Seguimento - Incêndios 2017

luismeteo3

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Fatima (320m)
Incêndio controlado até ao final da manhã
Quanto às próximas horas de combate ao incêndio, o comandante Vítor Vaz Pinto prevê que “até à hora de almoço” possa ser extinto o segundo “ponto quente”. Durante a noite, aproveitando a “janela de oportunidade” que se identificou, os bombeiros conseguiram extinguir o primeiro desses dois pontos. A ser assim, o incêndio de Pedrógão Grande poderá ficar resolvido até ao final da manhã, apesar das condições meteorológicas “adversas”, com pouca humidade, vento entre os 20 e os 30 quilómetros/hora e temperaturas que podem subir aos 43 graus.
 
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luismeteo3

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GNR admite inquérito interno
No mesmo briefing, o tenente coronel da GNR Carlos Ramos admitiu aos jornalistas a possibilidade de ser aberto um inquérito interno sobre o que se passou, nomeadamente sobre a decisão da GNR de não encerrar imediatamente a chamada Estrada da morte (nacional 236). Dizendo não ter informação sobre se a GNR mandou ou não pessoas para aquela estrada nos momentos que se seguiram ao incêndio, o tenente coronel admitiu a “hipótese” de a GNR abrir um inquérito interno. Mas sem certezas, “é preciso avaliar”.

Questionado sobre se os militares da GNR deram essa informação aos automobilistas, o tenente coronel Carlos Ramos alegou que só tinha chegado ao terreno “ontem”. “Não domino essa informação. Cheguei numa altura em que isso já tinha passado. Só entrei ontem ao serviço”.
 

luismeteo3

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Cadafaz em Góis a ser evacuada! Fogo a 1Km da aldeia.
Esta frente ontem estava dominada mas esta noite com o vento descontrolou.
 
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Pek

Cumulonimbus
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Menorca
Coincidências...





FV



ED



EE



Porque é que Ourense tem tantos incêndios? Não há muitos eucaliptos lá (aí volto aos problemas em se estabelecer uma relação direta). E porque é que na Galiza há tanto incêndio? Aparentemente pelos mesmos motivos que em PT:

Un vistazo a la problemática de los incendios en España:
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Ampliando a la zona noroeste
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Un matiz muy importante, al contrario que en la inmensa mayoría de Galicia la mayor parte de los incendios en Cantabria y casi toda Asturias se producen en invierno, que es cuando más seco está todo por el frío y la nieve, en momentos de viento foehn sur propicio y tras la retirada del manto nivoso de zonas medias o bajas. Se hace para "limpieza de pastos" y las subvenciones de la Política Agraria de la UE tienen mucho que decir aquí.

Con respecto a Galicia, la "cultura del fuego" es un elemento claro, si bien yo he visto incendios en esa zona por todo tipo de causas (regeneración de pastos, eliminación de matorral, intereses forestales, pirómanos desequilibrados, venganzas, caza, intereses urbanísticos, despistar a la policía (narcotráfico), etc.). Estuve apagando incendios allí 15 días en la terrible ola incendiaria de 2006 como parte de un dispositivo especial enviado por la Comunidad de Madrid y vi de todo. Por supuesto los eucaliptos y otras especies pirófitas maderables (artificialmente extendidas para producción) tenían mucho que ver, pero no eran la única causa. Con todo pude ver auténticas tormentas de fuego en eucaliptales de 45-50 metros de altura que cruzaban la autopista como si tal cosa. Sus hojas están especialmente diseñadas para volar con las corrientes ígneas que crea el propio incendio y crear nuevos focos a centenares de metros prendiendo a copas (lo de abajo estaba verde, son zonas muy húmedas, se prenden arriba). Además su capacidad de resistencia al fuego y la regeneración y germinación tras el mismo en el caso de Eucalyptus globulus es altísima. Es una razón más, pero como he dicho en Galicia la cultura del fuego es algo profundamente enraizado (especialmente en Ourense). Algún día también os contaré meteodologías para provocar incendios, había de todo!!.
Con respecto a los eucaliptales de interior un matiz importante, Eucalyptus globulus tenía como claro limitante el frío y las heladas, de forma que en Galicia y Asturias queda relegado al litoral y zonas bajas hasta unos 250-300 metros de altitud como máximo, pero recientemente se ha empezado la plantación de Eucalyptus nitens en zonas de interior con heladas y nevadas frecuentes que se sitúan entre los 300 y los 850-900 metros.

Zonas con una elevada superficie forestal (al nivel de la de Galicia) que no registran ningún incendio. Algunas nunca en la historia reciente conocida. Prácticamente todo es arbolado autóctono: Fagus sylvatica, Abies alba, Pinus sylvestris, Pinus nigra, Quercus rotundifolia, Quercus suber, Abies pinsapo, Betula alba, Betula pendula, Quercus pyrenaica, Quercus petraea, Quercus canariensis, Acer pseudoplatanus, Acer platanoides, Quercus humilis, Tylia platyphyllos, Tylia cordata, Ulmus glabra y un largo etcétera. En algunas hay un uso importante y tradicional del arbolado (como en los pinares de Pinus sylvestris de Soria o los alcornocales de Cádiz, pero en la mayoría no) :

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TiagoLC

Super Célula
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15 Jul 2015
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Quanta arrogância e falta de humildade neste título:

Penso que a reportagem foi feita por uma jornalista bem conhecida, e que há pouco tempo pediu respeito pela sua intimidade...

