Não sei se sabem, mas com o tempo os pluviómetros vão perdendo sensibilidade e a afinação que traziam de origem.
Alguns começam a contar demasiada precipitação, outros começam a contar abaixo do real.
Essa descalibração ocorre em todos os pluviómetros, nuns mais cedo noutros mais tarde, mais nuns do que noutros.
Por isso, venho informar-vos que podem testar a qualidade das leituras dos vossos pluviómetros e para isso basta um simples cálculo com base no diâmetro dele (caso ele seja circular).
No caso de ser rectangular ou quadrado, em vez de utilizarem o número Pi, utilizam o elementar C x L.
Assim, o André ajudou-me nesta tarefa dando-me a fórmula para eu poder testar as leituras do meu pluviómetro.
Para os pluviómetros circulares:
Pi x raio (elevado ao quadrado) x h
(=) h = V (sobre Pi x raio ao quadrado)
O V que pretendemos descobrir é em milímetros e por isso vamos percorrer as casas decimais até ficarmos a trabalhar com unidades em milímetros (ter em atenção que é elevado a milímetros cúbicos).
No meu caso, como o pluviómetro da Davis tem 16,5 cm de diâmetro, se eu vazar 50 cl de água para o seu interior a estação terá de indicar qualquer coisa como 23,38 mm (~23,4 mm) de precipitação.
Assim fiz e a precisão da Davis não deixou margem para dúvidas; estava tudo bem, a estação registou uma precipitação acumulada de 23,4 mm.
Notem que coloquei a água muito devagar, quase pingo a pingo, caso contrário a água entraria tão depressa que escapava às conchas e nem seria contabilizada, o que daria no fim uma margem de erro quando verificássemos a precipitação acumulada. Nem quando chove torrencialmente a entrada de água é tão grande como neste tipo de testes, por isso se o pluviómetro passar neste teste é porque está apto e a funcionar correctamente.
Li algures no meteored e também num fórum italiano que pode haver uma margem de erro aceitável até 8 % que irá depender da velocidade a que a água entra no pluviómetro.
Assim, se colocarem a mesma quantidade de água no pluviómetro, mas a grande velocidade, a estação indicará um valor diferente e provavelmente mais baixo do que o real, pois a violenta entrada de água no pluviómetro faz com que ele não tenha capacidade para a contabilizar correctamente.
Por essa razão, quando fizerem este teste, façam-no calmamente e coloquem a água no pluviómetro o mais devagar possível para que as leituras se aproximem o máximo do real.
Assim vão poder tirar conclusões acerca do vosso material; se está tudo a funcionar correctamente ou não.
Com este tipo de testes iremos conseguir manter o rigor, a alta qualidade e a perfeita representatividade das leituras que fazemos e dos dados que divulgamos.
Indicação na consola da estação após o teste:
Alguns começam a contar demasiada precipitação, outros começam a contar abaixo do real.
Essa descalibração ocorre em todos os pluviómetros, nuns mais cedo noutros mais tarde, mais nuns do que noutros.
Por isso, venho informar-vos que podem testar a qualidade das leituras dos vossos pluviómetros e para isso basta um simples cálculo com base no diâmetro dele (caso ele seja circular).
No caso de ser rectangular ou quadrado, em vez de utilizarem o número Pi, utilizam o elementar C x L.
Assim, o André ajudou-me nesta tarefa dando-me a fórmula para eu poder testar as leituras do meu pluviómetro.
Para os pluviómetros circulares:
Pi x raio (elevado ao quadrado) x h
(=) h = V (sobre Pi x raio ao quadrado)
O V que pretendemos descobrir é em milímetros e por isso vamos percorrer as casas decimais até ficarmos a trabalhar com unidades em milímetros (ter em atenção que é elevado a milímetros cúbicos).
No meu caso, como o pluviómetro da Davis tem 16,5 cm de diâmetro, se eu vazar 50 cl de água para o seu interior a estação terá de indicar qualquer coisa como 23,38 mm (~23,4 mm) de precipitação.
Assim fiz e a precisão da Davis não deixou margem para dúvidas; estava tudo bem, a estação registou uma precipitação acumulada de 23,4 mm.
Notem que coloquei a água muito devagar, quase pingo a pingo, caso contrário a água entraria tão depressa que escapava às conchas e nem seria contabilizada, o que daria no fim uma margem de erro quando verificássemos a precipitação acumulada. Nem quando chove torrencialmente a entrada de água é tão grande como neste tipo de testes, por isso se o pluviómetro passar neste teste é porque está apto e a funcionar correctamente.
Li algures no meteored e também num fórum italiano que pode haver uma margem de erro aceitável até 8 % que irá depender da velocidade a que a água entra no pluviómetro.
Assim, se colocarem a mesma quantidade de água no pluviómetro, mas a grande velocidade, a estação indicará um valor diferente e provavelmente mais baixo do que o real, pois a violenta entrada de água no pluviómetro faz com que ele não tenha capacidade para a contabilizar correctamente.
Por essa razão, quando fizerem este teste, façam-no calmamente e coloquem a água no pluviómetro o mais devagar possível para que as leituras se aproximem o máximo do real.
Assim vão poder tirar conclusões acerca do vosso material; se está tudo a funcionar correctamente ou não.
Com este tipo de testes iremos conseguir manter o rigor, a alta qualidade e a perfeita representatividade das leituras que fazemos e dos dados que divulgamos.
Indicação na consola da estação após o teste: