Seg. Previsão do Tempo e Modelos - Setembro 2015

Estado
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vitamos

Super Célula
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11 Dez 2007
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Estarreja
Caso de Estudo - Ciclogénese explosiva:




Estive a consultar os mapas de previsão do AEMET e, entre as 02H e as 14 H, a previsão é de descida de 13 hpa, dos 1002 hpa para 989. Se for para as 24 horas, as 02h de amanhã para as 02h de dia 16, passa de 1002 hpa para 977 hpa, portanto 25 hpa... Assim sendo temos uma Ciclogénese explosiva... E não gosto nada da palavra explosiva...:disgust::hmm:

Já tvemos "n" situaões de ciclogéneses explosivas sobre Portugal.. E não houve grandes dramas por isso.. Estamos numa situaçã "boarderline" de ser explosiva (ou seja ao contrário de outras, nem sequer é certo que seja explosiva...)... Vamos ter calma na análise, por favor.
 
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Orion

Furacão
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5 Jul 2011
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Açores
E possibilidade de fenômenos extremos localizados de vento , o que e sempre imprevisível e perigoso .

Já tem muita vorticidade e alguma convergência:

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David sf

Moderação
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8 Jan 2009
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Oeiras / VN Poiares
O lançamento de um aviso vermelho de mau tempo é justificado pelos critérios de emissão (previsão de 60 mm em 6 horas), que é o que está modelado pela generalidade dos modelos. Nos últimos anos já houve várias ocorrências que justificaram a emissão deste aviso, sendo que em nenhuma delas se registaram danos de maior.

Ao nível da precipitação, o facto de esta ser maioritariamente de origem orográfica e de ser relativamente bem distribuída no tempo não faz antever (em princípio) problemas de maior, o que não exclui pequenas inundações em meio urbano e complicações no trânsito. Como já foi aqui referido ao nível do sistema fluvial não deverá haver qualquer problema, uma vez que estamos em situação de seca e há uma grande capacidade de encaixe.

Peço que se evitem mensagens exageradamente alarmistas, uma vez que este evento não é de todo anormal nesta região do país (a única anormalidade resulta da época do ano). Mesmo o vento, se não ocorrerem surpresas, não terá intensidade de todo anormal - diria até eventualmente mais complicado o pós-frontal na tarde de 4ª feira durante eventuais fenómenos convectivos.
 

Gerofil

Furacão
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21 Mar 2007
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Estremoz
PORTUGAL CONTINENTAL: Tendência do estado do tempo associado à aproximação da ex-tempestade tropical HENRI

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A partir da próxima noite, todo o território de Portugal Continental começara a sentir os efeitos da aproximação de uma complexa área depressionária em cavamento a noroeste da Península Ibérica (Figura 1 – Terça-feira, 00h00UTC), com uma pressão mínima de 999 hPa, resultante da ex – tempestade tropical HENRI. Estabelecer-se-á uma corrente moderada de sudoeste, com aumento de nebulosidade no litoral oeste, onde poderão começar a registar-se períodos de chuva fraca a partir da noite.


Ao longo da madrugada e na parte de amanhã de manhã ocorrerá um cavamento para os 986 hPa da pressão mínima no núcleo depressionário (Figura 1 – Terça-feira, 12h00UTC), ao mesmo tempo que linhas de instabilidade começam a incidir directamente sobre o noroeste do território de Portugal Continental; esta situação contribuirá para o aumento da nebulosidade e a passagem a períodos de chuva persistente, intensificando-se o vento à medida que as isóbaras fiquem cada vez mais próximas umas das outras. Entretanto formar-se-á um segundo núcleo depressionário mais a oeste 990 hPa, ao mesmo tempo que se começarão a organizar linhas de instabilidade sobre o Atlântico (superfícies frontais frias), ao largo da costa ocidental portuguesa.

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No período da tarde de Terça-feira, a área depressionária entrará em deslocamento para nordeste, ao mesmo tempo que o seu centro continuará a cavar até aos 981 hPa (Figura 2 – Quarta-feira, 00h00UTC). O raio da acção da área depressionária passará a abranger todo o território de Portugal Continental, particularmente sentido pela acentuada intensificação do vento, ao tornar-se forte, com rajadas muito fortes, em especial no litoral oeste e terras altas. Neste período, entre o meio – dia de amanhã e a meia – noite de Terça para Quarta-feira, várias linhas de instabilidade começarão a penetrar sobre o território de Portugal Continental, começando por afectar inicialmente o Minho e Douro Litoral e estendendo-se progressivamente ao resto do território de Portugal Continental, de norte para sul e do litoral para o interior. O Baixo Alentejo e o Algarve deverão sentir a aproximação e passagem das linhas de instabilidade já durante a madrugada de Quarta-feira.

A passagem das linhas de instabilidade provocará fenómenos convectivos que poderão originar períodos de chuva, por vezes fortes, passando a regime de aguaceiros, podendo ser acompanhados de trovoadas, em especial nas regiões norte e centro, sendo possível a ocorrência de fenómenos de ventos extremos.

A situação de instabilidade tenderá a desanuviar a partir do final da madrugada de Quarta-feira, persistindo a maior instabilidade nesse dia nas regiões do norte e centro (Figura 2 – 12h00UTC).
 

james

Cumulonimbus
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16 Set 2011
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Off - tópic : não vi aqui ainda alarmismos , apenas situações que acontecem nestes eventos . Mas se formos por ai , o IPMA e o primeiro a ser alarmista , com a emissão de aviso vermelho e a descrição correspondente . Claro que não vem
Ai o fim do mundo , mas não podemos fingir que nada se vai passar .

Fim off- topic
 

Snifa

Furacão
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16 Abr 2008
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Off - tópic : não vi aqui ainda alarmismos , apenas situações que acontecem nestes eventos . Mas se formos por ai , o IPMA e o primeiro a ser alarmista , com a emissão de aviso vermelho e a descrição correspondente . Claro que não vem
Ai o fim do mundo , mas não podemos fingir que nada se vai passar .

Fim off- topic

Prevenção é a palavra chave, mesmo que no fim não se verifiquem as condições anunciadas.
 

Chingula

Cumulus
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16 Abr 2009
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Nos perfis verticais previstos para o Porto dia 15 às 12h e Lisboa 16 às 00h (na página do IPMA) chamou-me a atenção os valores de água precipitável muito elevados em especial no Porto (46,8 mm) valores típicos de perturbações tropicais....quanto aos efeitos para além do temporal no mar e o vento com rajadas, um dos locais mais vulneráveis a precipitações intensas em curto espaço de tempo que recordo é a zona de Águeda...
 
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romeupaz

Cumulus
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5 Set 2008
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Já tvemos "n" situaões de ciclogéneses explosivas sobre Portugal.. E não houve grandes dramas por isso.. Estamos numa situaçã "boarderline" de ser explosiva (ou seja ao contrário de outras, nem sequer é certo que seja explosiva...)... Vamos ter calma na análise, por favor.

A coisa não é bem assim, aqui para a zona de Leiria quando caiu cá uma ciclogénese explosiva (Gong em Janeiro de 2013), a minha casa que é perto do centro urbano esteve 6 dias sem electricidade e muitas zonas à volta ficaram 1 mês na mesma situação. Os estragos que vi foram enormes, com povoações a ficarem isoladas e por sorte, sim sorte, era sábado e ninguém se magoou seriamente.
Incusive avisei a minha namorada para não sair de casa nesse dia, tinha aulas de pós-graduação às 9h30, ora o momento de maior força do envento ocorreu por volta das 9h10 e ela ia passar aqui:
(numa extensão de mais de 200m caíram todos os eucaliptos e pinheiros com mais de 50 anos)
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outro local de passagem
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Vi ainda estragos piores em outras zonas... na entrada da Marinha Grande em 400m a estrada nacional ficou intransitável por 10h não estava lá ninguém
 

David sf

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8 Jan 2009
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Oeiras / VN Poiares
Off - tópic : não vi aqui ainda alarmismos , apenas situações que acontecem nestes eventos . Mas se formos por ai , o IPMA e o primeiro a ser alarmista , com a emissão de aviso vermelho e a descrição correspondente . Claro que não vem
Ai o fim do mundo , mas não podemos fingir que nada se vai passar .

