Electricidade mais cara para subsidiar empresas do sector
As novas tarifas de electricidade a definir para 2011 vão ser agravadas em mais um por cento, destinado a subsidiar as empresas do sector. Segundo noticia o Diário Económico na sua edição de hoje, a introdução do chamado "Mecanismo de Garantia de Potência", agora aprovado pelo Governo, vai implicar uma despesa adicional de 60 milhões de euros que se reflectirá no bolso dos consumidores.
Ao abrigo deste mecanismo, a EDP a Endesa e a Galp passam a contar com um subsídio, para a produção de electricidade destinada ao mercado ibérico. O objectivo é o de permitir a estas empresas concorrer, em pé de igualdade, com as empresas espanholas que também recebem subsídio do Governo de Madrid. Os sessenta milhões euros suplementares que esta medida vai custar terão de ser absorvidos pelo sistema eléctrico nacional. No próximo ano, para pagar este excesso, os portugueses vão ter que pagar um por cento a mais do que normalmente pagariam nas suas facturas de electricidade.
O Diário Económico exemplifica, dizendo que se o mecanismo já estivesse em vigor este ano, o aumento nas tarifas teria sido de 3,9 por cento e não de 2,9 por cento como se verificou.
A tarifa final para 2011 será conhecida em Dezembro, quando a entidade reguladora dos Serviços Energéticos fixar os preços para o próximo ano.
Refira-se que o "Mecanismo de Garantia de Potência", que se insere nas negociações para a criação do Mercado Ibérico de Energia (Mibel), é uma velha reivindicação das empresas energéticas nacionais, que pretendiam tratamento idêntico ao que recebem as empresas espanholas do sector. Do outro lado da fronteira, o peso dos subsídios governamentais chegou a ser de 1,2 mil milhões de euros, embora tenha depois sido reduzido para 400 milhões de euros. A troco do subsídio, as empresas terão de assegurar que há electricidade disponível mesmo quando as centrais de energias renováveis não estiverem a produzir energia suficiente.
Segundo explica o Diário Económico, a aposta nas energias renováveis, cuja produção, apesar de inconstante, é sempre escoada para o sistema, levou a que muitas das centrais convencionais passassem a estar subaproveitadas, o que tem vindo a desincentivar o investimento em novos projectos. Para fazer face a esta situação, o Executivo português decidiu agora estipular de um incentivo ao investimento e capacidade de produção a centrais hídricas e térmicas a funcionar há menos de dez anos no mercado liberalizado. Uma medida que também contempla todos os novos investimentos no sector, como o Plano Nacional de Barragens.
O valor será fixado consoante um método inscrito na legislação, embora até a aprovação a cifra a atribuir seja de 20.000 euros por megawatt. A EDP é uma das empresas contempladas pelo mecanismo de garantia de potência. Num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa faz eco da publicação da Portaria n.º 765/2010 "que vem estabelecer (...) o regime da garantia de potência aplicável aos centros electroprodutores localizados em Portugal que operam no mercado liberalizado".
Segundo o comunicado, com a entrada em vigor da portaria, a EDP passará a receber uma "remuneração em condições idênticas às que vigoraram desde 2007 para as empresas produtoras de energia eléctrica em Espanha", sendo assim harmonizadas "as condições". Esta garantia de potência diz respeito a uma "atribuição pela prestação do serviço de disponibilidade de capacidade de produção de centros electroprodutores" que digam respeito à "gestão técnica da Rede Nacional de Transporte de Electricidade".
No esclarecimento à CMVM, a empresa explica que, devido à entrada em vigor do regime de garantia de potência dada pela legislação, a EDP espera aumentar em 45 milhões de euros o seu EBITDA consolidado anual a partir de 2011.
EBITDA "Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization". Em português, "Resultados Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações").
Fonte: RTP Notícias
Grandes barragens já renderam 624 milhões de euros ao Estado
A estratégia traçada para as grandes centrais hidroeléctricas já rendeu aos cofres públicos cerca de 624 milhões de euros. Este foi o valor pago pela EDP, Iberdrola e Endesa, as vencedoras do concurso lançado em 2008, ao abrigo do Plano Nacional de Barragens que deverá estar concluído até 2020.
O projecto envolve, além destas contrapartidas financeiras pagas à cabeça ao Estado, um investimento na ordem dos três mil milhões de euros e um aumento da produção eléctrica na casa dos 1.100 megawatts. O objectivo é ultrapassar os sete mil megawatts dentro de 10 anos, passando o potencial hidroeléctrico nacional dos actuais 46% para 76%.
A concretização deste projecto permitirá ainda, de acordo com as estimativas do Governo de José Sócrates, diminuir as importações de petróleo para as centrais termoeléctricas em 3.300 milhões de barris por ano, permitindo reduzir as emissões de CO2 em cerca de 500 mil toneladas por ano. Mas, mais importante do que isso, permitirá rentabilizar a forte aposta do Executivo no segmento eólico.
