Biodiversidade

MSantos

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3 Out 2007
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Aveiras de Cima
Essa zona tem bastante biodiversidade e aparenta estar muito bem conservada, em termos de aves o que se vé por aí? :w00t:

Confesso que tenho alguma dificuldade na identificação de aves, principalmente passeriformes mas estou certo que aquela zona do Parque de Montesinho tem bastantes potencialidades ao nível da observação de aves.
 


Dan

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26 Ago 2005
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Bragança (675m)
Esta manhã avistei dois veados (uma fêmea e o outro individuo não deu para identificar) num bosque de carvalhos perto da fronteira, a norte de Miranda do Douro, mas ainda do lado espanhol.
 

boneli

Nimbostratus
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12 Jan 2008
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Braga. Lomar
Bom dia

Como não queria abrir um tópico novo sobre este animal penso que este local é que mais se adequa para colocar esta noticia. Muito se tem falado na extinção da águia real no Gerês com a morte da ultima fêmea em 2009/2010. Curiosamente é uma espécie que até está em crescimento/estável no nosso pais mas que no PNPG devido á incúria humana desapareceu. Esta semana li uma noticia no publico que deixa alguma esperança (pouca) sobre o regresso desta ave que deixo aqui parte transcrita.

http://www.publico.pt/geral/noticia/aguiareal-a-historia-de-um-homem-e-da-sua-rainha-1613891#/0



Miguel Dantas da Gama, ambientalista, fundador do Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens, acompanha estas aves imponentes desde 1986 no PNPG. O livro Uma longa caminhada com as Águias-Reais da Peneda-Gerês, agora lançado (edição Fapas e Canhões de Pedra), é o resultado desta paixão de um homem por uma das rapinas mais fascinantes do planeta. A maior entre as que nidificam em Portugal.

“O mundo das águias está a perder-se porque elas o exigem selvagem e o homem cada vez menos o consente”. Poderia ser uma conclusão. Mas é a frase que abre este livro que reflecte o profundo conhecimento que Miguel Dantas da Gama acumulou de décadas a percorrer caminhos nas serranias do Gerês. Um livro no qual se se escutam os tiros das caçadas e o uivo do lobo em fuga dos cães, um livro no qual se sente o cheiro dos incêndios, muitos deles provocados por queimadas, e se percebe, na desolação do autor, as consequências da atitude do homem perante a natureza. O Gerês já tem poucos espaços selvagens, e alguns deles, as matas do Ramiscal, da Albergaria, e do Cabril, foram, nos últimos anos, afectados pelo fogo e pela incapacidade das sucessivas direcções do PNPG, cada vez mais despojadas dos meios necessários para inverter a degradação deste espaço ímpar.

Nada disto ajudou à preservação dos habitats da águia-real. Quando Miguel por ali andava no início da década de 80, haveria, nos mais de 70 mil hectares do Parque, quatro casais. E apesar de a literatura referir sempre que a população estava “estabilizada” em torno daqueles números, ele testemunhou, e denunciou publicamente o definhar desta espécie, acompanhando já neste século, o desaparecimento do último casal. “
Foi a partir do final de 2003 que Miguel Dantas da Gama transformou este seu projecto de vida numa urgência. Quando deixou de ver o macho, e o contou ao jornalista Pedro Garcias, do PÚBLICO – jornal que então fez capa com a imagem desta rapina e o risco de extinção que apertava o cerco – percebeu que tinha de tinha dar ainda mais de si a esta “missão”.


Apesar de situadas no topo da cadeia alimentar, as águias sofreram sempre com o homem. Pelo fogo – como o de Agosto de 2006, no Ramiscal, cujos efeitos foram denunciados publicamente por Miguel Dantas da Gama – que lhes encurtou habitats e lhes roubou comida; pela pilhagem dos ninhos, mesmo em escarpas aparentemente mais inacessíveis; e pelo envenenamento. Neste caso, se o alvo foi sempre o lobo, atraído para a morte por uma peça de gado com veneno, as rapinas que partilhavam esta caça fácil acabaram sempre por sofrer. A isto somam-se problemas no ciclo reprodutivo destes animais, a morte de um macho, e eis o que sobra: um parque dependente de que os esforços de reintrodução que estão a ser feitos na Galiza, lhe tragam, com o vento, a “reincarnação” da águia-real.

E poderá acontecer com a águia o que se passou com a cabra-montês? A 20 de Fevereiro de 1990, enquanto caminhava para mais uma jornada com as águias, Miguel Dantas da Gama teve uma visão que deixara de ser possível durante praticamente todo o século XX, por causa dos excessos da caça. Cabras selvagens. Uma, e outra e outra. Decidiu contá-lo. Ao PÚBLICO, e ao Expresso. No parque não gostaram. Estas Capra pyrenaica tinham atravessado a fronteira, e não se sabia se por cá ficariam. Mas não só ficaram, como são hoje em dia às centenas. Entusiasmados, alguns, ao longo dos anos, chegaram a pedir que se encetasse um esforço de reintrodução do urso pardo, que teve aqui um dos seus últimos espaços em Portugal. Seria complicado, nota Miguel. Que equilíbrio poderia um animal destes encontrar num sítio onde o lobo, protegido por lei, ainda é morto a tiro, como aconteceu com uma fêmea de uma alcateia, há poucas semanas?

Miguel chegou a ver uma águia-real jovem, imatura, dessas com sotaque galego, na companhia da sua Rainha. Mas foi sol de pouca-dura. A Velhinha não estava para flirts, por mais graciosos, e imponentes, que possam ser os voos de acasalamento destas aves. E em 2009, ela desapareceu. A sua luta tornou-se um luto. E voz ainda lhe cai, quando recorda esses dias de Verão em que, sábado após sábado, foi percebendo que a deixaria, definitivamente, de ver. Entretanto, um desses casais vindos de Espanha ocupou um dos antigos ninhos, e o ambientalista, de olhos ainda a brilhar, garantiu, agora, ao PÚBLICO, que um aguioto que ali nasceu, já este ano, sobreviveu aos primeiros meses, preparando-se para tomar o seu lugar nos céus da serrania. Ele, “o da águia”, estará lá para os seguir.

 

DMigueis

Cumulus
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22 Jun 2011
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Figueira da Foz/Aveiro
A águia-real não "regressou" apenas agora.
Posso garantir que as tenho visto no PNPG desde fim de 2011. Claro que não são avistamentos muito frequentes, e claro que são fruto dos projectos espanhóis. Mas elas lá andam, de um lado para o outro, indiferentes a fronteiras políticas.

Esperemos que lhe dêem a calma que necessita :)
 

Skizzo

Nimbostratus
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24 Set 2007
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Porto (centro) - cerca de 7km da costa
Abate polémico


Ministério do Ambiente reconhece que abate de árvores em Alqueva foi “deficientemente executado”.

O secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, exarou um despacho datado de 16 de Novembro onde confirma que as condicionantes técnicas impostas pelo protocolo celebrado entre o Rotary Club de Évora e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) foram “deficientemente executadas” pela primeira entidade. A notícia foi avançada pelo jornal Público.

Esta conclusão surge na sequência de um relatório elaborado pela EDIA acerca das condições em que se está a processar a remoção das árvores identificadas como estando secas numa extensa faixa de terreno situada entre as cotas 150 e 153 metros acima do nível do mar em redor de toda a albufeira de Alqueva.

Segundo o diário, o secretário de Estado determinou arecolha de “todo o material lenhoso” deixado nas margens de Alqueva e resultante do corte de árvores que já foi efectuado e continuará a ser feito pelo menos até ao fim do mês de Dezembro, evitando que a biomassa deixada no terreno venha a ficar depositada na albufeira, prejudicando a qualidade da água.

