Também não percebo. A estação de Bencanta representa muito mais a cidade, e estes dias atingiu valores muito mais baixo de temperatura do que a do Aeródromo. É ridículo apresentarem este valores recorde de -0,3ºC, quando a cidade esteve toda abaixo dos-1ºC, tendo as estação de Bencanta atingido valores de -2,2ºC. Depois basta ver que a previsão das mínimas nunca bate certo, temos sempre valores muito mais baixos. Parece que se baseiam apenas na estação do aeródromo que fica a 10km do centro da cidade.
Acho que foi em 2017, a estação de Bencanta teve 1 onda de frio, quase 2 semanas seguidas de mínimas negativas, e a do aeródromo não teve uma um único valor abaixo de zero...
Neste momento os solos estão com uma ótima capacidade de água, melhor que em janeiro de 2020. Praticamente toda a região a norte do Tejo, salvo algumas (poucas) zonas, está em capacidade de campo, e mesmo no sul são muito poucas as zonas com quantidades de água nos solos inferiores a 40%! Esta grande melhoria nos últimos 10 dias deveu-se à precipitação quase diária em praticamente todo o território continental, e a uma humidade relativa elevada que conserva a humidade dos solos. Dia 19: Aproximação duma superfície frontal vinda de noroeste. Alguns acumulados na costa ocidental a norte do Cabo Raso: Dia 20: Superfície frontal atravessa todo o país. Infelizmente há muitas estações em falta, sobretudo no Sul: Dia 21: Primeiro dia de rio atmosférico. Bastante precipitação orográfica fruto da humidade: Dia 22: Tempestade Gaetan. Bastante precipitação a norte do Tejo: Dia 23: Tempestade Hortênsia. Mais uma vez, bastante precipitação a norte do Tejo: Dia 24: Continuação do rio atmosférico e alguma precipitação no Alentejo:
Acumulados de dia 4. Destaque para toda a região Sul bem beneficiada e também para algumas estações do litoral norte devido a linhas de instabilidade. Elvas: 36.3mm Amareleja: 36mm Castro Verde, N. Corvo: 32.9mm Acumulados de dia 5. Choveu um pouco por todo o lado, mas com maior destaque no Interior. Faro: 56.1mm Amareleja: 50.1mm Tavira: 38.8mm Choveu de forma significativa onde mais era necessária! Evolução da percentagem de água no solo (dia 3, antes destes dias chuvosos e hoje, dia 6):
Saiu o boletim de janeiro. Apesar da última semana e meia muito quente, continuou a ser um mês bem frio, e essa última semana e meia serviu para transformar um mês extremamente seco num mês com mais de 75% da precipitação normal
Aqueles módicos 2.8 mm registados em Mirandela de certeza absoluta que estão errados, é impossível a estação ter registado um valor tão baixo quando as outras estações situadas nas proximidades (Chaves, Vinhais, Macedo de Cavaleiros) registaram valores acumulados na ordem dos 30 a 40 mm (Carrazeda de Ansiães atingiu os 50 mm). Mirandela é uma cidade conhecida pelos baixos valores de precipitação anuais, situados à volta dos 500/600 mm (não é por acaso que muitos lhe chamam o deserto transmontano) mas mesmo assim aquele acumulado irrisório de precipitação, olhando para as estações das proximidades, é completamente irreal. Penso que poderá ser o pluviómetro que esteja com problemas. Tendo em conta o regime pluviométrico de Mirandela e os acumulados nas outras estações à volta, penso que o real acumulado de ontem na EMA deverá andar no mínimo à volta dos 20 mm.
Também duvido daquele valor e não só, desde fim de Janeiro que os valores são sistematicamente inferiores aos de todas as estações à volta. O pluviómetro já estará a ser consertado, hoje não houve registo desde as 4h.
Sim, também reparei nisso. A EMA está de facto com problemas no pluviómetro. Quanto aos valores acumulados de dias anteriores isso pode dever-se ao facto de ter ocorrido precipitação horizontal, algo muito comum em vales profundos como é o caso de Mirandela e quando isso acontece, na maior parte das vezes o pluviómetro não acumula (em situações de chuva fraca/chuvisco), mesmo que as superfícies à volta estejam encharcadas. E é por causa desse fenómeno de precipitação horizontal que muitas vezes os dados das EMAs apresentam erros por defeito nos acumulados diários, mensais e anuais. Isso reflete-se nos boletins climatológicos do IPMA.
