Seguimento - Incêndios 2017

AJB

Nimbostratus
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5 Mar 2009
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Não foi tido em contra nem isso é habitual em Portugal, não é por acaso que a área ardida em Portugal não tem paralelo com outros países do sul da Europa.
Concordo!
Julgo que poderemos calmamente abordar isso nos proximos dias, para já desmistificar a origem da ignição e das comunicações! Vamos dar tempo ao tempo e esperar que haja coragem politica nisto! As, até agora, 64 mortes merecem que se apure tudo e se necessário se destitua quem houver para destituir!
Um aparte: repararam nos 2600 ha ardidos em Moncorvo no final da ultima semana?
Parece banal não parece?
 
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Snifa

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Afinal o SIRESP não falhou, como seria se tivesse falhado: :unsure:

SIRESP diz que esteve à altura e que "não houve interrupções"

O SIRESP respondeu ao pedido do Governo e garante que "não houve interrupção no funcionamento da rede em consequência do incêndio" de Pedrógão Grande.

No "relatório de desempenho da rede SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) no incêndio de Pedrógão Grande" divulgado esta terça-feira à tarde no Portal do Governo a empresa admite que das 16 estações bases que cobriam a zona do fogo, cinco entraram em "modo local" porque os cabos de fibra ótica arderam.

Contudo, a SIRESP garante que, mesmo em modo local, as comunicações eram possíveis - isto porque utilizam a tecnologia TETRA, que permite que quando uma estação base perde a interligação com as restantes, os terminais próximos comuniquem entre si "em modo direto". Por isso, conclui a empresa, "a rede SIRESP funcionou de acordo com a arquitetura que foi desenhada".


No período crítico do incêndio, entre as 19 horas do dia 17 e as 9 horas do dia 18, foram processadas mais de 100 mil chamadas através de 1092 terminais e, em cinco dias de fogo, 3301 terminais processaram mais de um milhão e 100 mil chamadas, alega a empresa, acrescentando que estes números demonstram que o desempenho do SIRESP "correspondeu e esteve à altura da complexidade do teatro das operações, assegurando as comunicações e a interoperabilidade das forças de emergência e segurança".

A empresa - que tem estado sob polémica, com a própria Autoridade Nacional de Proteção Civil a apontar-lhe várias falhas - reconhece, contudo, que houve "situações de saturação na rede", ainda que não "significativas". E deixa um conjunto de recomendações ao Governo: avaliar a relação custo/benefício da instalação de transmissão redundante; reduzir o número de grupos de conversação nos teatros de operações, evitar chamadas privadas em situações de emergência; e haver maior disciplina nas comunicações.

http://www.jn.pt/nacional/interior/...ura-e-que-nao-houve-interrupcoes-8595019.html
 
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jonas

Cumulonimbus
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14 Jul 2015
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Concordo!
Julgo que poderemos calmamente abordar isso nos proximos dias, para já desmistificar a origem da ignição e das comunicações! Vamos dar tempo ao tempo e esperar que haja coragem politica nisto! As, até agora, 64 mortes merecem que se apure tudo e se necessário se destitua quem houver para destituir!
Um aparte: repararam nos 2600 ha ardidos em Moncorvo no final da ultima semana?
Parece banal não parece?
Sim parece, tendo em conta os grandes incêndios do centro do pais.
Boa pergunta para as pessoas refletirem...
 
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Snifa

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16 Abr 2008
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Pergunto: não houve possibilidade nesse tempo de avaliar a progressão do incêndio?

Para mim esta é a questão fundamental, o não se ter actuado antecipadamente e preventivamente fechando estradas e desviando pessoas para locais seguros, até tendo em conta as condições meteorológicas com células de trovoada ( secas) que podem gerar fortes ventos ( como sucedeu), quem coordenava sabia que um fogo com tempo instável e trovoadas e tudo o que daí advém, não é o mesmo que um fogo com tempo estável e pouco vento?

Parece que quem manda e coordena ficou numa " apatia" colectiva, sem capacidade de raciocínio nem actuação, ou seja "à nora"...
 
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Orion

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5 Jul 2011
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As conclusões do relatorio do SIRESP SA são cabais...esperemos as cenas dos proximos tristes capitulos

Admirado ficaria eu com outra conclusão.

Sabes como é que o SIRESP funciona? Procura a estação mais próxima? E se não encontrar?

