Biodiversidade

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
“Vitória” é o mais recente membro da comunidade de golfinhos do estuário do Sado
04.11.2010 - 10:32 Por Lusa, Helena Geraldes

“Vitória” é o nome do mais jovem membro da comunidade de golfinhos-roazes do estuário do Sado, tendo sido avistado na segunda-feira, junto à foz, disse à Lusa Maria João Fonseca, da empresa de observação de golfinhos Vertigem Azul.


“A confirmação de que se trata de um novo membro da comunidade estuarina surgiu ao final da manhã de terça-feira, quando uma equipa da Vertigem Azul saiu ao encontro dos golfinhos, com o objectivo de fotografar o novo elemento e identificar a progenitora”, explicou.

De acordo com Pedro Narra, responsável da Vertigem Azul, ontem foi possível observar de novo não apenas a jovem cria, mas também a progenitora, de nome “Mr. Hook”, que já não era avistada no Sado desde 2009. “Este facto leva-nos a suspeitar que esta fêmea se poderá ter cruzado com um golfinho costeiro, o que se torna numa mais-valia para a população de roazes do Sado no que diz respeito à diminuição dos efeitos de consanguinidade através da variação genética”, explicou Maria João.

A gestação de um golfinho prolonga-se por um período de cerca de nove meses, sendo que as progenitoras acompanham as crias por mais três ou quatro anos.

Pedro Narra disse ao PÚBLICO que, além da cria e da mãe, foi avistado um grupo de três golfinhos costeiros, de fora do estuário do Sado.

Nas suas saídas, o responsável adianta que todo o grupo recebeu bem a cria, que acompanha sempre a sua progenitora.

O golfinho “Vitória” (o nome masculino ou feminino é dado independentemente de se tratar de um macho ou de uma fêmea) é a segunda cria avistada este ano no estuário do Sado.

Em Junho de 2010 tinha já sido avistada uma outra cria, a primeira de 2010, que foi baptizada com o nome de “Batalha”. Pedro Narra precisou que este golfinho nasceu no estuário do Sado a 7 de Junho. Nessa altura já não havia nascimentos no estuário há cerca de dois anos. Por isso, estes acontecimentos "são muito bons para esta população, considerada ameaçada".

"Os primeiros seis meses de vida são cruciais", lembrou Pedro Narra. Mas "o 'Batalha' já acompanha os adultos nas suas caçadas e estes passam-lhe as taínhas".

Apesar da espécie Tursiops truncatus estar de boa saúde a nível mundial, a população que fez habitat no Sado conta só com 25 indivíduos - contando já com "Batalha" e "Vitória" -, quando em 1986 se estimava em 40 o número destes animais.

Esta é a única população residente de golfinhos num estuário em Portugal e uma das poucas da Europa. Mas está envelhecida, com taxas de reprodução cada vez menores. A maioria dos adultos aproxima-se do limiar da longevidade da espécie (40 a 50 anos) e poucos são os jovens que chegam à idade adulta.

A diminuição da população acentuou-se durante a década de 80 quando a mortalidade infantil do cetáceo disparou e uma grande percentagem dos indivíduos apresentava extensas feridas no corpo que se pensa ter sido feitas devido à poluição. Hoje, o problema é menor, mas a população está envelhecida e continua a haver perda de indivíduos jovens – provavelmente por abandonarem o Estuário e irem integrar outras populações

http://ecosfera.publico.pt/biodiver...dade-de-golfinhos-do-estuario-do-sado_1464336
 


Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,830
Local
Menorca
La Xunta teme la llegada del mapache, muy difícil de erradicar

La expansión del carnívoro americano pondría en peligro a numerosos animales sobre los que depreda
El hallazgo de un ejemplar atropellado inquieta a Medio Rural por la incidencia de la especie en la biodiversidad

http://www.lavozdegalicia.es/sociedad/2010/11/14/0003_8848143.htm
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
^^

Muito mau . Deixem os castores em paz e concentrem-se a sério nesta ameaça.

Isto sim é uma espécie invasora com potencial para causar grandes distúrbios ambientais :angry:
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
Pek, sabes qual a situação do arruí em Espanha?

Pelo que sei também está a causar grandes preocupações ambientais. Há algum plano para a sua erradicação ou não acham preocupante a sua presença nas serras espanholas?
 

duero

Nimbostratus
Registo
23 Dez 2009
Mensagens
1,038
Local
valladolid
Se que el arrui vive en Canarias y en algunas montañas de la península, pero no creo que sea comparable.

