Esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris)

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
O esquilo-vermelho ou esquilo-vermelho-eurasiático (Sciurus vulgaris) é uma espécie de esquilo pertencente ao género Sciurus. É um roedor omnívoro que habita árvores, sendo muito comum por toda a Eurásia.

Em Portugal, o esquilo-vermelho desapareceu no século XVI, mas nos anos 1990 populações vindos da Espanha voltaram a colonizar o norte do país.[1] Na Grã-Bretanha e Irlanda os seus números têm decrescido, em parte devido à introdução do esquilo-cinzento americano (Sciurus carolinensis)[2] e também devido à baixa manutenção do seu habitat. O esquilo-cinzento foi também introduzido no norte da Itália, e há o risco de que também nessa região ocorra a competição com a espécie nativa européia.

Descrição física

O esquilo-vermelho tem um comprimento típico de 19 a 23 cm (excluindo a cauda), uma cauda entre 15 e 20 cm de comprimento e um peso entre 250 e 340 g. Não apresenta dimorfismo sexual, pois machos e fêmeas têm o mesmo tamanho. Pensa-se que a longa cauda do esquilo o ajuda a manter o equilíbrio e postura quando salta de árvore em árvore e corre ao longo de ramos, podendo também ajudar o animal a manter-se quente durante o sono.

A cor da pelagem do esquilo-vermelho varia com a estação e a sua localização. Existem diversas variantes, do preto ao vermelho. A pelagem vermelha é mais comum na Grã-Bretanha; noutras partes da Europa e Ásia, co-existem diferentes pelagens nas mesmas populações. O ventre é sempre branco-creme. O esquilo-vermelho muda o pêlo duas vezes por ano, tomando uma pelagem mais espessa e escura e adquirindo tufos de pêlo nas orelhas entre Agosto e Novembro. Os tufos de pêlo são uma característica específica do esquilo-vermelho. Possui em geral uma coloração mais clara e avermelhada que o esquilo-cinzento americano ou o esquilo-vermelho americano.
Possui também garras aguçadas e encurvadas que permitem trepar às árvores, mesmo que os ramos estejam caídos.

Reprodução e mortalidade

O acasalamento pode ocorrer no final do Inverno, durante Fevereiro e Março, e no Verão, entre Junho e Julho. Uma fêmea pode originar uma a duas ninhadas por ano; cada ninhada tem normalmente três ou quatro crias mas pode ter até seis. A gestação dura 38 a 39 dias. A mãe toma sozinha conta das crias, que nascem indefesas, cegas e surdas e pesando entre 10 e 15 g. O seu corpo encontra-se coberto de pêlo após 21 dias, os olhos e ouvidos abrem após três ou quatro semanas e desenvolvem todos os seus dentes até aos 42 dias. Os jovens esquilos conseguem comer alimentos sólidos após 40 dias, podendo após este tempo abandonar o ninho e encontrar comida por meios próprios; são no entanto amamentados até às oito a dez semanas.

Durante o acasalamento, os machos detectam as fêmeas que se encontram no estro através de um odor que elas produzem; embora não exista corte, o macho corre atrás da fêmea até cerca de uma hora antes de acasalar. É usual diversos machos correrem atrás da mesma fêmea até o macho dominante (normalmente o de maior envergadura) conseguir acasalar. Machos e fêmeas acasalam múltiplas vezes com diversos parceiros. As fêmeas têm de possuir uma massa corporal mínima até atingir o estro e as fêmeas mais pesadas produzem em média mais filhotes. Uma fêmea produz a sua primeira ninhada tipicamente durante o seu segundo ano de vida. A reprodução pode ser mais lenta se a comida for escassa.
Um esquilo-vermelho vive cerca de três anos, embora alguns espécimens vivam até aos sete ou dez anos se em cativeiro. A sobrevivência tem uma correlação positiva com a disponibilidade de sementes durante o Outono e Inverno; em média, 75% a 85% dos jovens esquilos desaparece durante o primeiro Inverno e a mortalidade desce para 50% nos Invernos seguintes.[3]

