Episódio Sísmico nas Furnas

fablept

Nimbostratus
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12 Nov 2008
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Estive a ler o artigo Low rates of deformation of the Furnas and Fogo Volcanoes. Trata-se de um estudo GPS à zona central de São Miguel no período de 1993-1997 ao vulcão do Fogo e Furnas, no geral consideraram que o vulcão das Furnas encontrava-se bem mais estável do que outros vulcões estudados, mas notaram algum movimento anual anormal em várias estações de GPS, dão duas possíveis explicações:

-Um centro de inflação não no centro da caldeira, nem a norte da caldeira (como indicado em outros estudos), mas a vários kms a noroeste da caldeira das Furnas.

-Afastamento regional das placas Euroasiáticas e Africanas (Terceira Rift) juntamente com deformação do vulcão das Furnas.

Este outro estudo, fala em anomalias na velocidade das sísmicas numa zona a noroeste da caldeira das Furnas. Anomalias na velocidade das ondas sísmicas é uma forma de localizar corpos liquidos, isto porque as ondas sísmicas abrandam em corpos líquidos, mas não consegui compreender se identificaram que tipo de líquido se encontra a noroeste das Furnas (água, magma).

Achei curioso como a zona a noroeste das Furnas é referida em diversos estudos..
 


Vince

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@fablept Comparando à crise do Fogo-Congro de 2005, nestes dias os períodos mais activos estarão ainda bastante abaixo dos dois picos ocorridos em 2005 não ?

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http://riskam.ul.pt/images/pdf/comlivactnac_2007_crise_sismica2005_fogo.pdf

Ou não fazemos ideia, porque não temos o cadastro dos de muito baixa intensidade ?

Em relação à partilha de dados, sou inteiramente a favor, como já diversas vezes debatemos aqui, sobretudo durante a crise de El Hierro. Mas refira-se que a quantidade de pessoas extra-ciência com conhecimentos para interpretar os dados com necessária cautela e serenidade é bastante reduzida, e pelo contrário, não falta gente que rapidamente nestes tempos de redes sociais e medias tablóides ateam incêndios alarmistas. É sempre uma questão complexa de gerir. Por mim, sou sempre a favor da disponibilização de todos os dados, e de tentar educar as populações o mais possível. Mas também sei que não é um assunto muito simples.
 

fablept

Nimbostratus
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12 Nov 2008
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@Vince

Pelos comunicados o máximo diário foi de 48 eventos, ainda está muito longe das centenas de eventos registados num só dia nos swarms sísmicos na crise do Fogo/Congro..mas essa crise variava muito (como mostra os gráficos) e esta das Furnas se continuar certamente que terá dias com alguns swarms mais intensos.
Houve 2 dias em Setembro de 2005 que foram mesmo intensos, dezenas de sismos sentidos nas localidades mais próximas do Fogo/Congro..

Até agora, de acordo com os comunicados:
04/01 - 48
05/01 - 57
06/01 - 26
07/01 - 12
08/01 - 12
09/01 - 12
10/01 - 22

Acredito que isto seja mm toda a sismicidade catalogada pelo CIVISA na zona nos últimos dias.

@Zapiao
Imininente, do tipo amanhã? Resposta curta, não (minha opinião). Nem temos nada que indique que isto seja de origem vulcânica, se o CIVISA algum dia chegar à conclusão que este episódio poderá evoluir para algo mais, certamente que irá pronunciar-se. E como podes ver pelos gráficos que o @Vince colocou, houve uma grande crise sísmica à cerca de 10 anos atrás, com dezenas de milhares de sismos..e nada ocorreu.
Ontem tive na zona que está a ocorrer a sismicidade, e a minha preocupação era tanta se uma erupção estava iminente que até dei uma pequena caminhada para apreciar a vista :) mas tava na expectativa se ia sentir um sismo..