O despacho de Paulo Lemos contempla ainda a recuperação do território onde decorre a reintrodução da águia-pesqueira, com a marcação, lote a lote, das árvores que devem ser cortadas. Esta tarefa fica a cargo da APA, que actuará com a EDIA e outras entidades envolvidas no projecto.

A intervenção dos madeireiros contratados pelo rotários não poupou os poisos para aves colocados no Centro de Reintrodução da Águia Pesqueira, na Herdade do Roncão, no concelho de Reguengos de Monsaraz.

O caso, recorde-se, motivou a intervenção da Liga para a Proteção da Natureza (LPN) que classificou de “incompetente” e “ilegal” o abate de 10 mil árvores no perímetro de Alqueva, autorizado pela Agência Portuguesa para o Ambiente (APA): “A notícia do abate de mais de 10 mil árvores no perímetro do Alqueva reforça mais uma vez a forma como avança o processo que decorre há mais de uma década e que desde o início se pauta por graves incumprimentos e ilegalidades”.

Os ambientalistas dizem ainda que o contrato para o abate das árvores foi assinado “sem concurso” e “sem autorização para um abate de árvores protegidas”.

Segundo a Liga, estão a concretizar-se as “piores expetativas” de avaliação inicial sobre os impactes ambientais do empreendimento de Alqueva: “Desde o início deste projecto, desmontaram-se fábricas de papel sem cuidados ambientais, desmataram-se e desflorestaram-se várias áreas sem o cumprimento da legislação ambiental e directivas europeias em vigor, ameaçando espécies protegidas”.
 

Geiras

Cumulonimbus
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16 Jun 2010
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Qta. do Conde / Sintra
Boas

Fotografei há pouco esta aranha no meu jardim... alguém sabe o nome ?

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Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Açores
The Great Backyard Bird Count will take place on February 14–17, 2014. Now in its 17th year, the citizen science project is a great opportunity to get outside and help scientists track the health of bird populations. The Great Backyard Bird Count is a joint effort of the Cornell Lab of Ornithology, the National Audubon Society and Bird Studies Canada.

This year is the second time that people from around the world are being invited to join in the Great Backyard Bird Count. It’s free and easy to participate – simply plan on spending at least 15 minutes on one or more days of the project counting birds. Then, upload your data to www.birdcount.org. This website has many great tips for counting birds, so be sure to look it over prior to heading out. There is even a photography contest if you would like to share your pictures from the bird count.

(...)

Bottom line: The Great Backyard Bird Count will take place on February 14–17, 2014. It’s free and easy to participate, and the data collected will help scientists to track the health of bird populations.

http://earthsky.org/earth/2104-great-backyard-bird-count-starts-today
 

Duarte Sousa

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8 Mar 2011
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Loures
Avistei há escassos minutos sobre Loures duas cegonhas brancas (casal?) :w00t:

Voavam relativamente baixo, a cerca de 50 metros, e estavam aos círculos precisamente sobre a minha escola. Terei um ninho de cegonhas na minha escola? :lol:
 

Thomar

Cumulonimbus
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19 Dez 2007
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Cabanas - Palmela (75m)
Boas

Fotografei há pouco esta aranha no meu jardim... alguém sabe o nome ?

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Boas Geiras!:thumbsup:
Só agora vi o teu post. Em relação à aranha é a Aranha-de-Cruz.
Eu fiz um post no tópico Aranha no PNPG, e é uma aranha com boa distribuição em Portugal continental.

Essa aranha também existe aqui no sopé da Arrábida. :)
Foto de hoje ao final da tarde em Cabanas, na minha casa.
Esta tem de corpo aproximadamente 11/12mm.