Ecologia e comportamento

O esquilo-vermelho habita a floresta conífera, encontrando-se também em florestas temperadas caducifólias. Nidifica na axila de ramos de coníferas formando ninhos em forma de cúpula com cerca de 25 a 30 cm de diâmetro, forrado com musgo, folhas, ervas e casca de árvore. Também utilizam cavidades em árvores e ninhos de cuco para nidificar. É um animal solitário, tímido e relutante em partilhar comida. No entanto, fora da estação de acasalamento, e especialmente no Inverno, diversos esquilos-vermelhos podem partilhar um ninho para se manterem quentes. A organização social é baseada numa hierarquia de dominância entre sexos e dentro de cada sexo; embora os machos não sejam necessariamente dominantes em relação às fêmeas, os animais dominantes são normalmente maiores e mais velhos que os subordinados e os machos dominantes têm usualmente lares maiores que machos e fêmeas subordinados.[4]

O esquilo-vermelho alimenta-se de sementes de árvores, conseguindo limpar cones de coníferas para obter as suas sementes. Também se alimentam de determinados cogumelos, ovos de pássaros, bagas e rebentos de plantas. Também podem remover a casca de árvores para aceder à seiva. É capaz de coleccionar cogumelos e secá-los em árvores.[5][6]
Entre 60% e 80% do seu período activo pode ser passado na busca de alimento e forragem.[7] Embora o esquilo-vermelho seja capaz de memorizar onde escondeu comida, a sua memória espacial é menor e menos precisa que a do esquilo-cinzento;[8] necessita por isso procurar frequentemente os esconderijos quando necessita deles e por vezes não encontra alguns. Não mantém territórios e as áreas de busca de alimento sobrepõem-se de forma considerável.


Esquilo-vermelho apresentando os característicos tufos de pêlo de Inverno nas orelhas.
O período activo do esquilo-vermelho é a manhã e ao anoitecer. Descansa durante o dia no seu ninho, evitando dois perigos dessas horas: o calor e a maior visibilidade a aves de rapina. Durante o Inverno, este descanso diurno é mais curto ou ausente, embora condições climáticas agressivas possam fazer com que o animal fique no seu ninho durante vários dias de seguida.
Os predadores arbóreos incluem pequenos mamíferos como a marta (Martes martes), o gato-bravo e o arminho, que atacam as crias; aves, como corujas, e aves de rapina como gaviões e açores. A raposa-vermelha, gatos e cães também podem ser predadores quando o esquilo se encontra no solo. O homem influencia o tamanho e mortalidade da população ao destruir ou alterar habitats, causar mortes por acidente rodoviário e controlar populações pela caça.

Taxonomia e distribuição

O esquilo-vermelho ocorre em quase toda a Europa, boa parte da Sibéria, norte da China, Península Coreana e norte do Japão

Em Portugal o esquilo-vermelho extinguiu-se no século XVI, provavelmente devido à perda de habitats. A partir dos anos 1980 a espécie começou a recolonizar o norte do país, vindo da Galiza, na Espanha.[1][9] A subespécie encontrada em Portugal parece ser S. v. fuscoater.[9]
A expansão natural de esquilos repovoou grande parte de Portugal ao norte do Rio Douro, estando a espécie presente nas áreas protegidas do Parque Nacional da Peneda-Gerês e do Parque Natural de Montesinho. Nos últimos anos a espécie foi detectada na Reserva Natural Serra da Malcata, no centro-leste de Portugal.[10]

O esquilo-vermelho também foi introduzido em áreas verdes urbanas como o Parque Florestal de Monsanto,[11] em Lisboa, e o Jardim Botânico de Coimbra.

Subespécies

Existem mais de quarenta subespécies identificadas de esquilo-vermelho, mas o estatuto taxonómico de algumas destas é incerto. Um estudo de 1971 reconhece a existência de 16 subespécies e serviu como base para estudos taxonómicos posteriores.[12][13]

S. v. altaicus Serebrennikov, 1928
S. v. anadyrensis Ognev, 1929
S. v. argenteus Kerr, 1792
S. v. balcanicus Heinrich, 1936
S. v. bashkiricus Ognev, 1935
S. v. fuscoater Altum, 1876
S. v. fusconigricans Dvigubsky, 1804
S. v. infuscatus Cabrera, 1905
S. v. italicus Bonaparte, 1838
S. v. jacutensis Ognev, 1929
S. v. jenissejensis Ognev, 1935
S. v. leucourus Kerr, 1792
S. v. mantchuricus Thomas, 1909
S. v. meridionalis Lucifero, 1907
S. v. rupestris Thomas, 1907
S. v. vulgaris Lineu, 1758

Conservação

O esquilo-vermelho encontra-se protegido na maior parte da Europa por se encontrar listado no Apêndice III da Convenção de Berna para a Conservação da Vida Selvagem e Habitats Naturais Europeus; também se encontra listado como espécie quase ameaçada na Lista Vermelha da IUCN. Nalgumas áreas, é abundante e caçado por causa da sua pelagem.