Apesar de tambem concordar com as críticas que se faz à falta de diálogo da população por parte do CIVISA ou da protecção civil, fica aqui um comunicado sobre a crise do Fogo/Congro de 2005..

O Sistema vulcanotectónico do Fogo-Congro
A parte central da ilha de S. Miguel é atravessada por um importante sistema de falhas que se estende da costa norte à costa sul, abrangendo o maciço de Água de Pau e toda a região da Achada das Furnas (Congro). Num contexto mais geral, a estrutura do Fogo-Congro representa um sector emerso de uma das mais activas zonas de fractura do Atlântico Norte, uma estrutura que se prolonga desde leste de Santa Maria até à Crista Médio-Atlântica, localizada a oeste das ilhas Graciosa e Faial.



Assim sendo, não estranha que o sistema Fogo-Congro seja uma das mais importantes áreas sismogénicas do arquipélago, aqui se acumulando tensões que resultam do jogo das placas litosféricas Eurasiática, Africana e Americana. Na verdade, mesmo em períodos de “acalmia”, este sistema regista, em média, 3 a 5 microssismos por dia. De tempos a tempos a área é palco de uma crise sísmica mais importante, tal como aconteceu em 1989 e, mais recentemente e com maior frequência, nos últimos 3 anos.



Numa região como a dos Açores os sismos não podem ser dissociados dos vulcões e esse é, em particular, o caso do observado no sistema Fogo-Congro. De facto, como é sabido, este sistema tectónico abrange o Vulcão do Fogo, a oeste, e um alinhamento de pequenos centros vulcânicos que se estende desde a Lagoa do Fogo até ao bordo da caldeira do Vulcão das Furnas, a leste, de entre os quais se salientam o cone de escórias do Monte Escuro ou a depressão da Lagoa do Congro, entre muitos outros.



A história geológica da ilha de S. Miguel desde o seu povoamento, no século XV, está marcada pela ocorrência de sismos e erupções vulcânicas que têm provocado inúmeras vítimas, avultados estragos materiais e significativos impactes sob o ponto de vista económico, social e cultural. No caso particular do sistema Fogo-Congro, há a salientar: (1) o terramoto de 1522, imediatamente seguido por grandes escorregamentos de terra e um tsunami, que em conjunto destruíram a então capital Vila Franca do Campo; e (2) as erupções de 1563, uma, explosiva, centrada no interior da caldeira, cujas cinzas se estenderam para leste, até ao Nordeste, e outra, efusiva, marcada pela emissão de lavas que correram no flanco N, destruindo a zona da Ribeira Seca.




Este conhecimento justifica que a população de S.Miguel tenha consciência da necessidade de se preparar para uma qualquer nova ocorrência. A questão não é “se” mas “quando” vai tal acontecer e cada dia que passa nos aproxima, inevitavelmente, desse momento, mesmo que seja daqui a muitos anos.

“Preparemo-nos para o pior, esperando o melhor”

fonte: CVARG
 
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Vince

Furacão
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@Vince

Pelos comunicados o máximo diário foi de 48 eventos, ainda está muito longe das centenas de eventos registados num só dia nos swarms sísmicos na crise do Fogo/Congro..mas essa crise variava muito (como mostra os gráficos) e esta das Furnas se continuar certamente que terá dias com alguns swarms mais intensos.
Houve 2 dias em Setembro de 2005 que foram mesmo intensos, dezenas de sismos sentidos nas localidades mais próximas do Fogo/Congro..

Até agora, de acordo com os comunicados:
04/01 - 48
05/01 - 57
06/01 - 26
07/01 - 12
08/01 - 12
09/01 - 12
10/01 - 22

Acredito que isto seja mm toda a sismicidade catalogada pelo CIVISA na zona nos últimos dias.


