Seguimento - Incêndios 2017

Duarte Sousa

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8 Mar 2011
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Fogo de artifício em Braga finta lei e provoca incêndio
Festa na noite de S.João ocorreu no período crítico de incêndios que, este ano, entrou em vigor a 22 de junho. Fonte dos Bombeiros Sapadores de Braga confirma à TVI24 a ocorrência
Na madrugada deste sábado, durante os festejos do S.João em Braga, o lançamento de fogo de artifício provocou um incêndio que teve de ser apagado pelos Sapadores da cidade. O incidente ocorreu entre a meia-noite e a uma da manhã, no Monte do Picoto. O momento foi registado em vídeo e divulgado nas redes sociais.


À TVI24, fonte dos Sapadores de Braga confirmou o incêndio provocado pelo lançamento do fogo de artifício, uma prática que poderá ter infringido a lei. Segundo foi possível apurar, no local estavam em "modo preventivo" três viaturas dos Bombeiros Sapadores de Braga, com oito efetivos, que tomaram conta da ocorrência e extinguiram prontamente o fogo.

Depois dos incêndios que fustigaram Portugal na última semana, o lançamento de balões de ar quente e de foguetes foram expressamente proibidos nas festas de S.João, tanto em Braga como no Porto, tendo por base a antecipação do periodo critico de incêndios, através da portaria 195/2017.

Tal confirma-se no decreto-lei 124/2006, que diz que "durante o período crítico não é permitido o lançamento de balões com mecha acesa e de quaisquer tipos de foguetes".

Também o lançamento de fogo de artifício é proibido, quando não seja autorizado pela respetiva Câmara Municipal. Mas apenas, "em todos os espaços rurais", como refere o decreto-lei 124/2006. No caso, no Monte do Picoto existe uma zona habitacional.

Fonte da PSP de Braga admitiu à TVI24 que "o lançamento deveria estar autorizado", algo que o decreto-lei prevê, desde que solicitado "com pelo menos 15 dias de antecedência".

A TVI24 não conseguiu confirmar junto da Câmara Municipal de Braga se havia autorização para o lançamento do fogo de artifício no Monte do Picoto.
Fonte: TVI24

:facepalm:


Agora eu pergunto: se não tivesse provocado um incêndio, esse fogo de artifício já não tinha fintado a lei?

No Porto também houve fogo de artifício e não saiu nenhuma notícia de fintas à lei... Estranho este "jornalismo":wacko:
 


bandevelugo

Cumulus
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3 Jan 2008
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A prova em como espécies autóctones são bem melhores para a nossa floresta do que a plantação indiscriminada do eucalipto:

Pedrógão Grande

Quinta rodeada de carvalhos e castanheiros escapou ao fogo:

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As chamas que se abateram sobre o centro do país estiveram muito perto da Quinta da Fonte, em Figueiró dos Vinhos. Tudo ardeu à volta, menos as árvores autóctones plantadas há décadas.

Liedewij Schieving ainda recupera do susto de sábado e domingo, quando o fogo atingiu Figueiró dos Vinhos. A viver há 10 anos em Portugal, aquela empresária holandesa nunca tinha passado por semelhante situação.

"Aqui ardeu praticamente tudo. Havia muitos eucaliptos que não resistiram às chamas", refere Liedewij Schievin.

Uma mancha verde destaca-se da paisagem negra envolvente, que retrata a violência do incêndio. "A única coisa que não ardeu foram os carvalhos, os castanheiros, oliveiras e sabugueiros", explica.

Os bombeiros "não estiveram no local" e as árvores que lá estão "há muitas décadas protegeram a quinta e sobreviveram por si", disse Liedewij Schievin.

No Facebook, a mulher, de 50 anos, publicou vídeos e fotografias da zona envolvente à propriedade, que despertaram o interesse dos cibernautas.

Já no início da semana, a foto de uma outra utilizadora fez sucesso na internet. Novamente uma mancha verde, com carvalhos e castanheiros, destaca-se no meio de vários eucaliptos totalmente dizimados pelo fogo, na sequência do fogo em Pedrógão Grande.

"Apesar de não ser a minha propriedade, achei importante partilhar a imagem para demonstrar que as árvores nativas podem ser muito efetivas no combate ao fogo", explicou Tania Sullivan ao JN.


http://www.jn.pt/nacional/interior/...s-e-castanheiros-escapou-ao-fogo-8583333.html

Snifa, isto não é prova nenhuma! As matas juntos aos rios, sejam do que sejam, são sempre mais resistentes aos incêndios, pelo simples facto de terem um maior teor de humidade na biomassa (viva ou morta). Exemplos iguais a estes repetem-se aos centos, é uma questão TOPOGRÁFICA.

