Biodiversidade

Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Governo autoriza abate de mais de 14 mil árvores no Tua para obras da barragem

O Governo autorizou o abate de mais de 14 mil árvores na zona do Tua para a segunda fase da construção da barragem nesta zona de Trás-os-Montes, invocando a utilidade pública da obra e impondo condicionantes.
O despacho conjunto dos secretários de Estado da Energia e das Florestas e do Desenvolvimento Regional do publicado hoje em Diário da República e aprova, para a execução da segunda fase da obra do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua o abate de 1.484 sobreiros adultos e 643 jovens e 9.922 azinheiras adultas e 2026 jovens.

O despacho declara a "utilidade pública, com caráter de urgência, da expropriação das percelas de terreno necessárias à implementação da obra" e contempla o abate em 111 hectares de povoamentos e pequenos núcleos daquelas espécies, sendo que a autorização é condicionada.
A empresa concessionária da barragem, a EDP, fica obrigada ao cumprimento de medidas compensatórias como a arborização com novos sobreiros e azinheiras de 146 hectares.


A elétrica nacional deverá, de acordo ainda com as condições, comprometer-se a "estabelecer, para o efeito, contrato de comodato ou de natureza jurídica equivalente" com os afetados "existindo a concordância dos representantes dos compartes eleitos e em funções nas áreas dos perímetros florestais".

O Governo justifica a autorização do abate de árvores, que já aconteceu também me fases anteriores da obra com o facto da localização da barragem ter sido a escolhida em sede de Avaliação de Impacte Ambiental e ter merecido Declaração de Impacte Ambiental Favorável Condicionada.

A barragem de Foz Tua começou a ser executada há cinco anos, em 2011, encontra-se em fase de conclusão entre os concelhos de Carrazeda de Ansiães (Bragança) e Alijó (Vila Real) e faz parte do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico.
A empresa perspetiva que a albufeira comece a encher durante este ano de 2016.

http://www.rtp.pt/noticias/economia...arvores-no-tua-para-obras-da-barragem_n895334

Aqui está mais um exemplo de um atentado ambiental, ainda não sei como fico estupefacto com notícias deste tipo, aliás ficava mais admirado ainda, era se o estado plantasse árvores autóctones no seus terrenos, o então oferecesse essas mesmas árvores a particulares que estivessem interessados em repovoar os seus terrenos.

 
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MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Governo autoriza abate de mais de 14 mil árvores no Tua para obras da barragem

O Governo autorizou o abate de mais de 14 mil árvores na zona do Tua para a segunda fase da construção da barragem nesta zona de Trás-os-Montes, invocando a utilidade pública da obra e impondo condicionantes.
O despacho conjunto dos secretários de Estado da Energia e das Florestas e do Desenvolvimento Regional do publicado hoje em Diário da República e aprova, para a execução da segunda fase da obra do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua o abate de 1.484 sobreiros adultos e 643 jovens e 9.922 azinheiras adultas e 2026 jovens.

O despacho declara a "utilidade pública, com caráter de urgência, da expropriação das percelas de terreno necessárias à implementação da obra" e contempla o abate em 111 hectares de povoamentos e pequenos núcleos daquelas espécies, sendo que a autorização é condicionada.
A empresa concessionária da barragem, a EDP, fica obrigada ao cumprimento de medidas compensatórias como a arborização com novos sobreiros e azinheiras de 146 hectares.


A elétrica nacional deverá, de acordo ainda com as condições, comprometer-se a "estabelecer, para o efeito, contrato de comodato ou de natureza jurídica equivalente" com os afetados "existindo a concordância dos representantes dos compartes eleitos e em funções nas áreas dos perímetros florestais".

O Governo justifica a autorização do abate de árvores, que já aconteceu também me fases anteriores da obra com o facto da localização da barragem ter sido a escolhida em sede de Avaliação de Impacte Ambiental e ter merecido Declaração de Impacte Ambiental Favorável Condicionada.

