Biodiversidade

MSantos

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Confirmo. Mesmo aqui no cimo dos montes, Póvoa de Santa Iria, são nuvens de pequenos mosquitos que pairam sobre nós e picam mesmo. São especialmente visíveis nas duas horas antes do pôr-do-sol, em contra-luz. Também já entraram em casa, e esses não são pequenos.

Moro aqui na Azambuja vai para 3 anos, mosquitos são umas constante aqui desde o final da Primavera até ao primeiros frios de Outono, mas este ano não houve frio nenhum e os gajos nunca desapareceram, são bastante menos do que no Verão, mas ainda assim entram em casa e picam como se estivessem na estação típica deles. Num cenário de AG. a ausência de frio no Inverno pode alterar a dinâmica populacional dos mosquitos e até criar condições para o surgimento de mosquitos tropicais, portadores de doenças como o dengue ou a malária... :unsure:
 


joralentejano

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Moro aqui na Azambuja vai para 3 anos, mosquitos são umas constante aqui desde o final da Primavera até ao primeiros frios de Outono, mas este ano não houve frio nenhum e os gajos nunca desapareceram, são bastante menos do que no Verão, mas ainda assim entram em casa e picam como se estivessem na estação típica deles. Num cenário de AG. a ausência de frio no Inverno pode alterar a dinâmica populacional dos mosquitos e até criar condições para o surgimento de mosquitos tropicais, portadores de doenças como o dengue ou a malária... :unsure:
Já pensei nisso e no nosso caso, os últimos tempos têm sido bastante caraterizados por fluxos mais tropicais, favoráveis ao surgimento destes bichos. Tenho visto mais mosquitos e moscas ao longo destes últimos 2/3 meses do que durante o último verão. Suponho que o calor intenso que se fez sentir durante grande parte do verão fez com que essas espécies se ausentassem mais.
 

AnDré

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algarvio1980

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Por aqui, é uma raridade aparecer mosquitos. :D
 

StormRic

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Já pensei nisso e no nosso caso, os últimos tempos têm sido bastante caraterizados por fluxos mais tropicais, favoráveis ao surgimento destes bichos. Tenho visto mais mosquitos e moscas ao longo destes últimos 2/3 meses do que durante o último verão. Suponho que o calor intenso que se fez sentir durante grande parte do verão fez com que essas espécies se ausentassem mais.
Também confirmo a disparidade entre a proliferação de mosquitos/moscas agora e no verão. Houve várias semanas de maior secura no verão em que nem um mosquito/mosca se via por aqui. Não havia qualquer receio de manter janelas abertas à noite, simplesmente não havia mosquitos nem de dia nem à noite.
 

joralentejano

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Garça Real (Ardea cinerea) hoje, junto ao Rio Caia aqui em Arronches:
N8om5xy.jpg

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joralentejano

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Hoje, andavam umas aves a sobrevoar um local para onde costuma ir fazer caminhadas. Ao início pensei que fossem grifos, mas entretanto percebi que eram águias. Penso que seja a águia-de-bonelli ou perdigueira (Aquila fasciata ou Hieraaetus fasciatus). É símbolo do Parque Natural da Serra de S. Mamede.
Infelizmente, a máquina não dava para mais e ela não parava sossegada, mas deixo os possíveis registos. :D
fvLEXRh.jpg

dpZiXqD.jpg

HDuKr22.jpg

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p27FtZA.jpg
 
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Pek

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joralentejano

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Milhafre-real (Milvus milvus).
Obrigado @Pek! :thumbsup: Não tenho muitos conhecimentos em relação às espécies e como são tão parecidas, associei logo às águias. No entanto, vendo fotografias de ambas as espécies da para perceber as diferenças existentes, principalmente através da cor das penas em determinadas áreas do corpo.
 

MSantos

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Obrigado @Pek! :thumbsup: Não tenho muitos conhecimentos em relação às espécies e como são tão parecidas, associei logo às águias. No entanto, vendo fotografias de ambas as espécies da para perceber as diferenças existentes, principalmente através da cor das penas em determinadas áreas do corpo.

Os milhafres têm a cauda bifurcada, é a forma mais fácil de os distinguir de outras rapinas! :)

Temos duas espécies por cá:

O Milhafre-real (Milvus milvus) - Muito raro como nidificante mas relativamente fácil de ver como invernante, principalmente na metade Interior do País. Os milhafres-reais da Europa Central vêm cá passar o Inverno.

Milhafre-preto (Milvus migrans) - Ausente durante o Outono/Inverno mas comum na Primavera/Verão quando migram para cá para nidificar.

Se tiveres interesse na temática das aves sugiro uma visita (ou várias) a este site -> avesdeportugal.info
 

Pek

Cumulonimbus
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Obrigado @Pek! :thumbsup: Não tenho muitos conhecimentos em relação às espécies e como são tão parecidas, associei logo às águias. No entanto, vendo fotografias de ambas as espécies da para perceber as diferenças existentes, principalmente através da cor das penas em determinadas áreas do corpo.
De nada! Para uma rápida diferenciação dos milhafres (género Milvus) de outras aves de rapina diurnas ibéricas, é melhor olhar para a cauda en forma de forquilha. Depois há muitos mais detalhes, mas o mais fácil para o olho não treinado é isso.

Algumas lâminas, genéricas mas úteis, para uma rápida identificação das aves de rapina diurnas ibéricas:

188620890_164812655589607_8768667240899305699_n.jpg


D0ZoE6HWoAE_paH


Ainda mais simples:

Silueta-de-aves.jpg


siluetas-rapaces-laruinagrafica_0.jpg

P.S.: Não estão em português, mas com o nome científico pode ir a todo o lado. :D

Quanto aos indivíduos nas imagens, eram provavelmente aves invernantes do nordeste de Espanha ou da Europa Central. Nesta zona do Alentejo o milhafre-real é uma espécie rara fora do período de Inverno. No entanto, há presença confirmada de populações reprodutoras nas proximidades de São Mamede (principalmente no lado espanhol (Extremadura) da raia, mas muito muito perto). Em Portugal, a melhor zona para o ver durante todo o ano é Trás-os-Montes.
 
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joralentejano

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Os milhafres têm a cauda bifurcada, é a forma mais fácil de os distinguir de outras rapinas! :)

Temos duas espécies por cá:

O Milhafre-real (Milvus milvus) - Muito raro como nidificante mas relativamente fácil de ver como invernante, principalmente na metade Interior do País. Os milhafres-reais da Europa Central vêm cá passar o Inverno.

Milhafre-preto (Milvus migrans) - Ausente durante o Outono/Inverno mas comum na Primavera/Verão quando migram para cá para nidificar.

Se tiveres interesse na temática das aves sugiro uma visita (ou várias) a este site -> avesdeportugal.info
Obrigado Miguel! :) Sim, agora que explorei mais, de facto pela cauda dá para distinguir bem as espécies. Achava estranho andarem por aqui águias, até porque é uma espécie que se vê pouco, mas com a serra aqui tão perto podiam ter vindo passear para estes lados. :D

De nada! Para uma rápida diferenciação dos milhafres (género Milvus) de outras aves de rapina diurnas ibéricas, é melhor olhar para a cauda en forma de forquilha. Depois há muitos mais detalhes, mas o mais fácil para o olho não treinado é isso.

Algumas lâminas, genéricas mas úteis, para uma rápida identificação das aves de rapina diurnas ibéricas:

188620890_164812655589607_8768667240899305699_n.jpg


D0ZoE6HWoAE_paH


Ainda mais simples:

Silueta-de-aves.jpg


siluetas-rapaces-laruinagrafica_0.jpg

P.S.: Não estão em português, mas com o nome científico pode ir a todo o lado. :D

Quanto aos indivíduos nas imagens, eram provavelmente aves invernantes do nordeste de Espanha ou da Europa Central. Nesta zona do Alentejo o milhafre-real é uma espécie rara fora do período de Inverno. No entanto, há presença confirmada de populações reprodutoras nas proximidades de São Mamede (principalmente no lado espanhol (Extremadura) da raia, mas muito muito perto). Em Portugal, a melhor zona para o ver durante todo o ano é Trás-os-Montes.
Obrigado pela excelente informação disponibilizada, vai dar imenso jeito. :D
Apenas recentemente comecei a tomar mais atenção à biodiversidade aqui da zona e de facto, há muitas espécies que marcam presença e que desconhecia. Já ouvi falar do milhafre-real, mas ainda nunca tinha visto nenhum.
 

algarvio1980

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Olhão (24 m)

Centenas de papagaios-do-mar estão a dar à costa em Portugal​