Na encosta, declivosa e de solos esqueléticos, não há humidade, mas se houvesse aconteceria o mesmo: maior resistência à passagem do fogo.

Por outro lado, vê-se bem que a casa tinha ao seu redor os matos bem limpos, com terrenos agricultados e provavelmente até regados (o que, claro, aumenta o teor de água nos vegetais), sem o que se costuma chamar "continuidades de combustíveis". Era assim que deveriam ser tratadas as aldeias e zonas habitadas.

Não tem nada a ver com a espécie de árvores, tem a ver com a forma como elas são conduzidas. Pensar que isso pode ser estendido a todos os terrenos, mesmo os mais secos (onde NÃO se consegue fazer vingar castanheiros) é de uma grande ingenuidade.
 

Snifa

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Snifa, isto não é prova nenhuma! As matas juntos aos rios, sejam do que sejam, são sempre mais resistentes aos incêndios, pelo simples facto de terem um maior teor de humidade na biomassa (viva ou morta). Exemplos iguais a estes repetem-se aos centos, é uma questão TOPOGRÁFICA.

Na encosta, declivosa e de solos esqueléticos, não há humidade, mas se houvesse aconteceria o mesmo: maior resistência à passagem do fogo.

Por outro lado, vê-se bem que a casa tinha ao seu redor os matos bem limpos, com terrenos agricultados e provavelmente até regados (o que, claro, aumenta o teor de água nos vegetais), sem o que se costuma chamar "continuidades de combustíveis". Era assim que deveriam ser tratadas as aldeias e zonas habitadas.

Não tem nada a ver com a espécie de árvores, tem a ver com a forma como elas são conduzidas. Pensar que isso pode ser estendido a todos os terrenos, mesmo os mais secos (onde NÃO se consegue fazer vingar castanheiros) é de uma grande ingenuidade.
Na minha opinião um fogo numa floresta de eucaliptos não pode ser o mesmo de numa floresta de carvalhos por exemplo, o tipo de árvore, a sua composição, os oleos e gases que libertam sob altas temperaturas tem muita importância na propagação mais rápida ou lenta dos incêndios, há estudos sobre isso.O verdadeiro problema da floresta portuguesa é o eucalipto, árvore que desvirtua completamente a nossa floresta nativa, árvore que seca imenso os solos, árvore feia do ponto de vista paisagistico,contudo será muito lucrativa para as celuloses...e enquanto assim for, iremos assistir a este triste espetáculo todos os anos.
 

Pedro1993

Super Célula
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MAÇÃO | ONDE TODAS AS ALDEIAS TÊM MOTOBOMBAS E GRUPOS DE AUTODEFESA PARA PRIMEIRO COMBATE AO FOGO

Com um longo historial de incêndios e mais de 120% do território fustigado pelos fogos nas últimas décadas, o concelho de Mação desenvolveu um conceito de reordenamento do território florestal e deu armas de defesa e combate às aldeias.

Em declarações à Lusa, António Louro, coordenador da Proteção Civil Municipal, disse que Mação fez distribuir dezenas de motobombas por todas as aldeias do concelho, “para um primeiro combate enquanto os bombeiros não chegam”, e criou o sistema McFire, ferramenta informática que permite levar a informação sobre a zona de combate para o posto de comando e monitorizar o desenvolvimento do fogo em tempo real.

Com mais de uma centena de pequenos aglomerados populacionais espalhados pelos 41 mil hectares do território de Mação, essencialmente florestal, o objetivo da distribuição de motobombas é “dar alguma capacidade de autoproteção às populações das aldeias mais isoladas”, tendo a autarquia promovido ainda a criação de grupos de autodefesa.



http://www.mediotejo.net/macao-onde...-de-autodefesa-para-primeiro-combate-ao-fogo/
 

bandevelugo

Cumulus
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Na minha opinião um fogo numa floresta de eucaliptos não pode ser o mesmo de numa floresta de carvalhos por exemplo, o tipo de árvore, a sua composição, os oleos e gases que libertam sob altas temperaturas tem muita importância na propagação mais rápida ou lenta dos incêndios, há estudos sobre isso.O verdadeiro problema da floresta portuguesa é o eucalipto, árvore que desvirtua completamente a nossa floresta nativa, árvore que seca imenso os solos, árvore feia do ponto de vista paisagistico,contudo será muito lucrativa para as celuloses...e enquanto assim for, iremos assistir a este triste espetáculo todos os anos.