A barragem de Foz Tua começou a ser executada há cinco anos, em 2011, encontra-se em fase de conclusão entre os concelhos de Carrazeda de Ansiães (Bragança) e Alijó (Vila Real) e faz parte do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico.
A empresa perspetiva que a albufeira comece a encher durante este ano de 2016.

http://www.rtp.pt/noticias/economia...arvores-no-tua-para-obras-da-barragem_n895334

Aqui está mais um exemplo de um atentado ambiental, ainda não sei como fico estupefacto com notícias deste tipo, aliás ficava mais admirado ainda, era se o estado plantasse árvores autóctones no seus terrenos, o então oferecesse essas mesmas árvores a particulares que estivessem interessados em repovoar os seus terrenos.

O atentado ambiental não é o corte dos sobreiros e azinheiras, mas sim a construção da própria barragem, esse sim um grande crime ambiental (mais um). :(
Depois da barragem feita as árvores ficariam submersas, mais vale cortarem-nas já, sempre se diminui o risco de eutrofização da futura albufeira e diminui o risco de acidentes com embarcações.
 
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Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Cabanas - Palmela (75m)
Venho dar a conhecer um projecto de conservação da natureza e neste caso em especial do Carvalho (Quercus Faginea), onde um amigo meu participa.
Para quem gosta de natureza e tem possibilidades de contribuir com algum €, a associação Montis em parceria com o projecto bicicleta voadora,

"Criou uma t-shirt inspirada no carvalho português (Quercus faginea) e quer apostar na sua divulgação.
Esta Eco T-shirt Voadora será lançada no dia 20 de Fevereiro (próximo sábado), pode ser adquirida por 11 euros,
revertendo 3 euros para a Montis por cada t-shirt vendida.
Este evento decorre entre as 15h e as 19h na loja das bicicletas RCICLA/GRÉMIO CAFÉ na Av. 24 de Julho, 86B, em Lisboa."

 
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Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Torres Novas(75m)
Dez mil árvores para tornar o Porto num grande jardim

"Se tem um jardim, temos uma árvore para si": a ideia passa tão-somente por, nos próximos cinco anos, mais de dez mil novas árvores e arbustos nativos estarem instaladas nos jardins, quintais e terrenos privados da cidade, convivendo com as árvores notáveis e antigas que já existem.

As árvores e arbustos nativos a ser oferecidos aos munícipes do Porto estão a ser produzidas no Viveiro Municipal, no âmbito do FUTURO - projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto. Em 2016, a meta é produzir 40.000 plantas autóctones e a sementeira desta nova geração de plantas para a cidade está já em curso.

"Vamos colocar gratuitamente à disposição de cada privado com jardim até dez exemplares de árvores ou arbustos autóctones, à escolha. O nosso objetivo é que, nos próximos cinco anos, haja uma distribuição de 10 mil árvores. Estamos convencidos de que vamos ter exemplares para satisfazer toda a gente", sublinhou o vereador do Ambiente, Filipe Araújo, durante a apresentação do projeto "Se tem um jardim, temos uma árvore para si". Revelou também que a Câmara pretende criar "roteiros de árvores no Porto", a ser feitos através de "cinco visitas temáticas".

As candidaturas para receber árvores estão abertas até 20 de março. Estão disponíveis 11 espécies, entre as quais o medronheiro, o sobreiro, o lódão, o pilriteiro, o teixo e o cipreste.



Fonte: http://www.porto.pt/noticias/dez-mil-arvores-para-tornar-o-porto-num-grande-jardim

No meu ponto de vista, acho todas as Câmaras Municipais podiam seguir este exemplo, muitas pessoas não sabem o gosto que dá plantar uma árvore e ir observando-a durante o seu crescimento durante a nossa vida, muitas delas só sabem pegar no motoserra e cortar o que outras pessoas já plantaram com tanto carinho.
 
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james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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Viana Castelo(35 m)/Guimarães (150 m)
Governo autoriza abate de mais de 14 mil árvores no Tua para obras da barragem

O Governo autorizou o abate de mais de 14 mil árvores na zona do Tua para a segunda fase da construção da barragem nesta zona de Trás-os-Montes, invocando a utilidade pública da obra e impondo condicionantes.
O despacho conjunto dos secretários de Estado da Energia e das Florestas e do Desenvolvimento Regional do publicado hoje em Diário da República e aprova, para a execução da segunda fase da obra do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua o abate de 1.484 sobreiros adultos e 643 jovens e 9.922 azinheiras adultas e 2026 jovens.

