Árvores e Florestas de Portugal

MSantos

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Já que estamos numa de raridades botânicas autóctones queria destacar os mostageiros e tramazeiras, (Sorbus spp).

Mostajeiro-das-cólicas (Sorbus torminalis) - Planta rara em Portugal, existem alguns exemplares em Trás-os-Montes e Beira Interior.
Mostajeiro-de-folhas-largas (Sorbus latifolia) - Penso que em Portugal só existe na Beira Interior, na zona do Sabugal é "frequente".
Tramazeira (Sorbus aucuparia) - Presente nas nossas serras mais Atlânticas da zona do Gerês e Serras do Sistema Central.
Mostajeiro-branco (Sorbus aria) - Planta raríssima que nunca vi, penso que em Portugal só existe no Gerês e mesmo aí é muito rara.
 
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Pek

Cumulonimbus
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Mostajeiro-branco (Sorbus aria) - Planta raríssima que nunca vi, penso que em Portugal só existe no Gerês e mesmo aí é muito rara.

Distribuição em Espanha por regiões de origem. São áreas ou grupos de áreas onde a espécie é nativa (não introduzida, reintroduzida ou naturalizada), sujeitas a condições ecológicas uniformes nas quais são encontradas fontes de sementes ou povoamentos com características fenotípicas ou genéticas semelhantes:

map_Sorbus%20aria_tcm34-139505.jpg
 

Aristocrata

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Pedro1993

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na escola de enfermagem do Porto estão dois grandes medronheiros mas quando digo grandes são mesmo uma pessoa não consegue abraçar a base

Esses medronheiros, que se formam como sendo uma árvore são de facto exemplares magníficos, e que tem de ser preservados assim mesmo, também conheço alguns, mas não tão grandes como esses que referes.
 

PedroNTSantos

Nimbostratus
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Já que estamos numa de raridades botânicas autóctones queria destacar os mostageiros e tramazeiras, (Sorbus spp).

Mostajeiro-das-cólicas (Sorbus torminalis) - Planta rara em Portugal, existem alguns exemplares em Trás-os-Montes e Beira Interior.
Mostajeiro-de-folhas-largas (Sorbus latifolia) - Penso que em Portugal só existem na Beira Interior, na zona do Sabugal é "frequente".
Tramazeira (Sorbus aucuparia) - Presente nas nossas serras mais Atlânticas da zona do Gerês e Serras do Sistema Central.
Mostajeiro-branco (Sorbus aria) - Planta raríssima que nunca vi, penso que em Portugal só existe no Gerês e mesmo aí é muito rara.

O núcleo da Guarda da associação Quercus está a implementar um projeto de conservação do Sorbus latifolia no distrito. A Quercus esteve também envolvida, penso que até 2016, no projeto "Life Taxus", implementado no Gerês e na Estrela, relacionada com a preservação do teixo nessas duas áreas montanhosas.
Interessante é também o projeto "Life-Relict", atualmente a decorrer, para preservação das formações de adelfeiras (Rhododendron ponticum), em Monchique, e de azereiro (Prunus lusitanica), na Serra da Estrela.
 

frederico

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O núcleo da Guarda da associação Quercus está a implementar um projeto de conservação do Sorbus latifolia no distrito. A Quercus esteve também envolvida, penso que até 2016, no projeto "Life Taxus", implementado no Gerês e na Estrela, relacionada com a preservação do teixo nessas duas áreas montanhosas.
Interessante é também o projeto "Life-Relict", atualmente a decorrer, para preservação das formações de adelfeiras (Rhododendron ponticum), em Monchique, e de azereiro (Prunus lusitanica), na Serra da Estrela.

É curioso mas já vi adelfeiras na zona de Odeceixe em solos de xisto. Perto dessa praia em encostas, no meio do mato, há muitos carvalhos. Todo o litoral de Aljezur a Sines conservou aqui e acolá uma biodiversidade que desapareceu no Algarve no século XX. Temo que com esta aberrante lei das limpezas tudo possa vir a ser destruído.

A Coreografia do Algarve do século XIX refere que a ribeira de Odeleite no concelho de Tavira tinha o vale cultivado com castanheiros e nogueiras. Já não se encontra nada disto. No entanto, no concelho de Odemira, encontrei um vale de um ribeiro assim. Com vários castanheiros e nogueiras!
 

PedroNTSantos

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Temo que com esta aberrante lei das limpezas tudo possa vir a ser destruído.

Um primeiro-ministro não pode ser especialista em todas as áreas e nenhum país do mundo deve ter um que seja especialista em botânica; mas no topo da estrutura dos ministérios da agricultura e do ambiente, no topo do ICNF, deveria haver gente com conhecimento, com lucidez e com força política para elucidar quem decide sobre as consequências destas medidas populistas, de curto-alcance mas com potenciais efeitos devastadores a médio/longo prazo. Não se aprende nada com os erros do passado...
 

frederico

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Tenho algures um livro sobre floresta inglesa perdido na minha biblioteca. Li-o há uns anos e retive que no final do século XIX e início do século XX a floresta foi enriquecida com espécies importadas da Europa temperada. Um exemplo são as tílias.

Há algumas espécies que nunca vi em Portugal, ou que são raras, e que poderiam ser mais utilizadas pelas autarquias e privados, em espaços públicos e jardins, já que não têm carácter invasor.

