Seca em Portugal

Snifa

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IPMA​

Seca alastra a 78,2% do território português.​


Hoje às 14:35

Algumas zonas do Alentejo e do Algarve em seca extrema.

Confirma-se o pior cenário, ditado por um abril quente e seco: 78,2% do território nacional encontra-se, agora, em situação de seca meteorológica. Quando, há apenas 15 dias, aquela proporção era de 48%. Situação que levou os ministros do Ambiente e Agricultura a convocarem uma reunião, para a manhã desta sexta-feira, da Comissão Permanente da Seca.

De acordo com a atualização feita pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a 15 de abril, 10,1% do território, especificamente algumas zonas do Alentejo e do Algarve, entrou na classe mais grave de seca, a extrema. A seca severa chega agora a 18,6% (contra 10,2% no final de março), a moderada a 21,2% (contra 14,2%) e a fraca a 28,3% (contra 23,7%). Estendendo-se, agora, até à região Centro e ao interior Norte. Por outro lado, explica o IPMA, aumentou, também, "a área com valores [de percentagem de água no solo] inferiores 20%, onde se destacam a região Nordeste, o Vale do Tejo e o Baixo Alentejo".

Situação que se explica pelo facto de, na primeira quinzena deste mês, a temperatura máxima do ar ter estado quase sempre acima do valor médio mensal e dos valores de precipitação terem sido muito inferiores ao normal. Sendo que, vinca aquele instituto, "na região Sul não ocorreu precipitação".

Analisando as temperaturas, destaca o IPMA que entre os dias 2 e 11 de abril registou-se uma onda de calor "em cerca de 50% das estações meteorológicas da rede". Fenómeno que "abrangeu grande parte do território, com exceção do litoral Norte e Centro e Algarve". Quanto à precipitação, registaram-se valores mais significativos "apenas nos dias 1, 12 e 14 e essencialmente na região do Minho e Douro Litoral".


As previsões para os próximos dias não são animadoras, com temperaturas médias acima do normal em todo o território na próxima semana, entre +1.ºC a +6.ºC. Semana em que os valores de precipitação estarão abaixo do normal.

 


trovoadas

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Entretanto vamos todos trabalhar no golfe e no turismo.
Ninguém em particular tem culpa, a culpa é de todos!
Temos é de ter os pés bem assentes na terra e não achar que o problema é só de alguns.
 

Aurélio Carvalho

Nimbostratus
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Falar se de seca em Portugal no geral, quando se olha ao mapa de barragens e está tudo cheio com excepção do Sudoeste de Portugal e quase bizarro, só porque o mapa de seca, mostra que a percentagem de água no solo é baixa. É para isso que existem os furos e barragens não, para se regar.
É quase bizarro falar disto, qd se olha para Espanha e se vê o mapa das barragens da forma que está!
 
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joralentejano

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Falar se de seca em Portugal no geral, quando se olha ao mapa de barragens e está tudo cheio com excepção do Sudoeste de Portugal e quase bizarro, só porque o mapa de seca, mostra que a percentagem de água no solo é baixa. É para isso que existem os furos e barragens não, para se regar.
É quase bizarro falar disto, qd se olha para Espanha e se vê o mapa das barragens da forma que está!
A partir do momento em que se refere que só há seca se as barragens estiverem vazias, está tudo dito. :huhlmao:
Em primeiro lugar, e mais uma vez, as barragens não chegam a toda a gente. Segundo, experimenta a fazer um furo aí em casa e vê quanto te custa, se calhar não falavas tanto. ;) Se encontrarem água, ainda vá que não vá, o problema é que nem sempre há e gasta-se o dinheiro na mesma.
Enfim, falar é fácil. É por causa de pensamentos como este que só se aprende alguma coisa quando se chega ao abismo e já não há volta a dar.
 
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trovoadas

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loule-caldeirao
Falar se de seca em Portugal no geral, quando se olha ao mapa de barragens e está tudo cheio com excepção do Sudoeste de Portugal e quase bizarro, só porque o mapa de seca, mostra que a percentagem de água no solo é baixa. É para isso que existem os furos e barragens não, para se regar.
É quase bizarro falar disto, qd se olha para Espanha e se vê o mapa das barragens da forma que está!
Desculpa esqueci-me que os aquíferos Algarvios tem uma ligação ao Alqueva e Alqueva ao Tejo que por sua vez tem ligação ao Douro.
Não estava a ver nessa perspectiva, lapso meu!
 

algarvio1980

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A partir do momento em que se refere que só há seca se as barragens estiverem vazias, está tudo dito. :huhlmao:
Em primeiro lugar, e mais uma vez, as barragens não chegam a toda a gente. Segundo, experimenta a fazer um furo aí em casa e vê quanto te custa, se calhar não falavas tanto. ;) Se encontrarem água, ainda vá que não vá, o problema é que nem sempre há e gasta-se o dinheiro na mesma.
Enfim, falar é fácil. É por causa de pensamentos como este que só se aprende alguma coisa quando se chega ao abismo e já não há volta a dar.
Quando não nos toca é uma categoria, se toca ao agricultor azar dele que vá fazer outra coisa, no supermercado quando vou lá, está lá tudo. :D

Capaz de não deixarem fazer o furo, tão simples quanto isso.

Desculpa esqueci-me que os aquíferos Algarvios tem uma ligação ao Alqueva e Alqueva ao Tejo que por sua vez tem ligação ao Douro.
Não estava a ver nessa perspectiva, lapso meu!
Toda a água que cai no Norte vem parar ao Algarve, está sempre a descer. :D
 

Thomar

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ecobcg

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Chegados a Maio, tirando alguma precipitação que ainda possa ocorrer durante este mês (e que não deverá ser muita), continuamos com uma situação muito sensível aqui no Sul.
Continuamos em défice de precipitação, as barragens estão com níveis baixos e os aquíferos igualmente. Veremos em que situação vamos chegar a Setembro, mas a coisa está bem "seca"....


Dados do Sítio das Fontes:
AnoHidro22_23.png


AnosHidro.png
 

joralentejano

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Seca: “Dezembro com muita chuva e abril com três ondas de calor”. Ministro do Ambiente alerta para os riscos do “novo normal”

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, esteve, esta terça-feira, juntamente com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e José Luís Carneiro, responsável pela Administração Interna, numa visita ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Duarte Cordeiro alertou e explicou o plano do Governo para responder à seca no país.

Agricultores alertam: seca agrava-se e porco alentejano está em risco de extinção

A seca está a dificultar a vida aos agricultores e agora são os produtores do porco alentejano que dizem que o setor está em risco de extinção. E é a seca que tem vindo a fazer com que os efetivos venham a diminuir drasticamente. Os produtores de porco alentejano pedem ajuda, que terá de ser imediata.
 

Snifa

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IPMA​

89% do território está em seca e vem aí um maio quente.​


Hoje às 17:13

Temperaturas elevadas e ausência de chuva elevam risco de incêndio. Proteção Civil tem 40 equipas a postos.

Com o mês de abril a figurar entre os cinco mais quentes dos últimos 92 anos e a seca a alastrar-se a 89% do território, as previsões para o mês de maio não podiam ser piores: temperaturas acima da média e sem sinal de precipitação. O alerta foi nesta terça-feira deixado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), numa reunião que juntou os ministros da Administração Interna, Ambiente e Agricultura. Avançando José Luís Carneiro estarem preposicionadas 40 equipas face ao elevado risco de incêndio.

As previsões avançadas pelo IPMA no encontro que contou, ainda, com os presidentes da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas apontam para um "mês de maio mais quente do que o normal e sem chuva". Depois de meses com valores de precipitação abaixo do normal e de temperaturas acima.

Com abril a colocar-se entre os cinco mais quentes desde que há registos, com três ondas de calor e temperaturas acima dos 30.º. Em termos de risco de incêndio, abril foi "o mais severo desde 2003 e por larga margem". Acresce, explica o IPMA em comunicado, que a área ardida acumulada em 2023 "está acima da média dos últimos 16 anos, tanto em Portugal como na Áustria, Irlanda ou Espanha".

Fatores que, conjugados, elevam o risco de incêndio, tendo o ministro da Administração Interna revelado que a "ANEPC determinou a constituição de 40 equipas; mais de 200 elementos que estão preposicionados no território para se mobilizarem". Reforçando, citado pela Lusa, a importância e urgência da limpeza de terrenos.

Olhando à seca meteorológica, espalhou-se já a 89% do território, sendo que 34% referem-se às classes mais graves (severa e extrema), afetando o Alentejo e o Algarve. Por outro lado, "a percentagem de água no solo é quase nula em várias zonas de Trás-os-Montes e Alto Douro, no centro e sul do Continente".

"A probabilidade de precipitação daqui até ao verão é baixa e, portanto, vamos ter tensão em muitas áreas, no ambiente, no abastecimento, nas barragens, nos fogos", disse, citado pela Lusa, o presidente do IPMA. Tendo o ministro do Ambiente reafirmado que poderão ser "tomadas medidas do ponto de vista de contingência" dada a falta de capacidade de abastecimento nalgumas zonas do país.