É possível que uma estação fique sobrecarregada com um excessivo número de chamadas?
 
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AJB

Nimbostratus
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5 Mar 2009
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Sinceramente não estou muito por dentro, mas julgo que sim...
Tenho que ler o relatorio completo...vi as conclusões!
 

Orion

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5 Jul 2011
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Sinceramente não estou muito por dentro, mas julgo que sim...
Tenho que ler o relatorio completo...vi as conclusões!

http://www.portugal.gov.pt/media/30192603/20170627-pm-rel-siresp.pdf

A estação de Pedrógão Grande pifou às 19:38. Entre as 14h e as 19h houve uma percentagem de saturação de 4.5%. Relevante já que foram 144 chamadas com problemas. Não vejo grande descredibilização das queixas feitas pelos operacionais.

Na madrugada do dia 18 foi o caos havendo taxas díspares de saturação. Houveram estações com relativamente poucas chamadas e muitos impedimentos e outras com muitas chamadas e poucos impedimentos.

Entre as 12h do dia 17 e as 12h do dia 22 a taxa de saturação foi de 15%. Não é pouco. A estação do Cabeço do Pião teve uma taxa de saturação de quase 35%!

Novamente, como é que o sistema lida com saturações? Como é que funciona a comunicação? Vai diretamente de Góis a Pedrógão (por exemplo) ou há redundância passando também por outras estações? Se não houver redundância é possível que se esteja a incluir estações com pouca ou nenhuma relevância na situação* (sou eu a inferir)? O incêndio vizinho a Pedrógão também aumentou o número das chamadas nas estações eventualmente menos relevantes (potencialmente melhorando de forma artificial o desempenho do sistema).

Honestamente, não sei e estou só a especular. Quem mais souber que me esclareça.

---

* A estação do Estreito está a quê? 30kms de Pedrógão e a 40 kms de Figueiró dos Vinhos? 23 mil chamadas e 0 problemas. Boa?
 
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algarvio1980

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O SIRESP funcionou que foi uma maravilha... :rolleyes:

A trovoada seca foi uma bela desculpa para ocultar a total incompetência de todos os meios envolvidos.

Que venham os estrangeiros fazerem o inquérito aí acredito, agora portugueses a fazerem inquéritos com culpados nunca da vida.

A trovoada seca vai ser julgada em Portugal....
 

Orion

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Estação da Serra do Cabeço da Rainha -> ANPC_CB. Proteção Civil de Castelo Branco, correto?

0.4% taxa de saturação entre as 12h e as 19h do dia 17 (14 chamadas com problemas);

21.5% taxa de saturação entre as 12h do dia 17 e as 09h do dia 18 (1785 chamadas com problemas);

20.5% taxa de saturação entre as 12h do dia 17 e as 12h do dia 22 (37673 chamadas com problemas).

O sistema funcionou lindamente? Os experts já disseram que sim. Falem menos para funcionar melhor :D

---

No quadriénio 2007-2010, suicidaram-se em média, por ano, em Portugal continental, 983 pessoas. No seguinte, 2011-2014, em que Passos Coelho foi primeiro-ministro, esse número subiu para 1031 mortes. O número médio de suicídios por ano no mandato de Passos foi de mais 48 em relação à média dos quatro anos anteriores. Tudo somado, 192 mortes. Sabemos que esse mandato foi de profunda austeridade. O governo cortou a torto e direito em tudo o que pôde e só não cortou mais porque o Tribunal Constitucional não deixou

Jornalismo de mierda. Mas como o aproveitamento é de esquerda deixa-se passar.
 
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ClaudiaRM

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2 Dez 2009
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De apoio psicológico fica a precisar quem se quer informar decentemente neste país. Nascem especialistas como cogumelos por todo o lado que, claro, têm opiniões que disparam em todas as direcções e se contradizem amiúde.
 
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Orion

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Segundo o comandante de Castanheira de Pera, terá havido “sobrecarga” dos canais ou a própria “falha das redes” levou às dificuldades de comunicação. “Só ao fim de quatro, cinco ou seis insistências é que conseguíamos comunicar com os operacionais ou com o posto de comando”, frisou José Domingues, referindo que o sistema devia estar preparado para a quantidade de comunicações realizadas durante o combate às chamas que afetaram o interior norte do distrito de Leiria.