El mapache es un bicho pequeño, oportunista, el arrui es grande y herviboro, además que tiene potenciales depredadores como el lobo.
Creo que el arrui es facil de exterminar, pero el mapache si es un peligro para nuestra fauna.
 

Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,830
Local
Menorca
Pek, sabes qual a situação do arruí em Espanha?

Pelo que sei também está a causar grandes preocupações ambientais. Há algum plano para a sua erradicação ou não acham preocupante a sua presença nas serras espanholas?

Está en marcada expansión con un crecimiento notable de las poblaciones en la Península. En La Palma, gracias al control poblacional, se ha conseguido moderar ese crecimiento y estabilizar el número de ejemplares. Tiene una alta tasa de reproducción, facilidad de adaptación y pocos predadores naturales (águila real y cánidos sobre las crías en zonas peninsulares). Se especula con una posible competencia ventajosa sobre los ungulados autóctonos pero no parece ser para tanto y no ha generado hasta el momento grandes problemas en la España Peninsular. Tiene un elevado interés cinegético en algunas zonas y por eso la posibilidad de su erradicación genera polémica en algunos sectores sociales. Para esto se le quiere (su introducción se produjo como respuesta a la demanda de nuevas especies cinegéticas en España):

2arrui_barbary.jpg


arrui2.jpg


images


El mayor problema creado por los arruís se ha dado en la isla de La Palma. Allí han supuesto y suponen una amenaza muy grave para la flora local, de gran valor botánico. Parece ser que la expansión de la especie en la isla desde su introducción fue aún más veloz que en la Península, pues se distribuían (y distribuyen) principalmente por el interior del Parque Nacional de la Caldera de Taburiente donde la caza está prohibida de base. Fuera del Parque sí se cazan. Grupos científicos y ecologistas plantearon la necesidad de su erradicación en la isla pero las asociaciones de cazadores mostraron una fuerte oposición (la especie deja notables ingresos ya que se trata de la única especie de caza mayor en La Palma). A pesar de esta oposición se "intentó" (con la boca pequeña) la erradicación total del arruí de la Caldera pero fue imposible encontrar y acabar con todos los ejemplares (el que conozca la Caldera y su entorno lo entenderá: es un medio de acantilados salvajes, riscos y precipicios de más de 2000 metros de caída con multitud de lugares inaccesibles) y su expansión continuó. Más recientemente se ha establecido la necesidad de realizar controles periódicos (anuales) de la población de arruís en el interior del Parque para minimizar el impacto de la especie sobre la flora protegida. Se calcula que se matan unos 100 ejemplares de arruí en el interior del Parque Nacional al año y otro centenar (aproximadamente) fuera del mismo. Ahora mismo la población total en la isla se cifra en varios cientos de ejemplares (no dan un número exacto) según el Atlas y Libro Rojo de los Mamíferos Terrestres de España (según otras fuentes dicha población se situaría en torno a 300 ejemplares). Según fuentes del propio Parque Nacional, el control poblacional ha facilitado la regeneración y restauración de ciertas zonas del espacio protegido que los arruís habían dejado literalmente peladas.

Noticia fresca sobre el arruí:

http://www.laverdad.es/murcia/v/20101117/cultura/ministerio-salva-arrui-especies-20101117.html
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
Qual é a vossa opinião sobre a presença de gamos e muflões na península Ibérica?

Originally the range stretched further to Anatolia, the Crimean peninsula and the Balkans, where they had already disappeared 3,000 years ago. Mouflon were introduced to the islands of Corsica, Sardinia, Rhodes and Cyprus during the neolithic period, perhaps as feral domesticated animals, where they have naturalized in the mountainous interiors of these islands over the past few thousand years, giving rise to the subspecies known as European mouflon (O. aries musimon). They are now rare on the islands but classified as feral animals by the IUCN.[6] They were later successfully introduced into continental Europe
http://en.wikipedia.org/wiki/Mouflon


O muflão é uma espécie introduzida recentemente e do que se sabe, é provável que nunca tenha existido de uma forma natural na Europa Ocidental. É uma espécie originaria no médio oriente e sudeste europeu e provavelmente o seu limite histórico terá sido a área dos Balcãs. A sua introdução nas diferentes ilhas do Mediterrâneo já foi uma acção do homem.