Se vivêssemos hoje a crise de 2005 acho que todos nós, até os mais cautelosos, pensariam que algo importante estaria iminente, penso que nos dias 20/21 Setembro, em que chegou a haver mesmo pânico de algumas populações que passaram algumas noites fora de casa, com centenas de sismos, alguns já de alguma intensidade, que provocaram alguns estragos e derrocadas.
Uma coisa que nunca consegui encontrar online é se no pico dessa crise houve dados de deformações, que possam ter minimizado ou agravado suspeitas eventuais de que algo poderia estar para acontecer.

Recorde-se que também foi um período fértil em boatos, daí os cuidados que se deve ter com estas situações.

2005:
Resposta a boatos e perguntas frequentes sobre a actual crise sísmica
1) Como distinguir um boato do que se passa na realidade?
Ao longo da presente crise sísmica têm sido lançados diversos boatos para lançar a confusão na população. Alguns desse boatos têm sido espalhados por pessoas com responsabilidades apenas para desacreditar o trabalho das autoridades e dos investigadores que acompanham, dia e noite, o evoluir da situação. Para evitar confusões, sempre que lhe derem informações duvidosas contacte os serviços de Protecção Civil, no sentido de obter, de uma fonte oficial, os esclarecimentos necessários.

2) Que serviços de Protecção Civil podem prestar informações no caso de dúvidas?
O Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores garante todo o apoio 24 horas por dia através dos telefones 295401401 (emergências) ou 808244444 (informações). Adicionalmente pode recorrer ao quartel de bombeiros da sua zona, ao Serviço Municipal de Protecção Civil do seu concelho, ou à sua Junta de Freguesia. Traga sempre consigo todos esses números de telefone.

3) A água da Lagoa de S. Brás subiu 10 metros nos últimos dias?
Não. Os investigadores têm-se deslocado com regularidade às lagoas do Fogo, de S. Brás, do Congro e das Furnas e nunca detectaram qualquer subida do nível das águas.

4) Apareceram gases a borbulhar na Lagoa do Fogo e a temperatura da água aumentou vários graus?
Não. Os investigadores deslocam-se diariamente à Lagoa do Fogo e até à data nunca detectaram nada de anormal na zona. Por outro lado, o local é monitorizado por duas estações permanentes que medem o fluxo de dióxido de carbono, cujos dados são automaticamente enviados do campo para o Centro de Vulcanologia da Universidade dos Açores. Se se registar alguma alteração dos parâmetros físico-químicos medidos, tal será imediatamente detectado no centro de aquisição de dados da Universidade dos Açores.

5) Porque é que foi proibido o acesso à Lagoa do Fogo?
Ninguém interditou o acesso à Lagoa do Fogo. Apenas se têm aconselhado as pessoas a não circular por zonas onde os taludes possam estar instáveis e no maciço de Água de Pau essa situação verifica-se em vários locais facilmente perceptíveis pela população.
http://www.cvarg.azores.gov.pt/noti...px?IsDlg=1&iframe=true&width=1008&height=100%


Vamos acompanhando. Isto tanto pode acabar dum dia para o outro, acho que em 2011 houve uma outra crise mais pequena que se prolongou uns meses acabando sem nada de especial para recordar. Como também pode passar por dias em que a actividade aumenta substancialmente, de forma mais preocupante. Há que estar atento.
 

StormRic

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23 Jun 2014
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Vamos acompanhando. Isto tanto pode acabar dum dia para o outro, acho que em 2011 houve uma outra crise mais pequena que se prolongou uns meses acabando sem nada de especial para recordar. Como também pode passar por dias em que a actividade aumenta substancialmente, de forma mais preocupante. Há que estar atento.