Competição com o esquilo-cinzento

Embora não considerado sob ameaça a nível global, o número de esquilos-vermelhos diminuiu drasticamente no Reino Unido, pensando-se existir menos de 140 000 indivíduos,[14] 85% destes na Escócia. Este decréscimo na população é frequentemente associado à introdução do esquilo-cinzento (Sciurus carolinensis) provindo da América do Norte, embora a perda e fragmentação do seu habitat tenha desempenhado também um papel importante.

De forma a conservar a restante população, o governo do Reino Unido anunciou em Janeiro de 2006 um programa de abate do esquilo-cinzento, uma acção bem recebida por diversos grupos de conservação da natureza. Uma acção anterior de abate foi iniciada em 1998 na ilha de Anglesey, no norte do País de Gales, o que facilitou a recuperação natural da população do esquilo-vermelho e a reintrodução deste na floresta de Newborough.[15] Existem ainda diversos grupos locais de conservação, como o Red Squirrel Conservation em Mallerstang, Cúmbria.[16]

Fora das Ilhas Britânicas, existe uma população significativa de esquilo-cinzento em Piemonte, na Itália, onde dois pares escaparam ao cativeiro em 1948. Observou-se uma diminuição significativa do esquilo-vermelho na área após 1970 e teme-se a expansão desta espécie pela restante Europa.
O esquilo-cinzento aparenta ganhar na competição com o esquilo-vermelho por diversas razões:
O esquilo-cinzento consegue digerir facilmente bolotas, algo que o esquilo-vermelho não consegue fazer;
O esquilo-cinzento é portador de uma doença, um parapoxvírus, que aparenta não o afectar mas que frequentemente mata o esquilo-vermelho.
Quando o esquilo-vermelho se encontra sob pressão, não acasala tão frequentemente.

As duas espécies não são antagonistas e o confronto entre ambas não é um factor no declínio das populações de esquilo-vermelho.
Uma pesquisa efectuada em 2007 mostrou que a expansão da população da marta provoca a retracção da população do esquilo-cinzento. Pensa-se que tal é devido ao maior tempo que o esquilo-cinzento passa no solo, em relação ao esquilo-vermelho, expondo-se mais à acção deste predador.[17]

729px-MattiParkkonen_Orava.jpg

http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquilo-vermelho

Fica aberto o tópico do Esquilo. A ideia é termos um sitio onde se podem colocar todas as notícias que apareçam sobre este animal e continuarmos as discussões sobre a sua distribuição actual, que estão espalhadas por diferentes tópicos.
 


Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal

duero

Nimbostratus
Registo
23 Dez 2009
Mensagens
1,038
Local
valladolid
Hablaba de Gran Bretaña, pero también escuche noticias de España donde la ardilla americana ya anda por el monte de El Pardo y no se si por zonas de las montañas de Madrid, cerca de El Escorial, y eso ya es naturaleza, muy influenciada por el hombre pero naturaleza, si.
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
Muito más notícias.

Se o que está a acontecer em Inglaterra começa também no continente, o futuro do esquilo europeu pode estar em causa :mad:
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
Gun clubs compete in squirrel cull

UN CLUBS throughout the country have been participating in a scheme to shoot “alien” grey squirrels which are blamed for the catastrophic decline in the population of native red squirrels.

The forestry service of the Department of Agriculture last year sponsored a prize fund as part of its efforts to cull a species which is also blamed for causing damage to trees by stripping the bark from saplings.

Last year the participating gun clubs shot bagged 1,364 greys – up from 995 in 2008. Thirteen counties participated in the 2009 grey squirrel-shooting and the winner was Co Meath.

Clubs in the royal county shot 214 creatures and won a cash prize of €1,600. In second place was Co Monaghan, which received a prize of €1,100 for its tally of 196. Neighbouring Co Cavan came third with a kill of 153. The other participating counties also received cash amounts with the total prize fund amounting to €6,500.

The novel eradication programme was developed following consultations with the National Association of Regional Game Councils which represents some 900 gun clubs throughout the Republic.

