Aquecimento Global

james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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Segundo uma noticia do 'expresso ' , Um meteorologista americano considera que a tempestade ' hercules ' que afeta a America do Norte foi causada pelo aquecimento global

E eu que pensava que as tempestades eram causadas por dinamicas e interacoes atmosfericas , afinal quando chove , esta vento , neve . granizo , sol , frio , calor e seja la o que for a causa e o aquecimento global .

Ironia a parte e como eu ja venho dizendo a algum tempo , a discussao nos media sobre este problema atingiu uma dimensao quase folclorica .
 
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Art-J

Cumulus
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26 Fev 2012
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Segundo uma noticia do 'expresso ' , Um meteorologista americano considera que a tempestade ' hercules ' que afeta a America do Norte foi causada pelo aquecimento global

E eu que pensava que as tempestades eram causadas por dinamicas e interacoes atmosfericas , afinal quando chove , esta vento , neve . granizo , sol , frio , calor e seja la o que for a causa e o aquecimento global .

Ironia a parte e como eu ja venho dizendo a algum tempo , a discussao nos media sobre este problema atingiu uma dimensao quase folclorica .

Mal fraseado, mas a realidade é de que os modelos apontam para que os fenómenos meteorológicos tendam a ser cada vez mais extremos, principalmente devido ao aumento da temperatura média do ar e dos oceanos, o que significa mais energia. O errado é olhar para estes fenómenos individualmente.. houve aqui um ano que tivemos dos invernos mais frios de de que me lembre na Europa e no entanto foi dos anos mais quentes registados a nível Mundial.

Este ano por exemplo temos neste momento temperaturas glaciares na América do Norte, no entanto a Escandinávia continua com temperaturas típicas de Outono, com pouca ou quase nenhuma neve.

Mas ao ler um ou outro post de vários intervenientes neste tópico acho injusto justificarem a sua opinião de que as mudanças climáticas que estão a ocorrer são normais e de que pouco ou nada terão a haver com a acção humana pelo facto de sempre terem havido estas oscilações. Acho injusto porque o ritmo com que as alterações estão a ocorrer neste momento são 10 mil vezes (no mínimo) superiores a qualquer outra oscilação no passado, exceptuando claro fenómenos de actividade vulcânica em larga escala.
 
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cm3pt

Cumulus
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24 Jan 2009
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Mal fraseado, mas a realidade é de que os modelos apontam para que os fenómenos meteorológicos tendam a ser cada vez mais extremos, principalmente devido ao aumento da temperatura média do ar e dos oceanos, o que significa mais energia. O errado é olhar para estes fenómenos individualmente.. houve aqui um ano que tivemos dos invernos mais frios de de que me lembre na Europa e no entanto foi dos anos mais quentes registados a nível Mundial.

Este ano por exemplo temos neste momento temperaturas glaciares na América do Norte, no entanto a Escandinávia continua com temperaturas típicas de Outono, com pouca ou quase nenhuma neve.

Mas ao ler um ou outro post de vários intervenientes neste tópico acho injusto justificarem a sua opinião de que as mudanças climáticas que estão a ocorrer são normais e de que pouco ou nada terão a haver com a acção humana pelo facto de sempre terem havido estas oscilações. Acho injusto porque o ritmo com que as alterações estão a ocorrer neste momento são 10 mil vezes (no mínimo) superiores a qualquer outra oscilação no passado, exceptuando claro fenómenos de actividade vulcânica em larga escala.


Desculpe estar a discordar de si, até concordo com algumas coisas que diz, nomeadamente que não se pode excluir que haja aquecimento global por causa da vaga de frio na América do Norte. Mas há uma afirmação que fez que não está correcta (e não se trata de uma questão de opinião, são factos): o ritmo que as alterações estão a ocorrer é 10 mil vezes superior a qualquer oscilação no passado. Mesmo descontando o exagero do dez mil, a afirmação é incorrecta. Entre os anos 1000 e 1300 DC as temperaturas eram mais elevadas que hoje (optimo climatico medieval). Repare-se em dois exemplos: era cultivado vinho na Islândia (o que hoje é impossível) e a Gronelândia era chamada precisamente "Groenland" (terra verde, em dinamarques), pelos vikings, devido às suas pastagens verdes. Hoje mesmo junto à costa, a Gronelândia é um mar de gelo. E há antigas aldeias alpinas que eram habitadas na época e que foram depois ocupadas por glaciares.
 
