Seguimento - Incêndios 2025

Está bastante difícil deste lado também, com as chamas a progredir algures no Vale de Alvoco, já terão chegado pelo menos a Vasco Esteves. Novamente como ontem, por volta das 3 da tarde tudo se descontrolou, sendo que hoje a frente junto à Teixeira estava em rescaldo..

Durante dias alimentei a esperança de que íamos conseguir safar-nos aqui, mas como isto está, e com reacendimentos incontroláveis todas as tardes, sobra-me pouca.
 
Está bastante difícil deste lado também, com as chamas a progredir algures no Vale de Alvoco, já terão chegado pelo menos a Vasco Esteves. Novamente como ontem, por volta das 3 da tarde tudo se descontrolou, sendo que hoje a frente junto à Teixeira estava em rescaldo..

Durante dias alimentei a esperança de que íamos conseguir safar-nos aqui, mas como isto está, e com reacendimentos incontroláveis todas as tardes, sobra-me pouca.
E também deve estar a subir mais "atrás", pois as aldeias de Muro e Cabeça estavam confinadas

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Na fronteira norte, incêndios da Galiza progrediram ou projectaram para cá da fronteira.
Desde as 10h25 está identificado um início na zona de Vilar de Perdizes.
Também possivelmente a passar a fronteira de Chaves um pouco a Leste.

ILhlmUe.png
 
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E também deve estar a subir mais "atrás", pois as aldeias de Muro e Cabeça estavam confinadas

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Aí penso que seja apenas por precaução, dado que houve reacendimentos também a partir da Barriosa, mas daqui não se avista qualquer problema ao longo do vale de Loriga até ao Muro.
 
Vista desde Vilar Barroco, por trás da Serra do Moradal, visão dantesca. Muito, mas muito mesmo tem que estar a arder para tal massa de fumo em vários níveis.

20h41 utc+1
Webcam Moradal 20250818-194142.webp


Sat24 às 19h55 utc+1
Visível torre pirocumulus de grande altitude.

bViItcs.jpeg
 
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A cordilheira central, e em especial o maciço da Estrela, ditam a direcção do vento em toda a região à volta.
A direcção geral no território do continente é predominantemente Noroeste, mas à volta da Estrela tem diversos rumos conforme o local.
Principalmente, há um vento de contorno com componentes oeste e mesmo sul e que produzem conforme a orografia mais local mudanças bruscas de direcção tão temidas nos combates a incêndios.

Vento_20250818-2000.webp
Vento_Estrela_20250818-2000.webp
 
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Ironia do destino foi este grande incêndio ter sido provocado por um fenómeno natural

Todos aqueles que permitiram e continuam a permitir plantar árvores altamente inflamáveis como o pinheiro bravo e eucalipto deviam ser responsabilizados pelo dano que provocam às populações e à natureza

Quem dita as regras infelizmente é o dinheiro e a economia tudo o resto são danos colaterais
 
um fenómeno natural
Pois, mas muito do que ardeu de natural já nada tinha, era tudo plantado, eram plantações de árvores não autóctones de mero valor industrial/comercial mas quase nenhum valor ecológico.
Caísse a mesma descarga no mesmo local mas com um coberto vegetal autóctono por toda a área e não acredito que tivesse ardido tão grande extensão.
 
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Já pensei assim, mas infelizmente as alterações climáticas sobrepõem -se a isso tudo. No Alentejo e no Algarve , os sobreiros, azinheiras e carvalhos também ardem, mas recuperam aqueles que ainda tinham cortica.

Concordo que o eucalipto, as mimosas e restantes acassias deviam ser erradicadas. Mas quem vai investir o pouco dinheiro que tem em árvores de valor ecológico que não tenham retorno financeiro? Ninguém semeia nem planta pinheiros, as suas sementes nascem passados 2 anos. Os eucaliptos e acassias onde se incluem mimosas, alastram ainda mais após os fogos. Os eucaliptos só nascem se estiverem ao sol, o que acontece após os incêndios.
Os eucaliptos deviam estar confinados a áreas restritas, com gestão ou em parceria da indústria do papel, com um plano de prevenção específico..

Se erradicarmis as árvores, crescem os matorrais com 3 metros de altura e esses ardem muito bem. Sem árvores, as chuvas levam as terras!

Para por em prática um plano de substituição de resinosas por castanheiros e sobreiros, quantos milhares de trabalhadores e milhões de árvores de viveiro precisaríamos de ter? E como é que íamos lá regá-las? E quantas pessoas precisaríamos para pegar numa moto rocadora e limpar 99000km2 de território?

É fácil converter em hectares, basta multiplicar por 100 e da um total de 10 milhões de hectares, enfim cada português, criança ou idoso teria um hectare para plantar, regar e desmatar várias vezes ao ano?! É fácil cair em utopias face á realidade..

Alguma coisa devemos fazer, mas como e com que meios?
 
quem vai investir o pouco dinheiro que tem em árvores de valor ecológico que não tenham retorno financeiro
Ninguém. O Estado é que devia comprar esses terrenos. Isto claro se querem salvar o país de se tornar um verdadeiro deserto. Ou se destina definitivamente uma parte do orçamento de estado para essa tarefa ciclópica, ou não há solução.
 
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