Lince-Ibérico (Lynx pardinus)

belem

Cumulonimbus
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^^

Mas as duas espécies são completamente diferentes.

Os bisontes vivem em sociedade, em manadas. É possível e aconselhável estarem várias dezenas no mesmo terreno. Eles vão reproduzir-se e a familia vai crescer.

No caso dos linces não sei se isso ajudava. Quer dizer, se fosse uma reserva enorme e cercada, até podia ser uma boa solução. Andariam em semi liberdade mas afastados uns dos outros, como é normal na espécie.

No geral concordo, que quando forem libertados os primeiros em Portugal (dos que estão no centro de Silves), isso deve acontecer apenas numa área. Têm de escolher a melhor zona entre as possíveis e apostar nessa. No futuro, quando tiverem uma área com uma população estavel, aí sim, podem apostar noutras zonas.

Concordo.
Colocar os linces em apenas uma área seria algo perigoso, pois uma peste ou acto de vandalismo poderia extinguir todos os animais dessa zona.
Se temos a sorte de ter, neste momento, 2 ou mais populações diferenciadas, em localização, genótipo e até fenótipo já é muito bom ( 2 pelo menos são metapopulações viáveis), penso que agora só se tem que soltar linces em zonas onde se sabe que existem «populações» com presença mais ou menos regular de lince-ibérico e que reúnam condições para tal... De preferência fora das 2 metapopulações.
 


Seattle92

Nimbostratus
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Linces-ibéricos começam a recuperar em liberdade
03-11-2010 | Lince-ibérico

Dez anos passados desde que foram implementadas em Espanha as primeiras medidas de protecção e reprodução do lince-ibérico, começa agora a mostrar-se viável a manutenção de populações estáveis em dois locais distintos e os responsáveis espanhóis começam já a ponderar mais alternativas para que, num futuro próximo, seja possível criar mais zonas onde estes animais possam viver na natureza, dando continuidade ao ambicioso projecto que abraçaram, há cerca de uma década.

Os resultados mais promissores são os que foram alcançados em Sierra Morena onde, segundo um censo de 2009, há cerca de 160 animais, enquanto no censo realizado em 2002 havia apenas 66 animais referenciados. Destes, cerca de 40 são fêmeas e 48 são crias, dando ânimo redobrado aos que trabalham na protecção da espécie e sensibilização das populações nesta região. Em 2005, o número de animais a viver em liberdade rondava os 150, sendo que se estima já ter havido na Península Ibérica cerca de 3000 animais desta espécie a viver em simultâneo, por volta dos anos sessenta do século XX.

Já na região de Doñana, não sendo os números tão altos, e apesar de as populações de linces estarem mais fragmentadas em virtude de ser também uma zona rural com muita agricultura, durante o ano de 2009 foram contabilizados 66 animais, entre os quais foram contadas 18 fêmeas e um grupo de 21 jovens felinos, e que dá agora sinais de começar a recuperar. Nesta região têm sido libertados alguns animais provenientes da Sierra Morena, numa tentativa de aumentar a oferta genética, depois de muitos anos em que a variedade genética foi prejudicada por um baixo número de indivíduos a viver na região.

No novo programa de protecção, que abrangerá os anos de 2011 a 2016, está prevista a criação de mais alguns locais onde seja viável restabelecer populações de lince-ibérico. Os locais apontados em Espanha localizam-se em Castela-La Mancha, na Extremadura e ainda noutros locais da Andaluzia. Já para Portugal, está previsto escolher para já apenas um local, ainda por definir, sabendo-se que o ideal seria conseguir áreas na ordem dos 500 hectares para que os animais possam movimentar-se em busca de alimento e parceiros.

Nestes novos locais, o objectivo é criar grupos com, pelo menos, cinco fêmeas e mais alguns machos, para que possam de forma acompanhada iniciar o natural processo de reprodução. Este não é fácil, já que as crias acabam por ter uma alta taxa de mortalidade, o que obriga a monitorizações permanentes, envolvendo a presença contínua de meios técnicos e humanos no terreno.

O lince-ibérico continua a estar nas mãos daqueles que fazem da sua vida a protecção da espécie, e até agora essas mãos parecem ser as certas, tal têm sido os bons resultados alcançados. O trabalho está a ser feito, em Espanha mais avançado e com resultados mais concretos e em Portugal com muito empenho e ainda numa fase de aprendizagem, mas o futuro parece ser risonho em ambos os lados da fronteira.