O que me preocupa é saber se existe ou não um plano de evacuação ou planos conforme o tipo de evento e com que prontidão podem ser activados e como será a resposta em tempo real. Mas esta preocupação não é, claro, exclusiva, destas situações nos Açores. Se as erupções de 1439-43 e 1630 parecem muito recuadas no tempo e apagadas da memória e fazem crer numa aparente estabilidade presente, no continente o adormecimento é mais grave perante acontecimentos como o de 1755, bem mais próximos. Penso que mesmo assim nos Açores a consciência na população está muito melhor implantada e o tipo de eventos e a sua monitorização será sem dúvida muito mais eficaz do que no continente, como aliás já se observa. Mas pôe-se a questão, têm as ilhas dispositivos de socorro e evacuação em massa acionáveis em tempo útil na eventualidade de esta ser mesmo necessária?
 

fablept

Nimbostratus
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Se vivêssemos hoje a crise de 2005 acho que todos nós, até os mais cautelosos, pensariam que algo importante estaria iminente, penso que nos dias 20/21 Setembro, em que chegou a haver mesmo pânico de algumas populações que passaram algumas noites fora de casa, com centenas de sismos, alguns já de alguma intensidade, que provocaram alguns estragos e derrocadas.
Uma coisa que nunca consegui encontrar online é se no pico dessa crise houve dados de deformações, que possam ter minimizado ou agravado suspeitas eventuais de que algo poderia estar para acontecer.

Recorde-se que também foi um período fértil em boatos, daí os cuidados que se deve ter com estas situações.




Vamos acompanhando. Isto tanto pode acabar dum dia para o outro, acho que em 2011 houve uma outra crise mais pequena que se prolongou uns meses acabando sem nada de especial para recordar. Como também pode passar por dias em que a actividade aumenta substancialmente, de forma mais preocupante. Há que estar atento.
Mas muito provavelmente a cautela do CIVISA seja mesmo por experiência dessa crise, imaginemos que realmente tiveram alguns dados geofísicos ou químicos que indicassem que este actividade seja relacionada com vulcanismo, tornavam essa informação pública, as pessoas ficavam confusas, mas podia passar-se décadas sem nada ocorrer, mas por azar umas semanas depois desse comunicado tinhamos um pico de sismicidade na zona das Furnas como foi nos dias 21/22 de Setembro de 2005, que em nada tinha características vulcânicas (sem tremor ou outros registos sísmicos típicos de vulcanismo)..o pânico que não se geraria nas freguesias adjacentes às Furnas.

A crise do Fogo-Congro foi constituída sismicidade em duas zonas sísmicas, uma junto ao sistema do Congro e outra junto à lagoa do Fogo. Houve deformação e apesar de acreditar-se que se tratou de uma crise com origens vulcânicas, não se registou nenhum tipo de sismo do tipo vulcânico.
Mas eu coloquei um artigo no tópico Sismologia e Vulcanismo nos Açores que resume muito sucintamente o que poderá estar a ocorrer para essas sucessivas, mas espaçadas crises no Fogo/Congro.

Ocorreu à pouco outro sismo sentido na região oeste das Furnas, segundo o IPMA foi sentido na Vila Franca..
 
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Afgdr

Cumulonimbus
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28 Set 2011
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Ocorreu à pouco outro sismo sentido na região oeste das Furnas, segundo o IPMA foi sentido na Vila Franca..


Foi novamente um sismo fraco, com magnitude 1,5 ML e sentido com intensidade II em Vila Franca. Este sismo apenas consta como sentido pelo IPMA, pelo que não devem ter reportado ao CVARG.


Aviso de Sismo Sentido no Arquipélago dos Açores 12-01-2015 22:00
2015-01-12 22:00:00
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 12-01-2015 pelas 22:00 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Arquipélago dos Açores, um sismo de magnitude 1.5 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 4 km a Norte-Nordeste de Ponta Garça (S. Miguel).

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima II (escala de Mercalli modificada) na região de Vila Franca do Campo, Ilha de São Miguel.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.


Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (www.prociv.azores.gov.pt).
 

