Seguimento - Incêndios 2025

66.700 ha (667 Km2)

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Será possível que ainda haja alguém que defenda a política florestal e do ordenamento do território, em particular da área rural, que tem sido feito desde... sempre? Porque o rumo tem sido sempre o mesmo.
 
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Já pensei assim, mas infelizmente as alterações climáticas sobrepõem -se a isso tudo. No Alentejo e no Algarve , os sobreiros, azinheiras e carvalhos também ardem, mas recuperam aqueles que ainda tinham cortica.

Concordo que o eucalipto, as mimosas e restantes acassias deviam ser erradicadas. Mas quem vai investir o pouco dinheiro que tem em árvores de valor ecológico que não tenham retorno financeiro? Ninguém semeia nem planta pinheiros, as suas sementes nascem passados 2 anos. Os eucaliptos e acassias onde se incluem mimosas, alastram ainda mais após os fogos. Os eucaliptos só nascem se estiverem ao sol, o que acontece após os incêndios.
Os eucaliptos deviam estar confinados a áreas restritas, com gestão ou em parceria da indústria do papel, com um plano de prevenção específico..

Se erradicarmis as árvores, crescem os matorrais com 3 metros de altura e esses ardem muito bem. Sem árvores, as chuvas levam as terras!

Para por em prática um plano de substituição de resinosas por castanheiros e sobreiros, quantos milhares de trabalhadores e milhões de árvores de viveiro precisaríamos de ter? E como é que íamos lá regá-las? E quantas pessoas precisaríamos para pegar numa moto rocadora e limpar 99000km2 de território?

É fácil converter em hectares, basta multiplicar por 100 e da um total de 10 milhões de hectares, enfim cada português, criança ou idoso teria um hectare para plantar, regar e desmatar várias vezes ao ano?! É fácil cair em utopias face á realidade..

Alguma coisa devemos fazer, mas como e com que meios?
Aqui na zona após os sucessivos incêndios as árvores autocnes vão se sobrepondo aos pinheiros, por serem mais resistentes ao fogo e estarem mais bem adaptadas

Não sou especialista na matéria mas um fogo de carvalhos tem uma violência menor que pinhal
 
Ninguém. O Estado é que devia comprar esses terrenos. Isto claro se querem salvar o país de se tornar um verdadeiro deserto. Ou se destina definitivamente uma parte do orçamento de estado para essa tarefa ciclópica, ou não há solução.
O Estado tem grande parte das suas propriedades ao abandono, duvido muito que compre terrenos no Interior para os limpar. A conversa de que o Interior está ao abandono e que as coisas têm de mudar não é de agora, surge sempre nestas circunstâncias e depois rapidamente se esquece. É como a seca, falam-se em soluções e poupanças na altura em que já está tudo no limite e depois quando chove nunca mais se toca no assunto até voltar a correr mal.
Grande parte do território está ao abandono e dificilmente conseguimos reverter isso. Somos um país onde o setor terciário é dominante, e por esse motivo grande parte da população se concentra nas grandes cidades. Além disso, para uma economia que depende muito do turismo e cada vez mais à base do luxo, limpar a floresta não será do interesse de muita gente. Até mesmo neste setor, devido às ondas de calor cada vez mais severas no Interior se tem de repensar se vale a pena continuar a investir.
Infelizmente não há muito que abone a favor das regiões do Interior. É esta a realidade e duvido muito que nestes terrenos queimados se vão plantar sobreiros ou outras espécies que não ardem com tanta facilidade. São terrenos abandonados e daqui a uns meses os eucaliptos já estão a rebentar de novo sem ninguém para os impedir.
Felizmente o Alentejo não arde desta forma, mas mesmo assim não se sabe preservar a natureza. Perdemos terrenos repletos de espécies autóctones para agricultura intensiva ou para o negócio dos painéis solares.

Entretanto, com isto tudo, já se contabilizam mais de 200 mil hectares ardidos. A 31 de agosto do fatídico ano 2017 contabilizavam-se 236 mil.
 
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