://www.meteogiornale.it/notizia/16406-1-global-warming-in-forma-settembre-molto-caldo-a-livello-globale

(Tradução automática do Google para Português)
 

Ecotretas

Cirrus
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29 Jan 2008
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Você continua a viver no mundo da fantasia ou da conspiração onde até as notícias do IM sobre ciclones tem supostamente por detrás uma agenda alarmista por causa do aquecimento global.

Como explicar que o IM nem sequer tenha (infelizmente) referido um ciclone tropical que se formou há duas semanas em Portugal , evento muito raro. Para quem supostamente teria uma agenda alarmista seria um sonho encher os media com notícias sobre o ciclone tropical em Portugal, não seria fácil de advinhar as TV's encherem-se de especialistas a discursar lenga lenga sobre o caos no clima. No entanto, o silêncio, quer do IM, quer dos media foi total.

Sabe porquê ? Porque tudo se passou durante o fim de semana prolongado do 5 de Outubro e pelos vistos ninguém tem agendas dessas, o fim de semana prolongado pareceu mais importante.
Não conhecia o exemplo que refere, mas é um excelente exemplo de como o IM anda entretido a noticiar eventos que não tem qualquer interesse para Portugal e os portugueses, enquanto que os que nos estão próximos não são noticiados. Excelente exemplo mesmo!
Ecotretas
 

Vince

Furacão
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Não conhecia o exemplo que refere, mas é um excelente exemplo de como o IM anda entretido a noticiar eventos que não tem qualquer interesse para Portugal e os portugueses, enquanto que os que nos estão próximos não são noticiados. Excelente exemplo mesmo!
Ecotretas

Sim, foi uma lamentável tristeza por parte do IM, mas no seu caso, os meus pêsames por ter destruído a sua particular e obscura teoria de que o IM só fala dos ciclones tropicais no seu site por causa do aquecimento global, viu-se que não é. Tem que arranjar novas teorias, essa já morreu.
 

irpsit

Cumulonimbus
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9 Jan 2009
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De facto neste último mês, tivemos três eventos recorde, mas não sei se ligados ou não às alterados climáticas.
- Recorde (em 50 anos) de temperaturas elevadas no início de Outubro na Europa Central .
- Recorde histórico de neve mais precoce em muitas cidades da Europa Central, a cotas baixas. E talvez tenha ocorrido recorde semelhante nos EUA.
- Formação (sem precedentes, pelo menos nas décadas recentes de observação de satélite) de tempestade tropical entre Portugal e Açores.
Referência aqui

É disto que devemos falar e discutir.

Curiosamente o São Pedro não quis escolher nenhum dos lados: tanto deu o seu recorde quente, como o seu recorde frio. LOL
E obviamente o IM pode ser um pouco "trengo" às vezes, mas não parece ter qualquer agenda!

Quanto ao IM, o instituto também não fez referência aos records de temperaturas elevadas na mesma Europa que dias depois sofreu com o frio.
Logo, não me parece que tenha sido imparcial.
Imparcial seria se tivesse destacado o calor que se registou nos Alpes, e depois não falasse na neve que caiu a seguir.
 

joseoliveira

Cumulonimbus
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18 Abr 2009
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Estes dados seguem-se a uma temporada de furacões desoladora, como já havíamos aqui referido. Até o nosso Instituto de Meteorologia alinhou no alarmismo da treta, apostando no cavalo errado dos furacõezinhos gorados, com treze notícias nas últimas cinquenta e duas a serem dedicadas ao tema, muitas vezes a tempestades tropicais do Pacífico. Em contrapartida, falaram eles das tempestades de neve e frio que atingiram recentemente a Europa, aqui tão ao lado? Claro que não!

Esta crítica parece-me no mínimo algo tendenciosa! :rolleyes:

Há sempre 2 pontos em destaque e não raro sujeitos a extremos, se a divulgação destes eventos passa em larga medida pela análise de localizações mais próximas, surge logo a questão de a mesma se limitar a uma espécie de circuito fechado em que apenas o interesse público se restrinja a um raio de umas míseras centenas de Kms à nossa volta, o que faz lembrar a forma bastante limitada do nosso País ver o resto do mundo há apenas algumas décadas atrás…

Se entretanto os métodos de divulgação forem mais imparciais e abranjam localizações bastante mais distantes com aparentemente muito menor interesse particular a este pequeno território à beira-mar plantado, surge a mesma questão mas desta vez invertida e seria inevitável que se perguntasse o porquê da notícia A ou B referente à região C que dista da nossa casa a vários milhares de kms!