Fonte: Económico
As novas tarifas de electricidade a definir para 2011 vão ser agravadas em mais um por cento, destinado a subsidiar as empresas do sector. Segundo noticia o Diário Económico na sua edição de hoje, a introdução do chamado "Mecanismo de Garantia de Potência", agora aprovado pelo Governo, vai implicar uma despesa adicional de 60 milhões de euros que se reflectirá no bolso dos consumidores.
Ao abrigo deste mecanismo, a EDP a Endesa e a Galp passam a contar com um subsídio, para a produção de electricidade destinada ao mercado ibérico. O objectivo é o de permitir a estas empresas concorrer, em pé de igualdade, com as empresas espanholas que também recebem subsídio do Governo de Madrid. Os sessenta milhões euros suplementares que esta medida vai custar terão de ser absorvidos pelo sistema eléctrico nacional. No próximo ano, para pagar este excesso, os portugueses vão ter que pagar um por cento a mais do que normalmente pagariam nas suas facturas de electricidade.
O Diário Económico exemplifica, dizendo que se o mecanismo já estivesse em vigor este ano, o aumento nas tarifas teria sido de 3,9 por cento e não de 2,9 por cento como se verificou.
A tarifa final para 2011 será conhecida em Dezembro, quando a entidade reguladora dos Serviços Energéticos fixar os preços para o próximo ano.
Refira-se que o "Mecanismo de Garantia de Potência", que se insere nas negociações para a criação do Mercado Ibérico de Energia (Mibel), é uma velha reivindicação das empresas energéticas nacionais, que pretendiam tratamento idêntico ao que recebem as empresas espanholas do sector. Do outro lado da fronteira, o peso dos subsídios governamentais chegou a ser de 1,2 mil milhões de euros, embora tenha depois sido reduzido para 400 milhões de euros. A troco do subsídio, as empresas terão de assegurar que há electricidade disponível mesmo quando as centrais de energias renováveis não estiverem a produzir energia suficiente.
Segundo explica o Diário Económico, a aposta nas energias renováveis, cuja produção, apesar de inconstante, é sempre escoada para o sistema, levou a que muitas das centrais convencionais passassem a estar subaproveitadas, o que tem vindo a desincentivar o investimento em novos projectos. Para fazer face a esta situação, o Executivo português decidiu agora estipular de um incentivo ao investimento e capacidade de produção a centrais hídricas e térmicas a funcionar há menos de dez anos no mercado liberalizado. Uma medida que também contempla todos os novos investimentos no sector, como o Plano Nacional de Barragens.
O valor será fixado consoante um método inscrito na legislação, embora até a aprovação a cifra a atribuir seja de 20.000 euros por megawatt. A EDP é uma das empresas contempladas pelo mecanismo de garantia de potência. Num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa faz eco da publicação da Portaria n.º 765/2010 "que vem estabelecer (...) o regime da garantia de potência aplicável aos centros electroprodutores localizados em Portugal que operam no mercado liberalizado".
Segundo o comunicado, com a entrada em vigor da portaria, a EDP passará a receber uma "remuneração em condições idênticas às que vigoraram desde 2007 para as empresas produtoras de energia eléctrica em Espanha", sendo assim harmonizadas "as condições". Esta garantia de potência diz respeito a uma "atribuição pela prestação do serviço de disponibilidade de capacidade de produção de centros electroprodutores" que digam respeito à "gestão técnica da Rede Nacional de Transporte de Electricidade".
No esclarecimento à CMVM, a empresa explica que, devido à entrada em vigor do regime de garantia de potência dada pela legislação, a EDP espera aumentar em 45 milhões de euros o seu EBITDA consolidado anual a partir de 2011.
EBITDA "Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization". Em português, "Resultados Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortizações").
Fonte: RTP Notícias
Grandes barragens já renderam 624 milhões de euros ao Estado
A estratégia traçada para as grandes centrais hidroeléctricas já rendeu aos cofres públicos cerca de 624 milhões de euros. Este foi o valor pago pela EDP, Iberdrola e Endesa, as vencedoras do concurso lançado em 2008, ao abrigo do Plano Nacional de Barragens que deverá estar concluído até 2020.
O projecto envolve, além destas contrapartidas financeiras pagas à cabeça ao Estado, um investimento na ordem dos três mil milhões de euros e um aumento da produção eléctrica na casa dos 1.100 megawatts. O objectivo é ultrapassar os sete mil megawatts dentro de 10 anos, passando o potencial hidroeléctrico nacional dos actuais 46% para 76%.
A concretização deste projecto permitirá ainda, de acordo com as estimativas do Governo de José Sócrates, diminuir as importações de petróleo para as centrais termoeléctricas em 3.300 milhões de barris por ano, permitindo reduzir as emissões de CO2 em cerca de 500 mil toneladas por ano. Mas, mais importante do que isso, permitirá rentabilizar a forte aposta do Executivo no segmento eólico.
Fonte: Económico