O despacho declara a "utilidade pública, com caráter de urgência, da expropriação das percelas de terreno necessárias à implementação da obra" e contempla o abate em 111 hectares de povoamentos e pequenos núcleos daquelas espécies, sendo que a autorização é condicionada.
A empresa concessionária da barragem, a EDP, fica obrigada ao cumprimento de medidas compensatórias como a arborização com novos sobreiros e azinheiras de 146 hectares.


A elétrica nacional deverá, de acordo ainda com as condições, comprometer-se a "estabelecer, para o efeito, contrato de comodato ou de natureza jurídica equivalente" com os afetados "existindo a concordância dos representantes dos compartes eleitos e em funções nas áreas dos perímetros florestais".

O Governo justifica a autorização do abate de árvores, que já aconteceu também me fases anteriores da obra com o facto da localização da barragem ter sido a escolhida em sede de Avaliação de Impacte Ambiental e ter merecido Declaração de Impacte Ambiental Favorável Condicionada.

A barragem de Foz Tua começou a ser executada há cinco anos, em 2011, encontra-se em fase de conclusão entre os concelhos de Carrazeda de Ansiães (Bragança) e Alijó (Vila Real) e faz parte do Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico.
A empresa perspetiva que a albufeira comece a encher durante este ano de 2016.

http://www.rtp.pt/noticias/economia...arvores-no-tua-para-obras-da-barragem_n895334

Aqui está mais um exemplo de um atentado ambiental, ainda não sei como fico estupefacto com notícias deste tipo, aliás ficava mais admirado ainda, era se o estado plantasse árvores autóctones no seus terrenos, o então oferecesse essas mesmas árvores a particulares que estivessem interessados em repovoar os seus terrenos.


A construção dessa barragem é um verdadeiro escândalo e promovida pelo próprio Estado.
É um atentado a todos os níveis: ambiental, cultural, económico,turístico e ferroviário.
 

Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Torres Novas(75m)
A construção dessa barragem é um verdadeiro escândalo e promovida pelo próprio Estado.
É um atentado a todos os níveis: ambiental, cultural, económico,turístico e ferroviário.

Pois os nossos "queridos" governantes deviam de dar o exemplo e protegerem o nosso património arbóreo, mas não para eles só lhes interessa os lucros, não veem mais nada á frente dos olhos.
E agora é claro com o avançar da construção da barragem as árvores, e depois com o seu enchimento, elas iriam ficar subemersas.
Eu sou um defensor das árvores e da natureza em si, mas claro que neste caso pouco mais a fazer, visto que elas iriam morrer afogadas.
O que os nossos governantes deviam era impedirem o avançar da construção da barragem do Tua, tal como aconteceu com a mini-hídrica de Sistelo.
É claro que é uma grande perda de árvores autóctones, e por mais replantações que façam noutros locais, essas mesmas vão demorar muitos anos a crescer, ainda para quando se trata de árvores adultas e jovens.
 
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Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Torres Novas(75m)
É altura de parar com a construção de barragens em Portugal (Vídeo)

O surfista e oceanógrafo da Surf Science, Tony Butt, lançou um vídeo com uma mensagem muito forte, clara e consciente sobre a construção desenfreada de barragens em Portugal e o consequente impacto ambiental por elas gerado. Fica a descrição por palavras do próprio:

"Várias novas grandes barragens estão a ser construídas em Portugal.

Elas vão devastar vales intocados e destruir os últimos rios de fluxo livre na Península Ibérica. Elas vão causar danos irreversíveis ao ecossistema, aldeias inteiras inundadas, pontes, vias férreas e inclusivé locais arqueológicos valiosos. Elas também irão afetar a agricultura local, incluindo a mais antiga região vitícola do mundo e claro, agravar a erosão costeira que já é um problema sério em Portugal.