Uma dessas espécie é o cedro-do-atlas (Cedrus atlantica).

cedrus-atlantica-mature.jpg


Distribuição natural:

Geographical-distribution-of-Cedrus-atlantica-and-location-of-the-study-area.png
 

PedroNTSantos

Nimbostratus
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Tenho algures um livro sobre floresta inglesa perdido na minha biblioteca. Li-o há uns anos e retive que no final do século XIX e início do século XX a floresta foi enriquecida com espécies importadas da Europa temperada. Um exemplo são as tílias.

Há algumas espécies que nunca vi em Portugal, ou que são raras, e que poderiam ser mais utilizadas pelas autarquias e privados, em espaços públicos e jardins, já que não têm carácter invasor.

Uma dessas espécie é o cedro-do-atlas (Cedrus atlantica).

cedrus-atlantica-mature.jpg


Distribuição natural:

Geographical-distribution-of-Cedrus-atlantica-and-location-of-the-study-area.png


O cedro do atlas até é relativamente comum em jardins do centro e norte de Portugal, pelo menos tanto como o cedro dos himalaias. Já mais difícil é perceber como ignoramos o nosso vizinho Abies pinsapo. Não conheço nenhum jardim público ou arboreto onde se utilize esta espécie das montanhas do sul da Península. É muito mais fácil encontrar plantados, para além dos referidos cedros, espécies do outro lado do Atlântico, como as pseudotsugas e mesmo as sequóias; isto já para não falar de outras espécies europeias, como a Abies alba (que também cresce nos Pirinéus), a Picea abies ou mesmo o Larix decidua (comum na Serra da Estrela, por exemplo).

Em termos ornamentais, porém, o que me faz mais confusão é a forma como se desperdiça o potencial de espécies autóctones como a zelha ou o oxicedro; de qualquer forma, antes de evoluirmos na escolha das espécies, deveríamos evoluir na forma como as árvores são tratadas, pois a forma como se continuam a podar as árvores neste país é verdadeiramente criminosa.
 

frederico

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O cedro do atlas até é relativamente comum em jardins do centro e norte de Portugal, pelo menos tanto como o cedro dos himalaias. Já mais difícil é perceber como ignoramos o nosso vizinho Abies pinsapo. Não conheço nenhum jardim público ou arboreto onde se utilize esta espécie das montanhas do sul da Península. É muito mais fácil encontrar plantados, para além dos referidos cedros, espécies do outro lado do Atlântico, como as pseudotsugas e mesmo as sequóias; isto já para não falar de outras espécies europeias, como a Abies alba (que também cresce nos Pirinéus), a Picea abies ou mesmo o Larix decidua (comum na Serra da Estrela, por exemplo).

Em termos ornamentais, porém, o que me faz mais confusão é a forma como se desperdiça o potencial de espécies autóctones como a zelha ou o oxicedro; de qualquer forma, antes de evoluirmos na escolha das espécies, deveríamos evoluir na forma como as árvores são tratadas, pois a forma como se continuam a podar as árvores neste país é verdadeiramente criminosa.

Ia colocar o Abies pinsapo. É uma espécie rara no meio natural.

As podas assassinas são um fenómeno recente. Outro é o corte total de árvores de grande porte sem qualquer razão aparente em jardins privados, bermas, jardins e parques públicos.

Conheço uma pessoa no Algarve que tinha três pinheiros-de-Alepo enormes e antigos no seu jardim privado. Os varredores da junta começaram a embirrar com os pinheiros, diziam que a caruma sujava o passeio e entupia as sarjetas. Foi obrigada a podar os ramos inferiores das árvores. No ano seguinte os vizinhos fizeram queixa que tinham alergias por causa do pólen. Foi obrigada a cortar as árvores pela câmara municipal, incrível! Contou-me isto a chorar, pois tinha muitos amor aos pinheiros. Em Portugal em meios pequenos as pessoas embirram com as árvores por razões totalmente fúteis e não desistem enquanto não as cortam. Isto parece-me coisa de país atrasado pois vivo num país estrangeiro onde é proibido tocar nas árvores que estejam em qualquer espaço público. Em Portugal todo o pretexto vale para atacar as árvores. As folhas sujam o passeio, as folham entopem a sarjeta, as folhas sujam o quintal, a copa tapa a vista da casa, o pólen faz alergia, os pardais fazem ninho na árvore e sujam os carros, os pardais fazem muito barulho a chilrear, o tronco da árvore do vizinho entrou na minha terra e passou o limite de divisão da propriedade...

O Público tem um bom artigo sobre este problema:

https://www.publico.pt/2020/01/12/local/noticia/arvore-podada-vive-media-terco-viveria-podas-1899925
 

PedroNTSantos

Nimbostratus
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As podas, em Portugal, são uma guerra perdida...

Um caso paradigmático é o de Lisboa, que já foi uma excepção, pela positiva, à maioria dos concelhos... Durante anos a manutenção das árvores esteve a cargo da Câmara e as árvores eram bem podadas. Porém, alguém na estrutura dos espaços verdes, deve-se ter fartado das tais queixas que enumeras e passaram a competência para as juntas de freguesia. Como os presidentes de junta estão mais perto do cidadão, são mais fáceis de pressionar e alguns, para não perder meia-dúzia de votos, lá fazem a vontade ao indíviduo que não vê a marquise do vizinho e temos hoje em Lisboa a mesma pouca vergonha a que assistimos na maioria dos concelhos.

Mas olha que em Espanha, do que conheço, não veja a coisa muito melhor...Acho que neste departamento só seria totalmente feliz nos Estados Unidos ou no Canadá!