As causas apontadas para o quase desaparecimento desta espécie têm sido muitas. As principais são a caça, os atropelamentos, a dispersão dos animais e a falta de alimento em quantidade e qualidade, principalmente de coelhos, que morreram em grande número por via de uma doença hemorrágica que afectou a espécie ao longo de muitos anos, privando o lince da sua principal presa.
http://animais.clix.pt/noticias.php?nid=1429
 

Seattle92

Nimbostratus
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Espanha: primeiros sete linces reintroduzidos na natureza já tiveram crias e estão bem

Passados sete anos desde o início da reprodução em cativeiro do lince-ibérico em Espanha, as autoridades de Andaluzia confirmam que os primeiros linces devolvidos à natureza, em Guadalmellato no final de 2009, já tiveram três crias e estão a adaptar-se bem.

Os sete linces - três casais e uma fêmea não reprodutora - foram libertados inicialmente em cercados de aclimatação com quatro hectares cada, numa propriedade em Guadalmellato entre Dezembro e Janeiro. Todos “estão a evoluir favoravelmente”, informou a Junta de Andaluzia em comunicado, dando conta do “êxito” desta iniciativa pioneira a nível mundial para devolver a espécie à região, no âmbito do projecto Life Natureza 2006-2011.

Até agora “não há nenhum registo de baixas entre os exemplares libertados naquela zona”. Os investigadores estavam à espera de uma perda até aos 50 por cento dos indivíduos durante os primeiros meses. “A decisão de instalar, primeiro, os linces em cercados de pré-adaptação parece ter contribuído em grande medida para o êxito obtido”, acrescentam.

Talvez a melhor prova do sucesso da reintrodução seja o facto de os três casais terem tido êxito nesta época de reprodução. A Junta de Andaluzia confirma o nascimento de três crias – do casal Caberú (macho proveniente da população da Serra Morena) e Charqueña, de quatro anos (proveniente da zona envolvente ao rio Yeguas) –, num dos cercados de aclimatação, e que as outras duas fêmeas, a Eclipse e Diana, conseguiram engravidar. Os técnicos ainda não sabem se estas já deram à luz.

Além disso, já foram confirmados os primeiros contactos entre os animais de Guadalmellato e os linces do Parque Natural de la Sierra de Andújar, onde se localiza o mais importante núcleo de lince-ibérico do mundo, a algumas dezenas de quilómetros de distância. Mais concretamente, a Mata – fêmea adulta libertada em Guadalmellato, vinda de Doñana – contactou com Casandra, outra fêmea da população de Andújar.

Em Portugal, o esforço de reprodução em cativeiro começou com a chegada da fêmea Azahar, de cinco anos, ao Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico, em Silves, a 26 de Outubro do ano passado. Até ao final do ano chegaram outros 15 linces, no âmbito de um protocolo de cedência de animais assinado com Espanha. Ainda não há data para o início da reintrodução em cercados de aclimatação.

http://carnivora.fc.ul.pt/noticias/noticia.asp?id=161
 

Seattle92

Nimbostratus
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Novidades em Silves. Esperemos que este ano nasçam cria com saúde :thumbsup:

Centro de Silves recebeu seis novos linces vindos de Espanha
29.12.2010 - 17:51 Por Helena Geraldes

A população de lince-ibérico de Silves está diferente. Três dos 16 habitantes foram para Espanha e seis novos vieram, no âmbito do programa ibérico de reprodução da espécie em cativeiro, que já está em curso.

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Em Novembro, os machos Ébano, Eucalipto e Daman foram transferidos do Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico (CNRLI), na Herdade das Santinhas, em Silves, para o centro de reprodução de El Acebuche, em Doñana.

O grupo dos novos habitantes é constituído pelas fêmeas Biznaga, Flora e Fruta - com cinco e dois anos de idade - que vieram daquele centro espanhol. Os restantes animais - Gamma, Guara e Génesis, todos com menos de um ano de idade - estão em Portugal temporariamente, à espera que fique concluído o quinto centro de reprodução ibérico, em Granadilla.

Estas alterações são habituais na preparação da época de reprodução dos 76 linces-ibéricos que vivem em cativeiro em Portugal e Espanha. “O programa decidiu esta distribuição das fêmeas tendo em conta questões genéticas e demográficas”, explicou ao PÚBLICO, Rodrigo Serra, director do CNRLI.

No ano passado, a primeira tentativa de reprodução de linces em Silves, foram formados quatro casais. Este ano são emparelhados oito, sete dos quais já estão juntos. "Biznaga e Éon estão juntos há um mês e entraram em cópula este domingo, tornando-se no primeiro casal a fazê-lo, em todos os centros, nesta época de reprodução", informou Rodrigo Serra.