Fim off- topic

Há alguns posts a tender para o alarmismo, e certamente que ao longo da tarde iriam aparecer outros.

O IPMA, relativamente à precipitação, cumpriu os critérios de emissão de avisos. Pessoalmente, discordo bastante de alguns dos critérios estabelecidos, mas não é este o tópico apropriado para discutir esse assunto.
 

boneli

Nimbostratus
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12 Jan 2008
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Há alguns posts a tender para o alarmismo, e certamente que ao longo da tarde iriam aparecer outros.

O IPMA, relativamente à precipitação, cumpriu os critérios de emissão de avisos. Pessoalmente, discordo bastante de alguns dos critérios estabelecidos, mas não é este o tópico apropriado para discutir esse assunto.


E se calhar tender para o alarmismo será a palavra certa ou normal para esta situação.

Nada que já não tivemos, mas não podemos ignorar e tratar de modo leviano um alerta vermelho do IPMA e encarar esta situação como normal ou dentro dos parâmetros normais. Desculpa mas quem está a entrar em exagero é o próprio moderador.

Olhando para a quantidade de precipitação prevista e pressão, e linhas isobáricas que os mapas vão mostrando não vi ainda ninguém aqui a falar nada de mais para estas chamadas de atenção.
 

vitamos

Super Célula
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11 Dez 2007
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Estarreja
E se calhar tender para o alarmismo será a palavra certa ou normal para esta situação.

Nada que já não tivemos, mas não podemos ignorar e tratar de modo leviano um alerta vermelho do IPMA e encarar esta situação como normal ou dentro dos parâmetros normais. Desculpa mas quem está a entrar em exagero é o próprio moderador.

Olhando para a quantidade de precipitação prevista e pressão, e linhas isobáricas que os mapas vão mostrando não vi ainda ninguém aqui a falar nada de mais para estas chamadas de atenção.


Como por enquanto ainda vai havendo alguma serenidade por parte de toda a gente, como ainda nenhum aviso foi minimizado, e como apenas se apelou a calma perante uma situaçao que, felizmente, não é virgem,e para tal basta consultar o histórico do forum, este tipo de post que apenas pretende criar uma espécie de confusão onde nem sequer existe confusão é incompreensível.

Algumas pessoas querem criar conflitos onde não existem... o porquê nem vale a pena tentar perceber.


Como ninguém ainda mencionou que esta seria uma situação banal, obviamente que se recomendam os cuidados habituais e um seguimento atento. Continua prevista precipitação significativa, pelo que os cuidados habituais nest tipo de situaçao são recomendáveis. É mesmo bastante precipitação para o periodo em apreço.
 

Firefigther

Cumulus
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29 Out 2010
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Como por enquanto ainda vai havendo alguma serenidade por parte de toda a gente, como ainda nenhum aviso foi minimizado, e como apenas se apelou a calma perante uma situaçao que, felizmente, não é virgem,e para tal basta consultar o histórico do forum, este tipo de post que apenas pretende criar uma espécie de confusão onde nem sequer existe confusão é incompreensível.

Algumas pessoas querem criar conflitos onde não existem... o porquê nem vale a pena tentar perceber.


Como ninguém ainda mencionou que esta seria uma situação banal, obviamente que se recomendam os cuidados habituais e um seguimento atento. Continua prevista precipitação significativa, pelo que os cuidados habituais nest tipo de situaçao são recomendáveis. É mesmo bastante precipitação para o periodo em apreço.

Fica aqui o AVISO À POPULAÇÂO na verdade nunca é demais a prevenção.