Tudo isto para gerar energia eléctrica que não é necessária."






https://beachcam.sapo.pt/pt/newsroo...-a-construcao-de-barragens-em-portugal-video/
 

Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Torres Novas(75m)
Câmara do Porto elimina químico perigoso

Em março de 2015, a Agência Internacional para a Investigação Contra o Cancro (AIIC) da Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o pesticida glifosato como "cancerígeno provável para o ser humano". Nesse mesmo mês, a autarquia do Porto interrompeu definitivamente a utilização desse produto no controlo de plantas invasoras, passando a utilizar a monda mecânica nos arruamentos, parques, jardins e terrenos da cidade.

O glifosato é um pesticida sistémico não seletivo, ou seja, significa que mata qualquer tipo de planta. Segundo dados disponibilizados pela Quercus, em 2012, foram utilizadas, em Portugal, 1400 toneladas deste pesticida, com fins agrícolas. Entre 2002 e 2012, o uso do glifosato na agricultura mais do que duplicou.

Face a estas informações, tendo em vista a saúde pública e uma prática ambiental sustentável, os serviços de ambiente da Câmara do Porto deixaram de usar qualquer tipo de herbicida químico para o controlo de plantas invasoras (ou potencialmente invasoras).




Parece que a Câmara do Porto anda a marcar pontos em termos de Biodiversidade, vamos ser outras lhes seguem as "pisadas".
 
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MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
O corte de dezenas de cedros com mais de 60 anos na Avenida de Salamanca na cidade da Guarda está a causar uma enorme contestação, eu não conheço a avenida em questão, nem a Guarda, mas o abate de grandes exemplares de espécies nobres como cedros deixam-me triste. :(

 
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james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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Viana Castelo(35 m)/Guimarães (150 m)
É um reflexo de um país um pouco terceiro - mundista que ainda somos em algumas áreas.

Pelo que ouvi dizer, os habitantes da avenida em questão não gostavam de ter árvores por perto.
Ora bem, eu que planto árvores em todos os cantos e quero muitas por perto, não compreendo que tipo de seres não gostam de árvores, mas também não os quero conhecer nem ter por perto, pois com certeza são tóxicos e uma má influência.

Aposto que se ligassem para a Câmara para tapar os buracos da rua, marimbavam - se para o assunto...
 

Pedro1993

Super Célula
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7 Jan 2014
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Torres Novas(75m)
O corte de dezenas de cedros com mais de 60 anos na Avenida de Salamanca na cidade da Guarda está a causar uma enorme contestação, eu não conheço a avenida em questão, nem a Guarda, mas o abate de grandes exemplares de espécies nobres como cedros deixam-me triste. :(



É de facto um crime enorme, contra o património arbóreo, acho que as árvores deviam de ser mais respeitadas, mas infelizmente não são.
E não me venham dizer em nova plantação de árvores no mesmo local, para quê, quando estavam lá uns exemplares belos e frondosos, isto já para não falar para que essas mesmas árvores atingem as dimensões, das que estão a ser delapidadas, serão necessários mais outros 80 anos.
Isto já para não falar, qual será o destino daquela lenha, em quem irá lucrar com isso tudo.
Os cedros faziam ali uma bela avenida, pelo que tenho visto nos vídeos, e também tapavam toda a mancha de betão que era aqueles prédios.
Mas certamente ainda irão "chorar" muito no verão por uma bela sombra que os elas ali criavam.
O que impressionou também no video, foi a falta de respeito contra aquela pessoas, que se estavam a manifestar, uma vez que continuavam a cortar os ramos, a poucos metros das pessoas, e se algum ramo caísse em cima das pessoas?
Eu tenho plantado muitas árvores neste últimos anos, e pretendo continuar, e penso sempre no melhor local para a plantar, para não perturbar nada nem ninguém.
Mas acho que hoje em dia já ninguém pensa assim, plantam as árvores para durar uns 10 ou 20 anos, e depois abatem-na porque ora cresceu muito, ora são as raízes que danificam algo.
A motoserra foi uma ferramenta que veio ajudar em muito o trabalho do Homem, mas quando cai em mão erradas pode ser uma autentica arma.

Esta semana também fiquei impressionado, quando vi uma enorme nogueira toda delapidada, cortada logo pelo meio dos primeiros troncos, em Torres Novas.
Ela devia ter cerca de 12 metros ou mais de altura.
Debaixo da mesma vi umas belas toneladas de lenha, toda já cortada, possivelmente para queimar na lareira.