Mas não se espera que todas as fêmeas consigam reproduzir-se este ano. Das oito fêmeas que participam nesta época reprodutiva, apenas cinco são adultas. Rodrigo Serra espera que as mais novas "aprendam os comportamentos reprodutivos e a estar com um macho". Das cinco fêmeas adultas, apenas uma é considerada experiente, Azahar. A 4 de Abril deste ano deu à luz duas crias mas acabaram por morrer a 11 e a 18 de Abril, porque nasceram com problemas congénitos incompatíveis com a vida.

Além disso, duas das fêmeas - Erica e Espiga - têm uma doença renal, o que pode dificultar os esforços.

Normalmente, as cópulas ocorrem de Dezembro a Fevereiro. As crias nascem entre Março e Abril, depois de cerca de 66 dias de gestação.

O objectivo final do programa ibérico de reprodução em cativeiro é conseguir conservar 85 por cento da variabilidade genética existente actualmente na natureza, durante um período de 30 anos. Para tal será preciso um núcleo de 60 linces reprodutores.

A fase seguinte será fazer uma reintrodução gradual dos animais em determinadas áreas consideradas prioritárias. Na verdade, até ao final de 2012, Portugal deverá implementar um programa detalhado para a reintrodução dos animais na natureza, compromisso assumido na assinatura do protocolo de cedência dos linces.
http://ecosfera.publico.pt/biodiver...u-seis-novos-linces-vindos-de-espanha_1472956
 

Seattle92

Nimbostratus
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Dois linces morrem em cativeiro em Espanha vítimas de doença renal crónica
21.01.2011
Helena Geraldes

Este mês, o esforço para travar a extinção do lince-ibérico, o felino mais ameaçado do planeta, recebeu um revés com a morte de um macho e uma fêmea, em dois centros de reprodução em cativeiro, em Espanha, vítimas de doença renal crónica.

Na manhã de 4 de Janeiro, o centro de reprodução em cativeiro de El Acebuche, em Doñana, “procedeu à eutanásia da fêmea de lince-ibérico Enea, nascida em Março de 2008” naquele mesmo centro, segundo um comunicado do Programa de Conservação Ex-Situ.

Em Novembro de 2009, Enea foi um dos animais diagnosticados com a doença, em fase terminal. Ao longo do ano seguinte, o estado de saúde desta fêmea sofreu uma degradação gradual, combatida com tratamentos veterinários. “Mas o animal não conseguiu recuperar desta última recaída, sofrida no final de Dezembro, devido ao avançar da doença”, acrescenta o comunicado.

Dias mais tarde, a 11 de Janeiro, o centro de reprodução de La Olivilla também teve de proceder à eutanásia do macho Eros, nascido no centro de El Acebuche, na Primavera de 2008. Assim como o que aconteceu a Enea, foi diagnosticada a doença a Eros através de análises ao sangue realizadas em Novembro de 2009. “A evolução da doença neste animal foi rápida, apesar dos tratamentos administrados”, concluiu o comunicado.

A doença renal crónica, que danifica os rins de forma irreversível, foi identificada como mais uma ameaça à espécie no final de 2009, afectando pelo menos 25 animais. Meses depois, os especialistas explicaram o fenómeno com os efeitos nocivos dos suplementos alimentares administrados aos animais, pelo que os suspenderam. Esta medida terá permitido a melhoria da maioria dos animais doentes, excepto aqueles em que a doença está mais avançada.

No ano passado, a doença matou seis linces, em cativeiro. “Foi um revés tremendo para o programa de conservação ex-situ”, comentou Iñigo Sanches, coordenador do Comité de Criação em Cativeiro do Lince-Ibérico em Outubro, no 1º Seminário do Lince-Ibérico em Portugal, em Faro.

No ano passado registou-se a época reprodutora mais difícil desde o início do programa, em 2003, com apenas nove crias sobreviventes. Em parte devido à doença renal crónica.

Até agora, existiam cerca de 80 animais em cativeiro.

O objectivo final do programa ibérico de reprodução em cativeiro é conseguir conservar 85 por cento da variabilidade genética existente actualmente na natureza, durante um período de 30 anos. Para tal será preciso um núcleo de 60 linces reprodutores.

A fase seguinte será fazer uma reintrodução gradual dos animais em determinadas áreas consideradas prioritárias. Na verdade, até ao final de 2012, Portugal deverá implementar um programa detalhado para a reintrodução dos animais na natureza, compromisso assumido na assinatura do protocolo de cedência dos linces.