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Seattle92

Nimbostratus
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22 Set 2010
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Portugal
Projecto para regresso de fauna selvagem ao Tejo


A Quercus vai comprar cerca de dois mil hectares no Parque Natural do Tejo Internacional, na Beira Baixa, e criar condições para o regresso a esta área de espécies há muito desaparecidas.
O objectivo, explicou ao SOL Samuel Infante, daquela associação de defesa da Natureza, é renaturalizar a zona, no âmbito de um projecto mais vasto: “Queremos criar corredores verdes pela Europa para voltarmos a ter cavalos selvagens, veados, lobos, lince ibérico e bisonte europeu. Por isso, temos de criar as condições para que estas espécies selvagens voltem ao seu habitat”, avança o responsável.

As negociações com os proprietários do Tejo Internacional já começaram e são suportadas por fundos do programa europeu Rewilding Europe que, na Península Ibérica, é gerido pela fundação espanhola Naturaleza y Hombre.

Em Espanha, a fundação tem já uma área de influência de cerca seis mil hectares para este projecto - que arrancou em Portugal em 2011 e implicou já um investimento de cerca de 300 mil euros na Reserva da Faia Brava, em Castelo Rodrigo, gerida pela Associação Transumância e Natureza.

No Tejo Internacional, a Quercus espera atingir os sete a oito mil hectares próprios nos próximos anos. Mas o objectivo é muito mais vasto, diz Samuel Infante. “Queremos criar acordos de gestão com os proprietários vizinhos, de modo a que os animais encontrem condições também nos territórios deles. E todos temos a ganhar. Os proprietários irão receber mais turistas e mais apoios”, sublinha.

Espera-se que, em 2020, através do Rewilding Europe, estejam “renaturalizados um milhão de hectares de terra por todo o território europeu”, diz Samuel Infante. O objectivo é criar pelo menos dez áreas de qualidade internacional dedicadas à vida selvagem.

A iniciativa, que partiu da associação de conservação holandesa WWF , da ARK Nature, da Wild Wonders of Europe e da Conservation Capital, trará benefícios para a Natureza, mas não só. “Com a ajuda dos grandes herbívoros, como vacas e cavalos”, explicou ao SOL António Monteiro da Associação Transumância e Natureza, “podemos prevenir os incêndios, ajudando a Natureza a regenerar-se e criando zonas de clareira”.

Trazer de volta os animais das gravuras rupestres

A ocupação da terra pelo homem mudou bastante nos últimos 50 anos, notam as associações no site dedicado ao projecto: “Hoje, a maior parte do território, que era dedicado à agricultura, está abandonada”. Na verdade, trata-se de devolver à terra os animais selvagens, que foram sendo substituídos por outros, domésticos, como as vacas e as cabras.

Outro dos objectivos mais importantes deste projecto, que inclui a compra de grandes áreas renaturalizáveis pela Europa, é a promoção de condições essenciais para uma espécie-chave nos ecossistemas da Península Ibérica e que, nos últimos anos, enfrenta cada vez mais ameaças, sobretudo pragas: o coelho bravo, que é a base da cadeia alimentar do lince ibérico, entre outros animais.

“Esta região também alberga a maior galeria de arte rupestre do Paleolítico da Europa, senão do mundo, designada como herança mundial pela UNESCO”, sublinham ainda as associações (no site www.rewildingeurope.com/areas/western-iberia), referindo-se às gravuras rupestres do Vale do Côa.

“Os motivos das gravuras mais antigas são cabras, cavalos selvagens, bisontes, veados vermelhos, o que indica a importância crucial destes animais para recuperar a herança natural da paisagem”, recorda-se.

Para gerir todas estas áreas selvagens, será criado um centro Rewilding Europe para o Oeste Ibérico, na região espanhola vizinha de Campanarios de Azaba.

Nos próximos anos, vários modelos de gestão partilhada e de colaboração com proprietários de terras serão testados, tanto em Portugal como em Espanha.

As apostas fortes serão a promoção do ecoturismo, a educação e as comunicações. Para tornar a Europa mais selvagem.
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=101098