Por um lado parece-me um bocado forçada a sua presencia na Ibéria. Por um lado é uma espécie já presente um pouco por toda a Europa e que não parece causar grandes problemas ás espécies autóctones.

Possivelmente, se não fosse pela acção do homem, esta espécie até teria chegado de uma forma natural à Ibéria. Pelo menos a sua presença histórica situa-se em zona mediterrânicas como a Grécia ou a Turquia, que têm bastantes parecenças em termos de habitats.


The Fallow Deer is a Eurasian deer[3] that was a native to most of Europe during the last Interglacial. In the Holocene, the distribution was restricted to the Middle East and possibly also parts of the Mediterranean region, while further southeast in western Asia was the home of a close relative, the Persian Fallow Deer (Dama mesopotamica), that is bigger and has larger antlers. In the Levant, Fallow Deer were an important source of meat in the Palaeolithic Kebaran-culture (17000-10000 BC), as is shown by animal bones from sites in northern Israel, but the numbers decreased in the following epi-Palaeolithic Natufian culture (10000-8500 BC), perhaps because of increased aridity and the decrease of wooded areas.
The Fallow Deer was spread across central Europe by the Romans.
http://en.wikipedia.org/wiki/Fallow_Deer

A história do gamo não é muito diferente, apesar deste já estar entre nós há dois milénios.

Mesmo assim, esta espécie já parece ser mais natural na Ibéria. Não só está cá já há muito tempo, como possivelmente até existiu durante a ultima glaciação. Transformando a introdução feita pelos romanos, numa simples reintrodução ;)


Alguém tem conhecimento de algum estudo arqueológico ou geológico, em que tenham sido encontrados ossos ou fosseis destas duas espécies na nossa península?

Não sou nada fã de espécies exóticas, mas para estas duas (principalmente o gamo) até posso dar um desconto. Devíamos deixar de olhar para elas como "estrangeiras" e apoiar a sua expansão e colonização das nossas serras e florestas? Os nossos predadores de certo que agradecem :lol:
 

Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,830
Local
Menorca
Muflón

" CONSIDERACIONES HISTÓRICAS DEL MUFLÓN EN EUROPA

El género Ovis apareció en Asia en el periodo Plio-Pleistoceno hace 1,8 - 2,4 millones de años (Kordos 2000). Este taxón fue común en Asia y Este de Europa, pero era muy raro en el Centro y Oeste Europeo durante el Periodo Cuaternario. No obstante, el descubrimiento esporádico de fósiles de ovinos salvajes en el sur del continente europeo, correspondientes a la mitad del periodo Pleistoceno, indican la existencia de muflones en Europa desde hace cientos de miles de años. Restos óseos, atribuidos a Ovis ammon antiqua (Argali), muestran que hace 440.000 años el hombre ya cazaba ovinos silvestres en nuestro continente (Rivals 2000). Según Perco (1977), el muflón de Córcega se encontraba distribuido por todo el continente Europeo, hasta el periodo Neolítico. Los efectos de las glaciaciones, presión cinegética y posiblemente, la acción del hombre sobre su domesticación, redujeron su hábitat a Córcega, Cerdeña y Chipre, y posiblemente a algunas regiones de Grecia (Clark 1964). Sin embargo, la ausencia de fósiles de muflones en Córcega y Cerdeña, probablemente debido a las características del suelo de estas islas (Cruveille y Tuffery 1981), han llevado a algunos autores a afirmar que el muflón no constituye una especie salvaje indígena de estas islas, haciéndose presente en ellas durante el sexto o séptimo milenio a.C., a partir de ovinos semidomesticados introducidos por el hombre (Poplin 1979, Demeautis 1991). El primer proceso de domesticación de animales del género Ovis, posiblemente comenzó en regiones del Este de Europa durante el octavo milenio a.C. Este proceso de semidomesticación consistía en el mantenimiento de animales dentro de rediles controlados con el objeto de aprovisionarse de recursos alimentarios (leche y carne), abrigo (pieles) y herramientas (huesos) (Naitana et al. 2001). Recientes estudios citogenéticos apoyan la hipótesis de que todos los muflones mediterráneos descienden de un primitivo ovino doméstico (Hiendleder et al. 1998). El muflón de Córcega sería el resultado de la introducción durante el periodo Neolítico, 6.000-7.000 años a.C., de un muflón anatoliano (Ovis gmelini gmelini) semidomesticado que posteriormente retorna a su estado silvestre (Cugnasse 1994). Esta hipótesis, sugerida en un principio por Poplin (1979), ha sido confirmada mediante investigaciones paleontológicas y arqueológicas en Córcega y Chipre (Helmer 1992, Vigne 1992) y mediante estudios genéticos en muflones de Cerdeña (Naitana et al. 1990, Masala et al. 1991). Debido a la estrecha relación genética que presenta con la oveja (Naitana et al. 1990, Wang et al. 1991), se considera al muflón como el más probable ancestro de la especie doméstica (Bunch et al. 1977). A partir de las poblaciones originarias de las islas mediterráneas, el muflón comienza a introducirse en diferentes países del continente europeo a partir del siglo XVIII."