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Dias Miguel

Cumulonimbus
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26 Jan 2015
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Portalegre
Já tvemos "n" situaões de ciclogéneses explosivas sobre Portugal.. E não houve grandes dramas por isso.. Estamos numa situaçã "boarderline" de ser explosiva (ou seja ao contrário de outras, nem sequer é certo que seja explosiva...)... Vamos ter calma na análise, por favor.

@vitamos, não procuro alarmismos nem sequer semear a confusão, mas creio que a situação exige alguma atenção, pois não me recordo de nenhuma situação de ciclogéneses explosivas a afectar Portugal no final do verão... Creio que os efeitos nesta altura do ano serão totalmente diferentes daqueles que ocorrem no outono e no inverno, após as primeiras chuvas e a consolidação dos solos. Numa situação de seca severa a extrema, aliada a inúmeros incêndios na região norte, os solos irão sofrer uma erosão significativa, para além da contaminação das linhas de água por causa das cinzas.
(exemplo: http://www.quercus.pt/comunicados/2...nacao-das-aguas-apos-os-incendios-florestais; http://www.uc.pt/fluc/nicif/Publicacoes/Colectaneas_Cindinicas/Download/Colecao_I/Artigo_V.pdf)
E nas cidades, sabendo a prática corrente, as limpezas de todos os equipamentos urbanos para o escoamento das águas pluviais normalmente só acontecem após as primeiras chuvas (e as primeiras inundações)... Ainda temos presentes as imagens de Lisboa no outono passado...
Irei sempre recordar um episódio que ocorreu quando fiz parte da direcção de uma instituição: Havia um defeito na construção num edifício, pelo que nas primeiras chuvas, parte do mesmo sofria sempre com infiltrações e inundava, pois ninguém se recordava de limpar o escoamento de água existente no telhado e que ficava obstruído por causa das folhas das árvores caducas... Em Portugal, não há cultura de prevenção, pelo que só lidamos com as consequências...
 

David sf

Moderação
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8 Jan 2009
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Oeiras / VN Poiares
@vitamos, não procuro alarmismos nem sequer semear a confusão, mas creio que a situação exige alguma atenção, pois não me recordo de nenhuma situação de ciclogéneses explosivas a afectar Portugal no final do verão... Creio que os efeitos nesta altura do ano serão totalmente diferentes daqueles que ocorrem no outono e no inverno, após as primeiras chuvas e a consolidação dos solos. Numa situação de seca severa a extrema, aliada a inúmeros incêndios na região norte, os solos irão sofrer uma erosão significativa, para além da contaminação das linhas de água por causa das cinzas.
(exemplo: http://www.quercus.pt/comunicados/2...nacao-das-aguas-apos-os-incendios-florestais; http://www.uc.pt/fluc/nicif/Publicacoes/Colectaneas_Cindinicas/Download/Colecao_I/Artigo_V.pdf)
E nas cidades, sabendo a prática corrente, as limpezas de todos os equipamentos urbanos para o escoamento das águas pluviais normalmente só acontecem após as primeiras chuvas (e as primeiras inundações)... Ainda temos presentes as imagens de Lisboa no outono passado...
Irei sempre recordar um episódio que ocorreu quando fiz parte da direcção de uma instituição: Havia um defeito na construção num edifício, pelo que nas primeiras chuvas, parte do mesmo sofria sempre com infiltrações e inundava, pois ninguém se recordava de limpar o escoamento de água existente no telhado e que ficava obstruído por causa das folhas das árvores caducas... Em Portugal, não há cultura de prevenção, pelo que só lidamos com as consequências...

Concordo com quase tudo, há risco de inundações urbanas e eventuais problemas a jusante de áreas recentemente ardidas. Por outro lado há que aclarar o seguinte: a (eventual e pouco provável) ciclogénese explosiva não tem nada a ver com as quantidades de precipitação previstas; na última que afectou o território de Portugal continental a quantidade de precipitação foi irrisória. Os perigos de um evento deste tipo advêm da intensidade do vento. Também não terá nada a ver com os acontecimentos do Oeste em Dezembro de 2009, na altura o centro da depressão passou nessa zona, agora o centro passará no mar, a Norte da Galiza.
 
Estado
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