Des Crofton, the association’s national director, said counties must have kills verified by producing evidence in the form of squirrel carcases or tails. Clubs in Co Wicklow had the highest kill, he said, but “failed to make the returns so they missed out”. He is currently in discussions with the Department of Agriculture to fund a new contest in 2010.

The grey squirrel, native to the United States, was introduced inadvertently to Ireland in 1911 when a group of creatures escaped from a gift hamper given to a woman at Castle Forbes in Co Longford by the Duke of Buckingham.

Mr Crofton said grey squirrels were predominantly found in the east of the country because the river Shannon had acted as “a natural barrier”. However, Liam Lysaght, director of the National Biodiversity Data Centre, said the grey has breached the Shannon as well as the Suir and Blackwater, which had been preventing its spread southwards. He described the grey as “a major threat” to the survival of the red squirrel.

The eradication of the grey squirrel – a prolific breeder – is notoriously difficult. Experts in Italy, where greys were introduced in 1948, have claimed that “to ensure red squirrel survival, at least 50 per cent of grey squirrels must be removed yearly”.

Mr Lysaght said it was thought there were 40,000 red squirrels left on the island of Ireland, a fall of 20 per cent from its peak. He said the number of grey squirrels had risen sharply but an exact figure could not be estimated.

http://www.irishtimes.com/newspaper/ireland/2010/0106/1224261730231.html


Já se fazem concursos para ver quem consegue matar mais.

Incrível como um pequeno grupo que escapou conseguiu tornar-se uma ameaça tão grande. Só de pensar na quantidade de animais de "estimação" exóticos que existem por este país fora. São um desastre à espera de acontecer :mad:


Também acho incrível os ambientalistas italianos estarem a fazer pressão para que não se faça um programa de erradicação dos esquilos americanos em Itália.
Será que não sabem que espécies invasoras são uma das grandes ameaças à biodiversidade?
Querem condenar o futuro do esquilo europeu para proteger o esquilo americano???
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal

Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,809
Local
Menorca
Este mapa deve estar bastante desactualizado.

Se em Portugal a recolonização que tem vindo a acontecer nos últimos 20 anos já chegou ao Tejo, pelo menos as regiões de fronteira de Castela-Leão e Extremadura com o nosso país, já devem ter populações consideráveis.

Una información importante (la pongo en este topic pero vale para todos los que se han abierto de fauna y está relacionado con todos los mapas españoles de distribución colgados): No en todas las provincias españolas se han realizado muestreos completos y suficientes sobre la existencia real de una especie. Es lógico: hay algunas más estudiadas y otras mucho menos (esa circunstancia varía con cada especie). Tengo el Atlas de los Mamíferos Terrestres de España de 2002 (el anterior al actual) y te lo dicen clarísimo: En algunas especies de mamíferos las ausencias en determinadas regiones pueden deberse a muestreos incompletos o insuficientes .

Sin ir más lejos y usando el mapa que has colgado sobre la distribución de la ardilla roja te explicaré el caso de Zamora como ejemplo. Según ese mapa sólo hay ocupadas en toda la provincia 10 cuadrículas UTM de 10x10 km. Pues bien, un estudio más detallado y exhaustivo de la propia SECEM (Sociedad Española para la Conservación y Estudio de los Mamíferos; colaboradora en la realización del Atlas y Libro Rojo) publicado en su propio boletín Galemys: Boletín informativo de la Sociedad Española para la conservación y estudio de los mamíferos, ISSN 1137-8700, Vol. 21, Nº. 1, 2009 dice literalmente:

"Aunque estudios previos localizan a la especie en 10 cuadrículas UTM 10x10 km del centro, este y sur de la provincia, el presente trabajo aporta datos de presencia para un total de 39 cuadrículas nuevas, localizadas principalmente en el oeste del área de estudio. De forma connjunta, con todos los datos disponibles, la especie se ha detectado en el 30,2 % de las cuadrículas UTM 10x10 km de la provincia. Se sugiere la existencia de al menos dos núcleos poblacionales aparentemente independientes y con un posible diferente origen: a) el que ocupa la mayor parte del cuadrante NO (comarcas de Sanabria, La Carballeda, Aliste y Tábara) y las montañas del NE (Sierra de las Carpurias) y b) el que aparece en algunos puntos del S (Sayago), SE (comarca de Toro) y E (Tierra de Campos)."