Zé Carapau

Cirrus
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23 Mai 2014
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O que me preocupa é saber se existe ou não um plano de evacuação ou planos conforme o tipo de evento e com que prontidão podem ser activados e como será a resposta em tempo real. Mas esta preocupação não é, claro, exclusiva, destas situações nos Açores. Se as erupções de 1439-43 e 1630 parecem muito recuadas no tempo e apagadas da memória e fazem crer numa aparente estabilidade presente, no continente o adormecimento é mais grave perante acontecimentos como o de 1755, bem mais próximos. Penso que mesmo assim nos Açores a consciência na população está muito melhor implantada e o tipo de eventos e a sua monitorização será sem dúvida muito mais eficaz do que no continente, como aliás já se observa. Mas pôe-se a questão, têm as ilhas dispositivos de socorro e evacuação em massa acionáveis em tempo útil na eventualidade de esta ser mesmo necessária?

Plano de Evacuação?? Isso em Portugal não existe, é deixar acontecer e depois logo se vê, como disse anteriormente, estive em Água de Pau na crise de 2005, aquilo foi assustador, era um ruído constante da terra, recordo-me bem, porque estava com receio.
Abordei as autoridades neste sentido, a Polícia nada me soube dizer, porque a informação que receberam foi quase nula, um jipe da protecção civil, que abordei, correram comigo, enfim é o país que temos.
Portugal é um todo e toda a população deve de estar informada, mas olhemos só para a grande Lisboa, existe algum plano em caso de tsunami?? E de terramoto???
Isto é grave e ninguém faz nada em relação a isto
 

Vince

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Nimbostratus
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5 Mar 2009
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Plano de Evacuação?? Isso em Portugal não existe, é deixar acontecer e depois logo se vê, como disse anteriormente, estive em Água de Pau na crise de 2005, aquilo foi assustador, era um ruído constante da terra, recordo-me bem, porque estava com receio.
Abordei as autoridades neste sentido, a Polícia nada me soube dizer, porque a informação que receberam foi quase nula, um jipe da protecção civil, que abordei, correram comigo, enfim é o país que temos.
Portugal é um todo e toda a população deve de estar informada, mas olhemos só para a grande Lisboa, existe algum plano em caso de tsunami?? E de terramoto???
Isto é grave e ninguém faz nada em relação a isto

A minha área não é especificamente esta, mas tendo ja participado na elaboração de planos municipais e distritais de prevenção e de emergencia, julgo que devemos começar a distinção mesmo por aí!
De facto o nosso País nunca foi muito fertil em mitigação de riscos, concordo! De qualquer forma fizemos uma evolução notável desde 2005, muito "a boleia" do risco de incêndios florestais, sem duvida, mas nos outros riscos tambem!
Relativamente aos planos: um plano de emergencia e protecção civil é o chamado "Plano Resposta". Pressupõe um ou mais riscos e em função da sua ocorrencia num periodo maior ou menor de tempo, ter uma resposta de socorro ás populações e de mitigação das dificuldades causadas! Em 2005 os planos de emergencia e protecção civil eram (grosso modo) uma lista de contactos (e na melhor das hipoteses actualizados) e de meios. Agora não, agora ha um conjunto de trabalhos realizados na identificação de riscos e vulnerabilidades por concelho com base cientifica!
Se eu vivesse nessa zona deslocar me ia`ao SMPC e pediria para ter acesso à parte não reservada do plano de emergencia e protecção civil. Aí procuraria saber qual a resposta que existe a nivel local para este risco especifico (ou aos outros naturalmente).
Discordo portanto quando referes que nada se faz...aliás estes comunicados são um exemplo de informação que é feita a população, pelo radio é outra, jornais, tv...preventivamente é um exemplo! Quanto à resposta, que esperemos não ser necessaria de colocar em pratica, essa deves procurar conhecer o que é permitido à população conhecer!
Mais poderia ser feito, claro que sim, mas acredita que estamos incomparavelmente melhor que em 2005...
genericamente é isto que posso dizer pois o risco sismico não é de todo aquele em que estou mais a vontade!