Como desde há muito tempo se diz, nem 8 nem 80!
A nossa percepção do mundo globalizado cresce a cada dia, já para não falar da directa e indirecta interligação de factores ao nível climático da qual Portugal é apenas uma peça deste complexo puzzle e actualmente omitir informação ainda que menos relevante, não deixaria de constituir uma grande lacuna.

Acredito que a posição do IM nesta matéria seja a de simplesmente manter o equilíbrio ou a média entre o 8 e o 80.
 

Ecotretas

Cirrus
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29 Jan 2008
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Sim, foi uma lamentável tristeza por parte do IM, mas no seu caso, os meus pêsames por ter destruído a sua particular e obscura teoria de que o IM só fala dos ciclones tropicais no seu site por causa do aquecimento global, viu-se que não é. Tem que arranjar novas teorias, essa já morreu.
Lamento, mas só reforça a minha teoria. Vale uma aposta em como eles não referem que os níveis das tempestades tropicais baixaram ao valor mais baixo dos últimos trinta anos? Se 25% das mensagens dos últimos meses foram dedicadas ao tema das tempestades tropicais, não acham que estarmos no nível mais baixo desses trinta anos, merecia uma notícia?
Se publicarem esta notícia Vince, a minha teoria cai por terra, e dela darei destaque!
Ecotretas
 

Ecotretas

Cirrus
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29 Jan 2008
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Esta crítica parece-me no mínimo algo tendenciosa! :rolleyes:

Há sempre 2 pontos em destaque e não raro sujeitos a extremos, se a divulgação destes eventos passa em larga medida pela análise de localizações mais próximas, surge logo a questão de a mesma se limitar a uma espécie de circuito fechado em que apenas o interesse público se restrinja a um raio de umas míseras centenas de Kms à nossa volta, o que faz lembrar a forma bastante limitada do nosso País ver o resto do mundo há apenas algumas décadas atrás…

José,

Não sei se paga impostos, mas eu prefiro ver os meus aplicados pelo IM na previsão meteorológica de Portugal e arredores, e não das Filipinas, por ex. E gostava que eles se dedicassem à investigação, com qualidade, dos eventos que nos afectam directamente, em vez de gastarem recursos a relatar, nomeadamente no seu site, eventos que só muito remotamente podem ter algum impacto para nós.


Ecotretas
 
Editado por um moderador:

joseoliveira

Cumulonimbus
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18 Abr 2009
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Loures (Moninhos) 128m
José,

Não sei se paga impostos, mas eu prefiro ver os meus aplicados pelo IM na previsão meteorológica de Portugal e arredores, e não das Filipinas, por ex. E gostava que eles se dedicassem à investigação, com qualidade, dos eventos que nos afectam directamente, em vez de gastarem recursos a relatar, nomeadamente no seu site, eventos que só muito remotamente podem ter algum impacto para nós.


Ecotretas

Sim, pago impostos e o valor retirado mensalmente é considerável e longe de ser justo, o que não é novidade!
Quem de todos nós não gostaria de ver bem aplicados os valores dos seus impostos já que obrigatoriamente os pagamos? Todos...!

Como sabe, são muitos os sectores criados pelos dinheiros públicos e dos quais usufruímos; vão desde a saúde à educação, da justiça à segurança, dos acessos rodoviários ao ambiente, investigação claro, etc, etc...enfim, por vezes penso que a nossa rotina diária não permite observarmos para além do que directamente utilizamos em termos de serviços públicos! O facto é que existe sempre um ou outro serviço público que mais utilizamos por necessidade ou então por predilecção e obviamente em qualquer destes casos não raro são o centro das nossas atenções, o que leva a que coloquemos uma lupa diante das coisas, que sem ela, o problema mais pertinente seria certamente atenuado!

Se na sua opinião existe um défice de qualidade na investigação de organismos como o IM e que aparentemente o mesmo se focalize em aspectos que lhe possam parecer irrelevantes, semelhante situação eventualmente pode ocorrer em outros sectores públicos e a experiência tem mostrado isso, mas não só não devemos esquecer que o nível de recursos existentes não é o desejável, porque Portugal não é um país rico, como também a forma de gestão desses recursos está sempre sujeita às mais diversas opiniões e necessidades.

É tudo muito relativo e complexo! :rolleyes:
 

cova beira

Nimbostratus
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29 Dez 2008
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Tortozendo
Não refuto que o CO2 da actividade humana possa causar alguma alteração climática (e nas árvores), mas tb creio que os raios cósmicos tenham um papel preponderante.