El estudio se titula "Aproximación a la distribución de la ardilla roja ("Sciurus vulgaris" Linnaeus, 1758) en la provincia de Zamora (noroeste de España)
Red squirrel ("Scirus vulgaris" Linnaeus, 1758) distribution approach in the province of Zamora (NW of Spain)". Y el autor es Javier Talegón.

Es decir, un total de 49 cuadrículas ocupadas en Zamora (1/3 de la provincia que no es poco). Según el mapa del Atlas su presencia quedaría reducida a 10 cuadrículas, algo prácticamente testimonial...Según el mapa del Atlas en el oeste y noroeste de Zamora no habría ardillas, que realmente es donde más hay, con eso te lo digo todo. Y esas nuevas cuadrículas no son por expansión reciente de la especie; las ardillas ya estaban ahí cuando se realizó el mapa del Atlas...

Y así con casi todas las especies (salvo para ciertas especies muy concretas, muy escasas, localizadas, protegidas y estudiadas, por todos conocidas). Nunca habrá menos superficie ocupada real de la que aparece "pintada" en el mapa del Atlas, pero prácticamente seguro siempre habrá más ;)
 

Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,809
Local
Menorca
Fijaos en estos tres casos de distribución de mamíferos en Castilla-La Mancha:

Ouriço cacheiro (Erinaceus europaeus)

http://www.mma.es/portal/secciones/biodiversidad/inventarios/inb/atlas_mamiferos/pdf/1_Erinaceo.pdf

Gineto (Genetta genetta)

http://www.mma.es/portal/secciones/biodiversidad/inventarios/inb/atlas_mamiferos/pdf/61_carni.pdf

Rato-do-campo (Apodemus sylvaticus)

http://www.mma.es/portal/secciones/...b/atlas_mamiferos/pdf/Apodemus_sylvaticus.pdf

Lo dicho, fijaos en el mapa en la distribución en Castilla-La Mancha. Albacete está repleta 100% de cada una de estas especies y las restantes provincias manchegas bien poquito sin explicación de accidente geográfico, climatológico o antrópico y de diferencia de hábitats posible. Y más tratándose de tres especies abundantes, adaptables y ubicuas como son. Lo dicho, ausencias en esas otras provincias inexplicables. Parece que se tomaron más en serio y fue algo más detallado el estudio en la provincia albaceteña, ¿no? :D ;)
 

Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,809
Local
Menorca
¡Mirad lo que he encontrado! :w00t::thumbsup:

Un estudio de cuatro biólogos portugueses publicado en el boletín oficial de la Sociedad Española para la Conservación y Estudio de los Mamíferos (SECEM) titulado : DISTRIBUCIÓN Y ASPECTOS ECOLÓGICOS DE Sciurus vulgaris EN PORTUGAL

Es un poco antiguo (de 2001) y desactualizado en su distribución reciente, pero muy interesante. En él explica la distribución "actual" (de 2001) de la ardilla en Portugal y la evolución de la recolonización y expansión poblacional.

http://www.secem.es/GALEMYS/PDF de Galemys/13 (NE) PDF/15. Ferreira (155-170).pdf

Os pongo íntegro el resumen inicial:

" Después de cuatro siglos de ausencia, la ardilla (Sciurus vulgaris Linnaeus, 1758) volvió, en la década de los 80, a colonizar Portugal. Con el presente trabajo, se pretende dar a conocer la distribución actual de la ardilla en Portugal y la evolución de la recolonización y expansión poblacional. Se ha intentado igualmente determinar qué subespecie de Sciurus vulgaris ha recolonizado el país y se analizan los hábitos alimentarios de este roedor. La ardilla se distribuye por la totalidad de la región Norte del río Duero. La recolonización del Norte de Portugal ha sido el resultado de la dispersión de individuos de poblaciones de Galicia. Tras la entrada por el Noroeste del país, la ardilla se expandió rápidamente por la región Norte, debido a las buenas condiciones del hábitat, resultantes de repoblaciones recientes, en las
que se utilizó, sobretodo, el pino rodeno (Pinus pinaster). La importancia del pino rodeno en el regreso y expansión de la ardilla en Portugal es patente tras el análisis de la dieta de este roedor. De hecho, las semillas de esta conífera constituyen el alimento más consumido, con un porcentaje del 88%. Los ejemplares analizados de Sciurus vulgaris del Norte de Portugal, presentan características de la subespecie Sciurus vulgaris fuscoater, lo que concuerda con el hecho de que S. v. fuscoater sea la subespecie presente en la Cordillera Cantábrica, zona de donde se dispersaron los individuos que recolonizaron Galicia y posteriormente Portugal."