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Cumulus
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26 Fev 2012
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Desculpe estar a discordar de si, até concordo com algumas coisas que diz, nomeadamente que não se pode excluir que haja aquecimento global por causa da vaga de frio na América do Norte. Mas há uma afirmação que fez que não está correcta (e não se trata de uma questão de opinião, são factos): o ritmo que as alterações estão a ocorrer é 10 mil vezes superior a qualquer oscilação no passado. Mesmo descontando o exagero do dez mil, a afirmação é incorrecta. Entre os anos 1000 e 1300 DC as temperaturas eram mais elevadas que hoje (optimo climatico medieval). Repare-se em dois exemplos: era cultivado vinho na Islândia (o que hoje é impossível) e a Gronelândia era chamada precisamente "Groenland" (terra verde, em dinamarques), pelos vikings, devido às suas pastagens verdes. Hoje mesmo junto à costa, a Gronelândia é um mar de gelo. E há antigas aldeias alpinas que eram habitadas na época e que foram depois ocupadas por glaciares.

É verdade que houve um período em que o Atlântico Norte "aqueceu", mas no entanto não houve qualquer alteração significativa na temperatura média do ar ou dos oceanos a nível global. Tratou-se de um fenómeno localizado que pode estar relacionado com uma maior ou menor intensidade da corrente do golfo por exemplo. Aliás, os cálculos indicam que a temperatura nesse período situava-se 0.1 a 0.2ºC abaixo dos normais para os meados do século passado.
 
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Paelagius

Nimbostratus
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27 Set 2013
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Sem querer tomar nenhum partido, queria apenas partilhar convosco umas declarações que julgo serem do vosso interesse:

«Esta perturbação do vórtice polar pode ter sido ocasionada por um curto evento de aquecimento estratosférico, um fenómeno que Rick Grow explicou ao Washington Post há alguns dias atrás:

"Grandes ondas atmosféricas em movimento ascendem da troposfera — onde ocorrem as alterações do estado do tempo meteorológico — para a estratosfera, que é a camada sobrejacente à troposfera. Estas ondas, denominadas por ondas de Rossby, transportam energia e momento da troposfera para a estratosfera. Esta transferência de energia e momento gera uma circulação na estratosfera, que representa um descida de ar nas latitudes elevadas e subida de ar nas latitudes intermédias. À medida que o ar afunda, aquece. Se o ar estratosférico aquece rapidamente no Árctico, irá causar uma situação de desequilíbrio na circulação. Isto pode causar uma perturbação ao vórtice polar, estreitando-o e — por vezes — dividindo-o."

O que isso tem a ver com as alterações climáticas? A água congelada do mar está a desaparecer do Ártico devido às alterações climáticas, que deixam para trás um tom mais escuro da vasta água do oceano exposta que absorve mais calor do sol do que reflecte o gelo. Por sua vez, contribui para o aquecimento mais rápido do Árctico do que o resto do planeta, quase o dobro da média global. A jet stream — cintura de rápidos ventos que fluem de oeste e servem de limite entre o ar frio do norte e o ar quente do sul — é deslocada pela diferença de temperatura entre as latitudes a norte e as tropicais. Alguns cientistas supõem que à medida que essa temperatura diminui, pode enfraquecer a jet stream, que por sua vez faz com que seja mais provável que o ar frio do Ártico deixe o vórtice polar e flua para o sul. Neste momento, uma invulgar grande alteração na jet stream tem aquele ar polar a fluir muito mais para sul do que normalmente faria.»
Fonte: Time Magazine
 
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Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Açores
Outro artigo que me esqueci de postar:

http://www.livescience.com/42435-slowdown-in-global-warming-a-mirage.html?cmpid=556160