Snifa, tens todo o direito de gostar desta ou daquela espécie de árvore, ou deste ou doutro tipo de matas. É uma questão de gosto pessoal, não se discute - eu próprio gosto mais de umas do que outras (e só detesto as invasoras!)

Mas não podemos "misturar alhos com bugalhos" e espalhar informação que não é correta. Uma coisa são os nossos gostos, e o que achamos que deve ser a floresta (mesmo que ela seja de outros cidadãos), outra coisa é informação técnica e científica rigorosa - e a realidade do território, do dia a dia.

No primeiro caso, os cientistas e técnicos (pelo menos os mais sérios e competentes) não acham maior perigo de incêndio nos eucaliptais (ou nos pinhais) do que, por exemplo, nos carvalhais ou castanhais. Vê este quadro que aqui anexo, retirado deste excelente artigo: http://gdoc.uevora.pt/487081



Mais relevante do que a espécie, é a forma como são geridas as matas. Por que não ardem as matas do Estado no litoral, sendo quase exclusivamente de pinheiros bravos? Porque são ordenadas. Por que ardem menos as matas das celuloses, que são quase todas de eucalipto? Por que as empresas tratam delas. Por que não ardem os montados com sobreiros e azinheiras? Porque por baixo têm agricultura e pastorícia, que limpam os matos, e os donos fazem aceiramentos. Mas atenção: em 2004 arderam 25000 hectares seguidos de sobreiral na serra do Algarve, que não estavam limpos!!!

Se as matas estão tratadas, ardem menos, se estão ao abandono, têm mais probabilidade de arder. Sejam carvalhos, eucaliptos, pinheiros, ou sobreiros. Tudo o resto, e não leves a mal, é poesia.
 

algarvio1980

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Se a culpa é do eucalipto e das empresas de celulose. Então, como é que as áreas que são das empresas de celulose pouco ardem? :rolleyes: Pouco ardem, porque simplesmente fazem a limpeza dos terrenos e do mato.

Se, em Portugal limpassem as áreas circundantes às casas e limpassem os matos, ardia muito menos, mas só se lembram é quando o fogo vem e leva tudo, prevenção e limpeza zero.

Quantas casas estavam limpas de mato, nos dias em que as tv's mostraram os incêndios? Não vi, assim tantas. Se eles não limpam sequer em redor das casas quanto mais as matas.

Que apliquem multas pesadas a quem não limpar, mas quem não tem capacidade financeira para o fazer, que o Estado ajude esses proprietários.
 

Snifa

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Concordo, falta muita limpeza e prevenção (outro dos grandes problemas), se a isso juntarmos a limitação do eucalipto e a plantação de especies nativas, ai acredito que as coisas podem mudar para melhor em termos de incêndios, mas já sabemos, isto que falo, é uma utopia..porque será que Portugal, um País pequeno,tem das maiores áreas de eucalipto da Europa?
Adivinhem o que vão plantar nestes locais que arderam...ou melhor nem é preciso plantar, os eucaliptos regeneram-se bem, aquilo daqui por uns tempos está tudo a rebentar das cinzas ..uma verdadeira praga.
 
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Orion

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Acho que a malta não tem noção do que implica a 'limpeza dos terrenos'. Um exemplo:

Com cerca de 41.000 hectares de área, 122 lugares e aldeias onde residem cerca de sete mil e quinhentas pessoas, 80.000 pequenas propriedades e 95% de área florestal, Mação viu o seu território ser devastado por incêndios nos últimos 30 anos.

Outro exemplo:

Em Vila Nova de Paiva, concelho com 80 por cento da superfície ocupada pela floresta, limpar um hectare custa 350 euros, conta António João, um produtor florestal que juntou 132 parcelas de terra para plantar 62 hectares de eucalipto.

Agricultor pode pagar multa milionária por limpar o próprio terreno

Dez mil proprietários notificados pela GNR para limpar terrenos

Querem multar pesadamente os pequenos proprietários por não limparem os terrenos? O poder podem mas não se queixem quando isso causar um colapso da economia rural e um maior abandono das terras. Para a desertificação do interior já basta o êxodo urbano normal.

---

Pérolas de um passado recente -> 2009

O Governo arranca, este mês, com um projecto para identificar os proprietários de milhares de terrenos sem dono conhecido. Estima-se que representem 20 por cento de todo o território.