TVI não recebe lições de ninguém"

A estação de Queluz reage à abertura de um processo de averiguações pelo regulador da comunicação social, ERC, por causa de uma reportagem sobre o incêndio de Pedrógão Grande

A TVI não compreende porque está a ser alvo de um "processo de averiguações sobre a cobertura jornalística dos acontecimentos em Pedrógão Grande", anunciado pela ERC, entidade que regula a comunicação social. Em causa está uma reportagem transmitida no Jornal das 8, domingo, na qual se vê a imagem de um cadáver na estrada, sobre a qual a ERC diz ter recebido mais de uma centena de queixas. "Porquê a TVI? Porquês só a TVI? O que havia de especial nessa reportagem que motiva a ERC justificar-se com uma sintonia "com a sociedade portuguesa" que ninguém viu"?, questiona a direção de informação da estação de Queluz.

"A Direção de Informação da TVI não recebe lições de ninguém sobre sensibilidades profissionais. Nem pelo regulador, que se deve limitar ao cumprimento do seu dever e da missão que lhe foi fixada pelas leis da República", é escrito num comunicado divulgado esta noite.

A TVI reconhece que num dos locais da reportagem "estava efetivamente um cadáver, estendido há muitas horas e tapado com um lençol branco - a pior das metáforas da incapacidade da assistência civil atender todas as populações que foram implacavelmente atacadas pelas chamas", sublinhado que "esta circunstância confere um evidente relevo informativo, que não compete ao regulador definir".

A Direção de Informação lembra que "há órgãos de comunicação social que decidiram revelar fotos de crianças que morreram nos incêndios. Outras televisões abriram os principais serviços noticiosos mostrando corpos espalhados no chão, enfatizando o gigantesco cemitério em que num ápice se transformou aquela que fica para a nossa memória coletiva conhecida como a estrada da morte". No entanto, salienta, "não têm sido essas as nossas opções territoriais. Conscientemente a TVI tem procurado respeitar a dor de quem sofre, sem a esconder".

A estação lamenta "profundamente a terrível catástrofe" e avisa que "chegará ao momento de fazer as perguntas sobre o que falhou, porque falha sempre, e como é possível falhar nestas proporções. O cumprimento do nosso papel de órgão de comunicação social é tributário dos mais profundos sentimentos que abalam o povo português. Mas também da obrigação de o manter informado, vigilante e exigente - para que não volte mais a acontecer".



http://www.dn.pt/media/interior/tvi-nao-recebe-licoes-de-ninguem-8575574.html
Já publiquei no seguimento livre. :)
 
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Snifa

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Porto-Marquês:145 m Mogadouro:749 m
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luismeteo3

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Aldeia de Cadafaz, em Góis, foi evacuada
A situação agora está particularmente preocupante em Góis. A aldeia de Cadafaz foi evacuada.
 
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luismeteo3

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Ministra da Administração Interna foi "testemunha" da falha de comunicações
A ministra da Administração Interna (MAI) admite ter sido “testemunha” direta da falha nas comunicações na região de Pedrógão Grande, na tarde e noite de sábado. “Eu própria fui testemunha, é verdade que não houve comunicação, durante muitas e muitas horas eu não tinha rede no meu telemóvel”, disse Constança Urbano de Sousa, em declarações à RTP, junto ao posto de comando das operações de combate ao incêndio, em Avelar.

Mas essa é uma situação diferente daquela que se verificou com o sistema de comunicações de emergência (SIRESP), no início do incêndio. E, em relação a essa rede de que deveriam beneficiar as polícias, os bombeiros e o INEM, reafirmou a ministra, “já foi ordenada uma averiguação sobre o que aconteceu”, havendo já “relatos de operadores da PT que colocavam caos que derretiam logo a seguir”, explicou a ministra. Essa é uma das explicações apresentadas nos últimos dias para que as autoridades de socorro tenham ficado sem comunicações (mesmo que localizadas e de forma temporária, como disse a GNR). “Tivemos de reforçar com antenas móveis e isso foi feito à medida que se verificavam problemas”, sublinhou Urbano de Sousa.

Quanto ao IC8, foi “ordenada uma averiguação àquilo que aconteceu” para perceber como foi possível que cerca de 50 pessoas morressem no local, envolvidas pelas chamas. Será feita uma “fita de tempo” e avaliar “se era possível ou não fazer um corte de estrada” que tivesse evitada essas mortes.

Num outro incêndio que está ativo em Góis, a ministra, sem “informações precisas” sobre a situação, referiu que “os meios aéreos estão com condições para operar”. A ministra deixou, ainda, uma “palavra de ânimo, solidariedade e profundo respeito e reconhecimento” aos operacionais no terreno — entre bombeiros, polícias, militares, proteção civil e profissionais de saúde. “Esta gente que está no terreno precisa desse ânimo, são pessoas inexcedíveis”, disse Urbano de Sousa.
 
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luismeteo3

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Fatima (320m)
Sandinha, Gois situação muito complicada!
Vento muito forte semppre a mudar de direcção e com projecções de 500m constantemente!
 
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David sf

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8 Jan 2009
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Oeiras / VN Poiares
Espantam-me certas reacções. Pode-se discutir o bom gosto da apresentação do corpo num directo da TVI, mas a verdade é que o corpo estava tapado, não havendo, na minha opinião, qualquer falta de respeito perante o cadáver durante a reportagem em questão.
O que me deixa pasmado é que os profissionais da indignação não tenham reparado em algo muito mais grave: havia um corpo estendido no chão, deixado ao abandono. Isso sim é uma falta de respeito. Tal como a jornalista lá chegou, qualquer pessoa ou animal poderia ter lá ido e feito o que bem entendesse com o cadáver.