Fuente: EL MUFLÓN EUROPEO (Ovis orientalis musimon SCHREBER, 1782) EN ESPAÑA: CONSIDERACIONES HISTÓRICAS, FILOGENÉTICAS Y FISIOLOGÍA REPRODUCTIVA
Autores: JULIÁN SANTIAGO-MORENO, ADOLFO TOLEDANO-DÍAZ, AMEILA GÓMEZ-BRUNET Y ANTONIO LÓPEZ-SEBASTIÁN

http://www.secem.es/GALEMYS/PDF de Galemys/16 (2).pdf/1 1 Santiago et al. (3-20).pdf

El estudio es de 2004, ahora mismo se ha redefinido su nomenclatura científica; en la última edición de Wilson y Reader (2005) aparece como Ovis aries y como tal figura en el Atlas y Libro Rojo de los Mamíferos Terrestres de España .
 

Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,830
Local
Menorca

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
Para mim chega :D

Vou passar a olhar para estas duas espécies como animais europeus. Provavelmente já cá andaram pela Ibéria há alguns milénios, por isso podem voltar sem problemas :lol:
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
^^

Pois, mas isso já é mais preocupante. São claramente animais que não devem cá existir, e no caso do esquilo cinzento (como já foi falado no tópico do esquilo vermelho) é uma verdadeira ameaça à nossa biodiversidade :mad:

Mesmo assim espero que tudo não tenha posada de um ou dois casos isolados, de animais de estimação soltos na natureza, mas que morreram pouco tempo depois, sem hipótese de criar uma população. Até porque são avistamentos já com algum tempo, e nunca mais se voltou a falar do assunto.
 

belem

Cumulonimbus
Registo
10 Out 2007
Mensagens
4,466
Local
Sintra/Carcavelos/Óbidos
^^

Pois, mas isso já é mais preocupante. São claramente animais que não devem cá existir, e no caso do esquilo cinzento (como já foi falado no tópico do esquilo vermelho) é uma verdadeira ameaça à nossa biodiversidade :mad:

Mesmo assim espero que tudo não tenha posada de um ou dois casos isolados, de animais de estimação soltos na natureza, mas que morreram pouco tempo depois, sem hipótese de criar uma população. Até porque são avistamentos já com algum tempo, e nunca mais se voltou a falar do assunto.

No caso do esquilo-cinzento, concordo.
Já em relação ao porco-espinho, parece-me uma coisa muito mais evidente.
As probabilidades de atropelo de uma fêmea prenhe são muito baixas, logo a hipótese de haverem mais animais vivos pelo Alentejo são muito maiores.
São 3 os registos que se conhecem, todos relativamente recentes, em zonas distintas do Alentejo, 2 dois quais são atropelos ( sem qualquer dúvida relativamente à presença da espécie) e 1 deles é um avistamente fiável.
 

Thomar

Cumulonimbus
Registo
19 Dez 2007
Mensagens
2,925
Local
Cabanas - Palmela (75m)
Ora aqui está uma ideia interessante (a meu ver)

Movimento quer fazer do sobreiro a árvore nacional de Portugal

A ideia de Portugal ter uma árvore nacional já ganhou raízes. Duas organizações lançaram um movimento para que o sobreiro receba este estatuto simbólico, a fim de travar a perda dos montados.

O Canadá tem o plátano, a Inglaterra o carvalho e Portugal poderá vir a ter o sobreiro.

“Ao contrário do que se possa pensar, esta árvore está presente em todo o território nacional, não apenas no Alentejo. E não nos podemos esquecer da sua importância vital aos níveis social, cultural e económico”,
(...)

Mais desenvolvimento In:
http://ecosfera.publico.pt/biodiver...obreiro-a-arvore-nacional-de-portugal_1467116