Para actualizar o cadastro de muitos milhares de propriedades, que se encontra profundamente desactualizado, o Governo considera que este levantamento é urgente, nomeadamente por causa dos incêndios, mas também para aumentar a receita fiscal. Um trabalho que se pretende esteja concluído em 2016.

A ideia proposta pelo António Louro (Mação - 1º artigo/exemplo) dificilmente será concretizado em PT no futuro a curto-prazo:

A ideia assenta na "agregação de territórios de minifúndio com um mínimo de mil hectares, ganhando escala e estruturando empresarialmente o conceito de gestão do território, com a abertura a fundos de investimento e com solidez jurídica, respeitando a propriedade privada, e definindo racionalmente modelos de utilização agrícola e florestal dos espaços".

A predominância da propriedade privada de grandes dimensões poderia contribuir para uma melhor gestão dos terrenos mas provavelmente iria acelerar mais ainda a proliferação do eucalipto em detrimento da flora indígena (bem como fomentar a concentração das terras nas mãos de poucas personagens ao estilo dos países de 3º mundo). Será essa uma boa solução?
 
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bandevelugo

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Concordo, falta muita limpeza e prevenção (outro dos grandes problemas), se a isso juntarmos a limitação do eucalipto e a plantação de especies nativas, ai acredito que as coisas podem mudar para melhor em termos de incêndios, mas já sabemos, isto que falo, é uma utopia..porque será que Portugal, um País pequeno,tem das maiores áreas de eucalipto da Europa?
Adivinhem o que vão plantar nestes locais que arderam...ou melhor nem é preciso plantar, os eucaliptos regeneram-se bem, aquilo daqui por uns tempos está tudo a rebentar das cinzas ..uma verdadeira praga.

A razão porque Portugal é o país da Europa com mais eucaliptos é bastante simples e prosaica: é que o eucalipto (a espécie que os proprietários privados gostam) só se dá nas partes da Europa sem geadas severas no inverno. Nunca na vida o eucalipto poderia crescer na Alemanha, na Suécia ou mesmo em França... porque não sobreviveria ao primeiro janeiro!!! Só em estufas...

É por essa mesma razão que poucos ou nenhuns eucaliptos (glóbulos) existem nos distritos de Bragança ou da Guarda. No resto da Europa, encontra-se nas regiões litorais de Espanha (Galiza e Cantábria), Itália, Irlanda, Grécia, e pouco mais.

E também por outra razão muito importante: na Europa, 50% das matas são do Estado, em Portugal são... 2 ou 3%! O resto é de proprietários particulares ou de baldios, que têm de arranjar rendimento para manter as suas matas. Ou então deixar ao abandono.
 
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JCARL

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algarvio1980

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http://www.cmjornal.pt/mundo/detalh...tirada-de-400-pessoas---el-pais?ref=HP_Grupo1

Um parque natural com uma riqueza fenomenal, quer em termos de fauna, quer em termos de flora. :(


Além das pessoas retiradas pelas autoridades, centenas de habitantes deixaram as suas casas em Mazagón pela sua própria iniciativa, para se alojarem em casas de familiares na região, acrescentou o diário.

Parece que, em Espanha, as pessoas sabem as medidas de auto-protecção, em Portugal é preciso apontarem quase uma pistola à cabeça para serem evacuados.

Em Espanha, estão 200 bombeiros e 21 meios aéreos, em Portugal estão mais de 1000 bombeiros e 10 meios aéreos (incluindo a ajuda da UE). :unsure:.
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Snifa

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http://www.cmjornal.pt/mundo/detalh...tirada-de-400-pessoas---el-pais?ref=HP_Grupo1

Um parque natural com uma riqueza fenomenal, quer em termos de fauna, quer em termos de flora. :(


Além das pessoas retiradas pelas autoridades, centenas de habitantes deixaram as suas casas em Mazagón pela sua própria iniciativa, para se alojarem em casas de familiares na região, acrescentou o diário.

Parece que, em Espanha, as pessoas sabem as medidas de auto-protecção, em Portugal é preciso apontarem quase uma pistola à cabeça para serem evacuados.

Em Espanha, estão 200 bombeiros e 21 meios aéreos, em Portugal estão mais de 1000 bombeiros e 10 meios aéreos (incluindo a ajuda da UE). :unsure:.

Provavelmente lá não acontecerá nem aconteceria uma EN 236 como aqui, parecem ter outra mentalidade, organização e acima de tudo prevenção e antecipação do perigo.
 
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