Já foi publicado o relatório de Janeiro do IPMA. Mês frio mas nada de extraordinário. O Sul voltou a estar em situacão de seca. Dezembro e Janeiro, dois dos meses mais chuvosos do ano, foram muito secos na região. A média para estes meses ronda os 180 mm. Em alguns locais nem 30 mm caíram. De salientar que no final do mês a estação com menos acumulado para o ano hidrológico era a estação de Tavira, com cerca de 200 mm, muito abaixo da média que ronda os 320 mm. Apesar de ter chovido bem em Outubro e Novembro, houve algumas diferenças grandes nos acumulados devido à lotaria das células. Há estacões próximas de Tavira com acumulados para o ano hidrológico a superar os 300 mm. Ainda assim, o que importa sublinhar é que o Sul continua com muita carência de chuva, tendo em conta a sucessão de anos secos que existe desde sensivelmente 2012. Esta carência é mais notória no sotavento, Baixo Alentejo e Vale do Sado.
Ontem houve temperaturas máximas superiores a 20ºC ou próximas disso um pouco por todo o país, à exceção do Interior Norte e Centro. Estas foram as temperaturas superiores a 23ºC registadas no país: - Mora: 24,1ºC - Aljezur: 23,8ºC - São Teotónio: 23,3ºC - Dunas de Mira: 23,1ºC É curioso que, nalgumas destas estações, as temperaturas ontem atingidas foram mais altas do que as que são atingidas em muitos dias de verão, e com menos vento que nesses dias.
Dados de algumas estações do Sotavento algarvio para o corrente ano hidrológico, acumulados até dia 31 de Janeiro. Cacela: 325 mm Junqueira: 349 mm Tavira: 323 mm Santo Estevão: 325 mm Os acumulados estão dentro da média para as estacões em causa. Contudo, há pontos na região ainda abaixo dos 300 mm. Neste momento se a Primavera climatológica falhar o ano hidrológico será seco mas não será catastrófico como foi 2019. Mais uma vez, o Inverno falhou, Recordo que nos últimos 20 anos quase todos os Invernos foram secos ou muito secos.
É extraordinária a facilidade com que estas estações algarvias entre o mar e a serra atingem 20 graus em pleno pico do Inverno. Mesmo com temperaturas abaixo da média a estação de Cacela conseguiu 16.8 graus de média das máximas. Estamos perante valores magrebinos ou do extremo Sul da Andaluzia! Ainda há muito por conhecer nos micro-climas do Algarve... https://www.drapalgarve.gov.pt/ema/images/dados/cac21.pdf
Nos dois antepenúltimos dias de fevereiro (25 e 26, respetivamente), tivemos um evento que foi bastante generoso no sul. Infelizmente, a rede de estações do IPMA é pequena e não dá para ter uma verdadeira noção dos locais onde choveu mais ou choveu menos: Isto ocorreu pouco depois dum evento de precipitação bastante intenso no Litoral - a tempestade Karim. Essa karimha linda deixou acumulados diários localmente fortes, de até 75 mm nalguns pontos, e ocorreu entre os dias 20 e 22 de fevereiro. O dia 20 foi o dia mais intenso da frente fria, mas apenas descarregou bem no litoral: No dia 21 a frente lá chegou ao interior, mas bastante dissipada, e só começou a ganhar mais intensidade perto ou mesmo depois da Raia (daí que os acumulados da Amareleja, Figueira de Castelo Rodrigo ou Castro Marim sejam mais elevados que os de zonas mais a oeste): No dia 23 o Alentejo Litoral ainda levou com alguns aguaceiros pós-frontais, bem como uma frente quente em dissipação, que no dia a seguir viria também a afetar algumas zonas da região de Lisboa: Toda esta precipitação fez com que a acumulação de água nos solos esteja agora em valores que fazem muito lembrar meados de março de 2018: E depois da tempestade, veio a bonança, com temperaturas a superarem os 23ºC nalgumas zonas do país!
Todas as capitais de distrito têm precipitação acima da média este mês, até Vila Real que tem um valor 71-00 irrealisticamente alto