Essas linhas assim mais espessas são tremor sísmico? Ou não tem nada a ver?
Off -Topic!!Esqueci-me de referir outro ponto:
- Julgo que alguém perguntou aqui se era de esperar que uma erupção ocorresse naqueles cones ou bocas de anteriores erupções que se vê nas imagens de satélite.
Eu penso que exatamente nos mesmos locais não é de esperar, afinal anteriores erupções foram abrindo novas saídas por alguma razão, foram encontrando saídas mais fáceis que manter a original, típico de vulcanismo fissural.
Mas acho que que se por acaso o magma fizer o mesmo caminho de 1808, será de esperar nas extremidades desse eixo fissural aonde pararam da última vez. Ou paralelamente a esse eixo, que foi o que aconteceu em 1580 vs. 1808.
Mas depois para complicar, temos 1964, pelos vistos houve uma erupção que já foi submarina, bem mais para oeste.
E podemos tentar imaginar, o que se terá passado em profundidade. Será que o magma já não conseguiu ascender pelas zonas de 1580 e 1808? Ou a maior profundidade teve outro rumo? Ou a zona de 1964 até teve outras crises antigamente que desconhecemos e não foram documentadas?
E desta vez será por onde?
Daí a dificuldade destas coisas todas, não temos propriamente meios de fazer uma espécie de ecografia às profundidades, os sismos quando muito são uma espécie de marcadores que vão indicando algumas coisas muitas vezes de difícil interpretação.
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Essas linhas assim mais espessas são tremor sísmico? Ou não tem nada a ver?
No início da crise estavam bastante largas, mas depois foram ficando mais calmas.
E guerra colonial em 1964! Portanto, parece haver uma relação direta entre alterações ou ameaças ao território nacional e as crises sismo-vulcânicas em São Jorge.Off -Topic!!
Curioso as datas das outras crises sismovulcânicas em São Jorge, serem de 1580 (Perda da Independência de Portugal) e 1808 (Período de invasão Francesa), foram anos turbulentos na história de Portugal.
Um pouco de História não faz mal a ninguém!
Pelo que vejo, não é tremor sísmico...agora se acontecer à 1 da manhã, aí é de desconfiar, pois não estou a ver lavradores/agricultores a trabalhar a essa hora.Essas linhas assim mais espessas são tremor sísmico? Ou não tem nada a ver?
No início da crise estavam bastante largas, mas depois foram ficando mais calmas.
Sim, eu li há dias umas coisas sobre isso, ao inicio até se pensou a a crise sísmica de 1964 estava relacionada com o Faial. E eu nem conhecia estas erupções submarinas, só agora tomei conhecimento.Em relação a 1964, será mais complexo do que parece. Essa crise pode ter estado ainda associada ao vulcão dos Capelinhos. Depois dos Capelinhos houve uma crise e possível erupção ao largo do Cachorro, no Pico, em Dezembro de 1963. Em São Jorge já tinha havido crise em Agosto do mesmo ano, se não estou em erro, e depois recomeçou em Fevereiro de 1964.
Dada a natureza geológica, é bem possível que a nível tectónico umas coisas acabem por ativar outras, não os vulcões, mas as falhasComo será que estão interligadas todas estas zonas abaixo do solo? Será tudo independente, ou um vulcão numa ilha pode influenciar uma erupção noutra?
Em relação à crise actual, e tendo La Palma como exemplo, penso que um vulcão entrará em erupção sempre dentro da área dos epicentros, ou na sua margem. E também não muito longe da zona de deformação do solo. Talvez mais perto das bocas de 1808. Ou então, ao longo do tempo, vai ter tendência a migrar para Oeste, mais para perto da erupção de 1964, tal como aconteceu com a crise desse ano. Começou mais no meio da ilha e depois foi migrando para os Rosais.
Dia | Hora (local) | Mag. | Localização | Int. (EMM) | Freguesia |
28/mar | 20:46 | 1,7 | 1 km NW Velas | III | Urzelina |
Muito interessante o exemplo de El Hierro. Como os hipocentros começaram a descer antes da erupção.Sim, eu li há dias umas coisas sobre isso, ao inicio até se pensou a a crise sísmica de 1964 estava relacionada com o Faial. E eu nem conhecia estas erupções submarinas, só agora tomei conhecimento.
Dada a natureza geológica, é bem possível que a nível tectónico umas coisas acabem por ativar outras, não os vulcões, mas as falhas
O que referi foi mais no sentido do que o que vemos agora é o que se passa em profundidade, quer dizer, às vezes fico com a duvida se já se passou algo mais próximo da superfície.
Mas para explicar melhor, deixo por exemplo este gráfico também das Canárias, mas da erupção de El Hierro, aonde se pode ver como a erupção no final acabou ainda longe das zonas aonde havia mais sismos inicialmente. E a localização dessa sismicidade mais concentrada foi migrando ao longo do tempo. Claro que cada caso é um caso, isto é tudo altamente imprevisível, mas referi como possibilidade
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