Hello a todo o pessoal que, não fazendo parte da profissão por uma razão ou outra, são apaixonados por meteorologia; isso lembra-me o desvio que me
levou à meteorologia; na realidade, quando jovem, queria ser Engenheiro Mecânico e acabei meteorologista do I.M., mas é uma longa história. Entrei aqui hoje só para dizer que não é verdade que os funcionários do I.M. sejam aconselhados a não participar neste fórum. Poucos serão os que conhecem este fórum lá no I.M. e, portanto, essa ideia errada. Mas, apresento-me, sou
um dos meteorologistas da RTP (o que tem mais cabelo...) e pelas críticas que tenho lido por aqui, francamente não têm sido condescendentes, i.e., não nos têm dado o benefício da dúvida; com efeito todos têm posto o seu melhor, e excepto a colega Teresa Abrantes, que tem uma tremenda e sólida experiência em televisão, somos todos novatos nestas andanças. Por outro lado, e comparativamente aos aspectos gráficos (muito bons) da meteo. dos Açores, a da RTP não é pior, simplesmente não está completa: Com efeito, falta ainda muita coisa passível de ser apresentada e assim poder explicar-se melhor o tempo, o porquê principalmente, pelo que faltam imagens de outros canais e de diferenças de canais, imagens de radar, de raios, etc.. O que acontece é que o grupo dos grafismos da RTP recebeu este software de raíz, com um curso rápido e muito curto, por causa dos 50 anos da RTP que tudo e todos apressou, e tem feito um enorme e meritório esforço para adaptar o software aos formatos dos ficheiros que o I.M. disponibiliza; devo dizer-lhes que não é fácil mas, quando estiver pronto, muita coisa boa vai aparecer; por exemplo, vai ser possível apresentar imagens de satélite de outras áreas do globo onde possam estar a acontecer fenómenos extremos, por exemplo, eu queria mas não se conseguiu, apresentar os ciclones tropicais que andaram pelo Canal de Moçambique, o que foi muita pena. Relembre-se que o ciclone tropical "Favio", de extrema violência, destruíu praticamente a cidade de Vilanculos, a sul da Beira, isto em Moçambique, e não entrou em dissipação como é costume logo após entrar em terra, ainda conseguiu chegar ao interior do Zimbabwe, qualquer coisa como 500 km no interior do continente bem longe das águas quentes do canal, uma energia disponível fenomenal. Assim, tal como o colega Rossby já disse, pede-se paciência, e já agora um pouco de condescendência pois, não somos apresentadores mas, simplesmente técnicos.
Com os melhores cumprimentos para todos.
Squall Line.
P. S. - É interessantíssimo saber que há estações meteorológicas espalhadas por esse país fora, quem sabe o I.M. pudesse aproveitar essas informações depois de devidamente aferidas?