Estima-se que existam actualmente apenas cerca de 150 linces-ibéricos (Lynx pardinus); em meados do século XIX seriam cem mil espalhados por toda a Península Ibérica. Hoje a espécie vive em Portugal numa situação de "pré-extinção". O colapso das populações de coelhos, a sua principal presa, a caça indiscriminada e a perda de habitat explicam o cenário.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1476464

Infelizmente continuam a morrer animais por causa dessa doença, mas pode ser que estes sejam os últimos casos.
 

frederico

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Parece-me que a introdução em Moura-Barranco poderá permitir a criação de um corredor ecológico entre essa região e a Serra Morena, que por sua vez poderá comunicar por outro corredor ecológico com Doñana. No futuro, a região Moura-Barrancos poderia ainda comunicar com as serras algarvias, estabelecendo assim a distribuição do felino deste a Costa Vicentina até Doñana e as serras de Jaen.
 

MSantos

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Parece-me que a introdução em Moura-Barranco poderá permitir a criação de um corredor ecológico entre essa região e a Serra Morena, que por sua vez poderá comunicar por outro corredor ecológico com Doñana. No futuro, a região Moura-Barrancos poderia ainda comunicar com as serras algarvias, estabelecendo assim a distribuição do felino deste a Costa Vicentina até Doñana e as serras de Jaen.

Também me parece ser essa a melhor opção, um introdução na Serra da Malcata ficaria desligada das restantes populações.
 

Seattle92

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E a foto é actual? (é preciso arrancar tudo a ferros? :))

Não percebo todo este secretismo com os linces da Malcata.

Se realmente neste momento existem linces na Malcata, isso devia ser tornado público e pararmos com esta situação em que as autoridades oficiais insistem que não há qualquer registo da sua presença.

Se calhar era uma boa maneira de se conseguirem mais apoios para a conservação daquela área, a promoção do coelho bravos, protecção contra a plantação de eucaliptos, mais verbas para o parque,...

Não sei o que se ganha com a situação actual, têm medo que alguém vá tentar caçar um lince? Ou que comece a haver muita gente a fazer turismo na zona?
 

belem

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E a foto é actual? (é preciso arrancar tudo a ferros? :))

Eu apenas respondi à pergunta que me fizeste. A foto não é de agora, é de 1992 e apenas a coloquei aqui, para verem como são os linces da Malcata.
Não me parecem com os de Doñana mas mais com os de Andujar (embora diferentes e ainda com menos pintas)!
Mas já foram postadas fotos de linces portugueses no forum...
Não as vistes?
Apenas um me parece ser um lince da Malcata.


Não percebo todo este secretismo com os linces da Malcata.
Se realmente neste momento existem linces na Malcata, isso devia ser tornado público e pararmos com esta situação em que as autoridades oficiais insistem que não há qualquer registo da sua presença.


Que autoridades oficiais disseram que não há linces na Malcata?
A última comunicação oficial que vi foi de 2007 e falaram-me em cerca de 8 animais...
Aliás isso também está aqui no forum...
Tentei saber mais sobre estes 8 animais junto do ICN, mas não me disseram mais nada, portanto, sim, é segredo... Além de que quando lhes pedi para me enviar fotos de linces portugueses, mandaram-me ver fotos de linces espanhóis. Quando lhes falei em diferenças de pelagem como factor de identificação da origem da sua metapopulação, vieram dizer-me que não há mais do que uma espécie de lince-ibérico (como se eu tivesse pensado nisso...).
Eu apenas lhes apresentei isso, porque têm havido avistamentos ocasionais de linces junto à fronteira até por técnicos do programa LIFE, podia ser que através da pelagem pudessem saber algo mais sobre a sua origem. As fotos de linces portugueses que este forum viu, foi porque as consegui desencantar, umas em outros foruns, outras porque tive conversas com quem está dentro do mundo dos linces em Portugal.
Realmente, não sei como pode haver tanta confusão com os linces da Malcata, tanto o Pedro Sarmento que colabora ou já colaborou com o ICN, diz sempre que não encontra nada embora não confirme a sua extinção (mas tendo em conta os métodos de estudo deste investigador, não me espanta e uma investigação mais séria, seria necessária), como aparece alguém do ICN a desmentir tudo isso e a falar em 8 animais espalhados por X ou Y km2... Em que ficamos, ninguém sabe, mas as supostas provas genéticas oriundas da Serra de Gata , sugerem-nos que podem haver linces na Malcata...

Se calhar era uma boa maneira de se conseguirem mais apoios para a conservação daquela área, a promoção do coelho bravos, protecção contra a plantação de eucaliptos, mais verbas para o parque...


A Malcata tem tido bons resultados, pois a sua população de coelhos-bravos está com uma boa densidade por hectare.
Mas claro, que muita coisa pode ser melhorada.


Não sei o que se ganha com a situação actual, têm medo que alguém vá tentar caçar um lince? Ou que comece a haver muita gente a fazer turismo na zona?

Boas perguntas que se podem fazer ao ICN.
Mas também é preciso não esquecer as motivações inerentes aos parques eólicos...
Pode ser que com segredos, consigam permitir mais coisas deste género.:rolleyes:
Mas ainda assim, há que realçar a boa população de coelho, as provas genéticas da Gata e quem sabe uma bem vinda reviravolta na atitude do ICN com o lince-ibérico, assumindo de forma madura a actual situação e o que ainda se pode fazer.

PS: Só queria que o Seattle92 soubesse que em Portugal, há muita coisa guardada que ninguém sabe. E existem várias razões para assim ser. Umas com mais razão que outras, mas é o que se passa.
Mesmo dentro do mesmo grupo de trabalho, infelizmente há muita concorrência por vezes até mais do que colaboração...
 
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Seattle92

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Belem, depois dos posts do MSantos e frederico a concordarem com a reintrodução (dos linces que estão em Silves) na zona de Barrancos em detrimento da Malcata, tu puseste uma fotos com o título "Lince da Malcata".

Eu pensei que nos quisesses mostrar provas da presença actual dos animais nessa zona e que a foto seria recente. E como já não é a primeira vez que escreves algumas frases "enigmáticas" e com algum secretismo sobre observações recentes de linces em alguns pontos do país, pensei que este fosse mais um caso (daí a expressão de "é preciso arrancar tudo a ferros?")

:thumbsup:



Quando falei em autoridades oficiais refiro-me a noticias, entrevistas, seminários, exposições,... em que membros do ICNB e Ministério do Ambiente participam e que dão basicamente como adquirido que a situação do lince no nosso país é de extinção e que olham para o centro de Silves como a única coisa que interessa neste momento em relação a essa espécie.
Ainda recentemente no seminário que houve no Algarve onde estiveram os grandes especialistas dessa espécie, não se referiu nenhuma população na Malcata.


Este país é o que é, mas realmente irrita todo este secretismo e falta de transparência nas mais pequenas coisas (quanto mais nas grandes). Parece que em vez de trabalharem em conjunto, esta gente anda a trabalhar uns contra os outros e a protecção das espécies é que fica para trás.

Espero que isto não tenha nada a ver com os fundos que existem para o projecto do centro de linces em Silves. Isto quando há dinheiro no meio :mad:
 

belem

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Belem, depois dos posts do MSantos e frederico a concordarem com a reintrodução (dos linces que estão em Silves) na zona de Barrancos em detrimento da Malcata, tu puseste uma fotos com o título "Lince da Malcata".

Eu pensei que nos quisesses mostrar provas da presença actual dos animais nessa zona e que a foto seria recente. E como já não é a primeira vez que escreves algumas frases "enigmáticas" e com algum secretismo sobre observações recentes de linces em alguns pontos do país, pensei que este fosse mais um caso (daí a expressão de "é preciso arrancar tudo a ferros?"):




Garanto que a foto nem foi posta a pensar nisso, mas confesso que me apercebi do sentido que isso podia tomar, mais tarde! lol



Quando falei em autoridades oficiais refiro-me a noticias, entrevistas, seminários, exposições,... em que membros do ICNB e Ministério do Ambiente participam e que dão basicamente como adquirido que a situação do lince no nosso país é de extinção



Ainda não vi nenhuma afirmação desse género, excepto por parte dos sempre sensacionalistas media.
Aliás nem o próprio Pedro Sarmento disse tal coisa.
Quanto ao local da reintrodução, ainda não tenho opinião.
O Centro de Silves, sem dúvida que me parece ser a melhor opção, independentemente de que ainda hajam linces em estado selvagem ou não, tal é o exemplo flagrante de Espanha.






Este país é o que é, mas realmente irrita todo este secretismo e falta de transparência nas mais pequenas coisas (quanto mais nas grandes). Parece que em vez de trabalharem em conjunto, esta gente anda a trabalhar uns contra os outros e a protecção das espécies é que fica para trás.
Espero que isto não tenha nada a ver com os fundos que existem para o projecto do centro de linces em Silves. Isto quando há dinheiro no meio :mad:

Pois é verdade.
Se as pessoas soubessem que a cooperação neste caso até daria mais dinheiro...
 
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