Sim, estava junto ao tronco da oliveira, mas era toda castanha, não tinha este padrão de cores, que dá muito nas vistas.
Segundo uma tese de doutoramento que já aqui citei o Q. canariensis está mesmo extinto. Eu já identifiquei Q. marianica nos concelhos de Aljezur, Monchique, Tavira e Odemira mas os núcleos estão muito dispersos e como as árvores não têm qualquer protecção legal estão sujeitas a desaparecer com as limpezas impostas pelo Governo. A maioria dos exemplares estão nas bermas de caminhos rurais ou estradas o que aumenta as chances de serem cortados nas limpenzas. Dado o número de exemplares e sem qualquer protecção legal que proíba o corte das árvores o Q. marianica pode mesmo extinguir-se. Quanto ao Q. canariensis, como existe em Espanha, pode ser reintroduzido. Ao contrário do que se diz, o Q. marianica não existia apenas na serra de Monchique. Estava também presente nos concelhos de Aljezur, Silves, Odemira, Loulé e Tavira.
Penso que talvez estejam a confundir com a variedade híbrida. O artigo não diz mas em Monchique ainda há pilriteiros. No século XIX estendiam-se a quase todo o Algarve.
A lei de protecção ao sobreiro e à azinheira deve ser revista. Os outros Quercus devem passar a ter protecção legal. Uma das consequências desta lei tem sido a selecção positiva do sobreiro. Isso é notório no Noroeste. Quando limpam eucaliptais ou pinhas, cortam todos os carvalhos mas deixam os sobreiros. A selecção positiva do sobreiro tem contribuído para a gradual extinção dos outros carvalhos.
Isso quanto á protecção dos restantes Quercus, já eu ando a dizer há muito tempo que deveria de ser potegidos tal como acontrece com os sobreiros. Este ano com as faixas de gestão de combustível, por debaixo das linhas da REN, foi tudo cortado, só ficaram os sobreiros, carvalhos lindos com mais de 200 anos, ficaram resumidos apenas a 2 troncos, o resto foi tudo triturado, e no final de contas o carvalho-cerquinho, ocupa o mesmo estrato do que o sobreiro, são estas coisas que não entedo definitivamente. Tudo bem, que os Quercus, voltam a rebentar de novo, mas daí serão preciso umas boas décadas para voltar a ser uma árvores como era antes de ser "assassinada". A foto em baixo, já diz tudo, e este nem era dos maiores exemplares. Outra coisa que não consigo perceber, é porque razão os proprietários raris tem de efectuar as limpeza em Abril, e estas empresas sub-contratadas pela REN, andaram todo o verão a trabalhar com motoserras e corta-mato de correntes, que eu saiba, aqui na zona foram dois focos de incendio que eles causaram por negligencia pura e dura. Nem no quintal de uma vivenda, onde existia lá uns ciprestes, ficaram para contar a história, foi tudo abaixo.
Devias ler o artigo. Lá distinguem a variedade híbrida (Quercus marianica), do carvalho-de-monchique propriamente dito (Quercus canariensis). Quanto a essa tese de doutoramento de que falas, gostaria muito de a poder ler.
Penso que a tese que o @frederico fala é a do Carlos Vila-Viçosa: http://home.uevora.pt/~pmra/mgcrn/arquivo/Tese_CarlosVilaVicosa.pdf Aconselho este grupo no Facebook sobre os carvalhos nacionais: https://www.facebook.com/groups/1591443294433567/
Não li tudo, mas tentei encontrar algo sobre a espécie em questão e acho que o Carlos Vila-Viçosa apenas diz que não encontraram Quercus canariensis nas zonas abordadas pelo estudo, e que as referências à presença de Quercus canariensis que sejam feitas fora de Monchique (em Portugal continental) em princípio são erróneas (e ao referir isto cita Vasconcellos e Franco). Estes mesmos autores referem portanto que o Quercus canariensis encontra-se restrito ao batólito sienítico de Monchique. PS: Penso que seria interessante e pertinente a realização de um estudo genético sobre os nossos carvalhos.
Um possível grande predador de vespas asiáticas: https://www.lavanguardia.com/natura...eWXDDN6GEH88pkcT_w6VJXxtYrgbQvlfHltIg-gkvNubw
Nesta altura do campeonato, todos os predadores da vespa asiática serão bem vindos, seja ele o bútio-vespeiro, ou abelharuco.
Um estudo na Galiza indica que esta espécie terá sido responsável pela eliminação de quase 25 mil ninhos de vespa asiática. Mais ou menos a mesma quantidade que os programas de irradicação da vespa. E, aparentemente, o número destas aves estará a aumentar, como resposta ao aparecimento e expansão da vespa.
Então isso é um excelente sinal, quer para o controle da vespa asiático, mas ao mesmo tempo também é bom é para esta espécie de aves, que pode ter um bom futuro pela frente. Há muitos anos que se fala sobre a questão da vespa asiática não ter nenhum predador, o que levou ao crescimento desmedido da sua população, todas as aves tem uma grande importancia no controle de insectos, e se adoptarmos algumas medidas de conservação, todos ficamos a ganhar.
Encontrei esta larva num muro cá em casa. Pelo Google é de Papilio polyxenes. Mas não é nativa dos USA?