Fazendo declaração de interesses, sou a favor de que o ser humano é capaz, através das suas ações, alterar o ecossistema terrestre. Relembro de que, por exemplo, durante muito ano pensava-se que o DDT era inócuo para as pessoas (as pessoas até usavam-no como spray; e ainda está presente em rios 25 anos depois*). Acho que o tema das alterações climáticas é deveras complexo e que ainda não compreendemos o suficiente da dinâmica terrestre (nas mais diversas componentes) para se tirar conclusões (isto aplica-se tanto aos defensores como àqueles que negam o aquecimento global). Outro aspeto central são aquelas pessoas que experienciam frio e dizem "não há aquecimento global". Por essa lógica vou buscar as notícias de calor recorde no Brasil e Austrália (os estudos que leio sobre aquecimento global dizem que extremos climáticos serão mais comuns, logo, o frio extremo da América está dentro dessa categoria). Por último, acho que é central ter em mente de que, tal como tudo na sociedade humana, há muitos interesses económicos em questão, tanto naqueles que negam (tecnologias sujas são mais baratas), como naqueles que são a favor (até pegam fogo a terras para se instalar turbinas eólicas). Para ilustrar o meu ponto, o fundador do banco JPMorgan (também ele chamado JP Morgan) deixou de apoiar financeiramente o inventor Nicolas Tesla (provavelmente o maior inventor de sempre) porque este queria inventar uma turbina (Bobina de Tesla) que daria energia limpa e barata a todos (interesses do petróleo já vêm de há muito).

Cumps.

*http://www.wwf.org.uk/wwf_articles.cfm?unewsid=3973
 
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Gerofil

Furacão
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21 Mar 2007
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Estremoz
A minha intenção é apenas de divulgar a notícia... :thumbsup:

Extremos climáticos podem aumentar em Portugal e resto da Europa

As ondas de calor e as vagas de frio, as secas e as cheias podem vir a ser cada vez mais frequentes nas próximas décadas. O alerta é do investigador João Santos, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
“As estações do ano estão cada vez mais extremadas e a perder a sua tipicidade”, avisa o investigador João Santos, alertando para o risco de aumento de extremos climáticos nas próximas décadas, quer em Portugal quer no resto da Europa.
João Santos participou num estudo que analisou todos os invernos em Portugal e na Europa desde 1870 e que conduziu, segundo o investigador, a uma revelação sem precedentes: “Em quase 150 anos, verificámos níveis de precipitação inédita em território nacional, no Inverno de 2009/2010, e de secura extrema, no Inverno de 2011/2012”. “Trata-se de dois anos perfeitamente antagónicos e excepcionais”, até pela proximidade temporal, num intervalo de quase 150 anos. “Estamos, portanto, a assistir a uma mudança cada vez mais evidente nos padrões meteorológicos”, sublinha.
“No caso específico de Portugal, registamos que, se por um lado parecem estar cada vez mais secas, por outro, tem aumentado a frequência de episódios de precipitação intensa”, explica à Renascença o investigador do Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
A conclusão é suportada por várias publicações científicas do especialista em alterações climáticas. Um dos estudos traça o futuro do clima entre 2041 e 2070, período em que são esperados mais extremos de precipitação e de temperatura em Portugal. “O Verão vai passar a ter temperaturas muito mais elevadas. O aumento da temperatura máxima no interior do país será o ponto mais crítico”, prevê João Santos, acrescentando que “vamos ter estações secas muito mais prolongadas, de seis meses ou mais”.
Os efeitos destas alterações “podem traduzir-se em inúmeros impactos socioeconómicos, atingindo a saúde humana e animal, a agricultura e a produção de energia, entre outros”. Índices como a precipitação, a temperatura, os padrões do vento no Atlântico Norte e na Europa (nomeadamente a corrente de jato – ventos de oeste em altitude e que determinam o estado do tempo à superfície) são incluídos no estudo realizado com investigadores da Universidade de Reading e de Oxford, do Reino Unido.
“O comportamento da corrente de jato está a tornar-se mais irregular e isso vai determinar que ocorram mais extremos de temperatura e de precipitação”, conclui João Santos.

Olímpia Mairos

Fonte: Renascença
 
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Danilo2012

Nimbostratus
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18 Abr 2010
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Japao,Nagano 720m 36N
Aqui aonde eu moro em 10 anos o tempo mudou muito a decada passada foi muito mais fria os invernos nao sao como antigamente, Em pouco tempo o clima mudou bastante.

Por isso eu acredito que o tempo esta a ficar mais quente, mais e tudo muito relativo.