Espero que os guste :)
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
Una información importante (la pongo en este topic pero vale para todos los que se han abierto de fauna y está relacionado con todos los mapas españoles de distribución colgados): No en todas las provincias españolas se han realizado muestreos completos y suficientes sobre la existencia real de una especie. Es lógico: hay algunas más estudiadas y otras mucho menos (esa circunstancia varía con cada especie). Tengo el Atlas de los Mamíferos Terrestres de España de 2002 (el anterior al actual) y te lo dicen clarísimo: En algunas especies de mamíferos las ausencias en determinadas regiones pueden deberse a muestreos incompletos o insuficientes .

Obrigado pele informação. :thumbsup:
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
¡Mirad lo que he encontrado! :w00t::thumbsup:

Un estudio de cuatro biólogos portugueses publicado en el boletín oficial de la Sociedad Española para la Conservación y Estudio de los Mamíferos (SECEM) titulado : DISTRIBUCIÓN Y ASPECTOS ECOLÓGICOS DE Sciurus vulgaris EN PORTUGAL

Es un poco antiguo (de 2001) y desactualizado en su distribución reciente, pero muy interesante. En él explica la distribución "actual" (de 2001) de la ardilla en Portugal y la evolución de la recolonización y expansión poblacional.

http://www.secem.es/GALEMYS/PDF de Galemys/13 (NE) PDF/15. Ferreira (155-170).pdf


Obrigado pelo link. Já conhecia esse estudo, é pena já ser antigo. Actualmente a espécie já ocupa metade do país.

Uma parte interessante desse estudo é a dieta do esquilo vermelho. Ao contrário do que se podia pensar, os esquilos comem acima de tudo pinhas.

Ás vezes pensamos nos pinhais como zonas pouco importantes em termos de biodiversidade (um bocado como os eucaliptais). Pelo menos no que se refere ao esquilo, os pinhais são zonas óptimas, melhor até que carvalhais, já que as bolotas duram poucos meses e pinhas há o ano inteiro.

A partir do momento em que temos esquilos num pinhal, toda uma cadeia de biodiversidade pode nascer. Há vários carnívoros que se podem alimentar de esquilos: Martas, Doninhas, Arminhos, Toirões, Raposas, Gatos Silvestres, Genetas, Saca-Rabos, várias aves de rapina,... Até um Lobo ou um Lince não se devem importar de provar uma carne de esquilo de vez em quando :).
Ou seja, se até agora tínhamos os pinhais com pouca biodiversidade, a existência desta espécie pode atrair outros carnívoros. Se calhar actualmente, os pinhais do norte e centro do país já são zonas mais animadas do que podemos pensar :lol:

É uma óptima notícia termos mais um animal que (tal como o coelho) pode ser a base de alimentação de vários carnívoros. Talvez este regresso do esquilo a Portugal ainda não tenha tido o interesse que podia ter em termos de comunidade cientifica, mas penso que já estaria na altura de se fazer uma análise do impacto que a existência desta espécie está a ter nas várias espécies de carnívoros da nossa fauna.
 

Pek

Cumulonimbus
Registo
24 Nov 2005
Mensagens
4,809
Local
Menorca
Fijaos en la variedad de la dieta de la ardilla:

- Según el Atlas y Libro Rojo de los Mamíferos Terrestres
"El alimento básico en Iberia son las semillas de los pinos. Las avellanas, zarzamoras, hayucos, bellotas, nueces, hongos, caracoles y larvas de cerambícidos aparecen en la dieta otoño-invernal de la especie en Navarra. En Sierra Nevada se ha observado en cambio el consumo de cortezas de álamos y de brotes de inflorescencias de almendros y pinos."

