07/08 – Fechar o círculo (389km)
Último dia de viagem a sério. Como no dia seguinte teria voo às 9 da manhã optei por ficar num alojamento em Reykjanesbaer, a 5 km do aeroporto de Keflavík. Tinha planeado fazer os 250km entre a península de Snaefellsnes e o local de alojamento de forma directa e quase sem paragens, uma vez que achava que ao fim de mais de uma semana de passeio já estaria cansado de conduzir e farto de visitar tanta coisa. Mas tal não aconteceu, adorei conduzir na Islândia e cheguei sempre ao fim de cada dia com vontade de fazer mais quilómetros.
Deste modo decidi pesquisar por atracções na zona e decidi fazer um percurso nada directo e com quase 400 km, aproveitando também outro magnífico dia de Sol.
Logo de manhã aproveitei para voltar à Ytri Tunga, a esta hora ainda sem turistas, para ver se me conseguia aproximar mais das focas, mas elas continuavam bastante longe da praia. Já os carneiros andavam por lá, e nem estavam muito envergonhados…
Sigo para Sul, e após alguns quilómetros faço um desvio para o interior da ilha, para ir visitar as cataratas de Hraunfossar.
A caminho das cataratas passo em Deildartunguhver, onde é captada a água quente para abastecer e aquecer as regiões de Bogarnes e Akranes.
As cataratas de Hraunfossar sem dúvida que merecem o desvio ao percurso planeado, até porque são completamente diferentes das restantes, uma vez que a água exsurge do interior do maciço rochoso, e ao longo de mais do que uma centena de metros.
Volto ao percurso previsto pela N1, passando um túnel sob o mar e atravesso Reykjavík por fora, o único local do país onde é uma chatice conduzir.
Como ainda era cedo decido visitar o maior tourist trap do país, a Lagoa Azul, que mais não é que uma lagoa localizada num campo de lava para onde é libertada a água utilizada na central geotérmica adjacente. O preço de entrada ronda os 100 euros, nos restaurantes do complexo a comida custa o dobro do que no resto do país (logo o quíntuplo que em Portugal) e está sempre a abarrotar de turistas. Quem, como eu, não quer ser roubado, pode sempre entrar e fazer umas fotos na lagoa exterior – onde muito convenientemente não é permitido banhar-se, uma vez que ainda não se pagou o bilhete…
Sigo até Grindavík, já na costa Sul e retomo a estrada que percorri no primeiro dia, parando em dois locais que deixei para trás por estar a chover.
As hotsprings de Gunnuhver:
E a cratera Stampar, situada a cerca de 1km do primeiro local onde parei, a ponte entre os continentes: