O ECMWF tem muito poucas dúvidas de que haverá um segundo , round, provavelmente não tão intenso, mas mais duradouro, e com possibilidade de instabilidade em altura. Médias das T850 na mais recente run do ECMWF:
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E com muito pouca divergência, mesmo a 240 horas:
Acho um cenário possivel desde que se cumpram duas permissas:
O Atlântico mantem-se activo, puxando a dorsal para NE sobre a Europa Occidental.
A depressão no Mediterraneo que vai evoluir nos proximos 3 a 6 dias mantem-se forte, alimentada pelo ar frio da Europa central que actuará ao intensificar a frontogenese no Med. central e oriental, e com expressão em altura suficiente para criar uma boa cut-off com um cold core acentuado nos niveis altos.
De entre estes dois "musts", o segundo é o mais provavel, já que conhecer o comportamento do Atlantico a esta distancia é complexo.
Alias, agora até 2f/3f proximas teremos uma fase activa no Atlantico, e após isso pode haver um periodo de desintensificação da zonal...ora, se esse enfraquecimento impedir a dorsal de crescer par NE, por muito boa que a depressão no Med. esteja não vai arrastar frio para SW.
Para já a minha solução é uma fusão do GFS/ECMWF12z, com a manutenção do fluxo N no médio prazo e temperaturas um pouco abaixo da média.
Quanto á precipitação, fora esta frente fraquita que temos agora em cima, não se vê quase nada a 120-150h.
No que toca á entrada fria...ainda há uns ajustes a fazer quanto á sua duração.
Alguns modelos colocam a entrada de ar significativamente mais ameno a partir da manhã de Domingo, e outros atrasam até á madrugada de 2f.
Fiz a minha aposta de temperaturas no FDS com base numa entrada de ar quente mais tardia...mas logo veremos
Quanto aos modelos em si, agrada-me ver o GFS e o ECMWF agora mais em sintonia pelo curto e médio prazo...há uns tempos o Europeu passou-se, mas agora já ambos veem cenários plausiveis.