- Según la Guía de Mamíferos de España (Volumen II), de Juan Carlos Blanco. Una publicación imprescindible, por cierto.
"Comen fundamentalmente frutos y semillas. Los piñones constituyen la base de su dieta. Se ha calculado que que una ardilla consume diariamente 40 g. de piñones, que corresponderían a una utilización de 114 a 143 piñas. En pinares homogéneos las ardillas trabajan las piñas allá donde las encuentran; en cambio, en pinares jóvenes suelen buscar una plataforma o comedero, habitualmente nidos de urraca u horquillas de árboles. En las provincias de Granada y Almería, las piñas de pino carrasco parecen ser las preferidas por la especie, seguidas de las de pino marítimo y, finalmente, las de pino albar y pino laricio. Durante el otoño aumenta el consumo de los frutos, bayas y hongos que maduran en esta época. Por ejemplo, en Navarra las ardillas consumen un 25% de avellanas, un 15,5% de zarzamoras y hasta un 20% de hayucos. Las nueces y las bellotas también forman parte de su dieta otoñal. En Sierra Nevada la ardilla consume asimismo la cara interna de las cortezas de los álamos y los brotes de las inflorescencias de pinos y almendros. A veces también captura insectos y huevos de pajarillos, aunque se trata de alimentos esporádicos. En Navarra, sin embargo, se ha observado un consumo importante de caracoles y larvas de cerambícidos."

Se nota que en el Atlas han utilizado de bibliografía a este último autor (la Guía de Mamíferos es anterior). ;)
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
É uma óptima notícia termos mais um animal que (tal como o coelho) pode ser a base de alimentação de vários carnívoros. Talvez este regresso do esquilo a Portugal ainda não tenha tido o interesse que podia ter em termos de comunidade cientifica, mas penso que já estaria na altura de se fazer uma análise do impacto que a existência desta espécie está a ter nas várias espécies de carnívoros da nossa fauna.

Encontrei um artigo que já faz uma pequena referência a esta nova situação. Parece que atrás dos esquilos vieram as Martas. Um animal que também (possivelmente) tinha desaparecido do nosso território e que há cerca de 20 anos começou a aparecer.

Existe também outro factor muito importante que afecta directamente a vida da espécie, a expansão do esquilo-vermelho. "É conhecido na Europa do Norte e Centro como uma das presas principais da marta. Esteve praticamente extinto em Portugal até à década de 80, altura em que começou a haver uma recuperação. Não sabemos até que ponto a marta está a corresponder a esta expansão."
http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1421262&seccao=Biosfera
 

Seattle92

Nimbostratus
Registo
22 Set 2010
Mensagens
668
Local
Portugal
New Hope For The Red Squirrel

ScienceDaily (Oct. 22, 2008) — A new study says free-living red squirrels are mounting an immune response to the squirrelpox viral disease. A number of red squirrels are immune to squirrelpox viral disease, which many believed would lead to the extinction of the species, scientists have discovered.

Scientists led by the Zoological Society of London (ZSL) have identified eight cases in which free-living red squirrels have survived infection with the squirrelpox virus by mounting an immune response.

Dr. Anthony Sainsbury, ZSL researcher and lead author of the paper, said, "We were absolutely delighted to find signs of immunity in red squirrels after years of seeing the squirrelpox virus devastating populations throughout England and Wales. This finding is the first sign of hope in the long struggle to save the species from extinction in the UK."

The red squirrel (Sciurus vulgaris) is a European rodent which has declined dramatically in the UK since the introduction of grey squirrels (Sciurus carolinensis) at the end of the nineteenth century. Their rapid decline has been attributed primarily to the susceptibility of red squirrels to the squirrelpox virus, which the grey squirrel harbours but is immune to and which gives the greys a competitive edge over the reds.

The research also confirmed that changes in the distribution of the squirrelpox disease in red squirrels over time mirrored the changes in the geographical range of the grey squirrel, supporting the theory that the grey squirrel was the reservoir host of the virus, passing it to the red squirrel but remaining immune to the virus itself.

Dr Sainsbury added, "Immunity to the squirrelpox virus should give red squirrels a fighting chance against the grey invaders, without which red squirrels would undoubtedly be destined to lose the battle for survival in the UK. It is imperative that we now discover how widespread immunity to squirrelpox virus in red squirrels is, and begin the work to develop a vaccine to protect the small number of populations that still exist."

The paper was researched and written by scientists from the Zoological Society of London, University of Newcastle upon Tyne, Moredun Research Institute, Veterinary Laboratories Agency, Royal Veterinary College and Queen Mary University of London with funding provided by Natural England, People's Trust for Endangered Species, the Zoological Society of London and other funding agencies

http://www.sciencedaily.com/releases/2008/10/081016124528.htm

Bela notícia.

Com esta imunidade e programas sérios de erradicação do esquilo americano, pode ser que ainda haja esperança para a espécie nas ilhas britânicas. E não nos podemos esquecer que o que aconteceu nas ilhas poderia ser uma amostra do futuro no continente.