O

A conclusão do operador é previsível. Para mim a mais relevante é mesmo a do Instituto de Telecomunicações. Essa sim é que serve para dar a ilusão da isenção necessária a uma investigação séria.
 

luismeteo3

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Fatima (320m)
Governo timorense aprova apoio de 1,5 milhões de dólares para vítimas de fogos em Portugal
O Governo timorense aprovou hoje um pacote de assistência de 1,5 milhões de dólares (1,33 milhões de euros) em ajuda humanitária para apoio às vítimas dos incêndios florestais deste mês.
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Reuters


Lusa27 de junho de 2017 às 13:12


Avelino Coelho, secretário de Estado do Conselho de Ministros, disse aos jornalistas que a decisão foi aprovada na reunião de hoje do Governo que renovou os votos de pesar para os familiares das vítimas dos fogos.



Os fundos serão contabilizados no componente de apoio humanitário do Orçamento do Estado de 2017.



Pelo menos 64 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas em resultado do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, chegando depois aos distritos de Castelo Branco e Coimbra.



O incêndio consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, destruindo várias casas e outros bens privados.



Antes, o Governo timorense já tinha expressado pesar pela "catástrofe" e "perda de vidas", saudando o trabalho que tem sido feito pelos bombeiros.



"A perda de vidas é absolutamente trágica. Os pensamentos e as preces do povo de Timor-Leste estão com as nossas irmãs e irmãos de Portugal", disse Rui Aráujo, o primeiro-ministro timorense, numa mensagem divulgada no portal do Governo.



A nota refere que o "conhecimento do estado de catástrofe e perda de vidas causado pelos incêndios" levou o executivo a "enviar uma mensagem de solidariedade" ao Governo e povo portugueses.



"O Governo de Timor-Leste apresenta as suas condolências às famílias e amigos daqueles cujas vidas se perderam e envia uma mensagem de apoio ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e ao primeiro-ministro António Costa, neste momento difícil", refere o comunicado.



"O Governo também deixa uma palavra de reconhecimento ao trabalho feito pelos bombeiros e outros elementos de intervenção local, que enfrentam com coragem condições extraordinariamente difíceis", sublinha.



Também o Presidente da República, Francisco Guterres Lu-Olo (na foto), manifestou o seu pesar e solidariedade com as vítimas dos fogos que têm assolado a zona de Pedrógão Grande e de outras localidades do centro de Portugal.



"É com tristeza que acompanhamos as notícias dos fogos que ocorreram em Pedrógão Grande. Em nome do Estado e do povo de Timor-Leste quero expressar as nossas sentidas condolências às famílias enlutadas e a nossa solidariedade com o povo irmão de Pedrógão Grande", disse em comunicado.
http://www.jornaldenegocios.pt/econ...-de-fogos-em-portugal?ref=HP_Ultimosdestaques
 
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luismeteo3

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Fatima (320m)
Em simultâneo pela primeira vez na RTP1, SIC e TVI. Também na TV Galiza.
NO AR 20:00H - 23:59H
Concerto Juntos por Todos


As receitas do concerto “Juntos por Todos”, que começou pelas 21h00, revertem para a União das Misericórdias Portuguesas e serão canalizadas para ajudar as populações afectadas pela tragédia.

Vinte e cinco artistas associaram-se a esta causa e vão actuar esta noite: AGIR, Amor Electro, Ana Moura, Aurea, Camané, Carlos do Carmo, Carminho, D.A.M.A, David Fonseca, Diogo Piçarra, Gisela João, Hélder Moutinho, João Gil, Jorge Palma, Luísa Sobral, Luís Represas, Matias Damásio, Miguel Araújo, Paulo Gonzo, Pedro Abrunhosa, Raquel Tavares, Rita Redshoes, Rui Veloso, Salvador Sobral e Sérgio Godinho.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, marcam presença neste concerto solidário, que conta com o alto comissariado da Fundação Calouste Gulbenkian.

A ideia do espectáculo partiu do promotor Vasco Sacramento, que no passado dia 18 anunciou na rede social Facebook a intenção de fazer um concerto solidário, sensibilizado com as vítimas do incêndio.

O espectáculo, que começou às 21h00, é transmitido pela Renascença e pelas restantes rádios e televisões portuguesas.

Os incêndios que deflagraram a 17 de Junho, na região centro, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foram dados como extintos uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.
http://rr.sapo.pt/directo/juntosportodos
 
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