Certamente o peso principal é a radiação solar / cósmica e mecanismos naturais (como correntes oceânicas) Até pode ser que a próxima década seja mais fresquinha, a julgar por esses padrões. Para já, os últimos anos de tendência ainda é tempo muito curto.

Em climatologia, pequenos factores como a actividade humana poderiam perturbar o equilíbrio. Não sou nenhum crente obsessivo pelo AG, mas tb não refuto o peso do factor humano. Principalmente em algo tão complexo de compreender como o clima. Provavelmente teremos uma resposta mais firme a esta questão, nas próximas décadas, dependendo do comportamento do clima!



creio por aquilo que tenho lido que não sao os raios cosmicos que tem influencia no clima

eles sao captados na terra com maior ou menor frequencia consoante a actividade solar

quanto maior é a actividade solar maior é a barreira aos raios cosmicos


penso que os registos de raios cosmicos sao so mais uma prova dos minimos solares que houve no passado associados a temperaturas baixas mas quanto a esta materia ainda muito há por descobrir
 

Gerofil

Furacão
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21 Mar 2007
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Estremoz
NOTÍCIA NO JN (24.10.2009):

Temperatura média aumentou em Portugal 1,2 graus desde a década de 1930 e meio grau em três décadas

Ambientalistas de vários cantos do Mundo realizam hoje, sábado, acções públicas exigindo medidas contra as alterações climáticas. Haverá razões para os portugueses estarem preocupados com o clima? Que a temperatura está a subir, não há dúvidas.
As mudanças "devem preocupar-nos a todos, em particular se os registos que formos tendo denunciarem algumas tendências e sobretudo porque já foi demonstrado que há afectações do clima em particular com maior intensidade a partir dos anos 70", considera o presidente do Instituto de Meteorologia. "A fazer fé nos cenários, há uma antecipação de uma situação não favorável", acrescenta Adérito Serrão ouvido pelo JN.
"Nota-se efectivamente uma tendência, de alguma forma constante nas três últimas décadas, de aumento da temperatura, que em Portugal anda à razão de meio grau por década, o que é mais do que a nível global", acrescenta. Trata-se de uma tendência que até agora não regista nenhuma regressão nos últimos dez anos, pois a maior parte dos anos registou valores médios da temperatura superiores aos normais para o período 1971-2000 e só o ano de 2008 foi inferior, acentua. Relativamente a este período, a temperatura média já está meio grau acima.
A situação é diferente quando se compara os dados actuais com os primeiros registos em Portugal. Na década de 1930, a temperatura média era de 14,5 graus centígrados; hoje temos temperaturas que andam acima dos 15 graus - precisamente 15,7, ou seja, mais 1,2 graus.
Se a tendência se mantiver - e verifica-se uma constância -, os cenários que se apresentam, mesmo que não sejam os mais gravosos, já preocupam. Poderemos chegar a uma anomalia (diferença entre a temperatura registada e a normal para uma série de dados de três décadas) de dois graus em relação ao período de referência de 1961-1990 considerando nas simulações internacionais.
Os vários cenários para Portugal apontam aumentos de temperatura entre dois a 8,6 graus até ao final deste século. O pior cenário poderá ocorrer se nada se fizer para contrariar as alterações climáticas. Alguns modelos admitem uma situação mais grave, antecipando esse aumento para meados da centúria - 2050. Muitos de nós ainda estaremos vivos na altura em que a temperatura média será superior. Mas, independentemente do horizonte e das adaptações progressivas possíveis até lá, o que preocupa os meteorologistas é a ocorrência de fenómenos extremos. E isso, observa Adérito Serrão, está a acontecer. Por exemplo, nos últimos anos registou-se com maior frequência episódios como um número muito alargado de noites tropicais.
Em 2003, o país registou ondas de calor de 15 dias. No Verão passado, que registou três ondas de calor em muitas regiões, os valores médios da temperatura foram superiores em 1,1 graus à máxima média do período 1971-2000. O ano hidrológico que acabou (30 de Setembro) foi de seca meteorológica, com 44% do território com dois níveis severos de seca e só foi suplantado pelos de 1945 e 2005. Assim como temos tido e vamos ter anos de cheias.
Confirma-se que a temperatura aumenta e que há variações grandes na precipitação. Mas em que medida contribuem a variabilidade climática natural e as causas humanas? "Não temos elementos suficientes para dizer o peso de cada uma, mas o relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas diz que é altamente provável que haja factores antropogénicos e há muitas evidências que apontam para a influência inquestionável da correlação entre o aumento dos gases com efeito de estufa e o aumento da temperatura", diz Adérito Serrão.

ALREDO MAIA

Fonte: JN